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Unidade 3

Seção 3

Dinâmica de corpos rígidos
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WEBAULA 3
Trabalho e a Conservação de Energia
Experimente

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Princípio de impulso e  
quantidade de movimento
Na seção anterior vimos como a
quantidade de movimento em sistemas
que apresentam força resultante nula
pode nos ajudar a descrever o
funcionamento de inúmeros mecanismos.
Porém, não é incomum encontrar
mecanismos que por um determinado
momento não estejam sujeitos a uma
força, mas que depois mudam de
situação. Ou seja, precisamos responder à
questão de como uma força, agindo sobre
um corpo, modifica seu estado de
movimento.

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Istockphoto (2017)
Sabemos que uma força pode Logo, não é surpresa que tenhamos um
modificar o estado de energia de um princípio que conecte quantidade de
sistema, desde que exista um movimento (ou momento linear e
movimento associado. Com base no angular) com a aplicação de uma força.
que denominamos Princípio de Tal princípio é conhecido como
Conservação de Energia, discutimos o Princípio de Impulso e Quantidade de
conceito de trabalho. Movimento.

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Mudança no estado de movimento
Não faltam exemplos de como uma força pode modificar o estado de movimento de um
corpo rígido. Porém, a situação mais icônica é o estudo de colisões ou qualquer
mudança repentina do estado de movimento.

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Istockphoto (2017)
Você já parou para pensar em como as
forças de um freio ou uma colisão agem
para parar um corpo rígido? Por que é
melhor um carro amassar durante uma
colisão, assim como não é bom fazer
bungee jump com um cabo de aço?

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Istockphoto (2017)
Situação­Problema
Nesta última seção veremos como nosso
engenheiro pode dimensionar ou
quantificar a resposta de um freio de
emergência para o mesmo guindaste
com o qual ele estava trabalhando nas
seções anteriores.
Para tanto, ele precisará entender como
o Princípio de Impulso e Quantidade de
Movimento pode ajudá-lo, e de quebra
compreender por que é melhor que seu
carro seja mais tenaz (amasse mais numa
colisão) que os de antigamente.

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Istockphoto (2017)
Muitas vezes reclamamos que os carros de hoje amassam por qualquer motivo e
afirmamos que não se fazem mais carros como antigamente. Isso realmente pode ser
verdade, mas será que é tão ruim assim?

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Istockphoto (2017)
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Princípio de impulso e quantidade de movimento
O princípio de impulso e quantidade de movimento mensura como uma força pode
modificar a quantidade de movimento de um sistema. Ele relaciona como a distribuição
de uma força no tempo afeta a quantidade de movimento. Matematicamente teremos:

→ → →
tf inal
m( v ) + ∑∫ F dt = m( v )
tinicial
inicial f inal

Em que m é a massa do corpo rígido e v a velocidade do centro de massa desse mesmo


corpo, e juntos eles definem a quantidade de movimento do corpo. Além disso, a integral
mostra que uma força F agindo sobre o corpo por um período determinado deve
modificar seu estado de movimento.

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Além do análogo linear apresentado, também teremos o caso do impulso relacionado ao
momento angular:



tf inal
ω + ∑∫ M dt = ω
inicial tinicial f inal

Em que I é o momento de inércia do corpo rígido e ω a velocidade angular desse mesmo


corpo, e juntos eles definem a quantidade de movimento angular do corpo. Além disso, a
integral mostra que um torque M agindo sobre o corpo por um período determinado
deve modificar sua quantidade de movimento angular.

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Mas como isso pode responder à pergunta
sobre a colisão de um carro ou o salto de
bungee jump? Basta compararmos os dois
gráficos a seguir.

Neles temos uma representação de como seria


a resposta de uma força durante uma colisão
ou salto.

11 Fonte: Istockphoto (2016)


Em ambos os gráficos a área sob a curva (ou integral) é a mesma, o que também significa
que o impulso é o mesmo para ambos.
No caso de A, a janela de tempo é menor e por isso a força impulsiva precisa ter uma
intensidade maior. Já em B, a janela de tempo é maior e por isso a força impulsiva é
menos intensa para o mesmo impulso de A.

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O autor
Por fim, para descrevermos uma
colisão devemos considerar outra
grandeza, denominada coeficiente de Repare que em um choque
restituição, em que V1, V2, u1 e u2 perfeitamente elástico V1 - V2 = u1 - u2,
referem-se às velocidades de dois o que faz com que o coeficiente e seja
corpos, 1 e 2, que sofrem uma colisão. igual a 1. Para qualquer outra situação
V1  −V2
teremos perda de energia cinética devido
e =
U1  −  U2 à resposta do corpo à força impulsiva do
impacto (perda de energia por
• V1 e V2 :velocidades antes do choque. deformação, calor, som, etc.).
• u1 e u2 :velocidades depois do
choque.

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Sendo assim, se um carro colide, ele
precisa ir de um estado de movimento a
um estado sem movimento. Por isso,
quando ele se deforma mais, dilui a força
que nos leva de um estado (movendo) a
outro (parado).
Da mesma forma, o elástico (em vez de
um cabo de aço) utilizado nos saltos de
bungee jump também dilui a força que
nos faz parar de cair.
Por isso, na vida real a presença de forças
é importante para entendermos como os
mecanismos funcionam, mas a forma
como essas forças são entregues aos
mecanismos é o motivo da diferença
entre eles quebrarem ou não.

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Istockphoto (2017)
Link
No artigo a seguir temos um pequeno experimento feito com uma mistura
de amido de milho e água. O interessante dessa mistura é que ela responde
de forma diferente a impulsos diferentes. Se o impulso é grande, o líquido
quase responde como um sólido, mas se o impulso é pequeno, ele
responde como um líquido.
Disponível em: http://becn.ufabc.edu.br/guias/processos_transformacao/resumo/PT_A2_D_09.pdf . Acesso em: 1 fev.
2017.

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Neste vídeo é possível ver como a força de um impacto pode ser distribuída ao longo do
tempo para no final controlarmos o que chamamos de impulso, tornando uma colisão
bem menos traumática.
The Physics of Car Crashes

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=v9ML4GA47Rg&cc_lang_pref=pt&cc_load_policy=1. Acesso

em: 1 fev. 2017.

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Encerramento

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Gostou do Tema?
O Gostou do Tema é uma importante ferramenta que pode ajudá-lo a compreender
melhor os assuntos estudados nesta unidade. É composto de bibliografia comentada,
materiais da biblioteca digital e artigos.

HIBBELER, R. C. Dinâmica: mecânica para engenharia. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2012.
BEER, F. Mecânica Vetorial para engenheiros: Dinâmica. 9. ed. Porto Alegre: AMGH
Editora Ltda., 2009.

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Bons estudos!
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