Professional Documents
Culture Documents
Direito Administrativo II
2º ano – 2ª turma
Provas Orais: nas provas orais são avaliadas a aquisição de competências técnicas,
as qualidades discursivas e argumentativas e a capacidade de reflexão crítica.
Tipicamente não é seguido o modelo de escolha de um tema (na fase inicial da
prova oral), pelo que deverão os Senhores Estudantes adquirir preparação para
todos os conteúdos que constam do Programa da cadeira.
Constituindo estas orientações uma base que visa auxiliar o estudo e a preparação
dos Senhores Estudantes, qualquer questão sobre matéria de avaliação deverá ser
colocada ao Senhor Doutor Pedro Costa Gonçalves.
1
Aulas Práticas – Jorge Alves Correia (FDUC)
I Grupo
I (8 valores)
Defina sucintamente:
a) Procedimento Administrativo Declarativo
b) Conteúdo Acessório do Ato Administrativo
c) Ato Administrativo Negativo
d) Anulação Administrativa
I (8 valores)
Defina sucintamente:
a) Ato Administrativo Implícito
b) Regulamento Independente
c) Conferência Procedimental
d) Reclamação
I (8valores)
Defina sucintamente:
a) Responsável pela Direção do Procedimento
b) Inderrogabilidade Singular
c) Incumprimento do Dever de Decisão
d) Retroatividade
I (8 valores)
Defina sucintamente:
a) Concessão Translativa
2
Aulas Práticas – Jorge Alves Correia (FDUC)
I (8 valores)
Defina sucintamente:
a) Auxílio Administrativo
b) Autorização Constitutiva
c) Executoriedade
d) Notificação
Distinga entre:
a) Ato Administrativo Favorável e Ato Administrativo Desfavorável;
b) Executividade e Executoriedade;
c) Regulamentos Independentes e Regulamentos Autónomos;
Distinga entre:
a) Princípio da decisão e Omissão;
b) Responsável pela Direção do Procedimento e Órgão Competente para a Decisão
Final;
c) Regulamentos Gerais e Regulamentos Especiais;
Distinga entre:
a) Princípio da igualdade e Princípio da Imparcialidade;
b) Parecer e Ato Administrativo Destacável;
c) Acordos Endoprocedimentais e Promessa Administrativa;
Distinga entre:
a) Regulamentos Mediata e Imediatamente Operativos;
b) Nulidade e Anulabilidade;
c) Reclamação e Recurso Hierárquico;
3
Aulas Práticas – Jorge Alves Correia (FDUC)
II Grupo
1 - “Só é ato administrativo aquele ato que produz efeitos jurídicos positivos na
esfera dos destinatários”.
4
Aulas Práticas – Jorge Alves Correia (FDUC)
Caso 1
Na sequência de um recurso hierárquico apresentado por um interessado, o
Ministro da Economia e da Inovação anulou, por despacho de 01.06.2011, a licença
para exploração de uma massa mineral que a Direcção-Geral de Energia e
Geologia tinha atribuído, em 15.03.2010, à empresa A. Em consequência daquele
despacho, os serviços competentes dirigiram-se hoje ao local da exploração, onde a
empresa A continua a laborar, e pretendem remover coativamente o estaleiro, bem
como todas as máquinas.
Confrontada com o despacho ministerial, a empresa invoca que:
a) Não lhe foi notificada a decisão do recurso hierárquico;
b) O despacho de anulação refere-se à ilegalidade da licença, mas não explica a
natureza e a razão dessa ilegalidade;
c) Tendo em conta a data da licença, a mesma já não poderia ser anulada;
d) Quando pretenda executar um ato administrativo, a Administração deve
dirigir-se aos tribunais, nunca o podendo fazer pelos seus próprios meios.
5
Aulas Práticas – Jorge Alves Correia (FDUC)
Caso 2
1) Carlos, técnico superior da Autoridade para as Condições de Trabalho,
requereu, em 06 de Setembro de 2010, ao respetivo Diretor-Geral a sua promoção.
Tendo tal requerimento sido indeferido por despacho do Diretor-Geral, Carlos
pretende reagir, invocando que: i) a decisão de indeferimento foi tomada com base
num decreto-regulamentar de 1995 já revogado; ii) preenchia todos os requisitos
constantes da regulamentação em vigor para ser promovido. Como qualifica o
vício que Carlos atribui ao ato? O referido ato pode ser ratificado?
Caso 3
João, proprietário de uma moradia, realizou obras de reconstrução da mesma sem
possuir, para o efeito, qualquer licença camarária. Na sequência de uma denúncia,
a Câmara Municipal decidiu demolir as referidas obras. João alega que não foi
notificado dessa decisão e que a mesma não representa um ato administrativo
exequível, pelo que a operação de demolição não deverá ser procedente. Qual a
consequência, se existe, pelo facto de não ter havido notificação? A decisão que
ordena a demolição será um ato exequível?
Caso 4
Filipe, funcionário da ASAE, pretende impugnar a decisão punitiva tomada pelo
Inspetor-Geral dessa autoridade, que concluiu um procedimento disciplinar em
que aquele funcionário foi acusado de “violação grave” dos seus deveres laborais.
Em sua defesa, Filipe invoca: por um lado, que o instrutor do procedimento
disciplinar, responsável pela elaboração do relatório final com base no qual a
decisão foi tomada, nutre em relação a ele uma grande inimizade há vários anos; e,
por outro, que não foi ouvido antes de ser tomada a decisão punitiva. A decisão
punitiva enferma de alguma ilegalidade? Que consequências associa a essa(s)
ilegalidade(s)?
Caso 5
Em 12 de Maio de 2015, foi concedida uma licença de construção a António pela
Câmara Municipal “Y”. Hoje, a Câmara Municipal pretende revogar, com
fundamento na sua invalidade, a referida licença de construção. Poderá fazê-lo?
6
Aulas Práticas – Jorge Alves Correia (FDUC)
Caso 6
1) A Câmara Municipal do Município “X” licenciou um projeto de loteamento da
empresa “Soares e Silva Lda”, relativo à implementação em área urbana de um
espaço destinado à utilização de serviços e de escritórios. Uma empresa
concorrente do mesmo distrito pretende reagir, tendo verificado que: i) no
procedimento de licenciamento participou o Vereador do Urbanismo que era
proprietário de lotes para construção abrangidos pelo projeto de loteamento; ii) o
ato de licenciamento foi praticado por quem ainda não se encontrava investido
como titular do órgão administrativo. Como qualifica o(s) vício(s) que tal empresa
atribui ao ato? O referido ato pode ser ratificado?
Caso 7
Em 09 de Abril de 2015, a Câmara Municipal do Município “Y” decidiu demolir
uma garagem pertencente a A, uma vez que este tinha construído a referida
garagem sem licença camarária. A alega que não foi notificado dessa decisão e que
a mesma não representa um acto administrativo exequível. Qual a consequência, se
existe, pelo facto de não ter havido notificação? Pode, na ausência de notificação, a
Administração executar o acto administrativo pelos seus próprios meios?
Caso 8
João solicitou à Câmara Municipal de X uma licença para construir um muro à
volta do seu terreno. No dia 5 de maio de 2015, a Câmara Municipal deferiu a
pretensão de João nos exatos termos em que foi requerida, tendo este concluído a
construção no dia 30 de junho de 2015. Na sequência de uma reclamação
apresentada por um vizinho que se opunha a tal construção, a Câmara Municipal
anulou a licença e ordenou a demolição do muro.
Sabendo que:
i) O vizinho de João é casado com a Vereadora do Urbanismo do Município de X, que
votou favoravelmente as deliberações;
ii) Os atos de anulação da licença e de imposição da demolição foram praticados no
dia 17 de maio de 2016;
iii) Do texto da anulação apenas consta que “a licença é anulada por violar a lei”.
7
Aulas Práticas – Jorge Alves Correia (FDUC)