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Atenção
É importante lembrar que com esta cartilha temos o único intuito de
informar e não o de substituir o diagnóstico ou tratamento indicado
pelo seu médico, nem se presta a diagnosticar quaisquer doenças
ou problemas de saúde que o leitor ou terceiro possa ter. Ao menor
sinal de dor na região da garganta sempre procure atendimento
médico. Esperamos ter ajudado a solucionar algumas dúvidas.
- Responsável Técnico:
Aprenda
índice ................... 04
O que é ................... 06
Exames ................... 12
Cirurgias ................... 13
Outros Problemas de Saúde ................... 14
Unidades IPO ................... 18
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Aprenda
A Garganta e
Elementos Anexos
O que chamamos de garganta, na realidade se refere à faringe
(nome científico da garganta), que é um tubo formado de músculo
e mucosa que liga internamente o nariz, à laringe, e está loca-
lizada ao final da boca. Pertence ao aparelho respiratório por ser
uma via de passagem para o ar e ao sistema digestório, porque
serve também de passagem para os alimentos.
A laringe está entre a faringe e o esôfago, sua principal função
4 é servir como uma via de passagem para o ar. É também onde
estão localizadas as cordas vocais.
Ainda nesta região, podemos citar as amígdalas que estão
localizadas posteriormente e abaixo da língua e fazem parte
do sistema imunológico. Ou seja, nas condições normais
auxiliam na defesa do organismo, mas que em caso de
infecções de repetição perdem a sua função e quando hiper-
trofiadas (aumentadas de tamanho), podem mais incomodar
do que trazer algum benefício.
Qualquer alteração por menor que seja em qualquer destas
estruturas do organismo, deve receber atenção e tratamento
adequado.
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O que é?
Amigdalite
Nas condições normais, as para a passagem de alimentos e
amígdalas produzem anticorpos ar. Em alguns casos apresentam
que funcionam como uma barreira, pequenos buracos, que acumulam
impedindo que microorganismos restos alimentares chamados de
adentrem outras regiões do corpo. caseum (bolinhas brancas), que
Mas dependendo do estado de com o passar do tempo apo-
saúde da pessoa e dos microor- drecem e se soltam na boca, com
ganismos com os quais esta tem cheiro desagradável, estas são
contato, pode acontecer a infecção responsáveis por grande parte das
das amígdalas, chamada de queixas de mau-hálito.
amigdalite.
Quando as infecções acontecem
Geralmente os sintomas con- com freqüência e o tratamento
sistem em dor de garganta ao en- clínico (por meio de medicamen-
golir, sensação geral de mal-estar tos) não faz mais o efeito espe-
(indisposição), dores de cabeça, rado, o médico poderá indicar a
vômito, falta de paladar e olfato. cirurgia para retirar as amígdalas,
As amígdalas ficam inchadas e de pois além de deixar de proteger o
cor vermelha intensa, e podem organismo elas podem se tornar a
apresentar pus. Outros sintomas causa de infecções.
são febre não muito alta, coriza,
congestão nasal (nariz entupido)
e gânglios (ínguas) próximos à
região.
Ao passar por uma série de
infecções, as amígdalas podem
6 hipertrofiar (aumentar de ta-
manho) e formar um obstáculo
Complicações da Amigdalite
Abscessos
Quando a amigdalite não é tratada de forma adequada
podem surgir os abscessos, que são acúmulos de pus
formados devido à complicação de algumas infecções.
Por serem bastante graves exigem intensos cuidados
tanto por parte da pessoa com o problema, quanto do
médico responsável.
Os principais abscessos que podem aparecer na região da
garganta são:
Abscesso Periamigdaliano
Este abscesso se apresenta pelo acúmulo de pus próximo
às amígdalas.
Os principais sintomas são: dor intensa na região das
amígdalas, dificuldade para falar, e engolir e o trismo, que
acontece quando a pessoa não consegue abrir a boca.
Por ser bastante grave, assim que aparecerem os
primeiros sintomas é importante procurar atendimento
médico, para evitar complicações.
Após um abscesso periamigdaliano, o risco de se formar
outro é grande, por isso alguns médicos optam pela
cirurgia de retirada das amígdalas.
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Abscesso Paralaterofaríngeo
O abscesso paralaterofaríngeo pode formar-se na região
da faringe e os principais sintomas são: dores na região
da garganta e dificuldade para abrir a boca (chamada de
trismo). Pode acontecer devido a complicações de trata-
mentos dentários. Quando acontece o trismo, o médico
deve ficar atento, pois é grande a possibilidade da existên-
cia de abscessos nessa região.
Caso esses sintomas apareçam, não se automedique
e procure um médico imediatamente. Ele indicará o
tratamento mais adequado conforme o diagnóstico e a
gravidade do abscesso, podendo ser clínico (por meio de
medicamentos e/ou drenagem do pus em consultório) ou
cirúrgico (drenagem em centro cirúrgico).
Faringite
A Faringite é a inflamação da faringe. Geral-
mente é provocada por vírus e com menos
freqüência por bactérias. Em alguns casos ela
pode ser o primeiro sintoma de outra doença,
como uma gripe, por exemplo. Os principais
sintomas são: dor ao engolir e a sensação de
“garganta arranhada”, pois a mucosa que re-
cobre a garganta fica vermelha e irritada. Em
alguns casos pode causar febre, tosse, dor
no ouvido e mal-estar. Enquanto se está com
Faringite viral é desaconselhável permanecer
em lugares poluídos, fumar, dividir copos e
talheres.
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Laringite
A Laringite é a inflamação da laringe, região onde estão local-
izadas as cordas vocais. Geralmente provocada pelo uso exces-
sivo da voz, vírus, bactérias e reações alérgicas. A inflamação
também pode acompanhar doenças como Bronquite, Pneumo-
nia, Gripe ou infecções das vias aéreas superiores (nariz, faringe
e laringe).
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Se o ronco é crônico, alto, intenso
e incomoda outras pessoas, é
preciso procurar um médico. Ele
pode vir acompanhado da Sín-
drome da Apnéia Obstrutiva do
Sono que provoca paradas respi-
ratórias de curta duração, ou seja,
diminui a oxigenação. O que pode
levar a problemas cardíacos,
pulmonares, comportamentais,
entre outros.
Quando a pessoa começa a
perceber que a qualidade do sono
não está sendo satisfatória, sente
cansaço e irritabilidade constante,
insônia, fadiga e sonolência du-
rante o dia e baixo rendimento
escolar, deve procurar um
otorrinolaringologista.
Perder peso, evitar refeições
pesadas, o fumo e o consumo de
bebidas alcoólicas ou com cafeína
(chá, café, chocolate) antes de
dormir, tratar de infecções nas
vias aéreas superiores (nariz,
faringe e laringe) e dormir sempre
no mesmo horário, são medida
que podem auxiliar na qualidade
do sono.
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Exames
Conheça os principais exames diagnósticos
relacionados à garganta:
Vídeo-Laringoscopia
Exame realizado por meio de uma fibra óptica rígida ou
flexível, tem por objetivo auxiliar na avaliação da anatomia
interna da faringe, laringe e traquéia. Pode também desco-
brir ou confirmar doenças nesta região. Às crianças que
não colaboram para a realização do exame ou às menores
de cinco anos, indica-se que seja feito em centro cirúrgico,
com anestesia inalatória (gás anestésico).
Estudo da Deglutição
Este exame endoscópico é realizado em consultório e serve
para auxiliar na investigação da Disfagia.
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Cirurgias
As principais cirurgias realizadas na garganta
Adenoamigdalectomia
Cirurgia realizada para retirar as amígdalas e adenóides hipertro-
fiadas.
Uvulopalatofaringoplastia
Esta cirurgia é indicada no tratamento de ronco e
apnéia obstrutiva do sono. 13
Outros
Problemas
de Saúde
Conheça sobre outros problemas de
saúde relacionados à região da garganta.
Corpo estranho
É considerado qualquer objeto que não faz parte do
organismo. Quanto às crianças é preciso ficar atento,
como elas constantemente levam objetos à boca, nunca
deixe pequenos objetos próximos a elas, pois eles po-
dem causar engasgament ou ficar presos na garganta.
No caso dos adultos, a queixa mais comum é a de que
resíduos de alimentos ficam retidos na via respiratória
ou digestiva.
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Doença do Refluxo
Gastroesofágico (DRGE)
O Refluxo Gastroesofágico (RGE) acontece quando os alimentos
ingeridos retornam do estômago para a garganta durante o pro-
cesso de digestão. Entre as causas estão a Disfagia, o estresse,
ansiedade e problemas na válvula localizada entre o esôfago e o
estômago, chamada de esfíncter.
Durante a digestão, o estômago libera ácidos e enzimas.
Essas substâncias, ao terem contato com a mucosa, que
reveste a garganta e a traquéia, durante o refluxo, as irrita
provocando a sensação de desconforto e queimação, conhecida
popularmente como azia.
Freqüentemente recebemos pessoas com queixas relacionadas
a incômodos na região da garganta, como queimação, sensação
de estar com uma “bola” presa na garganta ou ainda um gosto
ácido na boca, entre outras. Em grande parte dos casos trata-se
do Refluxo Gastroesofágico.
É comum os bebês apresentarem refluxo, o que ocorre devido à
imaturidade do esfíncter. O refluxo passa a ser tratado como a
Doença do Refluxo Gastroesofágico quando se torna freqüente.
Quando isso acontece, é importante procurar um médico, pois
além dos desconfortos provocados pode levar à esofagite,
úlcera, lesões na mucosa que recobre a garganta e traquéia, etc.
Algumas dicas podem ajudar, por exemplo: elevar a cabeceira
da cama (por volta de 15 cm), não ingerir grandes quantidades
de alimentos, evitar se alimentar antes de deitar, evitar o fumo
e a ingestão de bebidas alcoólicas e caso o médico julgue
necessário, diminuir o peso corporal.
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Disfagia
A deglutição é o ato de engolir, ou seja, transportar os ali-
mentos da boca para o estômago. Disfagia é definida como
a dificuldade para deglutir. Embora o fato de mastigar ou
tomar algo e este passar pela garganta em direção ao
estômago pareça tão simples. É na verdade um complexo
mecanismo neuromotor, ou seja, que envolve as estruturas
da garganta e do sistema nervoso.
A Disfagia pode ser causada por problemas otorrinolarin-
gológicos, digestivos ou neurológicos, como por exemplo:
a hipertrofia das amígdalas, a falta de saliva, o mal de
Parkinson, pós AVC – Acidente Vascular Cerebral (derrame)
ou Paralisia Cerebral. Também pode estar ligada a proble-
mas emocionais como depressão e ansiedade ou ainda ao
uso de certos tipos de medicamentos. Os sintomas mais
comuns são tosse ou engasgos ao engolir, regurgitação,
aspiração do alimento (quando o alimento retorna para
vias aéreas superiores), sensação de comida “presa” na
garganta ou no esôfago, febre, perda de peso, desnutrição,
entre outros. É muito importante que, ao perceberem-se
esses sintomas um médico seja procurado, para investi-
gar o problema e a partir do diagnóstico, indicar o melhor
tratamento.
Dependendo do caso pode ser realizado um tratamento
multidisciplinar com profissionais da área de Otorrinola-
ringologia, Gastroenterologia, Neurologia, Fonoaudiologia,
Nutrição e Psicologia.
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Linfonodos
No pescoço existem cerca de 300 linfonodos (ínguas ou gânglios),
estruturas que fazem parte do sistema imunológico do organismo.
Quando aumentados de tamanho, podem significar uma variedade de
problemas de saúde, tais como infecções virais e bacterianas, infla-
mações, tumores ou, ainda, podem ser confundidos com problemas
da garganta, pois deixam esta região dolorida e inchada.
A maioria dos linfonodos são apenas inflamatórios e geralmente
desaparecem depois de um certo tempo. Alguns estão relacionados a
abscessos da região (infecções com pus), outros podem tratar-se de
tumores benignos ou malignos.
O tratamento é realizado de acordo com a gravidade do
problema, podendo ser clínico (via medicamentos) ou cirúrgico.
Por isso fique atento e ao perceber nódulos (estruturas parecidas
com bolinhas) na região da garganta ou pescoço, procure um médico
o mais breve possível.
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Unidades
IPO
CURITIBA
Batel (Clinikids)
Rua: Euclides da Cunha n° 441
(41) 3019-1999
Bigorrilho
Rua: Padre Anchieta n° 1846
2° andar SL. 205
(41) 3336-3534
Carlos de Carvalho
Al. Carlos de Carvalho n° 1087
(41) 3223-8996
Centro I
Rua: Voluntários da Pátria n° 400
9° andar Cj. 902
(41) 3224-5132
Centro II
Rua: Conselheiro Araújo n° 90 Cj. 71
(41) 3027-6711 e (41) 3262-6711
Champagnat
Al. Júlia da Costa n° 1447
(41) 3240-2900
Lapa
(Inst. de Nutrição e Metabolismo) 19
Av. Dr. Manoel Pedro n° 2573
(41) 3622-7395