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FUTSAL

Aspectos históricos
O Futsal
Existem duas versões sobre o surgimento do Futsal, como
em outros esportes, há divergências quanto a sua invenção.
Alguns dizem que o Futebol de Salão começou a ser
praticado no Brasil, aproximadamente em 1940, na Associação
Cristã de Moços – SP.
Para alguns estudiosos do esporte, o Futebol de Salão foi
inventado em 1931 na Associação Cristã de Moços de
Montevidéu/Uruguai, pelo professor Juan Carlos Ceriani, que
chamou este novo esporte de "Indoor-Foot-Ball.
O início do Futsal no Brasil
No início, o Futsal ficou conhecido como "O Esporte da Bola
Pesada“, pois as bolas usadas eram de serragem, crina vegetal
ou de cortiça granulada, que quicavam muito, o que dificultava
as ações técnicas, por isso seu tamanho foi diminuído e seu
peso aumentado.
Um dos “promotores” do futsal no Brasil, foi o professor da
ACM-SP, Habib Maphuz, que no inicio dos anos cinqüenta
participou da elaboração das normas para a prática de várias
modalidades esportivas, sendo uma delas o futebol jogado em
quadras, tudo isto no âmbito interno da ACM Paulista.
O professor Maphuz fundou a 1ª Liga de Futebol de Salão,
a Liga de Futebol de Salão da Associação Cristã de Moços e
após foi o 1º presidente da Federação Paulista de Futebol de
Salão. Foi colaborador de Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes
para a elaboração do 1º Livro de Regras de Futebol de Salão
editada no mundo, em 1956.
Em 28 de julho 1954 é fundada, no Rio de Janeiro, a
primeira entidade oficial, a Federação Metropolitana de Futebol
de Salão, na sede do América Futebol Clube.
Em 14 de junho 1955 é fundada a Federação Paulista de
Futebol de Salão.
Em 1958 a CBD Confederação Brasileira de Desportos
resolve oficializar a prática de futebol de salão, uniformiza suas
regras e funda o Conselho Técnico de Futebol de salão tendo
as Federações Estaduais como filiadas.
Em 1971 é fundada no Rio de Janeiro, a Federação
Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), contando com 32
países filiados, e como presidente foi João Havellange.
Em 1982 é realizado o primeiro campeonato Mundial de
Seleções de Futsal, no ginásio do Ibirapuera o Brasil torna-se o
primeiro campeão vencendo o Paraguai.
Em 1985 o segundo Campeonato Mundial de Futsal é
realizado na Espanha e o Brasil torna-se bi vencendo a própria
Espanha.
A FIFA homologa em 1990, a supervisão do futsal mediante
extinção da Fifusa, e cria sua comissão de futsal.
Posteriormente, algumas Federações desistem de acabar com a
Fifusa e elegem o Sr. Antonio Alberca presidente. Surge o termo
Futsal.
Em 2002 é realizado o primeiro Brasileiro de Seleções
Feminino em São Paulo, a Seleção Paulista é a campeã de
forma invicta. Em 2003 o Futsal é incluído nos jogos
Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro.
A Federação Paulista de Futsal lança um projeto em prol do
Futsal: "Eu Quero Futsal Olímpico".
O Futsal na Escola
Segundo Sergio GOMES (2015) o futsal é a atividade de quadra
mais realizada nas aulas de educação física escolar, onde são
trabalhados aspectos para o desenvolvimento integral do aluno como:
Corpo (Coordenação Motora) e Mente (Motivação) e Socialização.
Para Freire (1997) a maneira correta de ensinar é proporcionar ao
aluno um contato com o novo, o inusitado e o desconhecido.
Somente com essas condições de desequilíbrio do processo de
aprendizagem, tirando o aluno de sua “zona de conforto”, o
conhecimento será “empurrado” ao aprendiz como preconiza
Vygotsky (1989). Por esse motivo Corrêa (2004), diz que o professor
deve sempre estar preocupado com o conhecimento de como
ensinar.
A Educação Física sofreu grandes mudanças nos
últimos anos.
Estudos das metodologias e ações pedagógicas
ocorrem com frequência e a contraposição entre o
“tradicional” e o “inovador” aconteceu. Isto causou
mudanças no processo de ensino da educação física
escolar.
Segundo Graça e Mesquita (2002), muitos estudos
realizados na década de 1960 na realidade americana
se remetiam à necessidade de encontrar o método
ideal no ensino dos esportes coletivos. Os estudos
eram realizados através da comparação dos
resultados produzidos por diferentes metodologias.
Portanto, a definição de qual o melhor método de ensino a
ser aplicado em uma determinada turma, é fundamental para o
sucesso do trabalho.
Como escolher o método ideal?
Uma avaliação prévia das habilidades motoras e das
capacidades físicas podem auxiliar na escolha do método ideal.
Contudo, nem sempre é possível fazer uma análise prévia
destes fatores, e o conhecimento do atual nível motor e físico
das crianças se dará durante a realização das atividades
práticas.
Santini e Voser (2008) relatam que os métodos de ensino,
sejam eles aplicados de forma global, parcial e/ou mista, foram
base para inúmeras pesquisas, e por muito tempo foram
referenciados como métodos de ensino dos esportes na
educação física escolar.
A partir disto outros métodos foram surgindo, como a junção
do método global em forma de jogos cooperativos ou
competitivos adaptados, que serviriam para oportunizar a
formação básica da criança, onde o professor conseguiria
desenvolver os conteúdos que objetivou.
Refletir sobre a seguinte frase:
“O ponto de partida do esporte na escola
teria como premissa a necessidade de
reavaliar as metodologias de ensino. Seria
necessário questionar o esporte enquanto
necessidade reafirmada pelo gosto e o
prazer dos alunos na sua prática.” COSTA
(2004)
Questões importantes
• O ensino das técnicas e das táticas deverá ser
contemplado buscando um rendimento ótimo?

• Quaisas metodologias mais adequadas ao


ensino dos esportes coletivos?

• Como a formação inicial pode interferir no


processo de ensino dos jogos esportivos?
Métodos: Parcial e Global
• Método parcial: O método parcial ou analitico se
caracteriza por apresentar cursos de exercícios onde os
elementos técnicos são oferecidos através de séries de
exercícios e formas rudimentares da modalidade
esportiva.

• Método global: neste método apresenta-se numa situação


de jogo, onde os elementos técnicos e táticos são
evidenciados, e o envolvimento do aluno com as
atividades proporciona um elevado nível de motivação.
Método Parcial
Dessa forma, deve-se considerar que o ensino da
técnica através do método parcial poderia de fato obter
resultados consideráveis. Para Weineck (1999), o método
de ensino parcial é utilizado na execução de movimentos
complexos, sendo treinados em partes, que serão
articuladas quando forem dominadas.
Segundo Garganta (2002), nesse método, em que o
gesto técnico é privilegiado, a abordagem do jogo é
retardada até que as habilidades alcancem o rendimento
desejado.
A técnica
• Atualmente muitos estudantes de Educação Física
buscam a formação inicial com o intuito de melhorar suas
próprias habilidades. Segundo Garganta (1998), desde os
anos 1960 o ensino das modalidades esportivas tem
frequentemente estruturação da técnica como prioridade
no ensino dos esportes.
• Segundo Filin (1996), o objetivo da técnica é melhorar o
resultado, permitindo uma ação mais econômica e efetiva
dos movimentos. Deve ser aplicada com o método verbal,
que consiste na explicação e demonstração dos
exercícios. Em seguida, deve-se evidenciar a execução
prática pelos meios técnicos de ensino.
• Nesse entendimento, a técnica é meramente uma etapa
da preparação, sendo uma das formas de obter
rendimento.
Problemas na aplicação do trabalho
técnico
A capacidade motora de crianças muitas vezes
é imprecisa;
A incapacidade física na realização de
determinadas ações pode ser dificultada pelas
mudanças decorrentes das alterações hormonais
presentes nessa faixa etária;
O professor utiliza a “técnica pela técnica”, sem
demonstrar a importância e o significado do gesto
para a modalidade em questão.
A cobrança pela resultado, pela eficiência acontece
precocemente, causando sérios prejuízos psicológicos
naqueles que não atingem o objetivo proposto.

Outras desvantagens, segundo Gama Filho (2001), é


que não ocorrem os processos de tomada de decisão, pois
o aluno possui conhecimento antecipado do movimento a
ser realizado. Além disso, os exercícios repetitivos não
estimulam a motivação dos participantes; por outro lado, o
mecanismo de execução é altamente evidenciado,
possibilitando o domínio do movimento.
Método Global
Muitas vezes o professor justifica a falta de
direcionamento das aulas e a aplicação do jogo
propriamente dito como características essenciais
do método global. Questiona-se, entretanto, se os
alunos podem aprender a jogar sem nenhum tipo
de interferência do professor.
Quando utilizado o método global, a crítica se
refere à liberdade excessiva, tão evidente no
“deixar jogar” existente nas aulas de educação
física.
Outra concepção de método global, a série de
jogos, segundo Greco (2001), preconiza o
conceito recreativo do jogo esportivo, onde estão
contempladas uma metodologia mista,
caracterizada pelas diversas experiências de jogo,
e a aprendizagem da técnica.
A vantagem dessa metodologia reside no fato
de os alunos se sentirem altamente motivados
pela intervenção ativa e possibilidade de encontrar
soluções para os problemas no processo
ensino-aprendizagem.
A Tática e o método Global
A utilização de modelos de trabalho que utilizam da
tática como meio para atingir os objetivos propostos são
muito utilizados nos dias de hoje.
Aspectos como tomada de decisão, raciocínio lógico,
desenvolvimento de atitudes diferenciadas dentro do
contexto do jogo, são observados quando utilizamos o
método global no processo de aprendizagem.
Mini jogos, onde disputas individuais e coletivas com
número menor de participantes num jogo oficial, são
utilizados, criando a percepção de ocupação do espaço de
jogo, sem a presença de outras “peças” importantes, como
ocorre em um jogo com regras oficiais.
DEBATE
• Formar dois grupos.
• “Tribunal de Justiça do Esporte”
• Um grupo defenderá a utilização do Método Parcial,
enquanto o outro grupo terá que defender a utilização
do Método Global.
• O trabalho será realizado com crianças na faixa
etária de 10 a 12 anos.
• Um grupo de 5 “juízes” terá a obrigação de discutir
sobre a apresentação e dar o veredicto de qual
método é mais indicado, e explicar por qual motivo
escolheram este método.

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