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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO / CAMPUS BELO JARDIM - PE
Av. Sebastião Rodrigues da Costa, s/n - Bairro São Pedro - Belo Jardim / PE - CEP: 55165-000 PABX: 81 3726-1355
Definir a qualidade da carne suína representa algo bastante amplo e complexo. Existe um
grande número de fatores intrínsecos (relacionados ao animal) e extrínsecos que participam de todas
as fases da cadeia (da concepção até o preparo final do produto para consumo), e que se interagem e
influenciam as diferentes características relacionadas com a qualidade da carne.
As principais características relacionadas à qualidade da carne suína podem envolver vários
aspectos, como:
Conclusões
De acordo com os trabalhos científicos estudados, o melhor perfil nutricional, ou seja, o maior
teor proteico e menor teor de gordura encontram-se no peito de frango, seguido da carne suína,
bovina e da coxa e sobrecoxa de frango, respectivamente. Portanto, os estudos científicos citados
contradizem o paradigma de que a carne suína é menos saudável aos consumidores, comparada à de
bovinos e de aves; pelo contrário, a carne suína é inclusive mais saudável que a carne de bovinos e
que de alguns cortes de frango, para o consumo humano.
Colesterol nas Carnes
2. Teníase e Cisticercose
A cisticercose também é uma doença provocada por esses parasitos, porém, ao contrário da
teníase, que é causada pelos vermes adultos da Taenia solium ou Taenia saginata, a cisticercose é
uma doença causada somente pela larva (cisticerco) da Taenia solium.
As tênias são grandes vermes de corpo achatado que podem alcançar vários metros de
comprimentos. A Taenia saginata é um verme maior, podendo chegar até a 25 metros de
comprimento, apesar da média ser 5 metros. Já a Taenia solium costuma medir entre
2 a 7 metros.
A tênia é um parasito que pode ser encontrado em praticamente todos os continentes. Estima
se que, em todo o mundo, cerca de 50 milhões estejam infectadas com a Taenia solium ou Taenia
saginata. O apelido solitária vem do fato da teníase ser uma parasitose habitualmente provocada por
apenas um único verme. Em alguns casos, porém, o paciente pode ser parasitado por mais de uma
tênia.
Nas imagens acima demonstradas podemos observar que o homem é o único hospedeiro fixo
do verme, e que o animal ingerindo as fezes desse humano infectado, acaba aderindo à doença
parasitária, no animal agora esses ovos deixados pelo verme se ficam a carne e dá-se o nome de
cisticercos.
O ciclo de vida da teníase começa quando um ser humano infectado evacua em um local sem
saneamento básico e libera para o meio ambiente ovos ou proglotes grávidas (segmento do corpo da
tênia que contém órgãos reprodutores) misturados às fezes. Uma vez no solo, esse ovos de tênia
podem sobreviver durante dias a meses, dependendo das condições climáticas. Vacas, no caso da T.
saginata, e porcos, no caso da T. solium, tornam-se infectados pela ingestão de vegetação
contaminada com ovos ou proglotes grávidas. No intestino desses animais, o embrião da tênia
liberta-se do ovo, invade a parede intestinal e consegue atingir a circulação sanguínea. Uma vez no
sangue, o embrião viaja até vários órgãos, como cérebro, olhos, coração e músculos, onde se
desenvolvem para a forma de cisticerco. O cisticerco contém cerca de 0,5 a 1 cm e pode sobreviver
na musculatura de bovinos e suínos por muitos anos.
Os seres humanos se infectam através da ingestão de carne crua ou mal cozida que contenham
cisticercos. Após ser ingerido, ao chegar ao intestino humano, o cisticerco usa suas ventosas e
ganchos para ficar aderido à mucosa. Uma vez estabelecido no intestino, o parasito consegue
completar seu ciclo de vida, tornando-se um verme adulto dentro de 2 meses. A maioria das pessoas
apresenta apenas uma única tênia, chamada de solitária, mas se houver ingestão de muitos
cisticercos, é possível que o paciente desenvolva mais de um verme adulto ao mesmo tempo.
A tênia é um verme que possui órgãos sexuais masculinos e femininos em suas proglotes,
podendo ficar grávida sem a necessidade de um parceiro. A tênia possui cerca de 1000 proglotes,
que, ao ficarem grávidas, destacam-se do corpo do verme e são liberadas nas fezes. Cada uma
dessas proglotes pode produzir entre 50.000 e 100.000 ovos.
Ciclo da cisticercose
• A teníase ocorre por ingestão de carne mal passada de animais com cisticercose, seja ela por
cisticerco de Taenia saginata (carne de vaca) ou cisticerco de Taenia solium (carne de porco).
• A cisticercose humana não tem nada a ver com ingestão de carne mal passada. Ela só ocorre se
houver ingestão acidental de ovos de T. solium liberados nas fezes humanas.
SINTOMAS DA TENÍASE
A maioria dos pacientes com teníase não apresenta sintomas relevantes. Quando eles surgem,
são mais comuns nos casos de Taenia saginata. Dor abdominal, náuseas, diarreia, perda de peso ou
prisão de ventre são os sintomas de teníase mais frequentes. As crianças costumam ser mais
sintomáticas que os adultos.
Alguns pacientes parasitados podem passar anos sem saber que estão com solitária, até que,
um dia, notam a presença das proglotes nas suas fezes. Essas proglotes têm movimento próprio e
podem também sair espontaneamente pelo ânus, sem ser durante a evacuação, indo se alojar na
roupa interior. Uma das complicações da teníase é a apendicite, que pode surgir caso uma dessas
proglotes que se desprendem da tênia acabe ficando presa dentro do apêndice. Da mesma forma, o
ducto biliar também pode ficar obstruído.
SINTOMAS DA CISTICERCOSE
Os sintomas da cisticercose são completamente diferentes da teníase. Isso não é uma surpresa,
já que ambas são doenças distintas. Os sintomas da cisticercose variam de acordo com os locais
onde o cisticerco se implanta. A forma mais grave é a neurocisticercose, que surge quando há
implantação de cisticerco no cérebro. Na neurocisticercose, os sintomas mais comuns são a dor de
cabeça e a epilepsia. Porém, não incomum haver casos totalmente assintomáticos de
neurocisticercose.
O surgimento dos sintomas pode demorar anos. Na maioria dos casos, os sintomas só surgem
3 a 5 anos após a contaminação. Nos casos de contaminação maciça, com múltiplas implantações
cerebrais do cisticerco, o paciente pode desenvolver um quadro de edema cerebral, crises
convulsivas, náuseas, dor de cabeça, alterações da personalidade e até coma.
A cisticercose também pode atingir os olhos. O espaço sub-retiniano, vítreo e a conjuntiva
são os locais mais frequentes de infecção. As manifestações clínicas mais comuns da infecção
ocular incluem dor, visão turva ou cegueira. Os cisticercos também podem se depositar nos
músculos, provocando um quadro de miosite (inflamação do músculo) ou na pele, levando à
formação de nódulos subcutâneos.