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AQUARELA: SUA HISTÓRIA,

VERSATILIDADE E TÉCNICA

A aquarela é uma das técnicas de pintura


mais antigas mas também uma das mais
modernas. O que faz dessa mistura de
pigmento e água tão interessante?

A aquarela é mais uma das tantas técnicas de


pintura existentes. Por mais antiga que ela
seja, tendo seu nascimento por volta de 2000
anos atrás, é um método bem menos ortodoxo
de pintura - se for comparada com acrílica e
óleo - e muito impressionante. Por incrível que
pareça, a aquarela é tida, pelo menos no Brasil,
como um método escolar e infantil; é uma das
primeiras técnicas de pintura que se aprende.
Mas... qual o problema?

Quem já pintou com aquarela sabe da


dificuldade de se criar perspectiva, sombra, de
não deixar a água escorrer... São inúmeros os
pequenos problemas trazidos pela instabilidade
da água. A aquarela funciona como um misto
de água e pigmento (sendo assim facilmente
absorvido pelo papel, este que deve ser de
uma gramatura maior. Ou seja, um tanto mais
grosso, para que o papel não fique fragilizado
pela água e rasgando. O papel também deve
ser de uma qualidade boa, fazendo com que
não fique bolinhas de papel na superfície da
pintura. Há diversas opções de papel com
diferentes ranhuras, porém eles são bem mais
caros que papéis convencionais ou de
desenhoa artístico), e se vai adicionando ou
retirando a cor ou a água. Mas a verdadeira
beleza da aquarela é justamente suas cores e
seus defeitos: aquele excesso de tinta, aquele
borrão...
Porém, não é só de imperfeição que se faz a
aquarela: Albrecht Durer utilizava a aquarela
com perfeita exatidão. O desenho botânico, em
que se representa frutos, folhas e tantos outros
elementos da botânica com precisão
milimétrica (literalmente), também se faz com
aquarela.
Versatilidade: do rebuscado para o bagunçado,
do colorido para o preto e branco, de 2000
anos atrás para agora. É assim que é essa
técnica tão incrível.

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