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Revista das Faculdades de Tecnologia e de Ciências Econômicas, Contábeis e de Administração de Empresas Padre Anchieta 1
ANÁLISE - Ano VI - Nº 11 - Fevereiro/2005
ISSN 1519-0846
Semestral
Inclui Bibliografia
2 Revista das Faculdades de Tecnologia e de Ciências Econômicas, Contábeis e de Administração de Empresas Padre Anchieta
ANÁLISE - Ano VI - Nº 11 - Fevereiro/2005
EDITORIAL
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ANÁLISE - Ano VI - Nº 11 - Fevereiro/2005
4 Revista das Faculdades de Tecnologia e de Ciências Econômicas, Contábeis e de Administração de Empresas Padre Anchieta
ANÁLISE - Ano VI - Nº 11 - Fevereiro/2005
Secretária Geral
Sílvia Raizza Prado Martini
Correspondência
Rua Bom Jesus de Pirapora, 140 - Centro - Jundiaí-SP
CEP 13207-270 • Caixa Postal 240
Fax (11) 4587-6165 • e-mail: anchieta@anchieta.br
www.anchieta.br
Editoração
Departamento de Publicidade das Escolas e
Centro Universitário Padre Anchieta
Revisão
João Antonio de Vasconcellos
Isabel Cristina Alvares de Souza
Tiragem
2.000
Análise
Revista semestral das Faculdades de Tecnologia e de
Ciências Econômicas, Contábeis e de Administração
de Empresas Padre Anchieta.
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ÍNDICE
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RESUMO
ABSTRACT
The graduates of administration, as well as their knowledge, abilities, competence and values,
are factors of extreme importance to the organizational context. This article discusses ideas of
some authors about this subject, and suggests new practices that can be relevant to the graduation
of these professionals.
Key words: administration; higher education; professional profile; organizational context.
Segundo Arantes (1998), a administração sempre foi exigida desde que surgi-
ram as empresas, tendo se tornado um fator fundamental para seu desempenho e
competitividade. À medida que elas cresceram, aprenderam a desenvolver e a do-
minar a tecnologia e, principalmente, à medida que o trabalho manual e a força
física foram sendo substituídos por sistemas, automação e informação, o foco de
atenção passou para o trabalho intelectual, ou seja, para o conhecimento.
A função básica da administração consiste em estar permanentemente identi-
ficando as expectativas externas e internas e dirigindo o empreendimento para
obter os resultados que atendam a tais expectativas. Os resultados externos são
as utilidades que satisfazem as necessidades dos clientes e aos padrões de con-
duta aceitos pela sociedade. Já os resultados internos são as realizações que
atendem aos motivos e necessidades dos empreendedores e colaboradores e aos
estilos de conduta coerentes com suas convicções.
Goffee e Hunt (1999) discutem que o número, a distribuição, os padrões e as
*
Psicóloga Clínica e Organizacional, Docente dos Cursos de Graduação / Pós-Graduação da Universidade São
Francisco e do Centro Universitário Padre Anchieta. Doutoranda e Mestre em Educação pela Unicamp, Mestre em
Ciências Sociais pela Unimarco e Especialista em R.H. pela Unisantana. E-mail: lucianaoli@uol.com.br.
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carreiras profissionais dos administradores podem ter mudado em função das trans-
formações contínuas nos cenários internos e externos das organizações, mas os
requisitos fundamentais da administração: planejamento, organização, direção e
controle ainda estão mantidos, pois é impossível as empresas sobreviverem sem
os mesmos. Esses autores ressaltam que alguns princípios universais precisam
ser reafirmados apesar das novas concepções, pois os debates contemporâneos
não discutem o fato de as funções da administração serem ou não necessárias,
mas sim como devem ser desempenhadas.
Hesselbein, Goldsmith e Beckhard (1997) citam que tanto as organizações
quanto os profissionais deverão desenvolver novas competências para um novo
mundo, onde o ritmo e a complexidade da mudança se tornaram quase esmagado-
res, embaçando os limites aceitos de tempo, espaço e idioma; dos setores e seg-
mentos de mercado; e dos setores público, privado e social. Para tanto, os profis-
sionais devem abrir mão do controle exagerado, estabelecer novas alianças, com-
partilhar o conhecimento, desmantelar a burocracia e abandonar métodos tradicio-
nais de trabalho.
A competência organizacional não está mais baseada nos princípios passados
de prosperidade, estabilidade e controle, mas em princípios emergentes de
interdependência, flexibilidade e parceria. E tais competências abrangem métodos
para envolver e inspirar pessoas, estimulando a evolução das equipes e alianças, a
fim de uma maior aquisição e utilização do conhecimento.
Para os autores citados, a organização do futuro será um organismo absoluta-
mente adaptável, sendo que seu formato e aparência vão-se modificar conforme o
ambiente e as exigências quanto às mudanças. Cinco características fundamen-
tais deverão estar pautadas em sua cultura organizacional: grande flexibilidade,
compromisso com o indivíduo, uso assíduo de equipes que se formarão em torno
de um problema e se modificarão conforme as necessidades, sólidas competên-
cias principais e satisfação com a diversidade.
As empresas que irão prosperar valorizam os seguintes atributos: comprometi-
mento com uma missão e uma visão comuns; eficácia, o foco na escolha da ação
correta; capacidade de refletir e aprender; “empowerment” (fortalecimento e
energização das pessoas e equipes); papéis multifuncionais; administração do
desempenho, não apenas do potencial; pensamento estratégico, ou seja, o pro-
cesso de identificar abordagens para conquistar uma vantagem competitiva susten-
tável no futuro; renovação cultural, compreendida como uma mudança sustentada
por premissas; busca e aprendizado contínuos.
Para Drucker (1998), um bom administrador deve assumir mais responsabilida-
des para si mesmo, ao invés de depender das empresas, que estão terceirizando
seus serviços e também se tornando organizações temporárias. Nesse contexto, o
profissional precisa aprender a gerenciar sua própria carreira, assumindo responsa-
bilidade individual pela sua trajetória profissional. Assim, precisa assumir a respon-
sabilidade de conhecer a si mesmo, para que possa encontrar os cargos certos à
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Paulo: Makron Books, 1996.
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RESUMO
O presente artigo tem por escopo examinar um método que valoriza o exercício do debate, da
argumentação, do trabalho em equipe, da iniciação científica dos estudantes na arte da pesquisa,
enfim, o desenvolvimento de uma didática que mais se adapte às necessidades dos acadêmicos,
visando possibilitar-lhes construir o seu próprio conhecimento sobre a ciência do direito, contribu-
indo, assim, para a melhoria do ensino jurídico.
Palavras-chave: ensino jurídico; propostas metodológicas; pesquisa e extensão.
ABSTRACT
This article aims to examine a method that valorizes the practice of debate, argumentation,
group work, scientific initiation in research, and, finaly, the development of a didactic action that can
be adaptable to the students’ needs, in order to make it possible for them to build their own
knowledge about the science of Law, contributing in this way to the improvement of its teaching.
Key words: teaching of Law; methodological proposals; research and extensive actions.
INTRODUÇÃO
O ensino jurídico na atualidade passa por uma crise que se alicerça nas suas
origens. Inúmeras metodologias de ensino estão sendo tentadas com o intuito de
superá-la.
Como sabemos, a prática não deve se voltar apenas para o dia-a-dia do profis-
sional do Direito, mas também à realização de exercícios de análise e crítica dos
conteúdos teóricos ministrados na própria sala de aula, tendo em vista a constru-
ção individual do conhecimento pelo aluno.
Nesse processo de ensino, o aluno não deve ser tido como um mero repetidor
(memorizador) de conceitos e definições de outrem, até a ocasião em que o profes-
sor vem buscar nas avaliações as informações memorizadas pelo acadêmico, visto
* Mestre em Direito pela UNIP-Campinas, professor do Curso de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta
e advogado.
** Mestre em Direito pela PUC-Campinas, Mestre em Filosofia pela PUC-Campinas e professor dos cursos de
Administração de Empresas e de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta.
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1. BREVE HISTÓRICO
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS
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RESUMO
ABSTRACT
This article aims to describe the basic characteristics of the productive chain of coffee
operation, as well as to point out some of the problems and potentials of the Brazilian agrobusiness.
The plantation of coffee is traditional in the Brazilian economy, with great competitiveness and
insertion in world markets, especially concerning to production of coffee beans. Nevertheless,
other products of this trade have a low insertion in world markets, such as toasted and ground
coffee. This article discusses the reasons for this differentiated insertion of these products in
world markets, analyzing the Brazilian productive chain of coffee in its complete extension.
Key words: plantation of coffee; agrobusiness.
*
Professor do Centro Universitário Padre Anchieta – Jundiaí, SP, e do Centro de Economia e Administração da
PUC Campinas.
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da produção agrícola; o setor agrícola que engloba a produção de café nas proprie-
dades agrícolas; o setor exportador de café em grão (verde); a indústria de
beneficiamento e processamento de café torrado e moído e a indústria de
processamento de café solúvel. Como podemos observar, dentro desta cadeia se
destacam três produtos de grande interesse comercial; o café in natura (grãos); o
café processado (torrado e moído) e o café solúvel.
O Brasil conta com grande tradição e experiência nesta cultura, na qual é
produtor tradicional deste o início do século XIX, sendo detentor de excelentes
condições climáticas e de solos altamente favoráveis para o cultivo deste produto.
A produção de café, além de altamente intensiva no uso dos fatores naturais, descri-
tos anteriormente, também usa de forma intensiva o trabalho humano. Trata-se, portan-
to, de uma cultura que se assenta em fatores de competitividade que o Brasil possui
em quantidade e qualidade, o que torna o país altamente competitivo no mercado
externo. Por estas razões, o Brasil é o país de menor custo de produção no cultivo de
café, especificamente da espécie arábica, e o segundo país com melhor produtividade
do café robusta. Com relação à produtividade da variedade robusta, o Brasil aparece
atrás do Vietnã, país com maior produtividade desta espécie de café.
Apesar destas credenciais, nas últimas décadas o Brasil vem perdendo espa-
ço no mercado externo de grãos de café para outros países da América Latina,
África e Ásia, e não possui inserção externa no comércio de café torrado e moído.
Um dos problemas desta perda relativa de mercado de café em grãos é que o
Brasil, historicamente, teve seu produto associado a cafés de baixa qualidade.
Esta associação, quando analisamos o processo de produção, colheita e
processamento do produto no Brasil, faz sentido, ou seja, as condições propícias à
produção com baixo custo não estimularam a produção de cafés finos no país, com
processos de produção, colheita e processamentos mais sofisticados; desta for-
ma, a expansão da produção se deu com a produção de cafés de menor qualidade
dos grãos.
No Brasil, a produção de café está distribuída pelos estados de Minas Gerais,
Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Bahia e Rondônia, ocorrendo ainda em outros
estados, mas com menor expressão econômica. Dentre as espécies cultivadas,
Minas Gerais se destaca na produção do café arábica e o Estado do Espírito Santo
na produção do café robusta. (ver tabela 1, abaixo)
Tabela 1. Produção brasileira de café beneficiado, por região.
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Fonte: OIC
1
ver: Ministério da Agricultura, previsão de safra 2003/2004
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Fonte: OIC
2
ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café.
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30%), seguido pelo Brasil (20%), Japão (15%) e Inglaterra (12%). No entanto, com
relação às exportações deste produto, o Brasil é o maior exportador mundial (mais
de 40% das exportações mundiais), seguido da Colômbia (16%) e da Índia (15%).
Do total da produção brasileira de café solúvel, cerca de 88% tem como destino
o mercado externo, sendo a Rússia, os EUA e o Japão os grandes compradores do
café solúvel brasileiro. Estes três países juntos absorvem cerca de 50% do volume
exportado pelo Brasil. Apenas duas grandes empresas concentram estas exporta-
ções: Cacique e Iguaçú Café.
3
Segundo o CECAFÉ - Conselho dos Exportadores de Café Verde do Brasil.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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RESUMO
Este trabalho discute a model driven architecture, sua concepção geral, a forma proposta de
sua utilização e os benefícios esperados de sua aplicação no processo de desenvolvimento de
software, tomando o cenário tecnológico atual das aplicações corporativas. Também efetua a
contraposição das vantagens declaradas com alguns dos problemas envolvidos, realizando um
balanço dos pontos positivos e negativos encontrados.
Palavras-chave: arquitetura de software, engenharia de software, MDA, model driven
architecture, modelagem, UML.
ABSTRACT
This paper discusses the Model Driven Architecture, its general conception, the proposal for
its use and the expected benefits of its employment in the software development process, in the
present technological field of corporate applications. The paper brings a comparison between the
declared advantages and some of its problems, taking into account the positive and negative points
that have been found.
Key words: MDA – Model Driven Architecture; modeling; software architecture; software
engineering; UML.
INTRODUÇÃO
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APRESENTANDO A MDA
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por isso, deve oferecer a melhor descrição possível para suportar o negócio em
questão, mas sem considerar qual plataforma será utilizada ou como tal sistema
será construído (KLEPPE et al., 2003; SIEGEL et al., 2001), ou seja, é neutro
tecnologicamente. É um modelo destinado a preservar a informação essencial a
respeito do projeto da aplicação, sua arquitetura e infra-estrutura (BOOCH, 2004).
O PIM também constitui um modelo bastante rico em termos semânticos, pois
pode ser representado gráfica ou textualmente em termos da UML e suas exten-
sões (taiscom o a OCL -Object Constraint Language - que facilita a indicação de
restrições), dando ao projetista meios de expressar mais precisamente suas inten-
ções e, com isso, reduzindo o trabalho das etapas posteriores. Outro aspecto
importante é que o PIM poderá ser armazenado em um repositório através da MOF,
possibilitando sua recuperação e processamento posteriores.
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CÓDIGO
TRANSFORMAÇÕES AUTOMÁTICAS
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nível (BOOCH, 2004). Além disso, como tais modelos podem ser visualizados, arma-
zenados e processados automaticamente, não são abandonados após a finalização
do sistema, pois tanto o PIM, no nível de abstração mais alto, quanto o PSM, num
nível de abstração intermediário, podem ser reutilizados para a incorporação de
alterações no sistema ou mesmo sua migração para outras plataformas. Embora a
formalização dos modelos necessários a MDA cumpra o papel de documentação
do sistema, outras informações deverão ser adicionadas aos modelos, tais como
os problemas e necessidades diagnosticadas, bem como o racional das escolhas
efetuadas (KLEPPE et al., 2003: 11).
Tais benefícios se refletem diretamente na redução dos custos de desenvolvi-
mento, redução do tempo de desenvolvimento, aumento da qualidade das aplica-
ções produzidas, aumento do retorno dos investimentos realizados e aceleração
do processo de adoção de novas tecnologias, bem como simplificação dos proble-
mas associados com a integração de sistemas (OMG, 2004b).
Miller e Mukerji também enfatizam o fato de os modelos da MDA serem exibi-
dos num maior ou menor nível de detalhes, permitindo a análise, conversão e com-
paração de modelos. Além disso, o mapeamento explícito entre os modelos, que
possibilita sua transformação automática, permite a rastreabilidade e controle de
versão dos artefatos utilizados (MILLER & MUKERJI, 2001: 5-8).
A aplicação de padrões de projeto também é um dos benefícios a serem obti-
dos com a MDA, pois na transformação PIM para PSM é possível que padrões
conhecidos possam ser aplicados no sistema em questão (MILLER et al., 2003),
automatizando algumas das etapas de construção dos componentes do sistema
na tecnologia escolhida (ALEXANDRE, 2003).
Booch (2004) defende o emprego da MDA afirmando que seus praticantes não
necessitam ser profissionais altamente gabaritados em UML, cujo trabalho iterativo
em equipe deverá resolver as questões mais sérias das abstrações envolvidas na
elaboração do PIM. Também argumenta que o uso de padrões de projeto é favore-
cido, que os ganhos em portabilidade e interoperabilidade são enormes e que com
o desenvolvimento das ferramentas MDA os ganhos serão ainda maiores.
Outros aspectos, menos tangíveis, são: que a modelagem em alto nível favore-
ce as tarefas de validação, pois os detalhes de implementação não estão inclusos
no PIM; que a aplicação ou integração de plataformas diferentes tornam-se mais
claramente definidas, facilitando a produção de implementações particulares (MILLER;
MUKERJI, 2001: 8).
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CONCLUSÃO
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p. 22–24, May-June 2004.
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RESUMO
O presente artigo tem por objetivo analisar a concepção cartesiana de homem, abordando os
principais aspectos da teoria de René Descartes, principalmente a questão do dualismo corpo e
alma. Desejamos suscitar uma discussão em torno do homem cartesiano, visto como “coisa pensante”
ao mesmo tempo em que partilha de uma dimensão corpórea e concreta (res extensa). Com efeito,
não pretendemos superar as aporias deixadas pela teoria cartesiana, fato do qual os pósteros
têm-se imbuído com enorme avidez, mas apenas discutir tais posicionamentos. Não temos a pre-
tensão de abarcar todos os aspectos no pensamento cartesiano, mas buscaremos desenvolver
uma análise sintética de seu pensamento, para num segundo momento discutirmos a questão do
dualismo corpo e alma e sua concepção de homem.
Palavras-chave: racionalismo, dualismo, dúvida metódica.
ABSTRACT
This article aims to analyse the René Descartes’ conception of man, approaching the main
aspects of his theory, especially the question of dualism – body and soul. We intend to suscitate a
discussion about this man, seen as a “thing that thinks”, sharing simultaneously a concrete, bodily
dimension (res extensa). In fact, we don’t intend to surpass the doubts left by the Descartes’
theory, an objective exhaustivelly pursued by the thinkers that come after him, but only to discuss
these positions. We don’t have the intention of comprising all the aspects of Descartes’ thoughts,
but we will try to develop a synthetic analysis of it, in order to discuss his conception of man and
dualism.
Key words: rationalism; dualism; methodical doubt.
A VIDA DE DESCARTES
*
Licenciado em História e Pedagogia, graduando em Filosofia e Pós-graduado em Psicopedagogia. Professor do
Centro Universitário Assunção.
*
Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Mestre em História Social (PUC-SP), doutorando em Educação (FEUSP).
Professor do Centro Universitário Padre Anchieta.
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A FUNDAÇÃO DE LA FLÈCHE
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AS INFLUÊNCIAS CARTESIANAS
Todo o legado filosófico deixado pelo autor de O discurso sobre o método teve
amparo nas mais distintas correntes de pensamento. Iremos aqui ressaltar algu-
mas das influências incorporadas pelo pensamento cartesiano que ao nosso ver
foram importantes e, talvez, sem as quais seria impossível Descartes construir seu
edifício filosófico.
Entre as mais apreciáveis, podemos facilmente detectar a influência do pensa-
mento platônico.
Muito embora Descartes, num primeiro momento, faça inúmeras críticas ao
ontologismo medievo, principalmente ao pensamento aristotélico, resguarda alguns
aspectos da filosofia platônica. Podemos certificar tal afirmação no fato de Descar-
tes manter o dualismo entre corpo e alma. Contudo, não podemos comparar por
completo os dois modelos dualistas. Ambos possuem diferenças substanciais,
mas a aproximação entre eles é inegável. Descartes vê a alma como substância
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DESCONSTRUÇÃO E CONSTRUÇÃO
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A RACIONALIDADE NA CONTEMPORANEIDADE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
58 Revista das Faculdades de Tecnologia e de Ciências Econômicas, Contábeis e de Administração de Empresas Padre Anchieta
ANÁLISE - Ano VI - Nº 11 - Fevereiro/2005
tes, 2000.
PESSANHA, José Américo Motta. Descartes: Vida e Obra. São Paulo: Nova
Cultural, 1999. (Coleção Os Pensadores)
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RESUMO
Dentro da Knowledge Management (KM), a Teoria das Restrições (TOC) é uma filosofia global
de Gerenciamento Tecnológico Empresarial que tem como propósito promover a contínua melhoria
do desempenho de qualquer organização que tenha uma meta bem definida, através de soluções
que enfocam suas restrições. A TOC aplicada a projetos constitui uma abordagem recente, datada
de 1996, denominada Corrente Crítica quando aplicada em Projetos Empresariais. Os pressupostos
assumidos foram exatamente os mesmos de outros aplicativos da TOC, como logística da produ-
ção, distribuição física, marketing e vendas, entre outros.
Palavras-chave: Teoria das Restrições, TOC, Corrente Crítica, eficiência, efetividade, eficá-
cia, Knowledge Management, Gestão do Conhecimento, sucesso empresarial, ganhos, multiprojetos.
ABSTRACT
*
Mestre em Administração – PUC/SP. Aluno especial e doutorando FEA USP/SP, Engenheiro e Administrador. É
professor titular nas FEAs “Padre Anchieta”, PUC/SP, UNIP/JUNDIAÍ. Pós-graduado em Engenharia Econômica
(UNICAMP) e Engenharia de Produto (USJT). Diretor Operacional da Maxirecur Consulting e membro de diretorias
e conselhos de diversas empresas privadas. pellegrini@maxirecur.com.br www.maxirecur.com.br
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OBJETIVO
HISTÓRICO DA EMPRESA
A empresa Ferplast foi fundada em 1972 em São Paulo por René Bourquim, um
técnico suíço com grande conhecimento na área de relojoaria e mecânica fina,
fabricando peças de plástico e relógios despertadores. A empresa tem passado por
várias fases de desenvolvimento, como o lançamento de diferentes produtos e a
mudança para Mairinque em 1978. Mairinque é uma pequena cidade, localizada a
80 km de São Paulo, onde a Ferplast se encontra até hoje, e esta conta com cerca
de 300 funcionários e fatura cerca de R$ 1.800.000,00 mensais.
Seu parque industrial está equipado com aproximadamente 70 injetoras de
plástico de última geração, sendo 80% de 15 a 300 toneladas de pressão de fecha-
mento e o restante de 30 a 160 toneladas. Conta ainda com 11 máquinas de
eletroerosão, vários tornos de precisão relojoeira, fresadoras CNC, constituindo
assim uma verdadeira ferramentaria totalmente suíça.
Em 1993 abriu uma filial em Portugal, tendo em mente a entrada no mercado
europeu para comercializar seus produtos e fazer intercâmbio de tecnologia. Em
1995 obteve a certificação ISO 9000 pela TUV e a QS 9002 em 1998. Fornece
atualmente para empresas como a Philips, Xerox, Walita, Brastemp, Marelli, Den-
so, HP, Bosch, Valeo e Brose.
A Ferplast possui acordos com grupos empresariais como Mikron (Suíça) e
Meier (Alemanha), instituições de ensino como a Universidade Federal de São
Carlos, Universidade do Minho em Portugal, St. Gallen na Suíça e Senai em São
Paulo.
A empresa possui um planejamento estratégico para sete anos, iniciado em
1998, bastante detalhado e com planos ambiciosos que já estão mostrando resul-
tados quanto a crescimento de vendas, futuras certificações, satisfação do cliente
externo e parcerias.
Atualmente a empresa fabrica engrenagens e insertos com padrão internacio-
nal, sendo competitiva frente a concorrentes americanos, europeus e japoneses,
iniciando exportações em ritmo crescente. As áreas de atuação são: máquinas e
equipamentos de escritório, telefonia e mercado automobilístico. As parcerias com
clientes durante o desenvolvimento de produtos têm sido desempenhadas com
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grande sucesso e têm trazido vantagens para todos os atores envolvidos. Assim
ela desenvolveu conjuntos eletrônicos com grande versatilidade, pois domina a
tecnologia de produtos estampados, injetados, sobre-injetados, soldas de
termoplásticos, hot stamping, tampo print e montagem.
Constitui ponto forte da empresa sua equipe enxuta e integrada, permitindo o
lançamento de produtos novos desde sua concepção, passando por prototipagem,
ferramental, produção e montagem em tempo considerado impossível por seus
concorrentes maiores (15 a 20 semanas), podendo ocorrer casos isolados em que
o lead time chegou a dois dias para um pedido em Portugal.
Uma das maiores preocupações da empresa é a atualização técnica constante
e o cuidado para manter sua independência de ação no sentido de não sofrer o que
a grande maioria de empresas de seu porte enfrentou, como perda de liberdade
devido a fusões, compras ou mesmo concordatas/falências de empresas de porte
maior que a Ferplast, como a Trol, Interplastic ou Goyana.
A empresa passou por várias fases em conseqüência da conjuntura do país. No
início, a Ferplast baseava sua produção na fabricação de peças técnicas, engrena-
gens e relógios despertadores de mesa. Em 1987, a pedido da Philips, começou a
agregar valor ao montar pequenos conjuntos. Na época, suas prioridades, valores,
ideais se resumiam em precisão, confiabilidade, profundo conhecimento técnico,
qualidade, paixão pela mecânica e padrão suíço. Alguns anos depois, o mercado
começou a se acirrar, quando algumas das grandes empresas clientes da Ferplast
deixaram de comprar em São Paulo e passaram a utilizar incentivos fiscais para
se manterem competitivas, importando via Manaus, por exemplo. O plano Collor
que se seguiu impôs à empresa um período de quatro anos de busca de uma nova
vocação e personalidade. Assim, a Ferplast passou a procurar nichos de mercado
para fugir do padrão de pequenas empresas que vinham se constituindo. Passou a
fabricar conjuntos montados, fazer parcerias de desenvolvimento com clientes e
acordos com empresas que detinham o conhecimento. Nesta fase, aos valores já
existentes mas não expressos, passaram a ser incluídos também de maneira for-
mal a ética, identidade própria e cuidado com o meio ambiente. A empresa descen-
tralizou a estrutura organizacional, costurou acordos de licença e ligações com
grupos no exterior e sua meta passou a ser tornar-se melhor que a média, ser líder
no mercado de nichos e ser um dos três fornecedores principais de peças de
plástico. A empresa passou a investir 1,5% do faturamento em treinamento e dei-
xou de ser definitivamente tão vulnerável às oscilações de mercado.
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REVISÃO DA LITERATURA
A Teoria das restrições TOC teve início na década de 70, quando Eliyahu Goldratt,
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A TOC é baseada no princípio de que existe uma causa comum para muitos
efeitos. Esse princípio nos leva a uma visão sistêmica da empresa.
A TOC encara qualquer empresa como um sistema, isto é, um conjunto de
elementos entre os quais há alguma relação de interdependência. Cada elemento
depende do outro de alguma forma, e o desempenho global do sistema depende
dos esforços conjuntos de todos os seus elementos. Um dos conceitos mais fun-
damentais é o reconhecimento do importante papel da restrição de qualquer siste-
ma.
O primeiro passo é reconhecer que todo sistema foi constituído para um propó-
sito. Não criamos nossas organizações sem nenhuma finalidade. Na nossa reali-
dade qualquer sistema tem poucas restrições e ao mesmo tempo qualquer siste-
ma tem que ter pelo menos uma restrição.
A afirmação de que todo sistema tem que ter pelo menos uma restrição é
comprovada, pois se não houvesse algo que limitasse o desempenho do sistema,
este seria infinito. Se uma empresa não tivesse uma restrição, seu lucro seria
infinito.
Partindo desse pensamento foi criado o processo de otimização contínua da
TOC (para restrições físicas, pois para restrições não físicas são os seus proces-
sos de raciocínio), sempre direcionando os esforços à meta de qualquer sistema.
Esse processo é o alicerce das metodologias da TOC.
Pode-se dizer que a Teoria das Restrições se divide hoje em três grandes
grupos de atuação: os diagramas de causa e efeito, denominados de Processos de
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Uma restrição num sistema é qualquer coisa que impeça o mesmo de alcançar
o seu objetivo; no caso da empresa com fins lucrativos, a restrição é aquilo que a
impede de ter mais lucro. Todo sistema possui uma restrição; se não possuísse
restrição a sua produção seria ilimitada. Geralmente sistemas de processamento
seqüencial têm apenas uma restrição; ela será o recurso com menor capacidade.
O objetivo da criação deste método foi eliminar problemas de demanda que
fábricas em expansão na década de 80 vinham enfrentando. A idéia era melhorar as
operações em fábrica, sem aumentar significativamente as despesas operacionais
e os ativos.
Em uma linha de produção o objetivo é concluir o trabalho em determinado
tempo; para isso os operários são colocados em seus postos, mas é claro que
cada um possui capacidades diferentes para processar determinadas tarefas. A
velocidade do trabalho está sujeita a várias interrupções e variações de velocidade
dos operários, e é claro que somente o último operário libera produtos acabados.
Portanto, se pensarmos na produção desde o momento em que a matéria-prima é
colocada na linha para ser trabalhada até o ultimo operário (que libera produtos
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acabados), tudo o que há no processo produtivo entre estes dois pontos é o inven-
tário de material em processo. O problema então é reduzir o tempo que a matéria-
prima leva para se tornar produto acabado, sem é claro aumentar o tempo de traba-
lho na linha.
A solução chamada de Tambor - pulmão - corda (TPC) é “atar uma corda” entre
o início do processo e o ponto mais fraco do processo (restrição). Então, limita-se
a distância entre estes dois pontos e os outros funcionários, mais ágeis, podem
fechar brechas que venham a se formar no processo. Esta “corda” impede que o
material em processo aumente, e assim os operários mais rápidos ficarão sempre
à espera da matéria-prima criando um espaço na linha, chamado de “pulmão pro-
tetor”.
O tambor será o funcionário mais lento (restrição), pois ele marcará o ritmo de
produção sendo apressado pela necessidade de colocar matéria-prima na linha.
O TPC é um sistema de puxar demanda. O Gargalo é um recurso com capaci-
dade insuficiente para satisfazer a demanda. Quando um pedido não exige o uso
de um gargalo de restrição ele é liberado para a fábrica conforme a data de entrega
do mesmo, considerando-se o tempo de processamento e o tamanho do pulmão,
ou seja, se são necessários três dias para a produção, o pedido deve entrar na
linha três dias antes da data de entrega.
O sistema TPC exige que seja feita uma programação de produção, pela qual
alguns funcionários podem ficar ociosos e ajudar na restrição, e não simplesmente
que se mantenham todos ocupados na fábrica. No TPC todos trabalham para o
ganho e o ganho vem da eficácia na produção.
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não desperdiçar o que se tem à disposição. Pode-se, por exemplo, eliminar unida-
des defeituosas antes de chegarem à restrição para diminuir o fluxo de trabalho.
Mão-de-obra pode ser acrescentada à restrição para ajudar a reduzir o “tempo
perdido”. Enfim, explorar a melhor maneira de diminuir a restrição e aumentar o
ganho.
O PROCESSO DE RACIOCÍNIO
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MUDANÇAS DE PARADIGMA
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CONTABILIDADE DE GANHOS
AS MEDIDAS DA TOC
GANHO (Troughput): o índice pelo qual o sistema gera dinheiro através das vendas.
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ANÁLISE DO CASO
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Em média um projeto tem um lead time de 800 horas, isto é, o tempo desde
receber o pedido, fazer o projeto, comprar o material até terminar o molde.
Depois de concluído e aprovado o projeto, o molde é encaminhado para a pro-
dução. O processo de manufatura consiste em uma situação peculiar, pois há uma
infinidade de peças e praticamente todas possuem apenas duas a três operações,
em que uma delas é a injeção, outra é a montagem e a última é a embalagem.
Um dos problemas da Área de Ferramentaria é que a mesma máquina que é
utilizada para moldes novos também é utilizada para a manutenção dos moldes em
produção (cerca de 25 % do tempo total).
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A GESTÃO DA MUDANÇA
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· O lead time de entrega foi reduzido em média 26%. O tipo de peça que se
constitui num item muito importante, pois corresponde a 15% do faturamento, é a
engrenagem. Para engrenagens, o lead time foi reduzido de 15 para 2 dias.
· O desempenho de datas de entrega pode ser medido de maneira concreta
pelo valor de mercadoria não faturada. De março a julho de 2004, caiu de 230 para
50 mil reais (atrasos caíram de 32% para 8% em média).
· O WIP era de 600 e foi para 300 mil reais, o que implicou em 50%. A redução
não foi tão grande pois o número médio de operações é de 3,5, e como existem
três pulmões no geral: de RRC, de montagem, quando há, e de expedição, existe
praticamente entre cada operação algum inventário. Produtos acabados não muda-
ram, pois o que ficava pronto era enviado imediatamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
80 Revista das Faculdades de Tecnologia e de Ciências Econômicas, Contábeis e de Administração de Empresas Padre Anchieta
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______. TOC: teoria das restrições no mundo do ganho. São Paulo: Editora
Nobel, 1999.
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Télvio Orrú *
RESUMO
ABSTRACT
Recent research reveals that the connective models based on Neurology are considered the
next generation of the Artificial Neural Webs (MEDLER, 1998). In these studies, the expression
“biologically plausible” is employed for representing the approach between ‘artificial’ and ‘real’. It’s
exciting to have a set of algorithm training which is biologically plausible, not only to restore the
history and the principles of Artificial Neural Webs, but especially because the larger approach to
the real model makes the possibility of earnings bigger, concerning to computational effectiveness.
The comparison between the Artificial Neural Webs that employ biologically plausible algorithms
of connective training and the conventional Artificial Neural Webs that employ biologically not
plausible algorithms of connective trainining, as the Backpropagation, is the main motivation of this
paper.
Key words: Neurology; computational effectiveness; training of Artificial Neural Webs.
*
Mestrando em Engenharia Elétrica (UNICAMP), Pós-graduado em Administração de Empresas (USF), Graduado
em Análise de Sistemas (PUC-Campinas); Membro do Grupo de Pesquisa de Automação e Sistemas Inteligentes
(UNICAMP); Membro do Grupo de Pesquisa de Sistemas Inteligentes (PUC-Campinas); Professor no Centro
Universitário Padre Anchieta e no Colégio Divino Salvador.
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pesos das conexões das unidades da camada de saída e das camadas intermedi-
árias vão sendo modificados conforme o erro é retropropagado.
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1. Fase “menos”
Quando as entradas xi são apresentadas para a camada de entrada “A” existe
a propagação desse estímulo para a camada escondida (propagação bottom-up).
Existe também a propagação da saída anterior ok para a camada escondida (pro-
pagação top-down). Então a ativação escondida “menos” – fase menos – (hj-) é
gerada (soma das propagações bottom-up e top-down). A função de ativação é
sigmoidal (s). Na equação 1 tem-se a representação desta fase.
Finalmente, a saída real ok é gerada através da propagação da ativação da
camada “menos” para a camada de saída, representada na equação 2.
Nota-se que a arquitetura é bidirecional.
A C
hj- = σ (∑ wij.xi + ∑ wjk .ok ) (1)
i =0 k =1
B
ok = σ (∑ wjk .hj ) (2) -
j =1
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xi => entradas
ok => saída atual anterior
wij => pesos sinápticos (camada entrada e camada escondida)
wjk => pesos sinápticos (camada escondida e camada saída)
yk => saída desejada
hj- => fase negativa
(O´REILLY, 1996)
2. Fase “mais”
As entradas xi são apresentadas novamente para a camada de entrada; existe
a propagação para a camada escondida (bottom-up). Depois disto, existe a propaga-
ção da saída desejada yk para a camada de saída (top-down). Em seguida a ativação
escondida “mais” é gerada, somando essas duas propagações (equação 3).
i =0 k =1
xi => entradas
wij => pesos sinápticos (camada entrada e camada escondida)
wjk => pesos sinápticos (camada escondida e camada saída)
yk => saída desejada
(O´REILLY, 1996)
Para tornar o aprendizado possível, ocorre a atualização dos pesos sinápticos
w, baseados sobre xi, hj-, hj+, ok e yk (equações 4 e 5).
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4. IMPLEMENTAÇÕES
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(Backpropagation) (A r-p )
Figura 3 (MAZZONI et al., 1991)
Nota-se que a curva de aprendizado em Ar-p é mais ruidosa do que no
backpropagation devido à natureza estocástica das unidades escondidas.
Conforme comentado, a intenção do trabalho deste autor parece ser provar a
existência de algoritmos biologicamente plausíveis com grau de satisfação seme-
lhante ao do backpropagation. A conclusão do autor foi que, no mínimo, há uma
igualdade na eficiência, com um pequeno ganho quando usado algoritmo biologica-
mente plausível para treinamento de redes neurais artificiais, como pode ser mos-
trado na figura 4.
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4.1.2. BIO-PRED
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Parâmetros utilizados:
Taxa de Aprendizagem => 0.01
Erro Mínimo => 0.01
Quantidade de Neurônios na camada intermediária => 5
A tabela representa o MSE / EQM (Erro Quadrático Médio) por iterações nos
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Parâmetros utilizados:
Taxa de Aprendizagem => 0.01
Erro Mínimo => 0.01
Quantidade de Neurônios na camada intermediária => 5
A tabela representa o MSE / EQM (Erro Quadrático Médio) por iterações nos
dois algoritmos de treinamento citados. Nota-se que utilizando o GeneRec ocorre
convergência na iteração 281, enquanto com o Backpropagation ocorre a conver-
gência na iteração 311.
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A tabela representa o MSE / EQM (Erro Quadrático Médio) por iterações nos
dois algoritmos de treinamento citados. Nota-se que o GeneRec obtém melhor
performance. Importante ressaltar que o menor EQM (0,0729) foi obtido com o
GeneRec (iteração 10000).
CONCLUSÕES
O foco deste projeto está na comparação entre Redes Neurais Artificiais com
treinamento conexionista biologicamente plausível e Redes Neurais Artificiais com
treinamento conexionista biologicamente implausível. Em todo o projeto eviden-
ciou-se a maneira pela qual os algoritmos biologicamente plausíveis funcionam,
comparando-os com algoritmos biologicamente implausíveis.
Acredita-se que quanto maior a aproximação ao modelo real (“mais biologica-
mente plausível”), maior a possibilidade de se terem ganhos, inclusive em relação à
eficiência computacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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steepest descent and Newton’s method. Neural Computation 4, pp. 141–
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98 Revista das Faculdades de Tecnologia e de Ciências Econômicas, Contábeis e de Administração de Empresas Padre Anchieta
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9. As citações literais, de até três linhas, deverão ser apresentadas entre as-
pas duplas e estar acompanhadas da respectiva referência, incluindo-se a(s)
página(s). Exemplo: (BOSSA, 1994, p. 32). As aspas simples são utilizadas para
indicar citação no interior da citação. Se o nome do autor for mencionado fora da
referência entre parênteses, devem ser usadas letras maiúsculas e minúsculas.
Exemplo:
Oliveira e Leonardos (1943, p. 146) dizem que a “[...] relação da série São
Roque com os granitos porfiróides pequenos é muito clara.”
10. As citações literais com mais de três linhas deverão ser redigidas em pará-
grafo destacado, com 4 cm de recuo da margem esquerda, letra tipo Times New
Roman, fonte 10, sem as aspas. Exemplo:
A teleconferência permite ao indivíduo participar de um en-
contro nacional ou regional sem a necessidade de deixar
seu local de origem. Tipos comuns de teleconferência in-
cluem o uso da televisão, telefone, e computador. Através
de áudio-conferência, utilizando a companhia local de tele-
fone, um sinal de áudio pode ser emitido em um salão de
qualquer dimensão. (NICHOLS, 1993, p. 181).
100 Revista das Faculdades de Tecnologia e de Ciências Econômicas, Contábeis e de Administração de Empresas Padre Anchieta
ANÁLISE - Ano VI - Nº 11 - Fevereiro/2005
SEKEFF, Gisela. O emprego dos sonhos. Domingo, Rio de Janeiro, ano 26, n.
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10 jan. 2002. 16:30:30.
15. Estas normas passam a vigorar a partir do próximo número desta publica-
ção.
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