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RREP - RECURSO -

16019500
REPRESENTAÇAO
Tipo do Documento Nº Decisão Município - UF Origem Data

PALMEIRA DAS 06/09/2001


1 - ACÓRDÃO
MISSÕES - RS
Relator(a) PEDRO CELSO DAL PRÁ Relator(a) designado(a)

Publicação
DJ - Diário de Justiça, Tomo 193, Data 09/10/2001, Página 84
Ementa Recurso. Representação. Condutas vedadas aos agentes públicos.

Necessidade, na espécie, ante a gravidade das sanções previstas no § 5º do art. 73 da Lei


nº 9.504/97, de adoção do procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar nº
64/90.

Declarada a nulidade do feito a partir da notificação, inclusive. Determinado o


processamento da representação na forma de investigação eleitoral, conforme rito
estatuído no dispositivo legal por último referido.

O Recurso Especial enfrenta acórdão do Tribunal Regional Eleitoral de Tocantins com a seguinte ementa (fl.
91):

“RECURSO ELEITORAL. CONDUTAS VEDADAS A AGENTES PÚBLICOS (ART. 73, III DA LEI 9.504/97).
SECRETÁRIO MUNICIPAL. AGENTE POLÍTICO. PARTICIPAÇÃO EM CAMPANHA ELEITORAL. POSSIBILIDADE.

Não há óbice na participação de Secretário Municipal em campanha eleitoral, desde que não use bens públicos
e nem prejudique o trabalho de sua Secretaria. Trata-se de agente político, cuja atuação em atos de
campanha, inclusive reunião na Justiça Eleitoral, não implica em infração às regras que regulam os atos dos
agentes públicos em campanha (art. 73, Lei 9.504/97).

Recurso conhecido e improvido.

Unanimidade.”

A Recorrente reclama de violação ao art. 73, III da Lei nº 9.504/97. Entende que o fato de o Secretário
Municipal de Administração ter praticado atos em prol da campanha eleitoral do Recorrido caracterizaria
conduta vedada nos termos do artigo apontado (fl. 97).

Contra-razões de fls 110-119.

Parecer pelo não-provimento (fls. 135-140).

2. Como anotado pelo parecer do Vice-Procurador-Geral Eleitoral, cujos fundamentos adoto como razão de
decidir (fl. 139):

“O quadro fático delineado pelo acórdão recorrido e confirmado nas razões recursais demonstram que o caso
dos autos não se enquadra no dispositivo legal citado, por duas razões: o Secretário de Administração do
município compareceu à reunião por ter sido convocado pela justiça eleitoral, sendo que a coligação recorrente
também foi intimada para tal evento, não afetando a igualdade de oportunidades entre os candidatos, e
também porque o comparecimento a dita reunião não denota uso dos serviços do funcionário para comitê
eleitoral”.

Rediscutir o tema exige reexame das provas. Incidem as Súmulas nos. 07/STJ e 279/STF.

3. Nego seguimento (RI-TSE, art. 36, § 6º).

Publique-se. Intimem-se.
Brasília, 27 de setembro de 2004.

MINISTRO HUMBERTO GOMES DE BARROS

RELATOR

Respe 23.917

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