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Sumário
I. Introdução................................................................................................................. 3
II. Empresa Júnior constitui ou não Instituição de Educação? .......................... 3
III. As Imunidades Tributárias das Empresas Juniores ........................................ 4
IV. Incidência de Tributos sobre Empresas Juniores: ........................................... 5
A) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins ............ 5
B) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS/ISSQN ........................ 6
B.1) Declaração de Utilidade Pública e Isenção do ISS/ISSQN ......................... 7
V. Obrigações Tributárias Acessórias que uma Empresa Júnior deve cumprir
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A) Declaração de Imposto de Renda: ....................................................................... 8
B) Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) .................................................. 8
C) Escrituração Contábil ............................................................................................. 9
VI. Considerações Finais ............................................................................................. 9
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I. Introdução
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B.1) Declaração de Utilidade Pública e Isenção do ISS/ISSQN
Tratamos até agora das obrigações tributárias principais, que têm como objeto
o pagamento do tributo.
Entretanto, existem também as obrigações tributárias acessórias, as quais não
possuem caráter pecuniário, ou seja, não têm como objeto a entrega de dinheiro
aos entes federativos – Município, Estado ou União – na arrecadação tributária,
mas dizem respeito a obrigações de fazer ou não fazer. Como exemplo de
obrigação tributária acessória, temos a entrega de declaração ao Fisco,
escrituração de livros e emissão de notas fiscais etc.
Entre as obrigações acessórias que as empresas juniores devem cumprir,
existem algumas que merecem maior atenção, como é o caso da Declaração de
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Crédito Tributários Federais – DCTF, que é uma obrigação mensal de todas as
pessoas jurídicas.
A DCTF conterá as informações relativas aos tributos e contribuições apurados
pela pessoa jurídica em cada mês, os pagamentos, eventuais parcelamentos e
as compensações de créditos, como as informações sobre a suspensão da
exigibilidade do crédito tributário. Esta declaração deve ser apresentada pelas
pessoas jurídicas até o 15º dia útil do 2º mês subsequente ao mês de ocorrência
dos fatos geradores.
Além disso, é importante lembrar que o descumprimento de obrigações
acessórias importa em multa de caráter tributário, que poderá ser cobrada
através de ações de execução fiscal, com possibilidade de haver penhora de
bens que compõem o patrimônio da EJ.
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C) Escrituração Contábil
De acordo com o artigo 195, Parágrafo Único, do Código Tributário Nacional, “ os
livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos
lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição
dos direitos tributários decorrentes das operações a que se refiram”.
No tocante deste assunto, os empresários juniores devem se atentar acerca da
elaboração e regularização de documentos como o plano de contas; as
demonstrações contábeis e financeiras, que deve conter o balanço patrimonial e
a demonstrações de déficit e superávit de exercício; folha de pagamento, em
caso de existência de empregados; cadastro de membros.
Neste ponto, é interessante ressaltar que a prescrição – perda do direito da
Fazenda Pública de cobrar o tributo – ocorre passados 5 anos contados da data
da constituição definitiva do crédito tributário.
Desta forma, aconselha-se que esta documentação deve ser guardada pela EJ
por cinco ano desde a constituição do crédito tributário e não do pagamento do
tributo, para garantir a comprovação de quitação das obrigações tributárias, em
casos de cobranças realizadas pelo fisco. Muitas vezes, a constituição do
crédito tributário se dá por decurso de prazo, após cinco anos do fato gerador,
devendo a EJ guardar a documentação por períodos superiores a cinco anos,
uma vez que a constituição do crédito pode ser posterior ao seu pagamento.
Assim, alguns documentos exigem o arquivo pelo prazo de até dez anos.
Este Manual foi elaborado com o intuito de solucionar as dúvidas mais comuns
acerca da incidência de tributos em relação às empresas juniores e suas
atividades. Contudo, podem existir variações na cobrança de tributos de região
para região e é preciso ficar atento a isto. Contribuições previdenciárias, taxas,
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preços públicos e outras cobranças estatais podem ser devidos em razão da
natureza da atividade da empresa júnior.
Ademais, a Legislação Tributária Brasileira sofre constantes modificações ao
longo do tempo, assim, faz-se necessário, para um melhor desenvolvimento de
sua empresa júnior, atentar-se a estas alterações.
Esperamos que este material desenvolva maior segurança jurídica às empresas
juniores, mantendo-as firmes no caminho do sucesso. Desejamos ótimo
trabalho a todos os empresários juniores.
Juiz de Fora, 30 de julho de 2015.
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