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INFLAMAÇÃO
Resposta dos tecidos vivos vascularizados a uma agressão.
Resposta das células residentes no momento/local na agressão.
Mediadores lipídicos ⇒
❶Ações biológicas:
● LTB4 → quimiotático (migração direcionada) para leucócitos ; aumenta a expressão de
moléculas de adesão; aumenta a permeabilidade vascular.
● LTC4, D4, E4 → broncoconstrição; aumenta a permeabilidade vascular.
⇒ PRIMEIRA GERAÇÃO:
ÁCIDOS ENÓLICOS:
1- pirazolônicos: fenilbutazona (retém muito líquido), sulfimpirazona;
2 - oxicanos: piroxicam, meloxicam e tenoxicam (injetável) → possuem boa capacidade de
penetração em tecido ósseo e menos efeitos no TGI do que AAS.
MECANISMO DE AÇÃO:
➔ Atividade anti inflamatória: inibe a síntese de prostaglandina (que atuam no aumento da
permeabilidade vascular, vasodilatação, edema e dor → ou seja → reduzem os sinais
da inflamação); inibe a expressão de moléculas de adesão; inibe a aderência de
leucócitos; inibe a migração de leucócitos; interfere na degranulação de células
inflamatórias; reduz a produção de mediadores reativos.
➔ Atividade analgésica: inibe a síntese de prostaglandina (que sensibilizam os
nociceptores); inibe a liberação de mediadores inflamatórios (histamina).
➔ Atividade antipirética: inibe a síntese de prostaglandina (que age no hipotálamo
produzindo aumento na temperatura).
Estratégias clínicas para reduzir lesões gástricas induzidas por AINES: uso de paracetamol
como analgesico; redução na dose de anti inflamatórios não-seletivos de COX; uso de anti
inflamatórios mais seletivos (meloxicam e nimesulide); uso de antiinflamatórios inibidores
específicos de COX-2; terapia com agentes supressores da secreção gástrica ácida.
* A associação de doses mais baixas de AINES sao feitas para potencializar o efeito
analgésico. Por exemplo, TILEX (500 mg de paracetamol + 30 mg de codeína).
* Pra quem tem problema hepático e se indica medicamentos a base de cortisona, não terá
efeito antiinflamatório, pois não ocorrerá a biotransformação. Não indicar prednisona (pois
vem na cortisona).
⇒ Sintéticos:
Meia vida: curta - 12 horas (cortisol, cortisona); intermediária - 36 horas (prednisolona e
prednisona); prolongada - 72 horas (betametasona e dexametasona).
* a produção dos hormônios de ação prolongada não se dá através da retroalimentação.
A glândula não consegue distinguir um hormônio sintético de um natural → se usar um
muito potente diariamente, pode fazer com que a glândula pare de funcionar; por isso há
preferência pelo uso dos intermediários, pois estes conferem um tempo para que a glândula
possa se recuperar.
USO CLÍNICO: corticoide é só terapia profilática, e seja, não leva cura. Somente será
curativo caso a pessoa tenha algum tumor de adrenal, insuficiência adrenal crônica, mas
nesses casos têm que tomar corticoide o resto na vida. Nesses casos, os pacientes devem
tomar a hidrocortisona (corticoide natural) 20 - 30 mg/dia.
EFEITOS COLATERIAS:
- Catabólico: sistema músculo-esquelético - osteoporose; fraturas ósseas; atrofia muscular;
fraqueza; necrose asséptica de cabeça, fêmur e úmero.
- Quebra de gordura: obesidade centrípeta, face de “lua cheia”, deposição supraclavicular.
- Circulatório: retenção hídrica; hipertensão arterial.
- Manifestações cutâneas: estrias; acne; hiperpigmentação; hipertricose; equimoses.
- Sistema hematopoiético: leucócitos (com neutrofilia); linfocitopenia; eosinopenia;
monocitopenia.
- Sistema oftálmico: predisposição a catarata; aumento na pressão intraocular; glaucoma.
- Alterações neuropsíquicas: irritabilidade; euforia; insônia; psicoses.
- Sistema endócrino-metabólico: supressão eixo HHA; interrupção do crescimento.
Pacientes hepatopatas
- se o paciente possui problema hepático, não ocorre biotransformação do
corticoesteróide no fígado, por exemplo. A cortisona não possui radical OH e o
cortisol possui. A diferença entre eles é o radical, o cortisol por possuir radical OH
apresenta atividade antiinflamatória, e a cortisona não, precisando então de
biotransformação. Então para pacientes hepáticos não deve prescrever cortisona,
pois não haverá biotransformação e consequentemente não possuirá atividade
antiinflamatória.
Histamina → está presente em todos os tecidos; quando ocorre alguma lesão ela é liberada
imediatamente (não precisa ser produzida mediante a agressão, pois já está formada e
armazenada) - mediador de resposta aguda.
É sintetizada a partir na histidina, pela enzima histidina descarboxilase.
Efeito sobre o sistema nervoso central → sedação. Pois sao fármacos lipossolúveis -
atravessam barreiras, conseguem entrar no cérebro e inibir a histamina → sono.
Eliminam não apenas a histamina que já foi liberada, mas também às que estão
armazenadas nos mastócitos (inibem a liberação, além de bloquear).
Seu efeito antiinflamatório é melhor.
❏ Idosos: indicados.
❏ Gestantes: como dito antes, a loratadina é indicada a partir do terceiro mês.
❏ Crianças: indicados.
❏ Cardiopatas:contra-indicados → alguns fármacos podem induzir arritmias cardíacas
fatais.
● Interações medicamentosas:
- anti-H1 de primeira geração: não devem ser utilizados com drogas anticolinérgicas
(atropina, antidepressivos);
- anti-H1 de primeira geração: não devem ser utilizados com indutores na CYP
(benzodiazepínicos); inibidores na CYP (macrolideos, antifúngicos); e fármacos que utilizam
a mesma via (metoprolol; ADTS; tramadol).
- anti-H1 de segunda geração: ebastina; loratadina (CYP).
Exemplos de fármacos anti-H2: cimetidina (inibe 80% a 90% na CYP); famotidina (10%);
nizatidina (10%); ranitidina (60% a 70%).
* Famotidina e Nizatidina sao os melhores para se usar com amoxicilina/nimesulida, pois
ambas (famo e niza) fazem com que ocorra a diminuição (protegem) dos efeitos que a
amoxicilina/nimesulida causam no estômago, por conta na inibição na COX-I.