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MÚSICA-LICENCIATURA/ SOBRAL

ANTROPOLOGIA DA MÚSICA
PROF(s).: TIAGO CARVALHO E IRATAN

UM POUCO DE CANTORIA!
AS RELAÇÕES NO REPENTE CONTADO POR UM CANTADOR.

MIQUÉIAS GOMES FERREIRA


miqueiasgf@hotmail.com
Um pouco de cantoria!
As relações no repente contado por um cantador.

“A música, sobretudo a chamada “música popular”, ocupa no Brasil


um lugar privilegiado na história sociocultural, lugar de mediações,
fusões, encontros de diversas etnias, classes e regiões que formam o
nosso grande mosaico nacional. Além disso, a música tem sido, ao
menos em boa parte do século XX, a tradutora dos nossos dilemas
nacionais e veículo de nossas utopias sociais.” (Napolitano, Marcos.
História & música, história cultural da música popular. P. 8).

Os relatos históricos sobre música popular brasileira desprestigiam uma forma


musical, que é em sua estrutura, totalmente inerente ao povo, ficando assim lacunas na
história da música de uma parte considerável de nossa sociedade, que poderia ser
contada ou “cantada” através deste gênero musical chamado REPENTE.
Existem poucos escritos sobre a origem do repente no Brasil, como e onde se
deu este surgimento, como foi o seu desenvolvimento na cronologia histórica, quais
suas lutas para se firmar, como se procedia o aprendizado, em que se embasava sua
teoria e prática musical, quais os pioneiros e os principais representantes deste estilo,
enfim, uma gama de conhecimento ainda por ser descoberto.
Sabemos que é uma música caracterizada como típica da região Nordeste do
Brasil em sua forma mais conhecida. Porém sua origem remonta da tradição Medieval
Ibérica, dos trovadores que deu origem aos cantadores. Comumente, feita por músicos
populares quase sem nenhuma formação erudita, porém, é bom se dizer, com um
conhecimento de vida abrangente, que diante a necessidade de passar para as gerações
seguintes tais conhecimentos, se apropriou da rima e a musicalizou, obtendo assim uma
forma de comunicação mais eficiente. Como diz Amaral, Wendell de Freitas para o
Portal do Professor:

“Poetas populares, que viajavam com a viola nas costas para cantar os
seus versos. Eles podem aparecer em diversos gêneros pelo Brasil:
trova gaúcha, calango (Minas Gerais), cururu (São Paulo), samba de
roda (Rio de Janeiro) e repente nordestino.”

Por ter sua forma de exposição com características nômades, um dia, a cantoria
(como também era chamado os encontros para fazer repente) acontecia na fazenda de
um determinado coronel, outro dia, na casa de outro determinado apreciador, assim por
diante e também pela pouca instrução dos repentistas (também chamados de cantadores)
se tem poucos registros das obras, da forma de fazer repente e de fatos históricos
relevantes a este respeito.
Hoje já se reconhece, através da Lei 12.198 de 14 de janeiro de 2010, a atividade
de repentista como profissão, como diz em seus artigos 1º e 2º:
“Lei 12.198/10
Art. 1º - Fica reconhecida a atividade de repentista como profissão
artística;
Art. 2º - Repentista é o profissional que utiliza o improviso rimado
como meio de expressão artística cantada, falada ou escrita, compondo
de imediato ou recolhendo composições de origem anônima ou da
tradição popular; (Fonte: blog do deputado Federal André de Paula).”

Contudo este artigo não pretende ter esta característica, de buscar subsídios
históricos para contar uma história ainda muito a ser explorada. Apenas tem a humilde
intenção de acrescentar mais um pedaço de conhecimento especifico ao “bolo” que é a
história do repente. Lembranças e histórias de um representante do repente. Um
cantador que vem aqui contar sua experiência com este gênero musical, mas que mais
que isso, vem situar fatos históricos, comportamentos, entretenimento, enfim um
contexto cultural de um povo, que está intrinsecamente arraigada ao processo e ao fazer
repente.

Entendendo o repente:

Característica marcante deste estilo é o improviso. Numa apresentação de


repentistas os versos são criados em intervalos de segundos, rimas começam a surgir
subitamente, músicas e historias são “tecidas” com prontidão e eficiência, tendo
inclusive, o público, papel participante no processo de criação ao dar deixas, que podem
ser temas ou palavras, chamados de assuntos, ou motes (frases ou versos já pensados
pelos espectadores). Acompanhados quase sempre por violas, os repentistas improvisam
quase que instantaneamente, sem muito tempo para elaborar e/ou pensar as canções.
Existem outras formas de fazer repente, que são subdivisões, no caso são os
aboio, que são musicas feitas sem o uso de instrumentos, usando-se apenas da voz e
existe o embolado, que é tocado por pandeiros ou ganzá, este ultimo muito parecido
com o repente tradicional que é executado com o auxilio da viola.
A versificação, de inspiração instantânea, observa uma métrica, que é seguida
rigorosamente, mesmos os cantadores não tendo tanto estudo ou às vezes nenhum. Os
principais versos são compostos em sextilhas, septilhas, décima, uma variação da
décima, chamada martelo agalopado, martelo alagoano, galope a beira-mar e tantos
outras.
“Uma notável característica dos repentistas (Tavares, 1982) é a
extrema aderência aos detalhes e às regras complexas da rima e da
métrica. Esses poetas se engajam em competições cantadas, onde lhes
pode ser solicitado pela audiência que usem qualquer uma de um
grande número de possíveis formas poéticas, cada uma das quais é
precisamente definida em termos de esquema de rima, número de
sílabas por verso, acentuação etc. Por exemplo, a sextilha consiste em
seis versos de sete sílabas com o esquema de rima ABCBDB; a
décima consiste em dez versos de sete sílabas com o esquema de rima
AABAACCDDA; o quadrão consiste em oito versos de sete sílabas
com o esquema de rima AAABCCCB; o martelo tem o mesmo
esquema de rima que a décima mas os versos têm dez sílabas cada um.
Além disso, os poemas devem fazer sentido e muitas vezes devem
lidar com um tópico particular — "mote" — dado pela audiência.
Muitas vezes o mote consiste em dois versos e os repentistas podem
criar glosas (poemas que trabalham com tópicos predeterminados)
com versos que rimam com os do mote. Assim, os limites fonológicos
e semânticos são rigorosos. Além disso, os repentistas não têm tempo
para pensar, planejar e rever as suas composições, o que é um direito
dos poetas convencionais. Apesar disso, tal poesia é, muitas vezes, de
alta qualidade. (Roazzi, Antonio; Bryant, E. e Peter, Ann Dowker, A
arte do repente e as habilidades lingüísticas).”
Exemplos de repentes:

Repente 1: sextilha de Edmilson Pereira e Antônio Lisboa (seis silabas);

"Nem/ tu/do é/ o/ que/ pa/re/ce,


a/ gen/te/ po/de/ pro/var
às/ ve/zes/ um/ lu/gar/ ver/de
tem/ po/lu/i/ção/ no/ ar
e o/ mar/ pa/re/ce o/ce/a/no
mas/ nun/ca/ pas/sa/ de/ mar".

Repente 2: Martelo agalopado de Lourival Batista e Pinto Monteiro (dez silabas);

"Quan/do eu/ can/to/ ga/lo/pe em/ u/ma/ sa/la


des/ce o/ céu/, so/be a/ ter/ra/, se/ca o/ mar,
pá/ra a/ bri/sa/, mu/da o/ ven/to/, fin/da o ar
ce/go/ vê/, mu/do/ fa/la e/ mun/do/ fa/la
ge/la o/ sol/, quei/ma a/ lu/a, o/ ei/xo es/ta/la
tem/pes/ta/de/ trans/for/ma/-se em/ se/re/no
cas/ca/vel/ per/de a/ ba/se e/ o/ ve/ne/no
a/ men/ti/ra/ se/ vi/ra/ na/ ver/da/de
vi/ra/-la/ta/ da/ su/a/ qua/li/da/de
não/ a/cu/a/ ta/tu/ no/ meu/ ter/re/no".

Os versos acima é uma analise de Wendell Amaral sobre o material em vídeo do


programa Repente exibido pela Tv Escola. Material compactado e disponível no Banco
Internacional de Objetos Educacionais do Portal do MEC.
A titulo de informação, a contagem das silabas se dá até a ultima tônica do
verso. Porém é um processo já instintivo para o cantador de repente.

Metodologia da pesquisa:

A parte introdutória se deu através de bibliografias e referências tiradas de


estudos, teses e artigos de internet. A segunda parte, se deu num processo de entrevista
semi-estruturada, até pela informalidade do assunto, que pedia o acréscimo de detalhes,
só possíveis de ser percebido com o decorrer da pesquisa, na fala do entrevistado.

Objetivo:

Este artigo, como já mencionado acima, não é detalhístico e meramente


histórico. Busca-se, sendo mais preciso, fazer um estudo de como se dava as relações
entre os sujeitos envolvidos no processo artístico de fazer repente, os repentistas e o
público (configurando como um dos sujeitos). As ligações entre os cantadores, quais
eram seus papeis uns com os outros e com o público. Procurou-se ver também como
este processo interferia na vida cotidiana das pessoas, qual a força do repente, que
inclusive tinha um forte poder de influencia na cultura da época.
As Relações Envolvidas no Repente:

As observações apreendidas neste artigo foram feitas a partir da perspectiva de


um profissional atuante, em sua época, décadas de 50, 60 e 70, no repente nordestino,
mais precisamente, no interior do Ceará.
João Ferreira Barros, 72, mais conhecido como poeta João Tobias ou cantador
João Tobias, como ele gosta de ser chamado. Nasceu em Monsenhor Tabosa, interior do
Ceará, nas Serras das Matas. Estudou até próximo de concluir a cartilha, hoje
equivalente ao 5º ano do Ensino Fundamental I. Iniciou sua experiência com o repente
ainda menino ao ouvir os violeiros que já cantavam nas redondezas naquela época.
Sendo, inclusive, a forma mais trivial de iniciação ao mundo do repente, pois o
aprendizado deste gênero musical sempre se deu de maneira informal, passando-se de
uma geração a outra, nas rodas de cantorias ou nas prosas (conversas) de fim de tarde,
deitados numa rede à sombra de um alpendre, à espera de mais uma apresentação.
Aos 15 anos, comprou um violão e com a ajuda de violeiros que faziam
apresentações por ali, afinou-o como viola¹, o que era comumente feito, inclusive pelos
cantadores que já sobreviviam da arte, talvez pelo difícil acesso a instrumentos.
Ao obter seu instrumento e aprender afinar passou a brincar de improvisar com
um vizinho. O que me pareceu ser uma brincadeira não só deles, mas era costume de
toda comunidade daquela época elaborar algum tipo de rima.
As pessoas tinham habito de pensar rimas para poderem dar os motes para os
repentistas continuarem os versos. Tinha-se, portanto, a partir daí ligações do cotidiano
das pessoas através de rimas e consequentemente, uma relação com as cantorias, que
passavam a se enriquecer em seus versos de situações corriqueiras e outras não, mas que
simbolizavam a vida daquelas pessoas.
“Quem casar com ela beija a boca que já beijei” – Mote dado
em umas das ocasiões ao Poeta João Tobias.

Os violeiros não tinha muito conhecimento de teoria, notas, alturas, tudo era na
base do ouvido. O cantador baseava o som das últimas silabas do verso com o som da 5ª
dupla de cordas, onde anteriormente, ele já as havia afinado, com a altura de conforto de
sua voz. Por vezes alternava, ao cantar, as cordas soltas, com uma posição apertada no
meio da regra (braço do violão) que ao seu ver também combinava com o som da sua
voz e os solos eram executados, pelos bons, com bastante precisão, porém feitos
puramente de ouvido. Mas em contrapartida o conhecimento de muitos e variados
assuntos eram necessário para a destreza do improviso. Engana-se quem pensa que os
violeiros eram pessoas rudes e ignorantes. Como disse o cantador João Tobias: “a gente
lia tudo que era importante. Os cantadores bons tinham que ler muito!”
Conhecimentos de fé, religiosidade, costumes, valores, causos, piadas, não eram
suficiente. Os repentistas também liam livros de geografia, história, romances (Iracema-
José de Alencar), a própria Bíblia, e muito cordel, que era uma base às vezes até de
estudos da métrica. Por isso, inclusive, musicavam muitos cordéis.

¹. “A viola é afinada com nossa altura de cantar.” (Poeta João Tobias). A afinação da viola no repente é diferente da afinação da
viola caipira. É feita da seguinte forma: numa viola de 10 cordas a 1ª dupla é formada por duas cordas SI (2ª), a segunda dupla de
cordas são formadas por duas cordas MI (1ª), a 3ª dupla de cordas SI (2ª), novamente, a 4ª dupla é composta por uma LA (5ª) e uma
MI (1ª), afinados na mesma altura e a 5ª e última dupla, que, inclusive, é por onde se começa a afinar a viola, é formada por uma
corda MI (6ª) e uma MI (1ª), afinadas também na mesma altura. Tendo como diapasão a zona de conforto da voz do violeiro.
“Cantador tem que cantar olhando para o público, por isso
precisava decorar os cordéis” (Poeta João Tobias).

O repentista era considerado uma personalidade importante para o povo. Por isso
muitos tinham fama, com várias cantorias já agendadas. Onde usavam as rádios para
divulgar suas apresentações. Ao chegar nas casas e nas fazendas eram recebidos com
pompa, onde era lhes oferecido comida boa e farta e pousada, para que a noite
pudessem cantar suas histórias e as histórias de quem estava ali a pedir. De noite
sentavam no centro da sala e todos os escutavam por horas em silêncio, interrompido só
por quem queria ouvir suas história improvisada na boca dos repentistas e eram muitos
que se propunham a dar a deixa. Sendo assim, numa noite era possível se ouvir muitas
histórias cantadas, que eram senão histórias de todos que estavam ali a ouvir e por que
não dizer a ajudar a contar também cada história, claro com anuência e precisão destes
mestres da rima que são os repentistas.
“A gente pedia licença ao dono da casa e saúdava o público
já cantando.” (Poeta João Tobias).

Nos espaços públicos e nos festivais chegavam a ter lotações de público de 100,
200 ou até 500 pessoas ou até mais nos casos dos festivais onde compareceriam, 5000 a
6000 pessoas e até 208 cantadores, em mais de três dias de festa. Além disso claro,
aconteciam também as cantorias nas casas dos admiradores, que também não deixavam
de ter participação assídua da população vizinha. O que era melhor para estes poetas,
pois o dinheiro que ganhava vinham das contribuições das pessoas ali presente que
depositavam suas gorjetas numa bacia (vasilha de plástico redonda ou de metal) logo à
frente dos cantadores, que ao encher, eles espertamente guardavam na bolsa da viola e
repunham a bacia no lugar para mais contribuições. E não pense que eram poucas não,
assim como as participações nos mote, as contribuições eram generosas como o que
corroborando aqueles versos cantados que fazia uma relação direta com o introspecto do
público ouvinte/participante. Que nos romances choravam e nos martelos, mourão,
desaforo, que eram rixas entre os violeiros, se esbaldavam de rir. O que pode se dizer e
o cantador João Tobias concordou, que o repente ditava moda e cultura. Inclusive
percebendo esta influência, a arquidiocese de Fortaleza, capital do Ceará, organizava
grandes festivais de violeiros onde os assuntos cantados eram os evangelhos.
Os repentistas cantavam sobre política, amor, saudade, abandono de filho, fé,
festas populares, como vaquejada e reisado, geografia, como baias hidrográficas, faróis,
portos e várias outras histórias, principalmente histórias de quem estava ali a assistir. O
cantador, junto com o seu parceiro, tinha uma relação intima com o público, como se
todos falassem a mesma língua, a linguagem do repente.
Nenhum assunto e nenhum mote causava medo ao repentista e o público não se
contentava enquanto não ouvia as histórias, causos e peripécias do dia a dia,
representadas nos versos do repente. Muitas destas histórias incitadas pela própria
plateia. Como num jogo de ping-pong, um bate rebate salutar, uma troca pouco vistas
nas formas musicais atuais, em que um violeiro compreende o outro e se faz
compreender ao mesmo tempo e os dois, ou um, quando a cantoria era feita com apenas
um, entende o plateia e esta interage com os repentistas, fechando um círculo de
relações peculiar deste tipo de expressão musical.
O repente é um gênero musical que não depende só do brilhantismo “intelectual”
dos repentistas, ele é feito também, a partir e para o público, atendendo os anseios de
pessoas que veem no repente uma forma de se socializar, porém feito, diferentemente de
outros gêneros musicais, de maneira mais consistente e eloquente, eu diria até
intransigente, pois se alimenta, necessariamente das histórias de vida das pessoas
envolvidas no repente, tanto na bagagem de experiências dos cantadores como das
facetas cotidianas e, às vezes, até criadas, da plateia.
Para o repente acontecer é necessário que se entenda, que além do fazer artístico
musical, além da beleza da poética cantada, ali, naquele momento, vai,
impreterivelmente, se estabelecer uma relação de conivência, de sociabilidade entre as
pessoas envoltas na simples complexidade de fazer repente.

Conclusão:

Observando a narrativa desta experiência de vida, contada de maneira simples


por este músico popular e repentista, o poeta e cantador João Tobias, pude constatar que
havia uma relação intrínseca de concordância entre os sujeitos envolvidos no repente,
não só entre os cantadores, mas com o público também. Pessoas que se expressavam
através da música rimada e construíam paradigmas (ou os quebravam) e bases de
convivência e de relacionamento em que a musicalidade era meio e fim propulsor e
formador de cultura, de características, de comportamentos das pessoas daquele período
em questão em que o cantador João Tobias foi mais atuante.
Cada repentista que começava uma cantoria, por exemplo, deixava a deixa no
ultimo verso ou no penúltimo para o outro companheiro improvisar. Então além do
tempo de improviso de um dos cantadores, mínimo é necessário relembrar, mas que não
preocupava o repentista, o outro violeiro tinha a deixa do verso anterior, o que não sabe
se era favorável ou fator complicador. Mas há ai, embutida, uma relação de
cumplicidade necessária para o improviso. Um cantador complementando o outro e às
vezes até desfazendo o outro nas rixas. Porém eram trocas necessárias que só poderiam
dar certo, ou melhor colocando, só davam certo por que os profissionais se entendiam,
antes da forma verbal cantada, de maneira não verbal, com a criação mental de uma
correspondência ao contexto do outro. Relação que transpunha comumente o ambiente
da cantoria.
Outra relação que se estabelecia, esta de maneira até menos explicável, talvez
pela habitualidade ou mesmo metafisicamente (não foi foco entender os porquês), mas a
ligação do público com os sujeitos do repente e com o processo, alias configurando,
inclusive como um dos sujeitos, como um terceiro repentista (grifo meu), em uma
participação ativa e por vezes fundamental pelo envolvimento que se estabelecia,
observado nos motes dados, aliás percebido bem antes, na presteza em criar os motes.
Destaca-se, portanto, nestas relações, um laço de fraternidade entre os
repentistas e, não inferior, de irmandade com a platéia, ligados por um elo imaginário,
porem envolvente, proporcionado pela MUSICALIDADE DO REPENTE.

Referências:

Napolitano, Marcos; História & música, história cultural da música popular; Belo
Horizonte: Autêntica, 2002

Amaral, Wendell de Freitas; Métrica, Ritmo e Rima do Repente.


http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=20032
Roazzi, Antonio; Bryant, E. e Peter, Ann Dowker; A arte do Repente e as Habilidades
Linguísticas.
http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/473/484

Blog do Deputado Federal André de Paula. Lei do Repentista.


http://andredepaula.wordpress.com/2010/01/20/sanciona-lei-dos-repentistas/

19 vídeos (6 min cada) do Banco Internacional de Objetos Educacionais.


http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/752

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