You are on page 1of 4

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases


com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue,
necessária para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de
eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas
pelo gás carbônico. Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior
e inferior. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa
torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. O
trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte
inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das
pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato
respiratório inferior (NETTER, 2000).
O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar
deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de
vias aeríferas.A respiração de acordo com os movimentos perceptíveis da caixa
torácica pode ser dada em inspiração, através do diafragma e dos músculos
intercostais promovendo a entrada do ar oxigênio no organismo. E a expiração, que é o
movimento contrário à inspiração, resultando na liberação do gás carbônico, ou saída
de ar dos pulmões que ocorre a partir do relaxamento do diafragma e dos músculos
intercostais (SOUCHARD, 1987).
O movimento de inspirar e espirar realizado durante o processo de respiração
pode ser classificado como ritmo respiratório ou frequência respiratória, que por sinal é
preciso ser mantida dentro dos padrões de acordo com fatores intrínsecos de cada
indivíduo. Pois, respirar de forma correta é sinônimo de inúmeros benefícios adquiridos
já que é o processo essencial para promover todo suprimento necessário para a vida
(SOUCHARD, 1987).
A verificação da frequência ocorre de maneira bem simples, através da
contagem da quantidade de vezes que uma pessoa realiza os movimentos combinados
de inspiração e espiração em um minuto. Todo o processo de verificação é feito
observando a elevação do tórax, no caso das mulheres e na elevação do abdômen em
homens e crianças. Além deste, outro método é efetuar o número de vezes de saída do
ar quente através das narinas (GUYTON, 2006)

OBJETIVO GERAL
Aferir a frequência respiratória em repouso e após exercício.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Observar a localização anatômica das estruturas que compõe o sistema
respiratório por meio de anatomia palpatória (músculos intercostais, diafragma,
costelas).
• Mensurar com o auxílio de fita métrica o tamanho da caixa torácica durante os
movimentos de inflação e deflação dos pulmões.

MATERIAL
• 3 balões
• 1 Fita métrica

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Afim de atingir o objetivo o procedimento experimental se deu em Nx etapas. A
primeira etapa consistiu em medir a caixa torácica com o uso de uma fita métrica
durante o movimento de inflação, e, efetuar a medição pós movimento de deflação dos
pulmões, para se obter a capacidade pulmonar. A segunda etapa se deu com a
inflação de um balão com o indíviduo em repouso, sem que realize o movimento de
inpiração antes de encher o balão. Para a realização da terceira etapa foi necessário o
auxílio de um colega onde o mesmo cronometrava o tempo de 1 minuto, enquanto era
feita a contagem de respiração até o final desse tempo pelo aluno a ser avaliado. Na
quarta etapa uma música foi cantada e ao sinal da professora foi feito o enchimento de
um segundo balão sem que houvesse a inflação dos pulmões. Depois de aferir toda a
frequência respiratória em repouso, a quinta e última etapa foi realizada em exercício.
Encaminhando-se para o corredor de acesso as escadas da unidade de ensino, os
alunos efetuaram novamente mais uma etapa em dupla (auxílio de um colega), onde foi
realizado a subida e descida das escadas três vezes, procedendo o término do
exercício foi enchido o terceiro balão do experimento, e depois foi feito a contagem de
vezes respirada durante o tempo de 1 minuto cronometrado pelo colega.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi mensurado o Volume de reserva expiratório (VRE): volume máximo que
pode ser expirado a partir do final da expiração. Por conseguinte foi mensurado o
Volume de reserva inspiratório (VRI): volume máximo que pode ser inspirado a partir
do final da inspiração. Como mostrado nas tabelas:

Tabela 1. Mensuração da capacidade pulmonar da aluna Aldenora


Experição 72 cm
Inspiração 78 cm

Tabela 2. Mensuração da capacidade pulmonar da aluna Laura


Expiração 86 cm
Inspiração 82 cm

A avaliação dos volumes e capacidades pulmonares, bem como dos fluxos


respiratórios e sua comparação com valores de referência adequados às populações
estudadas, permite diagnosticar doenças, acompanhar sua evolução e realizar
avaliações funcionais com objetivos pré-operatorios. Diante disso, percebeu-se que a
aluna Aldenora possui uma maior capacidade pulmonar para realizar o aporte de O 2,
no entanto Laura também mostrou um bom aporte de O 2, então ambas encontram-se
na normalidade.
Foi percebido que os volumes dos balões enchidos possuíam volumes
diferentes, o inflado em repouso apresentou área regular, comparada aos demais
grupos, no entanto o que foi enchido logo após o canto demonstrou maior área, uma
vez que cantar melhora a capacidade pulmonar, fortalece músculos e relaxa.
A corrida realizada nas escadas aumentou a frequência respiratória, uma vez
que o ritmo respiratório aumenta com a intensidade do exercício até que num
determinado momento ocorre um aumento rápido e acentuado. Neste momento crítico
que corresponde a uma determinada intensidade de exercício, a respiração ‘detecta’ o
acúmulo de ácido láctico que começa a ocorrer e aumenta de forma acelerada para
eliminar o CO2 que é produzido a mais. O balão enchido logo após esse exercício físico
pela aluna Aldenora demonstrarou área extremamente pequena (principalmente
comparados aos demais alunos), e a aluna Laura não conseguiu enchê-lo, tal fato pode
ser explicado pelo sedentarismo de ambas as alunas, uma vez que a inatividade física,
com as suas graves ou regulares conseqüências sobre a musculatura ventilatória
(principalmente sobre o diafragma e os músculos intercostais externos), tem como
conseqüência uma capacidade vital limitada e uma redução das potenciais excursões
do tórax. Isso significa que a falta de uso prejudica a ventilação pulmonar em repouso e
durante o exercício e favorece o envelhecimento prematuro desse sistema. Ademais, a
capacidade pulmonar de difusão do oxigênio dos alvéolos aos capilares pulmonares
não está nos níveis ideais. Além disso, sabe-se bem que um pouco de exercício pode
atuar como um bom expectorante.
A frequência respiratória foi mensura, e mensura a quantidade de vezes que
uma pessoa realiza os movimentos combinados de inspiração e expiração em um
minuto. Para se verificar a frequência da respiração, conta-se o número de vezes que
uma pessoa realiza os movimentos respiratórios: 01 inspiração + 01 expiração = 01
movimento respiratório:
Tabela 3. Frequência respiratória da aluna Laura em repouso
Tabela 4. Frequência respiratória da aluna Aldenora em repouso
Ambas as alunas demonstraram frequência respiratória adequeada, pois a
literatura relata que o adulto normal em repouso respira confortavelmente 12 a 18
vezes por minuto. (Peach, 1998). No entanto, um fator deve ser levado em questão: a
tentativa de fazer esta contagem muito provavelmente leva a uma interferência
voluntária no ritmo respiratório, o qual ao contrário da frequência cardíaca pode ser
alterado quando ‘pensamos’ para respirar, o que não faz desses dados 100%
confiáveis com a frequência respiratória real das alunas.
A frequência respiratória também foi mensurada após o exercício físico:
Tabela 1. Frequência respiratória da aluna Aldenora após exercício
Tabela 2. Frequência respiratória da aluna Laura após exercício
Esses valores encontram-se elevados comparados com a dde alguns alunos,
devido principalmente ao fator sedentarismo como já explicado anteriormente. Mas vale
ressaltar que essa exaltação na frequência respiratória durante atividade física já
ocorre normalmente, porque o nosso organismo vai precisar de mais oxigênio para
queimar os açúcares e outros nutrientes necessários para nos fornecer energia. Como
estão fazendo exercício físico, as células musculares irão precisar de mais oxigênio
que é levado às mesmas através do sangue. Assim, os movimentos respiratórios vão
ser acelerados, para que o sangue receba maior quantidade de oxigênio dos pulmões.
O coração, por sua vez, baterá mais rápido para que a circulação sanguínea circule
mais rapidamente, suprindo a demanda energética das fibras musculares. Em quem
realiza exercícios físicos frequentes, em repouso após o exercício a frequência
respiratória tende à normalidade com mais rapidez.
CONCLUSÃO
Ambas as alunas demonstram frequência respiratória normal em repouso, no
entanto um pouco alterada após exercício físico, fato proveniente do sedentarismo das
mesmas, os diâmetros dos balões inflados em repouso e cantando também
demonstraram valores dentro da normalidade. Todavia, os balões inflados após
exercício físico apresentaram diâmetros extremamente pequenas e a frequência
respiratória das alunas mostrou-se também alterada, esses resultados são
provenientes do sedentarismo das mesma, pois prejudica o sistema respiratório.
A capacidade toraxica das mesmas também apresentou valor dentro da
normalidade.
Segundo paragrafo: SOUCHARD, Philippe-Emmanuel. Respiração. Summus
Editorial, 1987.
Primero: Guyton, Arthur C., et al. Fisiología médica. Vol. 11. Madrid: Elsevier,
2006.

You might also like