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DURABILIDADE E MODULO DE ELASTICIDADE DE MISTURAS AREIA- CAL - CINZA VOLANTE ANTONIO FORTUNATO MARCON TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENACAO DOS PRO- GRAMAS DE POS-GRADUACAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NE- CESSARIOS PARA O GRAU DE MESTRE EM CIENCIA (M. Sc.) Aprovada por: JACQUES DE MEDINA Presidente WILLY ALVARENGA LACERDA C atc NAGATO RIO DE JANEIRO we ESTADO DO RIO DE JANEIRO - BRASIL MARCO DE 1977 A esposa Marta Goretti Hilzendeger Marcon A fitha Fernanda Hilzendeger Marcon Aos meus pate e irmaos pelo amor e dedtcagao que sempre tiveram por mim AGRADECIMENTOS Ao Professor Jacques de Medina pela orientagao, interesse e incentivo dedicados 4 elaboragdo deste trabalho. Ao Or. Ivan Paes Leme e Dr. Galileo Antenor de Araujo, respectivamente Diretor e Vice-Diretor do Instituto de Pesquisas Rodovidrias (IPR), pelo interesse dado a esta pesqui- sa. Ao Dr. Rui Barbosa da Silva, chefe da Diviséo de Pesquisas e ao Or. Saloméo Pinto, pelas condigées de trabalho oferecidas para realizegdo dos ensaios. Ao Dr. Geraldo Monteiro Vieira e Dr. Francisco de Assis Menescal Fabricio, pelo apoio recebido. Ac Or. Mario Kabalem Restom pela dedicagSo e in- teresse demonstrados a esta pesquisa. Ao Dr. Henrique Alexis SannaeODr. Pedro José Mar- torrel Martorrei pelo interesse demonstrado para realizagéo da pesquisa. Ao DER/RJ por ter colocado equipamento @ disposi- gao para realizagdo de ensaios. Aos Professores da Areade Mecanica dos Solos, pe- los conhecimentos adquiridos. Aos laboratoristas, colegase funcionérios que par- ticiparam na execugéo desta pesquisa. aii mostraram que a adig&o de cimento e a substituigdo da areia por brita mais a adigéo de cimento melhoram @ qualidade das mistu- ras estudadas. G estudo de laboratério mostrou que as misturas ora estudadas apresentam caracteristicas suficientemente boas para que possam ser aplicadas na construcao de base e sub-base de pa- vimentos. Entretanto, provavelmente, cuidados especiais devem ser tomados durante a construgao. di 0 objetivo deste trabalho @ o estudo da durabilidade, do médulo de elasticidade e da resisténciaa tregdo por compres- sao diametral e da resisténcia a compress&éo axial simples de um solo arenoso estabilizado com cal e cinza volante, e também, com a adig&o de cimento e substituigdo de parte da areia por brita. G solo escolhido foi uma areia de duna costeira, nao coesiva e de granulometria uniforme, a fim de destacar a agéo pozolanica cimentante da cal mais cinza volante quando mistura- das com 4gua. Foram estudadas trés misturas com proporgées di- ferentes. A primeira composta de 63% de ereia de duna, 13% de cinza volente e 4% de cal. A segunda mistura possuindo os mes- mos teores da primeira com respeito & cal, cinza volante e areia de duna, mas contendo o acréscimo de 1% de cimento portland de alta resist@ncie inicial, como aditivo. A terceira mistura pos- suinde 53% de areia de duna, 30% de brita, 4% de cal, 13% de cin- za volante e mais 1% de cimento portland de alta resisténcie inicial, novamente como aditivo. Todas as misturas foram estudedas somente na umidade Gtime de compactagaéo. Os corpos de prova foram moldados em ci- lindros tripartidos de 10 cm de didmetro por 20 cmde altura. As idades de cura adotadas foram de 7, 14, 22, 26, 30, 38 e 90 dias. Foram realizados enseios de resisténcia & compresséo axial sim- ples e resisténcia a tragéo por compressdo diametral, ensaios de durabilidede pelo método da ABCP, pelo método Iowa e por um mé- todo estudado pelo autor, e além disso ensaios de determinagao do médulo de elasticidade por métodos estatico e dinamice. Ars- sisténcia 4 compress&o axial simples alcangou valores de até 137 kef/om2 e a resisténcia a tragao por compressao0 diametral 22 kgf/em2, Os valores do médulo de elasticidade estdético chega- ram até a 150.000 kgf/om2 enquanto os valores do método dinami- co alcangaram até 178.000 kgf/cm?, Os ensaios de durabilidade iv The purpose of this research work is the study of durability, elastic modulus, split tensile strength and un- confined axial compression strength of a sandy soil stabilized with lime and fly ash, and also, with the cement addition and replacing part of sand with crushed stone. The selected soil was a coastal dune sand, cohesionless and with uniform gradation, inorder to enhance the cementitious pozzolaniec action of lime plus fly ash when mixed with water. Three mixtures with different proportions were studied. The first mix had 83% dune sand, 13% fly ash and 4% lime. The second mixture had the same contents of lime, fly ash and dune sand, but having 1% of high initial strength portland cement as additive. The third mixture had 53% dune sand, 30% crushed stone, 4% lime,13% fly ash and 1% of high initial strength portland cement as ad- ditive, All mixes were studied at optimum moisture content only. Specimens were molded in cylinders 10 cm diameter and 20 om height split longitudinally into three parts. Curing ages adopted were: 7, 14, 22, 28, 30, 38 and 90 days. Tests performed were the following: unconfined compressive strength, split ten- sile strength, durability according to ABCP ("Associagéo Brasi- leira de Cimento Portland”) method, Towa method, and the Author's method, and elastic moduli determinations by static and dynamic methods, Unconfined compressive strength reached values up to 137 kgf/om? and tensile strength obtained through diametrical compression (split tensile strength) 22 kgf/cm?. Static elastic modulus atteined values up to 150,000 kgf/cm? and the dynamic modulus 178,000 kgf/em*. Durability testing have shown that ad ding cement and replacing sand by crushed stone together with v the addition of cement improved the quality of mixtures studied. Laboratory research have shown that the mixes studied present good enough characteristics so that they could be aplied in the construction of base and sub-base courses of pavements. However special provisions, probably, should be considered during construction, 5. INTRODUCKO 2... ccc cece eee ec eee e een n cnet en ones USO DA CINZA VOLANTE ...... cece ccc e eet e teen ee neeee . 2.1 - Histdrico do Uso das Cinzas .. 2.2 - Produgdo e Utilizagado das Cinzas .........000e CARACTERISTICAS DA ESTABILIZACAO POZOLANICA ........ REVISAO DA LITERATURA ....... cece eee eee eee eee 4.1 = RESIStENCIA oe cece reece eter eect eet e eee ee 4.2 - Durabilidade co. cece cece eect cece eter e eee e eee 4.3 - Mddulo de Elasticidade .. 4.4 - Coeficiente de Poisson ........ bette eeneeenee 4.5 - Fatores que Influenciam a Reacdo Pozolanica .. PROGRAMA DA PESQUISA .. vi INDICE A511 - Materiais ... cece eee c ee eee reece eee ee 9.5.2 - Proporcdes Lc. eee cece eect ene e eens 4.5.3 - Execugao da Mistura .......... cece eens 4.5.4 = Cura 2... eee eee eee eee eee eee 16. 7 18 18 19 20 21 25 vil pag. MATERIAIS UTILIZADOS 29 6.1 - CinzZa Volante wo cceesssecceeeeeeete eee eeneeee 29 6.2 - Cal ..... NY 29 30 30 30 43 7.1 - Moldagem dos Corpos de Prova .... eee eee e eee ee 43 TiV.1 - MiStUra cece cece cece teen eee eens 43 7.1.2 = Compactagdo 2.2... cece cece eee eee 43 7.2 - Cura e Imersdo dos Corpos de Prova ........... 44 Ti21 = Cura tice ee cece cence tenet een ee eens 44 7.62.2 - IMeFSTO. cece eee ee eee eee ee eee teens 4a 7.3 - Rompimento .. 45 7.4 - Durabilidade .... ccc cece eect cece eee e ene eane 45 4.1 - Método ABCP 45 7.4.2 - Método Towa % 46 7.4.3 - MEtodo do AUtOr .. eis eee eee eee eens 46 7.5 - Modulo de Elasticidade ......cseseeee cree eeens 47» 7.5.1 - MOdulo de Elasticidade Estatico ...... 47 7.5.2 - Médulo de Elasticidade Dinamico ances 48 10. RESULTADOS E DISCUSSOES 8.3 viii = Durabilidade ...c.ccceeceeseeeeeeeeteeeaeens 8.1.1 - Método ABCP .... 8.1.2 - MEtodo Towa ... ce cece e eee e eee e cece eee 8.1.3 - Método do Autor ..........e eee e eee eee - Modulo de Elasticidade ........ es cece cece eee 8.2.1 - Mddulo de Elasticidade Estatico ...... 8.2.2 - Modulo de Elasticidade Dinamico ...... 8.2.3 - Correlacgao Entre os Modulos de Elasti- cidade Estatico e Dinadmico ........46. - Resisténcia @ Compressao Axial Simples e Resis- téncia a Tracdo por Compressao Diametral ..... - Correlagao Entre os Modulos de Elasticidade e as ResiStOncias ©... . cece e cece teen eee 8.5 - Calculo de Tensdes pela Teoria de Elasticidade de Burmister para Trés Camadas ..............- CONCLUSUES 2... cece cece e cece eee ene eee nen nent ene SUGESTOES DE NOVAS PESQUISAS ...... ces eee eee ee eens REFERENCIAS BIBILIOGRAFICAS .. 51 51 52 53 54 54 54 54 56 58 58 116 CAPITULO 1 CAPITULO 1. INTRODUCAO As técnicas de pavimentagdo evaluem. no sentido de atender & demande crescente de pavimentos mais resistentes e du- raveis face ao aumento de carges e de sua frequéncia de solici- tagdese A dificuldade comum de encontrar materieis naturais satisfatérios no local da construgao pode lavar a custos eleva- dos de exploragaéo e transporte. Oai o interesse da estabiliza- g&0 de solos locais com emprego de diferentes aditivos quimicos e de rejeitos industriais. € a cinza volante um rejeito industrial das usinas termelétricas que utilizem carvao pulverizado na pradugdo de va- por. Este material quando misturade com cal na presenga de agua resulta em subst@nctas cimentantes que déo resisténcia ac solos chama-se a esta mistura de pozolanica. O prego dacinza num can- teiro de servigo & apenas o do transporte. Sua utiYizagéo ace- lerada resolve o problema do acimulo indesejado junto 4s terme- létricas. Em varios paises do mundo inteiro tem-se pesquisado as utilizagGes da cinza volante, sendo uma delas a estabilize- gdo de solos da quai a obra mais importante foi a construgao do aeroporto de Newark nos Estados Unidos. Apesar de néo se ter uma delineagdo perfeite sabre que tipos de solos podem ser estabilizados quimicamente com cal e cinza volante, as pesquisas realizadas tém indicado os solos granulares como os mais propicios. A areia de dunas existentes ao longo da costa brasileira & propria para o tipo de estabili- zagao ora em estudo. 3 No Brasil tem sido dado alguns passos para aplicacéo da estabilizagdo de solos com cal e cinza volante. No Rio Gran- de do Sul tem sido feitas algumas aplicagdes prdticas. No que se refere aos estudos de laboratério foram executados dois tra- balhos que constitufram as teses de Mestrado (COPPE-UFRIJ) de PINTO {1) e NAROI (2). Estes dois pesquisadores estudaram -o mes- mo tipo de solo mas com tipos de cales e cinzas volantes dife- rentes. Na primeira pesquisa foram avaliadog parametros como efeito de diferentes proporgdes de ocinzas volante e cal, efeito dos esforgos ce compactagao, efeitoda temperatura de cura, influén- cia do perfodo de curaerelagées entre umidade, densidade e re- sisténcia. ‘A’cinZa volante utilizada foi de Charqueadas (RS) e a cal dolomi{tica. Na segunde pesquisa foram avaliados parémetros como correlagéo densidade, umidade e resisténcia, efeitos das es- forgos de compactegdo, efeito do tempo de cura, efeito do cimen- to portland de alta resisténcia inicial como aditivo e efeito de brita na mistura substituindo a areia. Nesta pesquisa foi utilizado cinza volante de Tubaraéo (SC) e cal calcitica. O mais significative desenvolvimento técnico de cam- po quanto & utilizagao de misturas areia, calecinza volante em bases de pavimento, foi conseguido recentemente com a constru- g&o de um trecho experimental junto a BR-101 em Santa Catarina, contendo segdes instrumentadas, ficando o mesmo situado em re- giao de dunes de areia, 0 material utilizado foi areia de dunas. A presente pesquisa tem como finalidade completar os estudos das misturas utilizadas na tese de NARDI (2) analisando suas durabilidades, mddulos de elasticidade e resisténcia 4 com- press&o simples e diametral* em corpos de prova moldados na umidade 6tima. O presente trabalho faz parte de uma linha de pesqui- sa oriunda na COPPE-UFRJ em 1969, © que atualmente tem prosse- guimento no Instituto de Pesquisas Rodovidrias (IPR) do Depar- tamento Nacional de Estradas de Rodagem (ONER). Entende-se por resisténcia @ compressao diametral, a resis- téncia & trag&o obtida por compressao diametral (tragaéo in- direta); a designagao simplificada ser& adotede ao longo do texto. CAPITULO 2 2. USO DA CINZA VOLANTE 2.1 - Histdrico do Uso das Cinzas A cinza volante 6 um material proveniente da queima de carvao pulverizado possuindo propriedades pozolanicas. Mate- riais que tém caraéter pozolanico sao aqueles que tém a capaci- dade de se combinar com a cal na presenca de dgua, & temperatu- ra ambiente, dando compostos hidratados estaveis que possuem pro- priedades ligantes. Eles tém a propriedade quimicae de possuir intrinsicamente pouco ou nada de 6xido de calcio nas’ suas com- posigdes (3). © termo pozolana teve origem da cidade de Pozzuoli perto do Vesvia na Itdlie, onde os romanos exploravam a cinza vulc&nica para utilizagdéo na argamassa de suas construgdes, mis- turendo-a com cal viva. Estruturas romanas construfdas a 2,000 anos atras se conservam até hoje, atestando a qualidade e a du- rabilidade de cimentos pozolanicos (4). ue Na pesquisa por materiais econdmicos, os engenheiros modernos redescobriram a tecnologia conhecida pelos chineses e romanos muitos anos atraés: quando a cal e pozolanas sao mistura- das com agregados e compactados num estade denso, a mistura en- durece com o tempo e forma materisis resistentes e durdveis. En- quanto os chineses utilizaram pozolanas naturais (cinza vulca- nica, xistos etc.) os engenheiros, atualmente, tém-se voltado pa- ra o sub-produta cinza volante como fonte de pozolana (5). Nas Gltimas décadas no mundo todo tem-se construido termelétricas cujo combustivel @ o carvaéo pulverizado. Disto re- sulta como sub-produto um volume muito grande de cinzas, que - causam problemas de poluig&o do meio ambiente além de tornarem 6 indteis areas de terreno onde séo depositadas, Surgiu entéo a idéia de se pesquisar uma maneira de se utilizer este material, e hoje temos a aplicagao de cinzas para muitas finalidades como na fabricagdo de cimento pozolanico, agregados leves, tijolos, estabilizagao de solos, corregdo de solos para agriculture etc. D estudo da aplicagdo da cinza volante para estabi- lizagao de solos data de 1934 quando, inclusive, foi consegui- da uma patente de seu uso como material estrutural (4, 6). As propriedades cimentantes da cinza volante misturada com cal e agua foram estudas a partir de 1940. Depois disto muitos solose misturas diferentes forem ensaiades em laboratério, em varias partes, com a finalidade de descobrir as propriedades @ 0 com- portamento da cinza volante utilizada na astabilizagao do solo. As primeiras tentativas de campo com misturas solo, cal e cinza volante foram feitas na construgéo de "by passes”, passagens e acostamentos da New Jersey Turnipike (4). Mas a obra mais importante em que se utilizou misturas de cal, cinza valan- te e solo foi na construgaéo do aeroporto de Newark (7). Além des- ta nds podemos destacar a construcao de um pavimento para cargas pesadas em Port of Portland, Oregon, EUA (8). A cinza volante tem sido também pesquisada em pavi- mentos de pistas experimentais como o programa desenvolvido nos Estados Unidos na Universidade de Illinois (9). 2.2 - Produgdo e Utilizagdo das Cinzas O consumo de cinzas est& muito aquém da quantidade disponivel anualmente. A produg&o anual de cinzas esté estima- da em 180 milhdes de toneladas anuais, sendo que destes somente cerca de 30 milhdées s4o utilizadas. Isto carresponde a uma per- centagem de 16 a 17% de utilizagdo (10). A Franca no decorrer dos anos de 1970 a 1974 conse- guiu uma taxa de utilizago de cerce de 72,5% senda @ sua pro- dugdo anual estimada em 4 milhdes de toneladas (10). Em 1971 0 7 aproveitamento da cinza volante nos Estados Unidos foi de 11,7% numa produga&o aproximada de 28 milhdes de toneladas provenientes da queima de carvéo, Gleo e linhito (11). Segundo a Comissao Econémica para a Europa em 1971 a produgdo de cinza por carvio, nos pafses a ela pertencentes, alcangou 103 milhées de toneladas tendo sido utilizada 23,9%. Os principais usos da cinza de carvao mineral foram: 22,4% para construgéo de estradas; 18% para concreto; 26,3% em locais de aterro pare construgéo; e 31,3% para outros fins (12). No Brasil nés temos quatro termelétricas situadas to- das elas na Regiéo Sul: Candiota e Charqueadas no Rio Grande do Sul, Sotelca em Santa Catarina e Figueira no Parana. A termelétrica da SOTELCA é a nica da qual se possue dados de produgdo de cinza volante, que chega a 167 mil tonela- das anuais. Este produgéo praticamente duplicardé quando dois ou- tros grupos geradores passarem a funcionar. Das outras fontes de cinzas volantes néo se tem dados precisos de produgao, mas estima-se em cerca de 700,000 toneladas a produgéo anual de cin- zas volantes no Brasil. A utilizagdo & muita baixa. CAPITULO 3 3. CARACTERISTICAS DA ESTABILIZACAO POZOLANICA A estabilizagaéo pozolanica é aquela que é feita com um material quimicamente inerte por si, mas que quando misturado com cal e agua reage dando produtos cimentantes. A cinza volen- te proveniente da queima do carvao possue grande quantidade de silica e alumina por isso muitas cinzas s&o excelentes pozolanas. As cinzas volantes possuem uma composig4o quimica mui- to heterogénea o que complica os estudos do mecanismo da reacgéo e tem sido o fator que mais contribuiu para a deficiaéncia da pesquisa basica do problema (5, 9). As propriedades dos materiais estabilizados pozola- nicamente dependem da qualidade dos componentes cal, cinza vo- lante e agregado. Além disso as condigdes de cura, proporgao dos materiais, esforgo de compactagéo e homogeneizacao da misture sao outros fatores que tém influéncia. & importante também res- saltar que as reagées pozolanicas cessam totalmente quando nao se tem 4gua suficiente. Em geral ha dois tipos diferentes de reagdes que tem lugar quando a cal e a cinza volante s&0 adicionados com &gua aum solo ou agregado. O primeiro tipo 6 aquele em que a cal age independentemente da cinza volante através da troca catid- nica, floculagéo e aglomeragao das part{culas argilosas do solo, e da carbonatagao com ao didxido de carbono do ar. O segundo ti- po resulta da reagaéo entre a cal e a cinza volante, sende que, essencialmente este mecanismo complexo estabilizao material atra- vés da formagao de silicatos e aluminatos hidratados de calcio {8}. Estes agentes cimentantes s&o formados somente depois que solubilidade da sflica e da alumina crescem muito, o que ocorre quando o pH atinge valores maiores que 10 e 11 (8). A adigao da 10 cal aumenta o pH da mistura até aproximadamente 12,3 (6). A reag&o pozolanica é, ac menos em parte, dependente da habilidade da sflica de se solubilizar antes ou durante a reagao; por isso o conhecimento dos fatores que afetam a solu- bilidade da silica & extremamente importante na compreensao das reagoes (9). A atividade das pozolanas esté relacionada com a na- tureza alcalina das misturas cal-cinza volante. A ativagéo da silica pelos ions hidroxilas tem um papel importante na forma- gao dos silicatos hidratados. Quando o hidréxido de c&lcio & adicionado & agua os ions célcio entram em solugdéo, sendo que a solubilidade do hidréxide de célcio decresce .linearmente com a temperatura, e o pH da solugdo de cal cresce & medida que os ions hidroxila s&0 libertados da cal (4,9). A sflica pode apre- sentar-se cristalizada (no quartzo), amorfa, ou fazendo parte da estrutura cristalina dos minerais arg{licos. Num solo areno- so apenas a silica emorfa (ou finamente cristalizada) entrara na reagao pozolanica. Diferentes pesquisadores sdo0 em conjunto, unadnimes em reconhe a influéneia preponderante da cal. A atividade pozo- lanica de uma cinza volante est em relagdo direta com a velo- cidade de absorgao da cal Ca(OH), (esta velocidede depende do teor de silica solivel na cinza) (10). Os fatores que indicam uma boa atividade pozolanica a) parcentagem alta de cinza volante passando na pe- neira n? 325 ou Seja Aree especifica grande. b) teores altos de Si0,, S10, + R,03 e S10, + A1Z0,. c) baixo teor de carbono e baixa perda por ignigéo. d) teores altos de 4lcalis (8). ll Para a estabilizagéo pozolanica de solos podem ser utilizadas tanto cales dolomiticas como calciticas. Ha indica- goes de que, 4 baixas temperaturas, a cal dolomfitica reage mais rapidamente (4, 9). Para ilustrar abaixo estéo algumas das rea- goes possiveis que podem ocorrer numa mistura cal-cinza volante- gua, onde "R” representa (ca**) ou (Mg**) ou combinagdo desses dois ions: ro #22, econ), ro H20s 60 RCO, + 50 2 ~ coz R(OH), —~4 _, RCO, + HZ0 - R(OH)5 + $10, 20 xRO.ySi02.2H,0 . H20 RCOH), + Al,0, —“2°_, xRO.yA1,0,.2H,0 H20 R(OH), + Al,O, + Sid, 2°, xRO.yA1203.25107.wH,0 2-3 ROH), + SO” + Alzdg 12°, xRo.yaig05.2R804.wH20 - Além dessas reagGes, pensa-se que os compostos decdl- cto e magnésio podem reagir com o Gxido de ferro separadamente se este composto estiver presente na fase vitreadacinza volan- te (13). ce CAPITULO 4 13 CAPTTULO 4 4, REVISAO DA LITERATURA 4.1 - Resisténcia Os ensaios de resisténcia 4 compress4a simples e dia- metral de misturas cal-areia-pozolana s&éo os métodos mais comu- mente aceitos para avaliar pozolanas. A baixa velocidade de de- senvolvimenta de resisténcia tem sido o fator determinante da utilizagao de ensaios de resisténcia, na avaliagdo de materiais pozolanicos. QO desenvolvimento da resisténcia pozolanica pode ser acelerado através da cura 4 temperaturas acima da normal (1). 0 uso de aditivos quimicos para acelerar as reagies tem sida também empregado com a finalidade de dar resisténcia inicial 4s misturas. A estabilizagao de um solo 6, geralmente, avaliada no sentido de que quanto maior a resisténcia & compressdo melhor & a qualidade do material estabilizado. Os materiais estabilizados pozolanicamente tém a caracteristica incomum de desenvolver re- sisténcia ao longo de um extenso perfodo de tempo. Esse aumen- to, por ser substancial, deve ser levado em conta na avaliagao das propriedades de engenharia do material. A resisténcia & flexéo permite avaliar 6 resisténcia & tragdo do materiel . A razéo entre a resisténcia 4 flexéo e @ compresséo varia de 0,20 a 0,25 (9). As resisténcias 4 tragao pelo método indireto so aproximadamente a metade dag resistén- cias & flexdéo (8). 14 Os valores de resisténcia obtidos com materiais es- tabilizados pozolanicamente variam muito pois dependem da den- sidade de compactagao, composigdc da mistura, tempo de cura, condigées de cura, e métodos de ensaic. Na tabela 1 estado valo- res tipicos de resisténcie para vérios tipos de solos (68, 8). As normas brit&nicas exigem uma resisténcia de 28 kgf#/om* aos 7 dias para solos estabilizados. quando se usa cor- Pos de prova com relag&o altura para diaémetro igual a 2(14). Ha autores que mencionam uma resisténcis minima de 17,5 kgf/cm? ou uma razSo de resisténcia de 80% (15), este G1ltimo requisito a- tendendo & durabilidade. 4.2 - Durabilidade A durabilidade se refere 4 capacidade de um material manter a sua integridade estrutural sob condigédes aque & expas- to. As principais forgas deteriorantes que destrdem a integri- dade estrutural de um material estabilizado com pozolana s&o as variagdes de umidade e temperatura. Além destes fetores ambien- tais (calor e 4gua), a agéo das cargas repetidas do trafego de- bilitam o pavimento por fadiga. As condigtes a que o material estabilizado & exposto em laboratério durante ensaios de durabilidade, tem por finali- dade simular as condigées ambientais de campo. Por isso é impor- tante que os métodos de durabilidade levem em conta parametros como pluviosidade, temperatura local, umidade do ar e tempere- tura das camadas do pavimento. Este Gltimo fator é& importante tendo em vista que nos processos de estabilizagao dos solos em que intervem reagoes quimicas, a velocidade do ganho de resis- téncia 6 fungdo da temperatura. Estudos realizados indicam que a durabilidade telvez seja a propriedade mais significative do comportamento das ma- teriais estabilizados pozolanicamente, sendo que os fatores que mais influenciam esta propriedade so: granulometria do a- gregado, teor de cal mais cinza volante, razéo de cai mais cinza volante para o total de finos, tempo decura, tear de cin- 15 za volante e saturagdo (16). Muitos métodos de avaliag&o de durabilidade de mate- riais estabilizados com cal e cinza volante tém sido estudados. Entre estes podemos destacar: perda de peso por abras&o, ebsor— g4o de agua, velocidade de propagagéo de pulsos, variagao de vo- lume e medidas de resisténcia. Os métodos mais comuns de labora- tério s&o perda de peso e/ou perda de resisténcia para corpos de prova submetidos a ciclos de molhagem e secagem ou gelo-de- gelo. A densidade da matriz desempenha um papel muito im- portante na durabilidade de ume mistura, por isso que se reco- menda que a quantidade de agregado grosso porventura existente na mistura, seja tal que este fique "flutuando”. Para tal acon- selha-se a dosagem da mistura com excesso de finos de moda a evitar uma possivel ma performance devido as variagdes de cons- trugao. Com base nos estudos feitos, uma variagaéa de cal mais cinza volante para o teor de finos (passando na peneira n® 4) de 1:4 @ 1:7 d& bons resultados (16). A avaliagéo da durabilidade por perda de peso em es- covagens & feita em fungéo de limites m&ximos de desgaste esta- belecidos. Conhece-se normas para perdas maéximas, em ciclos de molhagem e secagem, no caso do solo-cimento, que s4o fungdes do tipo de solo. Os solos A-1, A2-4, A2-5 e A-3 podem sofrer des- gaste de até 14% do seu peso inicial seco, os dos tipos A2-6, A2-7, A4 e@ AS até 10%, e o8 solos AG e@ AZ somente 7% (17). 0 critério de avaliagdo de durabilidade por perda de resist@ncia nao faz parte de especificagées fixas. As indicagées que existem sao para corpos de prova submetidos a ciclos de ge- lo e degelo. Consideram-se como satisfatérias as misturas que tenham uma raz&o de resisténcia de ao menos 80% (4, 6}. A re- zSo de resisténcia & o quociente expressq. em percentagem, da resisténcia de corpos de prova submetidos a ciclos de molhagem e secagem ou gelo @ degelo, pela resisténcia de corpos de pro- va curados normalmente,. 16 4.3 - Modulo de Elasticidade D médulo de slasticidade vem a ser uma medide da ri- gidez do material em questao. Pode ser avaliado através de en- saio destrutivo em que se carrega o corpo de prova até a ruptu- ra, & velocidade pequena; ou ndo-destrutivo, quando se deduz o modulo pele medigdo de outra propriedade como a de propagagao de ondas elasticas ou vibragdes sonoras e aplicagaéo da teoria matemética da elasticidade., A lei de Hooke traduz o comporta- mento eladstico de proporcionalidade entre tensées aplicadas e deformagdes especificas obtidas, onde o coeficiente de propor- cionalidade & o mddulo de Young. No primeiro tipo de ensaio, di- to estaético, obtém-se o médulo de elasticidade estdtico, no se- gundo, o din&mico. Outros valores se obteriam no ensaio a car- gas repetidas, onde o tempo de aplicagdo da carga é da ordem do décimo de segundo, e entre uma aplicagado e outra podem decorrer alguns segundos; convencionou-se chamar o modulo assim obtido de médulo resiliente, neste caso entrando em jogo a fadiga do material. Os valores do modulo de elasticidade astdticopara ma- teriais estabilizados pozolanicamente variam segundo o tipo de ensaio, caracteristicas das misturas e critério de evaliagao. Os ensaios & flex&o d4o médulos de elasticidade estdético mais bai xo que os & compresséo (9). Os fatores como caracteristicas do agregado (dureza da particula e granulometria), grau de compac- tagao e tempo de cura, também influem no médulo de elesticidade estatico (5), Outro fator influente € 0 modo de avaliagao que pode ser feito pelo método da corda ou da tangentenacurva ten- sao-deformagéo. Qs valores ceracterfsticos do médulo de elasticidade devido ao exposta acima variam muito. Uma fonte indice a varia- go de 35.000 a 175.000 kgf/cm? ($), outra indica valores de 105,000 a 175,000 kgf/cm (9) © uma terceire fornece os valores da tebela 2 (8). O médulo de elasticidade din&mico pode ser avaliado através de freqiiéncia de ressanancia. Neste método a corpo de 17 prova é submetido a vibragdes que podem ser longitudinais, transversais ou torsionais, sendo porém mantido livre depressdes nas suas extremidades. 0 modulo de elasticidade din@mico 6 utilizado em con- creto para correlagdo com caracteristicas do material, como a resisténcie. Mas relagées deste tipo tem um campo restrito de aplicagéo porque fatores como proporgdo e densidade da misture, tipo de agregado etc. invalidam a aplicagao das correlagdes(18) Os métodos néo-destrutivos apresentam a vantagem so- bre os destrutivos de darem resultados mais reprodutiveis e per- mitem ainda repetir o ensaio varias vezes com o mesmo corpo de prove (18). Os médulos de elasticidade estatico e dinamico do con- creto apresentem valores crescentes com o valor daresisténcia, apesar de néo manterem uma relago constante (8, 18]. 4.4 - Coeficiente de Poisson Quando um corpo sujeito & carga se deforma na dire- ga4o de aplicagaéo da forga, ocarrem, também, deformagdes nas duas diregées perpendiculares a esta, A razdéo da deformagdo induzida pela deformagdo aplicada é chamada de coeficiente de Poisson. 0 coeficiente de Poisson & utilizado na andlise ted- rica de pavimentos, sendo que seu valor varia conforme a inten- sidade da carga aplicada. Em pesquisas realizades com misturas cal-cinza volante-agregado o coeficiente de Poisson demonstrou permanecer aproximadamente constante com um valor de cerca de 0,08 até 60% da tensao maxima, alémda qual o coesficiente aumen- ta rapidamente chegando a 0,3 na ruptura (9). A maioria das andlises de tenséo nao séo sensiveis &s pequenas variagées do coeficiente de Poisson. Se as tensdes so maiores que 60% da tens&o maxima, a variagdo do médulo de 16 elasticidade tem uma influéncia muito maior que a4 variagéo do coeficiente de Poisson (5, 9). OQ vaior do coeficiente de Poisson a ser empregado, na pratice, com misturas pozolanicas sem provocar erro apreciavel, conforme indicagéo, pode ser um valor qualquer entre 0,1 e 0,15 (Ss). 4,5 - Fatores que Influenciam a Reacdo Pozolanica 4.5.1 - Materiais Os materiais que tém sido utilizados emmisturas cal- cinza volante-agregado cobrem uma grande faixa de tipos e gra- nulagées diferentes, incluindo areias, pedregulhos, pedras bri- tadas, escorias, siltes e argilas. Os materiais a serem estabi- lizados e a Agua de umidificagéo devem ser livres de materiais deletérios e matéria organica. Os materiais de granulagéo fina, como a argila, séo menos indicados para esse tipo de estabilizacaéo porque é difi- cil incorporar e homogeneizar perfeitamente a cal e a cinza vo- lante, de forma que as pertfculas argilosas fiquemenvolvidas pe- la massa estabilizante. Os materiais de granulagdo mais grossa so os melhores para a estabilizagaco com cal e cinza volante, sen do que as bem graduados requerem um menor teor de cal mais cin- za volante. As misturas com materiais de granulometria mais gros~ sa sao mais estaveis mecanicamente e por isso podem possuir re- sisténcias mais altas em idades pequenas. Com o tempo, entretan to, as misturas com agregados mais finos podem desenvolver re- sisténcias que igualem ou excedam aquelas de agregados mais gros- s0s, porque a chave para o desenvolvimento da rasisténcia final permanece mais na matriz cal-cinza volante do que no agregado (5). As cinzas volantes sendo um sub-produto industrial ndo tem um controle rigoroso por isso mesmo existe uma grande varia- g40 de suas propriedades. Embora tenham sido feitos estudas pa~ ra avaliar a reatividade de cinzas, hé dificuldade em correla- 13 cionar a reatividade das cinzas volantes com suas propriedades naturais (6). Os fatores que influenciamaboa qualidade da cin- za sao: baixo teor de carbono, alta percentagem passando na pe- neira n® 325, altos teores de SiOz, Al203 e Fez03 e uma super- ficie especifica alte. A especificagdo para as cinzas volen- tes & a ASTM Designation C593-69 para uso da cinza volante com cal. Mesmo que a cinza satisfaga as especificagées néo se pode, obviamente, prescindir dos ensaios de laboratério: para avaliar a resisténcia e durabilidade das misturas pozolanicas, A cal tem influéncia sobre a reagéo pozolanica por- que o produto cimentante & formade pela reagao entre a cal e cinza volante com a adigaéo de 4gua. Os tipos de cales existen- tes sdo cal virgem, cal caleftica, cal dolom{tica monohidratada e a caleftica hidratada. As duas ditimas produzem es resisténcias fineis eproximadamente iguais apesar de diferirem quanto & ve- locidade de ganho de resisténcia. A temperaturas ambientes a cal dolomitica tem dado resultados melhores que a calcfitica (19) O uso de aditivos temsido bastante pesquisado em la- boratério, sendo queacarbonato de sddio parece ser o mais pro- missor, especialmente, com solos arenasos e siltasos estabili- zados com cal e cinza volante (4). 0 cimento Portland também tem sido utilizado para dar resisténcia inicial 4s misturas (5). 4.5.2 - Proporcées “Qs componentes de uma mistura devem ser dosados para produzir um material que tenha a resisténcia e a durabilidade requeridas para cada projeto particular, A quantidade total de cal e cinze volante deve ser tal que quando adicionada ao agre- gado forme uma massa densaedé um ligente cimentante adequado. As proporgées de cal e cinza volante variam conforme o tipo de solo. Na prdética utilizou-se teores de cal de 2% a 8% e de cinza volante de 8% a 35% (5). Os teores de cal mais cinza 20 volante variam de 12 a 30%, enquanto a razdéo cal para cinza vo- lante fica entre 1:10 a 1:2, sendo, porém, comuns as razées 1:3 a 1:4 (8). A quantidade de cal em relagdo 4 de cinza, depende do tipo de solo estabilizado e da reatividade da cinza volante. As estimativas iniciais para as proporgées a utili- zar podem ser feitas em fun¢gao do indice de vazios de forma que se tenha uma boa densidade de matriz cal mais cinza volante, mas as proporgées da mistura final devem ser estabelecidas em fun- gdo de ensaios de durabilidade e resisténcia. € aconselhdvel que se dose as misturas com excesso de finos a fim de fazer fa- ce as variagdes de qualidade na construgéo, pravenientes de fa- tores, como segregag’o e mudanga de granulometria, que baixam a performance do pavimento (16, 8). 4.5.3 - Execugdo dafMistura 0 tipo e a qualidade de execugao de uma mistura afe- tam as propriedades de uma mistura estabilizada. Os materiais componentes de uma mistura devem ser ho- mogeneizados de forma que os gréos do solo eo produto estabi- lizante estejam em perfeito contato e de modo uniforme em toda massa estabilizada. 0 tempo necessério 4 homogeneizagéo perfei- ta depende do tipo de equipamento utilizado, proporgées de mis- tura e do tipo de solo. Para facilitar & sempre necessério que se consiga uma pulverizagdo mais alta possfvel do solo. O grau de homogencizagdo da mistura influe no ganho de resisténciae na durabilidade. As misturas cal-cinza volante com solos granulares, com pouca reatividade com a cal, nao sé0 muito influenciados pe- lo tempo decorrido entre a homogeneizagéo e a compactacéo. A densidade de compactagao de um solo estabilizado tem também influéncia sobre a durabilidade e a resisténcia. Pe

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