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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação – PROEG
Faculdade de Direito – Departamento de Direito – DED
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D. CIVIL VI

(SUCESSÕES)
DIREITO DAS SUCESSÕES

1 – INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS SUCESSÕES:


1.1 - Noções
 Bases:
- o do respeito à vontade do finado;
- o de que a sucessão legítima é supletiva de sua vontade;
- o da igualdade das legítimas.
 CF/88.
 CC/2002
1.2 - Definição do direito das sucessões:
 Direito das sucessões é o conjunto de normas que disciplinam a transferência do
patrimônio de alguém, depois de sua morte, ao herdeiro, em virtude de lei ou de
testamento (CC, art. 1.786).
 Seu estudo pressupõe o conhecimento de outras partes especiais do Direito Civil.
1.3 - Outras definições:
a) de cujus.
b) herdeiro ou sucessor.
c) legatário.
d) herança.
e) inventário.
1.4 - Fundamento do direito das sucessões.
1.5 - Conteúdo do direito das sucessões:
 O conteúdo do direito das sucessões é limitado.
 Nosso Código Civil divide o direito das sucessões em 04 (quatro) partes:
1ª) sucessão em geral;
2ª) sucessão legítima;
3ª) sucessão testamentária;
4ª) inventário e partilha.
1.6 - Histórico:
 Fases de evolução da propriedade: Propriedade Grupal  Propriedade Familiar 
Propriedade Individual.
 Em Roma, a partir do direito justinianeu, estabeleceu-se a seguinte ordem de vocação
hereditária:
 Descendentes;
 Ascendentes, juntamente com irmãos bilaterais;
 Irmãos consangüíneos ou uterinos;
 Outros parentes colaterais.
 No direito germânico primitivo a ordem era:
 filhos homens;
 irmãos do defunto;
 tios paternos e maternos.
 No direito pátrio, a ordem de vocação hereditária foi:
- Até 1907, a seguinte:
 descendentes;
 ascendentes;
 colaterais até o décimo grau;
 cônjuge sobrevivente;
 fisco.
- A partir de 1907, a seguinte:
 descendentes;
 ascendentes;
 cônjuge sobrevivente;
 colaterais até o sexto grau;
 fisco.
 Constituição Federal/88.
 Lei nº 8.971/94 e Lei nº 9.278/96.
 Lei nº 10.406/2002.
2 – DA SUCESSÃO EM GERAL:
2.1 - Acepção jurídica de sucessão:
a) sentido amplo.
b) sentido restrito.
2.2 - Espécies de sucessão:
2.2.1 - Quanto à fonte que deriva:
a) sucessão testamentária.
b) sucessão legítima (ou ab intestato).
2.2.2 - Quanto aos efeitos:
a) sucessão a título universal.
b) sucessão a título singular.
2.3 - Abertura da sucessão:
 A sucessão hereditária só se abre no momento da morte do titular do patrimônio,
devidamente comprovada.
 Direito de saisine.
2.4 - Transmissão da herança:
2.4.1 - Momento da transmissão da herança:
 Transmite-se a herança aos herdeiros na data da morte do titular do patrimônio.
 Comoriência.
2.4.2 - Lugar da abertura do inventário:
a) importância do inventário.
b) foro competente para o inventário:
 CC, art. 1.785.
 CPC, art. 96.
c) inventariante:
c.1 - função da inventariança.
c.2 - critérios para nomeação do inventariante.
d) administrador provisório: CC, art. 1.797.
e) objeto da sucessão hereditária:
e.1 - noção de herança.
e.2 - indivisibilidade da herança.
f) capacidade e incapacidade sucessórias:
f.1 - capacidade para suceder: é a aptidão da pessoa para receber os bens deixados
pelo de cujus no tempo da abertura da sucessão (CC, art. 1.787).
f.2 - exclusão do herdeiro ou do legatário da herança por indignidade:
- conceito de indignidade.
- causas de exclusão por indignidade (CC, art. 1.814).
- declaração jurídica da indignidade.
- efeitos da indignidade.
- reabilitação do indigno.
f.3 - distinção entre incapacidade sucessória e indignidade.
f.4 - distinção entre indignidade e deserdação.
2.5 - Aceitação da herança:
2.5.1 - Definição de aceitação da herança.
2.5.2 - Espécies de aceitação:
a) quanto à sua forma:
a.1 - expressa: CC, art. 1.805.
a.2 - tácita: CC, art. 1.805, §§1º e 2º.
a.3 - presumida: CC, art. 1.807.
b) quanto à pessoa que a manifesta:
b.1 - direta: se oriunda do próprio herdeiro.
b.2 - indireta: CC, art. 1.807.
2.5.3 - Conteúdo da aceitação:CC, art. 1.808, §§1º e 2º.
2.5.4 - Irretratabilidade da aceitação:CC, art. 1.812.
2.5.5 - Anulação e revogação.
2.6 - Renúncia da herança:
2.6.1 - Definição: é o ato unilateral pelo qual o herdeiro declara expressamente que não
aceita a herança a que tem direito.
2.6.2 - Requisitos.
2.6.3 - Espécies:
a) Renúncia pura e simples.
b) Renúncia condicional.
2.6.4 - Efeitos:
- CC, art. 1.804;
- CC, art. 1.811;
- CC, art. 1.947 e CC, art. 1.943;
- CC, art. 1.808, §1º;
2.6.5 - Irrevogabilidade: CC, art. 1.812.
2.7 - Cessão da herança:
2.7.1 - Definição: é a transferência que o herdeiro faz a outrem de todo quinhão hereditário
ou de parte dele, que lhe compete após a abertura da sucessão.
2.7.2 - Regras:
- CC, art. 1.793;
- CC arts. 1.794 e 1.795;
- CC, art. 138 e ss.
2.8 - Herança jacente e vacante:
2.8.1 - Definição: chama-se jacente a herança em que os beneficiários ainda não são
conhecidos.
2.8.2 - Natureza jurídica da herança jacente: ente despersonalizado.
2.8.3 - Hipóteses de jacência:
a) Quando alguém falece sem deixar testamento nem herdeiro legítimo conhecido.
b) Quando todos os chamados renunciarem à herança.
2.8.4 - Declaração de vacância:
a) se repudiada pelos herdeiros sucessíveis (CC, art. 1.823);
b) se após a realização de todas as diligências legais não aparecerem herdeiros
sucessíveis, decorrido 01 ano da primeira publicação do edital convocatório dos
interessados, desde que não haja herdeiro habilitado ou habilitação pendente (CC,
art. 1.820, e CPC, art. 1.157), operando-se a devolução dos bens vagos ao poder
público, sem caráter definitivo (CC, art. 1.822).
2.8.5 - Efeitos da vacância:
- CPC, art. 1.143;
- CC, art. 1.822;
- CC, art. 1.822, §ún.; CPC, art. 1.158.
3 – DA SUCESSÃO LEGÍTIMA:
3.1 - Sucessão legítima:
 A sucessão legítima ocorre quando: o autor da herança tiver herdeiros necessários; o
autor da herança não tiver disposto todos os bens; o testamento caducar; o
testamento for declarado nulo.
 O critério da vocação é a proximidade do vínculo familiar.
 Distinguem-se na sucessão legal, ordens, classes e graus.
3.1.1 - Vocação dos herdeiros legítimos:
 Herdeiro legítimo é a pessoa indicada na lei como sucessor nos casos de sucessão
legal, a quem se transmite a totalidade ou quota-parte da herança.
 Os herdeiros legítimos classificam-se em:
 Necessários;
 Facultativos.
3.1.2 - Ordem de vocação hereditária:
 A ordem de vocação hereditária é regida por regras:
 1ª regra: uma classe sucessível só é chamada quanto faltarem herdeiros na classe
precedente; e,
 2ª regra: numa mesma classe, os parentes mais próximos excluem os mais
remotos, salvo direito de representação.
 A sucessão legítima defere-se na seguinte ordem de chamamento:
 1º) descendentes, em concorrência com o cônjuge, exceto se:
- Este for casado com o falecido no regime da comunhão universal; ou,
- Este for casado com falecido no regime da separação de bens; ou,
- Este for casado no regime da comunhão parcial, não tenha deixado bens
particulares.
 2º) ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
 3º) cônjuge sobrevivente;
 4º) colaterais;
 5º) poder público.
3.1.3 - Modos de suceder:
 São 03 os modos de suceder:
 Direito próprio.
 Direito de representação.
 Direito de transmissão.
3.1.4 - Modos de partilhar:
 São 03 os modos de partilhar:
 Por cabeça.
 Por estirpe.
 Por linha.
3.1.5 - Sucessão dos descendentes.
3.1.6 - Sucessão dos ascendentes.
3.1.7 - Sucessão do cônjuge.
3.1.8 - Sucessão dos colaterais.
3.1.9 - Sucessão do companheiro.
3.1.10 - Sucessão do Município, DF e União.
3.2 - Direito de representação:
3.2.1 – Definição: segundo Washington de Barros Monteiro, o direito de representação
consiste na convocação legal para suceder em lugar de outro herdeiro, parente mais
próximo do finado, mas anteriormente pré-morto, ausente ou incapaz de suceder, no
instante em que se abre a sucessão.
3.2.2 - Finalidade.
3.2.3 - Pressupostos.
3.2.4 - Causas do direito de representação.
3.2.5 - Classes de herdeiros passíveis de representação.
3.2.6 - Efeitos do direito de representação.
- CC, art. 1.854.
- CC, art. 1.855.
- CC, art. 1.856.
4 – DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA:
4.1 - Sucessão testamentária:
4.1.1 - Definição: a sucessão testamentária é aquela em que a transmissão hereditária se
opera por ato de última vontade.
4.1.2 - Normas reguladoras da sucessão testamentária:
a) A lei vigente no momento da elaboração do testamento regula:
a.1 - a capacidade do testador;
a.2 - a forma extrínseca do testamento.
b) A lei vigente no momento da abertura da sucessão regula:
b.1 - a capacidade testamentária passiva (CC, art. 1.787);
b.2 - a eficácia jurídica das disposições testamentárias (CC, arts. 1.897 a 1.911).
4.1.3 - Pressupostos da sucessão testamentária:
a) Capacidade testamentária ativa;
b) Capacidade testamentária passiva;
c) Validade do testamento.
4.1.4 - Restrições à liberdade de dispor:
- Proibição de dispor de mais da metade dos bens, havendo herdeiros necessários;
- Proibição de fazer pactos sucessórios e doações causa mortis.
4.2 - Testamento:
4.2.1 - Definição: é o ato pelo qual alguém dispõe, no todo ou em parte, de seu patrimônio
para depois de sua morte, ou determina providências de caráter pessoal ou familiar.
4.2.2 - Caracteres jurídicos: unilateralidade; gratuidade; solenidade; revogabilidade; intuito
personae; causa mortis.
4.2.3 - Capacidade testamentária:
a) Capacidade testamentária ativa;
b) Capacidade testamentária passiva;
c) Codicilo: CC, art. 1.881.
4.2.4 - Formas de testamento:
a) noções:
- A lei admite duas categorias de testamento:
 comuns:
 público;
 cerrado;
 particular.
 especiais:
 marítimo;
 aeronáutico;
 militar.
- O testamento nuncupativo foi abolido pelo NCC.
b) formas ordinárias de testamento:
b.1 - testamento público:
 Definição: é lavrado por tabelião em livro de notas.
 Requisitos essenciais:
 ser escrito pelo tabelião em livro de notas;
 ser presenciado por 02 (duas) testemunhas;
 ser lido pelo tabelião na presença das testemunhas e do testador;
 ser assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo oficial.
b.2 - testamento cerrado:
 Definição: é o escrito com caráter sigiloso, feito e assinado pelo testador ou por
alguém a seu rogo, completado por instrumento de aprovação lavrado pelo tabelião
em presença de duas testemunhas (CC, arts. 1.868 a 1.875; CPC, arts. 1.125,
§ún., 1.127 e §ún.).
 Requisitos essenciais:
 Cédula testamentária escrita pelo testador ou por alguém a seu rogo;
 Assinatura do próprio testador quando o testamento foi por ele escrito, ou por
outra pessoa a seu rogo;
 Entrega da cédula testamentária pelo testador ao tabelião na presença de duas
testemunhas;
 Auto de aprovação lavrado pelo tabelião, em presença das testemunhas;
 Leitura do auto de aprovação pelo tabelião ao testador e às testemunhas;
 Encerramento pelo tabelião;
 Abertura do testamento pelo juiz do domicílio do testador após o óbito deste;
 Verificação do estado de conservação da cédula.
b.3 - testamento particular:
 Definição: é o escrito e assinado pelo próprio testador, e lido em voz alta perante
três testemunhas idôneas, que também o assinam (CC, arts. 1.876 a 1.880; CPC,
arts. 1.126, 1.130 a 1.133).
 Requisitos:
 Redação e assinatura pelo testador;
 Intervenção de 03 (três) testemunhas;
 Leitura do testamento pelo testador, perante todas as testemunhas;
 Publicação em juízo do testamento;
 Intimação dos herdeiros;
 Inquirição das testemunhas;
 Homologação do testamento pelo juiz.
b.4 - diferença entre o testamento cerrado e o particular.
c) testamentos especiais:
c.1 - testamento marítimo e aeronáutico:
 Definição: é a declaração de última vontade feita em viagem a bordo dos navios
de guerra ou mercantes ou de aeronaves militares ou comerciais, com as
formalidades pertinentes (CC, arts. 1.888 a 1.892; CPC, art. 1.134, I).
 Modalidades: público e secreto.
 Requisitos:
 Na forma pública, são requisitos essenciais:
- lavratura pelo comandante ou pelo escrivão de bordo;
- presença de, no mínimo, 02 (duas) testemunhas a todo o ato.
 Na forma secreta, são requisitos essenciais:
- escrituração pelo próprio testador;
- entrega ao comandante, ou ao escrivão de bordo, perante duas
testemunhas;
- recebimento e seu registro na própria cédula;
- assinatura do comandante, do testador e das testemunhas.
c.2 - testamento militar:
 Definição: é a declaração de última vontade feita por militares e demais pessoas
a serviço das Forças Armadas em campanha, dentro ou fora do país, ou em praça
sitiada ou com as comunicações interrompidas (CC, art. 1.893, caput; CPC, art.
1.134, II).
 Formas: pública, particular e nuncupativa.
d) testemunhas testamentárias:
d.1 - definição.
d.2 - absolutamente incapazes de testemunhar:
 Menoridade de 16 anos (CC, art. 228, I);
 Enfermidade mental (CC, art. 228, II);
 Surdez e cegueira (CC, art. 228, III);
 Analfabetismo.
d.3 - relativamente incapazes de testemunhar:
 Herdeiro instituído, seus ascendentes e descendentes, irmãos e cônjuge (CC, art.
228, IV e V);
 Legatário, seus ascendentes e descendentes, irmãos e cônjuge.
d.4 - momento da apreciação da incapacidade da testemunha.
e) disposições testamentárias:
e.1 - conteúdo das cláusulas testamentárias.
 Regras gerais.
 Formas de nomeação de herdeiro ou de legatário:
 Nomeação pura e simples;
 Nomeação condicional;
 Nomeação modal ou com encargo;
 Nomeação por motivo certo.
 Cláusula de inalienabilidade.
 Exclusão da sucessão do herdeiro legítimo não-necessário.
e.2 - redução das disposições testamentárias.
f) inexecução do testamento:
f.1 - Revogação;
f.2 - Rompimento;
f.3 - Caducidade;
f.4 - Nulidade;
f.5 - Anulabilidade.
g) testamenteiro:
g.1 - definição.
g.2 - Nomeação do testamenteiro:
- testamenteiro instituído;
- testamenteiro dativo.
g.3 - aceitação do testamenteiro nomeado:
- aceitação expressa;
- aceitação tácita;
- aceitação presumida.
g.4 - direitos do testamenteiro;
g.5 - obrigações do testamenteiro;
g.6 - destituição do testamenteiro;
4.2.5 - Deserdação:
a) definição: é o pelo qual o titular do patrimônio exclui da sucessão o herdeiro
necessário.
b) requisitos:
- Validade do testamento;
- Expressa declaração do motivo determinante da deserdação;
- Fundamentação em causa expressamente prevista em lei;
- Existência de herdeiros necessários;
- Comprovação da veracidade do motivo alegado pelo testador.
c) causas: CC, art. 1.814, 1.962, I a IV e CC, art. 1.963.
d) revogação.
4.2.6 - Codicilo:
a) definição e objeto.
b) forma.
c) revogação.
4.2.7 - Legado:
a) definição e objeto.
b) espécies:
b.1 - legados quanto à sua modalidade:
 legado puro e simples (CC, art. 1.923);
 legado condicional (CC, art. 1.900, I);
 legado a termo;
 legado modal ou com encargo (CC, arts. 1.938, 553);
 legado subcausa;
b.2 - legados quanto ao seu objeto:
 legado de coisa alheia (CC, art. 1.912, 1.913 e 1.915);
 legado de coisa comum (CC, art. 1.914);
 legado de coisa singularizada (CC, art. 1.916);
 legado de universalidade;
 legado de coisa localizada (CC, art. 1.917);
 legado de crédito (CC, art. 1.918, §§1º e 2º);
 legado de quitação de dívida;
 legado de alimentos (CC, art. 1.920);
 legado de usufruto (CC, art. 1.921);
 legado de imóvel (Cc, art. 1.922, § ún.).
c) caducidade:
- Modificação substancial no bem legado (CC, art. 1.939, I);
- Alienação voluntária da coisa legada, por qualquer título (CC, art. 1.939, II);
- Perecimento ou evicção da coisa legada (CC, art. 1.939, III);
- Indignidade do legatário (CC, art. 1.939, IV);
- Premoriência do legatário (CC, art. 1.939, V);
- Renúncia do legado pelo legatário;
- Falecimento do legatário antes do implemento da condição suspensiva;
- Incapacidade do legatário para receber o legado (CC, art. 1.801).
4.2.8 - Substituições:
a) definição: é a disposição testamentária na qual o testador chama uma pessoa para
receber a herança ou o legado, na falta ou após o herdeiro ou legatário nomeado em
primeiro lugar.
b) espécies de substituição:
- Substituição vulgar (CC, art. 1.947 e 1.949);
- Substituição recíproca (CC, art. 1.948 e 1.950);
- Substituição fideicomissária (CC, art. 1.951 a 1.960);
- Substituição compendiosa.
5 – DA LIQUIDAÇÃO DA HERANÇA:
5.1 - Inventário:
5.1.1 - Definição de inventário: inventário é o processo judicial tendente à relação,
descrição, avaliação e liquidação de todos os bens pertencentes ao de cujus ao tempo de
sua morte.
5.1.2 - Legitimidade para requerer a abertura do inventário: CPC, art. 987 e 988.
5.1.3 - Foro competente: CPC, art. 96.
5.1.4 - Inventariante:
a) definição: CC, art. 1.191.
b) função: CPC, art. 991.
c) responsabilidade do inventariante:
- responsabilidade civil.
- Responsabilidade administrativa.
5.1.5 - Administrador provisório: CC, art. 1.797.
5.1.6 - Avaliação dos bens inventariados: CPC, arts. 1.003, 1.009 e 1.010.
5.1.7 - Declarações finais do inventariante: CPC, art. 1.011.
5.1.8 - Liquidação dos impostos.
5.1.9 - Formas de inventário:
a) inventário comum (ou tradicional ou solene);
b) inventário sob a forma de arrolamento sumário;
c) inventário sob a forma de arrolamento comum.
5.1.10 - Inventário Negativo: CC, art. 1.523, I.
5.1.11 - Colação:
a) definição: CC, art. 2.002.
b) finalidade.
c) bens sujeitos à colação.
d) dispensa da colação: CC, arts. 2.005 e 2.010.
5.1.12 - Sonegados:
a) definição de sonegação: a sonegação é a ocultação dolosa de bens que devam ser
inventariados ou levados à colação.
b) casos de sonegação:
- não-descrição dos bens no inventário;
- ocultação de bens que estejam em poder do herdeiro, do inventariante ou de terceiro;
- omissão dos bens sujeitos à colação pelo herdeiro a ela obrigado;
- recusa, por parte do herdeiro ou inventariante, de restituir os bens da herança;
- negativa, pelo inventariante, da existência de bens indicados pelos herdeiros ou pelos
credores.
c) pessoas sujeitas à pena de sonegados:
- herdeiro que oculta bens do espólio em seu poder, não os descrevendo no inventário;
- herdeiro que não denuncia a existência de bens da herança, que, com ciência sua,
estiver em poder de outrem;
- herdeiro que deixa de conferir, no inventário, bens sujeitos à colação;
- inventariante que não inclui, em suas declarações, bens do espólio, ou que, sendo
herdeiro, deixa de trazer à colação bens que devia conferir;
- cessionário do herdeiro, que afirma não possuir bens do acervo hereditário;
- testamenteiro que, ao exercer também a inventariança, subtrai dolosamente bens do
espólio.
d) pena civil da sonegação:
- herdeiro sonegador perderá direito sobre o bem sonegado, e, se não o puder restituir
ao espólio, deverá pagar seu valor, mais perdas e danos (CC, art. 1.995);
- inventariante sonegador, também herdeiro, sofrerá dupla sanção: perda do direito
sobre os bens sonegados e remoção do cargo; se não for herdeiro, será apenas
destituído da inventariança;
- testamenteiro sonegador será destituído da testamentária, perderá direito à vintena e
será removido da inventariança.
e) ação de sonegados.
5.2 - Partilha:
5.2.1 - Definição: é a divisão oficial do monte líquido, apurado durante o inventário.
5.2.2 - Espécies de partilha:
a) partilha amigável (CC, art. 2.015).
b) partilha judicial (CC, art. 2.016).
c) partilha em vida (CC, arts. 2.014).
5.2.3 - Regras relativas à partilha:
 CC, art. 2.017;
 CC, arts. 2.019.
5.2.4 - Garantia dos quinhões hereditários: (CC, art. 2.023).
5.2.5 - Nulidade da partilha: (CC, art. 2.027).
5.3 - Sobrepartilha.
5.4 - Escritura Pública de Inventário: Lei nº 10.441/2007.

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