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Direito Administrativo
- Site Nota 11 –
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Prof. Rodrigo Duarte e Vítor Cruz
Conceito e Pedras de Toque do Direito Administrativo:
Os doutrinadores pátrios divergem quanto ao conceito do Direito Administrativo,
para o nosso objetivo é importante termos em mente os seguintes elementos
essenciais, quais sejam:
• Ramo do direito público;
• Que estuda o conjunto de princípios e normas que regulam o exercício
da função administrativa (do Estado).
Segundo o renomado administrativista Celso Antônio Bandeira de Mello, as
pedras de toque, ou seja, os princípios básicos dos quais decorrem todos os
demais, seriam dois:
• O Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse
Privado – que consiste em colocar os interesses da Administração Pública
em sobreposição aos interesses particulares que com os dela venham
eventualmente colidir. São exemplos de manifestações de tal princípio:
Poder para desapropriar, requisitar bens de particulares, prazos
processuais diferenciados, possibilidade de rescindir contratos
unilateralmente dentre outros.
• Princípio da indisponibilidade dos interesses públicos – o qual
informa que o administrador não pode dispor livremente do interesse
público, pois não representa seus próprios interesses quando atua,
devendo assim agir segundo os estritos limites impostos pela lei.
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Por sua vez, a França adota o sistema do contencioso administrativo, que é
formado por um conjunto de órgãos administrativos que julgam em última
instância tais ações, não sendo possível recorrer ao Poder Judiciário.
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• Impessoalidade – Este princípio apregoa o dever de imparcialidade na
defesa do interesse público, vedando discriminações ou privilégios no trato
com particulares no exercício da função administrativa.
Como os atos dos agentes públicos são imputados aos órgãos que eles
estão vinculados, é necessário que sejam realizados com impessoalidade.
Assim, o agente público é apenas a forma de exteriorizar a vontade da
administração, um mero executor do ato, não podendo deixar que
aspectos subjetivos, pessoais, influenciem na sua execução. Possui
também dois prismas de observação:
1- Do administrador – o agente público deve ser impessoal ao praticar o
ato.
Aqui é a vedação da promoção pessoal do administrador, busca-se
impedir que o administrador, aproveitando-se da propaganda do
governo busque sua autopromoção.
Para dar efetividade a este princípio, prescreve o art. 37, §1º: “A
publicidade (propaganda) dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos”.
2- Do administrado – o particular, como destinatário do ato, não deve
ser favorecido ou prejudicado por suas características pessoais.
Podemos citar como exemplos: vedação de promoção pessoal de
autoridades públicas, necessidade de licitação para contratar com
particulares, obrigatoriedade da realização de concurso público para ter
acesso a cargos e empregos públicos.
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executivas (art. 37, § 8º, da CF); Duração razoável dos processos
administrativos (art. 5º, LXXVIII, da CF); Parcerias da Administração
Pública (Lei 11.079/2004), concessões e permissões de serviço público (Lei
9.897/99).
Outros princípios:
Além dos princípios expressos no art. 37 da Constituição, a doutrina
informa que diversos outros princípios administrativos estão previstos em
outros dispositivos constitucionais, tais como: princípio da participação
(art. 37, § 3º); princípio da celeridade processual (art. 5º, LXXVIII);
devido processo legal (art. 5º, LIV,); contraditório e ampla defesa
(art. 5º, LV, da CF).
Por fim, enfatizamos também os princípios prescritos nas normas
infraconstitucionais, especialmente na Lei 9.734/99, conforme nos informa
o “Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios
da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência”.
Vale lembrar que, segundo doutrina majoritária, todos os princípios têm a
mesma relevância na atuação da administração.
Princípio da autotutela:
O princípio da autotutela, também chamado de princípio da sindicabilidade,
decorre diretamente controle interno que a administração deve exercer sobre
seus próprios atos, sem a necessidade de recorrer ao Poder Judiciário. Tal
determinação tem previsão legal expressa na Lei 9.784/99: “Art. 53. A
Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos”.
Veja que se o ato for ilegal a administração tem o dever de anular.
Já a revogação ocorrerá quando o ato for válido, no entanto se tornou
inoportuno ou inconveniente para a administração, lembre-se que tal hipótese é
uma faculdade para administração.
É muito importante que não se confunda a autotutela com tutela
administrativa ou tutela ministerial.
• Autotutela, que é o princípio que possibilita à Administração a revisão de
seus próprios atos, anulando-os, quando ilegais, ou revogando-os, por
conveniência e oportunidade.
• Tutela administrativa ou tutela ministerial, que é o poder de
supervisão ministerial exercido pela administração direta sobre a
administração indireta.
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Hora de fixar:
Agora chegou o momento de você fixar esse conhecimento de vez, para o resta
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aprofundar e ver detalhes do tema.
Ao final do estudo do plano, você verá que estará em plenas condições de
responder a qualquer questão!
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