O filme "A Ilha" analisa os perigos de um sistema de clones criados apenas para adiar a morte dos ricos. A análise discute como a ciência pode progredir sem perder a ética e colocar em risco a humanidade. O documento conclui que a ciência deve ser usada com moderação para garantir o equilíbrio entre progresso e bem-estar humano.
Original Description:
Dissertação do filme referente a inteligencia artificial
O filme "A Ilha" analisa os perigos de um sistema de clones criados apenas para adiar a morte dos ricos. A análise discute como a ciência pode progredir sem perder a ética e colocar em risco a humanidade. O documento conclui que a ciência deve ser usada com moderação para garantir o equilíbrio entre progresso e bem-estar humano.
O filme "A Ilha" analisa os perigos de um sistema de clones criados apenas para adiar a morte dos ricos. A análise discute como a ciência pode progredir sem perder a ética e colocar em risco a humanidade. O documento conclui que a ciência deve ser usada com moderação para garantir o equilíbrio entre progresso e bem-estar humano.
“A Ilha” é um filme de ficção científica, visualizado na aula, que possui uma
mensagem muito expressiva quanto aos vários módulos do pensamento decorrentes da persuasão. Isto ocorre visto que existem dois tipos de sobreviventes, aqueles que desconfiam da suposta ideia irrepreensível que lhes fora incutida, e os que se resignam, confiando totalmente nas palavras triunfais dos cientistas. O primeiro tipo é representado pela personagem Lincoln Six Echo que é o protagonista desta história, sendo a mesma focada na sua vida e tentativa de descobrir o mundo exterior e a realidade. A mensagem deste filme possui uma extrema importância devido ao possível reflexo futuro da constante modernização a que a tecnologia tem sido sujeita, sendo indubitável o astronómico progresso já que quase todos os dias são lançados novos produtos, levando a que este filme coloque a possibilidade de uma futura existência de um sistema de clones. Para além disso, este tema também é pertinente uma vez que suscita várias questões como: Será que a humanidade algum dia aceitaria uma realidade destas? Poderá a ciência encarar esta situação-problema como um desafio? Esta panóplia de questões leva a concluir quais os riscos associados a esta situação, como o valor dado aos clones, considerados como objetos que não possuem sentimentos, sendo apenas criados com o intuito de adiar a morte de quem os financia. Outra das adversidades é o perigo da mudança da mentalidade humana, que pode levar à perigosa separação entre o que corresponde ao aceitável e o que é inadmissível, conduzindo à arriscada inconsciência destas definições podendo conduzir ao descontrolo e até possível término da humanidade. Atualmente, são várias as descobertas científicas provenientes da intervenção tecnológica, tal como: Descoberta da teoria heliocentrista: inicialmente, surgiu o geocentrismo que indiciava a Terra como o centro do Sistema Solar, porém esta hipótese não possuía qualquer prova que a corroborasse, constituindo apenas uma suposição. Pelo contrário, o heliocentrismo, modelo que decorre das investigações de Nicolau Copérnico que foram mais tarde comprovadas pelo Galileu Galilei que através de observações pelo telescópio, aparelho desenvolvido que confirmou esta teoria levando à obtenção da informação relativa à dinâmica do universo. Criação do Curiosity: é indiscutível que o planeta que habitamos um dia irá acabar devido à constante poluição de que é alvo, sendo já referido por vários cientistas que a mesma não é reversível. Esta situação constituiu um desafio à ciência, que com o intuito de prolongar a existência humana, criou, através dos avanços tecnológicos, um veículo destinado a explorar a superfície de Marte colocando a possibilidade da existência das condições necessárias à vida. Combate ao cancro: esta é uma das principais doenças que contribui para a taxa de mortalidade mundial tendo sido anteriormente considerada como incurável. Nos Estados Unidos foi criada uma tecnologia denominada Crispr- Cas9 que consiste na utilização de uma proteína que pode levar à deteção de fragmentos desconhecidos de DNA, removendo e substituindo-os por novos, tornando a tecnologia um meio de modificação de DNA e constituindo, assim, uma possibilidade de cura desta doença. Criação de um robô: em 2009, investigadores britânicos anunciaram a criação de um robô, denominado “Adão”, que realiza experiências científicas e é também capaz, através da sua inteligência artificial, de fazer descobertas a partir da recolha e classificação de resultados obtidos de experiências, como, por exemplo, quando este estudou o genoma da levedura que promoveu o aumento do conhecimento acerca da complexidade dos organismos biológicos. Atualmente, cientistas pretendem juntar este robô a outro, designado “Eva”, que se encontra programado para trabalhar com doenças infeciosas, como a malária, aumentando a ínfima possibilidade de erradicar esta patologia. Desenvolvimento de veículos elétricos: este tipo de automóveis tem vindo a revolucionar o mundo, e tal como os casos anteriormente referidos, deriva de uma tecnologia utilizada com o intuito de conservar o planeta. Vários estudos comprovam que grande percentagem da poluição ocorre devido ás emissões de vários óxidos provenientes da combustão de gás que permite a mobilidade de carros a diesel e a gasolina. Este facto constituiu um desafio às marcas de automóveis, levando à fabricação de carros elétricos que, contrariamente aos normais, apenas contribuem para a poluição com uma reduzida percentagem. As descobertas enunciadas anteriormente contribuem para o desenvolvimento a nível mundial, sendo muito importantes para a nossa geração já que muitos estudos têm revelado ao longo dos anos que a Terra é finita e que devido aos estragos já sofridos, a esperança da continuação da sua existência diminuiu drasticamente. Deste modo, estes cincos objetos constituem várias formas de preservar a presença humana no Universo, tanto para conservar o mundo em que vivemos como no cálculo, de caso este último intuito não seja viável, de encontrar novas possibilidades, intensificando o poder consciente e cognitivo da nossa mente. Este filme termina com a destruição da «indústria» de clones e com a posterior libertação dos mesmos. Este impressionante desenlace confere ao visualizador um alerta, promovendo uma tomada de consciência. Apesar de atualmente esta situação não existir, o realizador Michael Bay pretendeu através da ficção científica e vários efeitos, ilustrar a possível realidade que se avizinha, isto é, mesmo após os clones serem invadidos pela sensação de liberdade, anteriormente, estes não tinham qualquer conhecimento desse mundo, não colocando qualquer tipo de questões, sendo apenas Lincoln o elemento desencadeante da descoberta. Desta forma, nós também, apenas há relativamente pouco tempo, tomamos consciência dos nossos atos e das consequências dos mesmos. Por outro lado, o desenlace aborda também o resultado do descontrolo da ciência, ou seja, é normal que todos os dias sejam encarados como novos desafios às diversas áreas de estudo, com a pretensão de facilitar ao máximo a nossa sobrevivência. Contudo, esta realização clarifica os vários perigos associados ao excesso da aplicação desta vontade que pode, no futuro, extravasar os limites do aceitável. O nosso grupo concorda que a ciência deve ser utilizada para o proveito humano, de modo a garantir o conforto e bem-estar, porém esta deve deter fronteiras bem demarcadas, sendo sempre acompanhada da bioética, visto que muitos dos conhecimentos científicos devem ser abordados por uma perspetiva subjetiva com o intuito de avaliar a sua admissibilidade. N’«A Ilha», os clones são considerados como produtos, financiados pelos que detém uma vontade excessiva de viver. Apesar de esta ideia contribuir para a felicidade de quem os patrocina, isto constitui um pensamento egocêntrico que recusa atribuir ao seu «produto» qualquer tipo de sentimentos, negando a ideia de Morte. Auguste Comte, um positivista, defende que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro, pelo que esta opinião invadia as mentalidades dos cientistas situados no ano 2019. Caso, futuramente, a sociedade partilhasse este tipo de pensamento, seria dominada pela racionalidade esquecendo a ética que é o elemento chave para que exista um equilíbrio. Tal como neste enredo, na atualidade, também é indubitável a preferência pela tecnociência em detrimento da ciência, já que a primeira inclui no conhecimento contextos sociais e tecnológicos. Um dos momentos em que é visível a sobreposição da tecnociência sobre os valores morais é quando o fundador da «indústria» de clones apresenta à comunidade poderosa financeiramente, um novo «produto», que é um ser vegetativo, referido pelo mesmo como inconsciente e desprovido de sentimentos ou sensações. Para finalizar, a ciência possui um grande valor e é impossível que a mesma deixe de existir, porém a sua utilização deve ser moderada, considerando que o ser humano, tal como o mundo em que vive, é frágil, tanto a nível físico como emocional, e que só com a permanência do equilíbrio é possível alcançar a plenitude da vida. Trabalho realizado por: Ana Barros, nº1 Catarina Pedreira, nº6 Eduardo Barros, nº9 Gabriela Bessa, nº11 Luís Pala, nº16