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AYRSHIRE

A raça Ayrshire é proveniente da Escócia, descende do gado dos condados de Ayr e Lanark. No
melhoramento da raça, que se iniciou em 1750, a Ayrshire recebeu sangue da várias raças
especializadas, entre elas o Holandês. É criada na Escócia, Irlanda e arredores de algumas
cidades inglesas, Estados Unidos, entre outros países pelo mundo.

A aptidão dominante da raça Ayrshire é leiteira, sua pelagem é malhada de vermelho bem
definido. Produz em média 3.900 KG de leite por lactação. Seu leite apresenta matéria seca
alta, sendo próprio á fabricação de queijos. Na Grã-Bretanha, sua produção é praticamente
destinada para a produção de queijos.

HOLANDESA

Originária dos Países baixos, a raça holandesa é o resultado de uma série de cruzamentos
entre bovinos de diversas regiões da Europa. No Brasil, os maiores rebanhos estão localizados
nas regiões sul e sudeste, mais notadamente nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São
Paulo e Rio de Janeiro.

A raça holandesa apresenta três variedades: Frísia, Crominga e por último, Mosa, Reno e
Yessel.

A raça holandesa é universalmente conhecida como a de maior potencial para produção de


leite. Apresenta pelagem branca e preta e vermelha. Seu úbere possui grande capacidade e
boa conformação é bem inserido, dotado de boa vascularização, quartos simétricos entre si e
bem desenvolvidos, tetos de tamanho médio e bem espaçados. As novilhas podem ter sua
primeira cria por volta de dois anos de idade. Os bezerros nascem com 38 kg em média.

É um gado de aptidão específica para a produção leiteira e apresenta uma média que pode
variar de 4000 a 7000 kg de leite por lactação, com 305 dias de persistência, no entanto,
animais superiores podem com facilidade ultrapassar esta média. O teor de gordura do leite
varia entre 3,5 e 4,0%. Produz bezerros pesados que varia de 38 a 40 kg de peso vivo, e pode
ser aproveitado para a criação de Baby Beef, e as bezerras são usadas para a reposição do
plantel.

É uma raça excelente para a exploração leiteira, no entanto, por ser de origem Taurina
(européia) exige cuidados especiais em relação a alimentação, manejo e parasitoses. Prefere
clima temperado. A temperatura ótima para a exploração gira em torno de 10 a 20 º C mas é
explorado em todos os continentes, desde que aclimatada e com instalações adequadas.

Quando cruzada com animais zebuínos ou nativos, a raça transmite suas qualidades aos
mestiços. O Herd Book (livro de registros) da raça está a cargo da Associação de de Brasileira
de Criadores Raça Holandesa.

PARDO SUIÇO

O gado Pardo Suíço constitui uma das raças bovinas mais antigas,teve origem 1800 anos
antes de Cristo. É proveniente do sudeste da Suíça sendo disseminada em todos os países
vizinhos.

De pelagem clara a cinzenta escura as vacas Pardo Suíças apresentam ventre desenvolvido,
sustentando um úbere típico de gado leiteiro, com tetos de tamanho médio, bem
colocadas.
A aptidão predominante é a leiteira, mas também possui uma boa capacidade para
produção de carne. As novilhas são cobertas aos 2 1/2 anos. Tanto os animais puros quanto
aos seus mestiços são de dupla aptidão (carne e leite). São animais rústicos e precoces. A
produção média das vacas estão entre 4500 a 6200 kg por lactação e o teor médio de gordura
varia de 3,5 a 4%. Testes no CNPGC/EMBRAPA, demonstraram que a raça pardo suíça para
corte obteve desempenho de ganho de peso de 1,0 kg/dia em pastejo e 1,84 kg/dia em
confinamento.

Nos cruzamentos transmite com grande fidelidade seus atributos, sendo às vezes difícil
distinguir um animal 3/4 de um puro, não só pela conformação e pelagem como
também pelas aptidões econômicas. Linhagens especificas para carne estão sendo
desenvolvidas produzindo resultados satisfatórios.

GIROLANDO

Para a formação do Girolando é usado 5/8 holandês + 3/8 Gir, onde é possível conjugar a
rusticidade do Gir e a produção do holandês, adicionando ainda características desejáveis
das duas raças em um único tipo de animal, atribuindo um desempenho econômico muito
satisfatório. Estes cruzamentos surgiram em meados da década de 40.

O bezerro Girolando ao nascer pesa em média 35 kg. A docilidade da mãe juntamente com
outras qualidades maternais, torna sua raça a mais utilizada como receptora de embrião em
nosso país.

Responsável por 80% do leite produzido no Brasil, é evidente, a afinidade do Girolando com o
tipo de exploração, propriedades, mercado e o produtor nacional. . Estes mestiços girolandos
são animais bastante mais produtivos que os gir e formam, ainda hoje, o maior rebanho
brasileiro destinado a produção leiteira pois adaptam-se muito bem em qualquer região do
Brasil.

GIR LEITEIRO

A raça Gir é proveniente da Índia, ao sul da península de Catavar e largamente criada no


Interior do continente. É uma raça mista, produtora de carne e com boa aptidão leiteira.

No passado, muitos criadores deram importância exclusiva a caracteres raciais, de menor


importância econômica, depois evoluíram para a seleção de rebanhos e linhagens dotadas
de maior capacidade produtiva tanto para carne como para leite.

É uma raça de dupla aptidão (carne e leite). Existe trabalhos de melhoramento genético que
selecionou variedades com maior afinidade para uma das aptidões, portanto existe variedades
de melhor aptidão leiteira e outras de melhor aptidão para corte. Nas variedades leiteiras, a
produção pode variar de 1600 a 3600 kg por lactação com teor de gordura ao redor de 4,5%;
no entanto existe genéticas superiores com produções controladas que variam de 5500 a 7000
kg de leite por lactação.

Procurando melhorar as características leiteiras, iniciaram-se cruzamentos entre a raça gir e a


holandesa que produziram animais mestiços por heteroze conhecidos como girolandas.

As qualidades leiteiras das vacas são bastante pronunciadas, atentou se á seleção de uma
variedade leiteira. Em alguns rebanhos a produção é regular em regime de meia estabulação.
São vantajosos cruzamentos do Gir com raças leiteiras mais especializadas, como, por exemplo
a Holandesa. O bezerro é pequeno, mas muito resistente.
GUERNSEY

É Originário da ilha de Guemsoy. Admite-se a hipótese de que seja derivado do cruzamento do


gado Bretão com o Normando.

O Guernsey ê um gado que goza de muita popularidade, tendo sido exportado para a
Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Brasil e outros países.

A Vaca Guernsey possui uma conformação tipicamente leiteira. Com um úbere grande,
bem conformado e irrigado, é especializada na produção de leite gordo, por isso, classificada
como raça manteigueíra.

É uma raça especializada na produção de leite com alto teor de gordura. O seu leite apresenta
glóbulos de gordura grandes com uma cor amarela, devido ao alto teor de caroteno na
gordura, por isto, os produtos lácteos fabricados com este leite tem uma cor dourada. As
médias de produção da raça variam entre 4500 a 6000 kg de leite por lactação, com 4,5 a 5,0%
de gordura. É um gado dócil prolifero e longevo.

É uma raça que pode ser cruzada com zebuínos e os seus produtos são de grande rusticidade e
de maior capacidade para produção de leite e gordura. É considerada mais rústica que a
Jersey.

Sua longevidade e notável, servindo na reprodução até avançada idade. Nos cruzamentos,
revela grande prepotência na transmissão de suas qualidades. Sua criação tem sido
recomendada ao lado de vacas de leite magro para operar misturas de compensação.

JERSEY

Originário da pequena ilha de Jersey e formada há séculos, pelo cruzamento de animais


provenientes da Normando e da Bretanha.

É uma raça criada em quase todo o mundo, inclusive no Brasil.

Apresentam uma estatura baixa, de 115 a 170 cm nas vacas, o úbere é quadrado, bem
irrigado, volumoso, com tetos pequenos e espaçados. Seu leite é o mais apreciado para a
produção de manteiga.

Alcança médias de produção entre 3500 a 5500 kg. por lactação, com persistência de 305 dias
e com teor de gordura variando entre 5,5 a 6,0%. Por este motivo é considerada uma raça
mantegueira. É um gado de grande longevidade a adaptou-se muito bem em regiões
montanhosas e de clima quente. Ressalta-se no entanto que o gado Jersey, apesar de rústico,
não deve ser criado extensivamente sem cuidados de manejo e alimentação.

Em geral a primeira cobertura è feita dos 15 aos 18 meses de idade. Sua longevidade é
também bastante grande. Nas regiões tropicais mostra elevada tolerância ao calor. É popular
em quase todos os países produtores de laticínios. No Brasil, aclima-se com facilidade na
maioria dos estados.

NORMANDO

É uma raça bastante antiga, originária na Normandia, na França. Seu melhoramento e livros
de registros são relativamente recentes.
A raça Normanda possuí aptidão predominante para o leite. Sua pelagem é malhada com
fundo do amarelo claro até o escuro. As novilhas dão a primeira cria entre 2 1/2 a 3 anos de
idade e os machos começam a servir em torno de 12 meses de idade.

Ao nascer, os bezerros pesam em média 45 kg. Os animais da raça Normanda não se


desenvolveram bem no Brasil. Possui temperamento dócil e é indicada para fazendas mistas,
em regime de meia estabulação.

No cruzamento com raças zebuínas, o gado Normando dá mestiços rústicos, pesados,


produtores de carne de boa qualidade.

PITANGUEIRAS

Por volta da Segunda Guerra Mundial, o Grupo Anglo, empresa de destaque na criação de
bovinos ao redor do mundo iniciou um processo de criação de uma raça híbrida entre Taurinos
e Zebuínos.

O Red Poll, considerado uma raça de dupla aptidão, cruzado com o Indiano Guzerá, que já
havia passado por um melhoramento genético visando a produção do leite. Os produtos 5/8
Red Poll e 3/* Guzerá, cruzados com animais com o mesmo grau de sangue, deram origem aos
bimestiços Pitangueira, próximo de Ribeirão Preto onde foi desenvolvido, tradição do meio
pecuário.

O gado Pitangueiras se caracteriza pela pelagem Vermelha uniforme. É


geneticamente mocho e apto para o dupla aptidão (carne e leite). Ao nascer os machos pesam
cerca de 35 kg e as fêmeas 33 kg, chegando aos 12. meses com 220 kg e 205 kg,
respectivamente.

Os novilhos destinados ao abate atingem cerca de 450 kg aos 3 anos, em regime de pasto. A
média de produção, de leite em grandes rebanhos é de 10 a 15 kg por dia. O leite é bastante
rico em gordura, com 4 a 5 % de gordura, herança do Guzerá. A média em 300 dias de
lactação por animal gira em torno de 4000 a 5000 kg de leite.

SINDI

A raça Sindi surgiu na região chamada de Kohistan, na parte norte da província de Sind, no
atual Paquistão. Esta região é desértica e seca, o que ajudou a raça a se adaptar com o clima
tropical brasileiro.

Os animais da raça Sindi são em geral pequenos, de bela aparência, adequados para regiões de
poucos recursos alimentares, onde seria difícil a manutenção de animais de grande porte. Tem
sido selecionada para dupla aptidão, com linhagens extremamente leiteiras e também com
ótimo desempenho em abates técnicos.

O úbere é volumoso, com tendência e se tornar pendente e os tetos muitas vezes grossos.
Produzem médias de 2.560 – 3.600 kg em períodos de lactação de 305 dias, com recordes
acima de 4.000 kg e teor de gordura perto de 5,0%.

Quanto aos seus pesos, as vacas pesam de 350 – 450 kg e os machos entre 500 – 600 Kg.

OPÇÕES DE RAÇAS E CRUZAMENTOS PARA A PRODUÇÃO DE LEITE


Existem várias opções de raças e cruzamentos para produção de leite, as principais são:

Raça europeia pura, especialmente selecionada para produção de leite, como a


Holandesa (H), a Pardo-Suiça ou Schwyz, a Jersey, a Guernsey e a Ayrshire. Dessas a mais
conhecida e difundida é a Holandesa.

Raça européia de dupla-aptidão (produção de leite e de carne), como a Simental,


Dinamarquesa, Red Poll. Dessas a mais conhecida é a Simental; Raças Zebu Leiteiras (Gir;
Guzerã; Sindi etc.).

Vacas mestiças, derivadas do cruzamento de raça europeia com uma raça zebuína, em vários
graus de sangue.

Uma ou a outra opção depende de vários fatores, como: sistema de produção, clima,
topografia do terreno (localização da propriedade) etc., bem como da preferência
pessoal do produtor. Sem dúvida nenhuma, o sistema de produção a ser empregado na
propriedade é o item mais importante a ser considerado na escolha da raça ou do cruzamento.

O sistema de produção a ser adotado é decorrente do desempenho dos animais


existentes e das práticas de manejo utilizadas na propriedade. Este desempenho pode ser
estimado pela média da produção de leite por lactação, produção de leite diária, dentre
outros.

Os rebanhos podem ser divididos em três níveis de produção como, por exemplo:

1) alto, que propiciam produções acima de 4.200 kg/lactação;

2) médio, com produções de 2.800 a 4.200 kg/lactação;

3) baixo, com produções abaixo de 2.800 kg/lactação.

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