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Sumário

O que é Input? Qual a sua utilidade? .......................................... 3


A Ordem Natural do Aprendizado das Línguas .......................... 4
Silent Period ................................................................................ 5
Ouvir como um nativo ................................................................ 7
O Fator Psicológico..................................................................... 8
Motivação e Diversão ................................................................. 9
Vocabulário Ativo & Estratégias .............................................. 10
Definição do Cronograma e Tempo com o Idioma .................. 12
O uso da tecnologia ................................................................... 14
Conclusão.................................................................................. 16

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O que é Input? Qual a sua utilidade?

Basicamente Input é a entrada de informação, enquanto que o


Output é a saída. No caso da aprendizagem de idiomas, o Input é
a habilidade de desenvolver a leitura e a escuta para internalizar o
idioma.
Input
INPUT OUTPUT

LEITURA ESCRITA

ESCUTA FALA

Embora muitos digam que o mais importante seja falar e escrever


no idioma, a prática destes sem uma boa base de leitura e escuta
acaba não sendo efetiva.
Maior prova disso são os cursos tradicionais, onde desde o
primeiro dia o aluno é obrigado a escrever e falar. Espera-se que
com o conhecimento e aplicação das regras o aluno seja capaz de
reproduzir perfeitamente o conteúdo.
Infelizmente idiomas não funcionam como uma equação
matemática, muito pelo contrário, são ilógicos e não seguem
rigorosamente um padrão definido.
Decorar regras e seguir um script talvez sejam as piores formas de
abordar um idioma. Não que a gramática não seja importante, mas
antes precisamos priorizar outras áreas.
Falar, ouvir, ler e escrever no idioma são habilidades tais como
nadar, dirigir e jogar futebol.

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A Ordem Natural do Aprendizado das
Línguas

Analise como você aprendeu a sua língua materna, no caso o


português.
A primeira coisa que um bebê faz em relação ao idioma é ouvir
os sons do idioma. Depois de um tempo convivendo e associando
as coisas à sua volta, a criança começa a balbuciar palavras soltas.
Mais tarde quando entra na escola, ela aprende a ler e escrever no
idioma. E só depois de alfabetizada vem o estudo aprofundado
por meio do ensino da gramática.
Repare que existe uma ordem natural de aprendizado:

Ouvir Falar Ler Escrever

Para um adulto essa sequência pode ser alterada. Mas nesse caso
as habilidades passivas(escuta, leitura) ainda continuam
precedendo as ativas(fala, escrita).
Aqui é o ponto da discórdia, onde muitos ainda insistem que o
estudante deveria falar desde o primeiro dia de contato com a
língua.
A partir daqui você deve escolher qual método e abordagem
adotar. Não vou insistir para que você aceite esses princípios.
Então se você quiser parar a leitura por aqui, esteja à vontade.
Mas caso queira prosseguir, espero que o que vem a seguir te
ajude muito no seu aprendizado.

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Silent Period

O Período de Silêncio é uma tese de um linguista americano, o Dr.


Stephen Krashen. Ele é um pesquisador e especialista na área de
desenvolvimento e aquisição de línguas estrangeiras.
De acordo com os estudos e testes que ele conduziu por décadas,
ele concluiu que existe um período em que a pessoa absorve e
internaliza o idioma antes de reproduzir.
Em outras palavras, antes de falar fluentemente as pessoas
precisam ouvir muito conteúdo compreensível. Atingindo um
certo nível de compreensão e conhecimento, elas se tornam
capazes de se comunicar naturalmente.

Capacidade
Exposição ao Compreensão
de
Idioma e Aquisição
Comunicação

Caso queira mais detalhes sobre o trabalho de Stephen Krashen


acesse: http://www.sk.com.br/sk-krash.html

Um estudo de caso com um criança japonesa

Uma vez ele contou a estória de um casal de japoneses que


vieram morar nos E.U.A. e tinham uma filha pequena.
A menina não falava inglês e se matriculou em sua escola de
inglês para estrangeiros. No primeiro dia ele tentou conversar
com ela em inglês e obviamente não obteve nenhuma resposta.

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Passado um mês ele tentou novamente e nada. Era um criança
normal e talvez fosse a timidez que a impedisse de falar alguma
coisa...
A menina continuou na escola e imersa no idioma o tempo todo.
Até que um dia, após alguns meses, ele tentou mais uma vez
conversar com a menina.
Desta vez, a menina conseguiu falar em inglês e fluentemente!
Assim ele concluiu que havia um período em que o silêncio,
significava apenas que a criança ainda não estava pronta.
E fazendo e analisando outros experimentos com adultos, a
conclusão foi a mesma.
Esse é o Silent Period onde a mente humana está processando e
armazenado as informações para mais tarde ser capaz de colocar
para fora de forma espontânea e automática.

Input Imersão & Reprodução


Compreensível Internalização Automática

Aqui nós podemos entender porque forçar os estudantes a falar


desde o primeiro dia não gera frutos. Falando nisso, pressionar
psicologicamente é também outro fator negativo!
A cobrança por resultados rápidos gera um stress psicológico com
os tão conhecidos bloqueios na hora de falar.

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Ouvir como um nativo

Muitos cursos tentam chamar a atenção, com a promessa de que


você vai “falar como um nativo”.
Nenhum curso anuncia ou ensina como ouvir como um nativo.
Isso além de ir contra a ordem natural, gera uma falsa expectativa
de alcançar a fluência.
Observe o seu nível de compreensão oral do português. Quando
você liga a TV, o rádio na estação local, sai na rua e ouve as
pessoas em sua volta, qual o esforço que você faz?
Praticamente nenhum, você ouve e entende perfeitamente sem
nem se dar conta.

O Poder do Listening

Agora uma outra pergunta:


Você tem essa mesma facilidade ao ouvir inglês ou outro idioma?
Se você sabe distinguir os sons do idioma como no português ou
muito próximo disso, então você é mais do que fluente.
A maioria não ouve como um nativo ouve. Consequentemente...
não fala como um nativo fala!
Essa é a habilidade que eu considero a mais delicada e decisiva.
Quando um professor nativo fala com seus alunos, ele altera a
velocidade, a maneira de falar e usa um repertório simplificado de
palavras. No começo isso ajuda e faz bastante sentido.
Observe, ou melhor ouça como ele conversa com um outro
nativo... Isso é o que nós devemos entender e praticar!
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O Fator Psicológico

Um dos maiores senão o maior problema é o “travar na hora de


falar”. A pessoa estuda por anos, mas da hora de se comunicar
com um nativo dá o famoso “branco na memória”.
A causa disso é a ansiedade.
Essa ansiedade é gerada pela expectativa que as escolas e a
própria pessoa tem acerca de sua capacidade de falar fluentemente,
o inglês ou outro idioma.
A busca pelo tão almejado perfeccionismo e a punição pelos erros
cometidos, criam o pior ambiente possível para o aprendizado de
idiomas.
Inclusive muitos adultos sofrem com bloqueios psicológicos, pois
o medo de ser julgado e ter sua auto-estima abalada, desestimula e
paralisa muitos.

Affective Filter

Exposição Bloqueios Baixo


ao Idioma Mentais Rendimento

Aqui entra outra tese do Dr. Stephen Krashen com relação aos
fatores emocionais: Filtro Afetivo.
As condições ideais para o aprendizado envolvem a motivação,
auto-confiança e baixa ou nenhuma ansiedade.

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Quando o estudante de uma língua estrangeira está com baixa
estima e sofre com a ansiedade por resultados, ocorre um
bloqueio que impede a absorção de conteúdo compreensível!
Esse filtro negativo impede a aquisição do idioma, pois cria um
bloqueio mental.
Expor um aluno ao ridículo perante uma classe lotada, é a
maneira mais efetiva (e cruel) de garantir que o mesmo nunca fale
um idioma fluentemente!

Motivação e Diversão

Exposição Confiança e Alta taxa de


ao Idioma Motivação Retenção

Vimos como o fator emocional pode influenciar tanto


positivamente como negativamente no aprendizado.
A programação mental é essencial para atingir metas em planos
de longo prazo. Mudança de hábitos e consistência são as chaves
para o sucesso em qualquer empreendimento.
Aliar a diversão com o processo de aquisição de idiomas é algo
que pode acelerar ainda mais o aprendizado.
Coisas como assistir seriados, jogar vídeo-game, ouvir músicas,
ler revistas em quadrinhos, participar de fóruns de discussão
estrangeiros, criam um ambiente de imersão divertido e eficiente.

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Vocabulário Ativo & Estratégias

Para aprender um idioma precisamos de palavras. No entanto,


existem as palavras mais usadas e menos usadas em cada idioma.
Uma estratégia eficiente é justamente focar nas palavras mais
usadas do idioma na fase inicial.
Podemos fazer uma procura no Google para saber quais são as
palavras mais usada no inglês, por exemplo. (most commom
words)
Com essa lista já temos uma base para entender textos básicos.
Ou simplesmente tomando como base o nosso próprio idioma,
iremos perceber que existem muitas palavras que raramente
usamos ou sequer ouvimos falar.

LISTA A LISTA B

• casa • cisalhamento
• comer • falópio
• loja • miracídio
• estudar • holotúria
• carro • martensita

Analise essas duas listas de palavras do português. Note que na


Lista A temos palavras “fáceis” que são mais usadas. Ao passo
que na Lista B, temos palavras “difíceis” e de uso raro ou muito
específico.

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Essa percepção e seleção de palavras de uso mais frequente,
possibilita reduzirmos drasticamente o tempo e a dificuldade de
aprendizado.
Das milhares de palavras que pertencem a um idioma, uma
pequena fração é usada na conversação do dia-a-dia.
Os poliglotas aplicam esse princípio na prática, focando
justamente nessas palavras de conversação diária. Ou melhor
ainda, nas frases mais comuns do cotidiano.
Não estou dizendo que precisamos apenas aprender poucas
palavras. Precisamos sim, de um vocabulário amplo para sermos
fluentes.
No inglês, as 200 palavras mais usadas representam cerca de 60%
do vocabulário da conversação do dia-a-dia. Isso já nos dá uma
base para aplicarmos melhor essa estratégia.

Conversação Diária:

200 palavras
mais usadas

Restante
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Mesmo que você precise de um vocabulário mais específico, de
acordo com sua área de atuação, ainda assim é interessante
priorizar as palavras mais usadas.
Você pode deixar para mais tarde, os termos técnicos e a leitura
de textos mais complexos. É somente uma questão de ordem e
planejamento de curto e longo prazo.

Definição do Cronograma e Tempo com


o Idioma

Independente do objetivo e do nível, o que você precisa ter é a


consistência. Estar em contato com o idioma todos os dias, como
se estivesse numa maratona.

Uma das perguntas mais frequentes com relação aos idiomas é:


“Quanto tempo leva para eu ficar fluente?”

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As respostas são as mais variadas possíveis e a verdade é que
ninguém controla esse tempo.
Existem muitos fatores como: a similaridade com a sua língua
materna, o fato de você ter contato com nativos do idioma, o lugar
em que você mora, seu tempo disponível, condições de ter um
professor particular, etc.
Além disso a própria definição de fluência é algo muito relativo.
O avançado de algumas escolas é o básico para trabalhar em
certas áreas.
A única certeza é que quanto mais tempo em horas você puder se
dedicar, maior sua aprendizagem. Parece óbvio, mas isso leva em
conta já termos um bom método e as condições favoráveis.

24 hs

Português
Inglês
Tempo de Sono

Por essa figura, fica fácil entendermos porque definir o tempo de


aprendizado em anos e meses não faz sentido.
Desconsiderando o tempo de sono (6~8hs), o tempo diário de um
adulto é praticamente gasto com conversas, estudo, trabalho e
interação em seu idioma nativo (português).

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A maioria dispõe de pouco tempo para se dedicar a uma segunda
língua. Qualquer cronograma que você queira elaborar, deve levar
em consideração sua realidade no dia-a-dia.
Portanto ignore os anúncios dizendo que tal curso ou pessoa te faz
atingir a fluência em X meses.
Como você viu, existem muitos fatores que influenciam e
ninguém se dá conta ou omite informações mais detalhadas.
Nos finais de semana muitos podem aumentar essa quantidade de
horas de interação com outro idioma. O problema é que se nada
for feito no decorrer da semana, o aproveitamento ainda continua
baixo.
O maior desafio de aprender um idioma é justamente, conseguir
criar novos hábitos e manter essa consistência diária!
Cumprir as obrigações do cotidiano e ainda dar atenção ao
segundo idioma requer o planejamento, método, motivação e
mentalidade adequados.
Muitos recursos e ferramentas que podem resolver ou pelo menos
atenuar a situação estão na internet.

O uso da tecnologia

Estamos na melhor época para aprendermos idiomas. A internet


nos trouxe a possibilidade de acessarmos informações de qualquer
local em qualquer hora.
O próprio e-book que você está lendo agora, é produto dessa
revolução tecnológica. Não faz mais sentido aprender idiomas
como uns 20 anos atrás.

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As escolas e cursos presenciais que não se adaptarem estão com
os dias contados. A evolução no ensino de línguas é evidente,
com muitos aplicativos, sites e canais no Youtube oferecendo
acesso a muita informação gratuita.
Dicionários online, além de serem mais rápidos para consulta,
possuem a pronúncia das palavras.
No caso do japonês e chinês, existem extensões que podem ser
instaladas no navegador para ler os ideogramas.
Existem programas que ajudam na memorização de conteúdo
como o Anki e o Memrise. Utilizando um sistema de repetição
espaçada e cartões, esses aplicativos promovem a revisão
programada dos estudos.
Um site muito conhecido e também gratuito é o Duolingo. Apesar
de alguns criticarem, ainda sim ele é útil para quem está
começando e precisa aprender vocabulário básico.
Programas e plataformas para conversar online com pessoas do
mundo todo como o Skype, Hello Talk, iTalk, Whatsapp, etc.
Existem muitas possibilidades e a cada dia as coisas vão
evoluindo. De acordo com novas descobertas no campo da
neurociência, novas metodologias estão sendo implantadas com o
uso da tecnologia e da internet.
Caso esteja confuso com a imensa quantidade de informação
espalhada, você pode investir num curso online passo-a-passo
como esse aqui.

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Conclusão

Espero que o conteúdo desse ebook lhe tenha sido útil.


Uns 4 anos atrás, eu simplesmente comecei a pesquisar na internet
sobre o “como falar inglês”. Tinha muitas crenças e informações
erradas a respeito do aprendizado de idiomas.
Acabou que me interessei também pelas metodologias dos
poliglotas. Afinal de contas, se eles falam vários idiomas, devem
saber o que funciona realmente.
Tentei aqui compilar e resumir o resultado de toda informação
que acumulei e testei.
Estou sempre aberto às opiniões contrárias e procurando sempre
evoluir.
Além do português, só falo o inglês e o japonês. No futuro,
pretendo estudar outros idiomas usando o método de imersão.
Acredito que isso possa ser feito de forma divertida e eficiente
usando os recursos online.

Obrigado pela atenção e sucesso nos seus estudos!


Thanks for reading this electronic book.

言語の勉強を頑張って下さい。

Marcos Toku
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