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Sendo assim, a NGN consegue associar a redução dos custos operacionais das redes
ao incremento da possibilidade de implantação de novas fontes de receita, pois torna
possível o oferecimento de uma grande diversidade de serviços multimídia. Para que
isso aconteça, torna-se essencial disponibilizar soluções de rede que sejam
extremamente flexíveis para o oferecimento de serviços diferenciados e sob
demanda.
Como exemplo, com uma Rede de Próxima Geração uma empresa pode utilizar a
tecnologia IP para disponibilizar a transmissão de informações diversas por meio do
uso de redes sem fio, linhas telefônicas ou redes xDSL. Isto possibilita grande
flexibilidade na disponibilização dos dados, mas também requer que a NGN
mantenha um controle rigoroso do tráfego da rede.
A NGN integra infra-estruturas de redes tais como WAN’s, LAN’s, MAN’s e redes sem
fio, que antes eram discutidas separadamente. A integração desses recursos e a
convergência do tráfego reduzem os custos totais dos recursos da rede, permitindo o
compartilhamento da operação, a administração da rede, a manutenção e
aprovisionamento de equipamentos e facilidades para o desenvolvimento de novas
aplicações multimídia.
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VoIP e as Redes de Próxima Geração
Se por um lado é real que o tráfego gerado pela Internet cresce exponencialmente, e
o tráfego de voz se mantém com crescimento mais lento, também é bastante clara a
forte queda nas tarifas dos serviços de conectividade e, consequentemente, das
receitas médias geradas por usuário. Além disso, ao contrário do comportamento
relativamente previsível do tráfego gerado por serviços de voz, o tráfego gerado pela
Internet tem enorme volatilidade. Por exemplo, o acesso de centenas de milhares de
usuários a uma determinada página durante uma promoção, gerando picos de
utilização sem precedentes em uma rede, em determinado momento, cessando logo
em seguida.
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A oferta de VoIP constitui um dos caminhos de um investimento muito mais amplo
em direção à chamada NGN. A migração poderá ocorrer de várias maneiras,
dependendo da infra-estrutura e da necessidade de negócios de cada empresa. A
NGN deverá juntar a flexibilidade de banda e configuração de uma rede de dados
com a confiabilidade de uma rede TDM. A rede IP pode oferecer qualidade superior à
da rede TDM num ambiente controlado, pois é menos sujeita a ruído.
Vantagens das Redes de Nova Geração
A NGN integra infra-estruturas de redes tais como WAN’s, LAN’s, MAN’s e redes sem
fio, que antes eram consideradas separadamente. A integração desses recursos e a
convergência do tráfego reduzem os custos totais dos recursos da rede, o que
permite o compartilhamento da operação, a administração da rede, a manutenção e
aprovisionamento de equipamentos e facilidades para o desenvolvimento de novas
aplicações multimídia.
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Redes de Próxima Geração
Módulo 2 - Serviços que podem ser oferecidos por meio das Redes de
Próxima Geração
Infra-estrutura
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A implementação de redes NGN possibilita a introdução de um conjunto de novos
serviços de banda larga, suportado pela rentabilidade dos serviços de voz e
associados a essa rede convergente.
A construção de uma Rede de Próxima Geração tem três focos principais: acesso em
banda larga multisserviços, infra-estrutura óptica dinâmica e comutação com
inteligência distribuída. Arquitetura e o padrão da rede são abertos, ou seja, a
operadora tem maior facilidade para associar novas funcionalidades. Em uma NGN é
possível distribuir melhor a arquitetura. Funções de controle, direção e distribuição
do tráfego de chamadas local, regional e internacional são concentrados e
executados em uma plataforma homogênea.
Diferente da voz, a transmissão de dados é feita por pacotes. Em uma rede NGN, a
voz e os dados trafegam juntos. É preciso garantir qualidade e confiabilidade da
transmissão, principalmente da voz, já que um atraso na transmissão da voz é bem
mais percebido do que um atraso na entrega dos dados. Na NGN, quando voz não
está sendo transmitida sobra mais espaço para trafegar dado e vice-versa (a
chamada alocação dinâmica da banda).
Para conseguir isso é necessário acesso em banda larga com técnicas diferenciadas
de codificação de sinais do tipo xDSL (tais como Asymetrical Digital Subscribe line,
Very High Digital Subscribe Line). As redes ópticas por onde trafegam os dados e a
voz também precisam ser flexíveis e ter largura de banda suficiente, associando
banda dinamicamente, conforme a demanda de tráfego. A arquitetura de controle
deve ser distribuída e aberta para aumentar o desempenho da rede e agilizar a
implementação de novos aplicativos.
Como já foi dito neste curso, as Redes de Próxima Geração concretizam o objetivo de
uma plataforma de transporte comum que permite a utilização em larga escala de
aplicações como a telefonia IP, os acessos móveis à Internet e streaming de vídeo. E
por causa das vantagens já citadas que esse tipo de rede oferece, a adoção das NGN
está atualmente passando do estágio inicial para o estágio intermédio.
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Redes de Próxima Geração
Na Europa e nos Estados Unidos já existem algumas iniciativas, mas ainda não há
nenhum grande caso de sucesso. O que há são pontos de grandes redes atuando
como NGN, ocupando alguns nichos de mercados.
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A Internet foi o principal vetor de mudança da indústria de telecomunicações, pois
estabeleceu e difundiu a tecnologia de comutação por pacotes e redes IP, que
constituem em uma técnica superior para transmissão de dados e voz,
comparativamente às tecnologias de comutação por circuitos, predominantes até
então.
O Case Clarín
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O Grupo Clarín controla o Multicanal, maior operador de TV paga da Argentina, com
cerca de 1,5 milhão de assinantes. Além disso, detém uma participação de 20% no
provedor de TV paga Supercanal, com outros 500 mil clientes, e 25% da segunda
maior operadora de TV por assinatura da Argentina, a Cablevision, com 1,3 milhão
de usuários. Entretanto, uma fusão entre Cablevision e Multicanal exigiria uma
análise minuciosa da Comisión Nacional de Defesa de la Competencia, o órgão
antitruste do país. A consolidação das empresas vem sendo discutida há anos no
mercado.
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No Brasil, a Telefônica também fechou contrato com a área de carriers para a
construção, em tempo recorde, da primeira Rede de Próxima Geração, na qual utiliza
a plataforma convergente Surprass, da Siemens. Outros projetos da nova tecnologia
estão sendo desenvolvidos para operadoras de diversos países da América Latina.
Destacam-se também o desenvolvimento de Central TDM para o mercado americano
e europeu e de DLU Shelter para vários países, incluindo a Alemanha, além de
projetos de integração de transporte e acesso para atender o mercado brasileiro.
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Redes de Próxima Geração
Tecnologia IP
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O investimento do setor deverá a se concentrar na migração. Enquanto o nível de
investimento global tende a permanecer estável no período de 2004 a 2008, a
porção de investimento em redes IP cresce aproximadamente 20% no mesmo
período. A migração acontece com diferente urgência dependendo do tipo de
operador e da pressão competitiva a que se vê exposto. (As operadoras integradas e
fixas do Reino Unido, Estados Unidos e Japão são as que mais investem.)
A adaptação da infra-estrutura pode ser uma das inúmeras mudanças que o novo
panorama traz, porém sua importância não deve ser menosprezada. Como já
aconteceu no passado, a tecnologia pode impulsionar as mudanças comerciais e
organizacionais necessárias.
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Conclusão
Por outro lado, há uma experiência menos positiva com o UMTS que será evitada no
desenvolvimento das redes de nova geração. As expectativas criadas face ao UMTS
começam a concretizar-se. Havia ainda também o problema da largura de banda.
Um dos drivers das redes de nova geração pode também ser a voz sobre IP. Apesar
da falta de regulamentação, os operadores lutam pela criação de redes standard e
pela disponibilidade de equipamentos de múltiplos fabricantes. Esta realidade dará
origem a duas categorias de operadores com requisitos diferentes. Por um lado, as
operadoras do mercado que, assim, concretizam, a eficiência dos custos e, por outro,
os novos operadores, detentores de redes mais modernas, que privilegiam os novos
serviços.
Contudo, para atingir o objetivo final da consolidação das Redes de Próxima Geração
será necessário que diversos operadores, fornecedores de tecnologia e de aplicações
se unam. Além disso, a simplicidade da utilização é fundamental e determinará o
sucesso das novas redes. A grande questão reside em saber qual a velocidade da sua
evolução.
Outro grande desafio será fazer uma transição suave para uma tecnologia nova, de
acordo com o mapa estratégico de cada empresa no mercado. Os operadores apenas
investirão nestas redes se estiverem certos de que elas trazem reduções de custos
para si e para os seus clientes.
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Redes de Próxima Geração
Parcerias e Investimentos
Outro fornecedor presente nesse mercado é a Lucent, que projeta, produz e instala
Redes de Próxima Geração para as maiores empresas de telecomunicações do
mundo. Contando com a experiência do Bell Labs, hoje a Lucent atua em setores de
alto crescimento: ADSL, CDMA2000, W-CDMA/UMTS e redes ópticas. Além de
sistemas, fornece softwares de gerenciamento e serviços para ajudar seus clientes
na implementação rápida de redes e gerenciá-las de forma a reduzir custos e a criar
novos serviços que gerem receita e ajudem empresas e consumidores.
A Siemens também está entrando com força total no segmento de aplicações para
redes móveis e soluções convergentes. A intenção é atender às demandas das
operadoras para que possam oferecer conteúdo multimídia e interatividade para seus
usuários finais.
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No Centro de Convergência Fixo-Móvel (IMS), inaugurado em Curitiba, no final de
2005, cerca de cem engenheiros trabalham com exclusividade no desenvolvimento
de soluções convergentes que, em breve, estarão disponíveis para os usuários de
telefonia celular. Com investimentos de R$ 50 milhões em infra-estrutura e pessoal,
o Centro IMS vai permitir à Siemens aumentar sua participação em 20% em serviços
de valor agregado.
Outra promessa para o mercado brasileiro é a solução Mobile Centrex, utilizada com
sucesso por várias operadoras da Europa, principalmente no aumento da base de
assinantes. A solução permitirá às operadoras móveis oferecer ao segmento
corporativo funcionalidades semelhantes às de PABX convencional. Com uma
vantagem: além da mobilidade, os usuários poderão fazer videoconferência pelo
celular.
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A Siemens investe também na IMS, plataforma de serviços multimídia padronizada
pelo 3GPP (3rd Generation Partnership Program), órgão responsável pela
padronização da arquitetura de redes móveis UMTS (Universal Mobile
Telecommunication System), baseada no protocolo SIP (Session Initiation Protocol).
Alinhadas às especificações do IMS/3GPP, as operadoras fixas também
universalizaram suas arquiteturas de Redes de Próxima Geração coordenadas pelo
ETSI TISPAN. Esta tecnologia permite às operadoras com operações interligadas
oferecer serviços convergentes para seus usuários finais.
Já a Fujitsu fez um acordo com a Terawave Communications para integrar a
tecnologia GPON da Terawave na sua plataforma multi-serviços, GeoStream Access
Gateway (MSAN), bem como no sistema de gestão de redes para o mercado
europeu. Essa parceria reflete o reforço da Fujitsu no domínio das redes de acesso,
em combinação com a tecnologia da Terawave e a sua experiência em redes ópticas
passivas (PON).
O acordo engloba terminais de linha óptica OLTs e terminais para redes ópticas
residenciais, “multi-tenant” e empresariais, ONT’S, bem como futuros produtos. A
tecnologia da Terawave será integrada no sistema de gestão de redes da Fujitsu,
FENS AN, permitindo à FTEL oferecer soluções integradas e com gestão global. Esse
acordo reforça o portfólio da Fujitsu para acesso global de banda larga, que inclui as
plataformas GPON FLASHWAVE 6100 para a América do Norte e GEPON para o
mercado Asiático.
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Redes de Próxima Geração
Módulo 6 - Tendências
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Esses são alguns dos serviços que deixarão de ser experiências isoladas para serem
propagados pelas Redes de Próxima Geração.
No uso de Internet de alta velocidade, além da largura da banda para um acesso
melhorado, extraindo o desempenho máximo de aplicações multimídia, a diferença
também poderá ser a forma de cobrança do serviço. O usuário poderá usar o
telefone e a Internet ao mesmo tempo, mas pagará somente pelo tempo de
utilização, não uma taxa mensal.
Crescimento
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Apesar disso, as operadoras ainda concentram 55% do mercado total de serviços de
terceirização de redes de telecomunicações.
Operadoras móveis estão construindo Redes de Próxima Geração, para serem mais
competitivas, reduzirem o cancelamento de assinaturas e se tornarem aptas a
oferecer serviços 3G. As operadoras GSM poderão gerar oportunidades comerciais
por meio da evolução de tecnologia de comutação por pacotes no núcleo de rede,
além de atingir todos os segmentos do mercado de maneira mais rentável.
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