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"A Economia Solidária e o empreendedorismo" no qual cada acadêmico deverá fazer uma resenha sobre qual o

papel da Economia Solidária para o desenvolvimento sustentável e a inclusão social.

Economia solidária é definida como “um jeito diferente de produzir, vender, comprar
e trocar o que é preciso para viver”. Segundo Paul Singer, economia solidária é uma
atividade onde os indivíduos vendem, negociam e fabricam algo, sendo que os trabalhadore
também são donos do negócio. Nessa prática não existe patrão ou empregado, eles que
administram suas cooperativas de forma igualitária onde todos trabalham em grupo para
que haja o bem estar entre eles. É um modo de administração em que se parte da
competição para a cooperação, autogestão e democracia. Um dos principais objetivos é a
igualdade de direitos, pois na Economia Solidária não há nenhuma distinção importante de
funções, todos fazem o que é necessário. Cargos diferenciados só são fundamentais
quando a cooperativa toma uma proporção muito grande, sendo inviável sua organização
sem pessoas que atuem segundo as diretrizes do coletivo para a coordenação do todo.
São três os principais pilares da Economia Solidária: o pilar econômico, por sua
função de atividade econômica de produção e oferta de serviços, o pilar cultural, por
possibilitar uma nova maneira de estar no mundo e consumir produtos locais sustentáveis
que não beneficiam grandes empresas, e o pilar político, por representar um movimento
social que luta pela mudança da sociedade através de uma forma diferente de
desenvolvimento. Este sistema é praticado por milhões de trabalhadores de todas as
classes sociais, mas com um enfoque na população mais excluída, que são organizados de
forma coletiva gerindo seu próprio trabalho, lutando pela emancipação em milhares de
empreendimentos econômicos e solidários.
A economia solidária fortalece as relações entre o campo e a cidade, entre
produtores e consumidores. É instrumento valioso para promover inclusão social, pois
independe do grau de escolaridade ou do rendimento anual do produtor. Qualquer pessoa
que deseja comercializar seu produto pode participar da economia solidária - uma forma de
deixar o marasmo alienante de um cotidiano sem novos desafios para introduzir-se numa
realidade cheia de oportunidades para aprender, crescer e amadurecer - oportunidades
oferecidas a todos, sem distinção. Trabalhadores acostumados à prática capitalista, agora
trabalhando em sua própria cooperativa, são proprietários de tudo o que é produzido -
entretanto, arcam com os prejuízos também: isso desperta o senso de empreendedorismo
em cada um dos integrantes da Economia Solidária. Devem estar atentos ao assumir riscos,
desenvolver estratégias para melhorar o rendimento e outros, já que não possuem um
salário assegurado no final do mês; tal experiência pode trazer estranheza no primeiro
contato, mas logo compreende-se que é uma experiência libertadora. Mesmo em meio à
dificuldades, os trabalhadores ainda preferem continuar na economia solidária a ter que se
submeter a procurar uma ocasião para trabalhar numa empresa capitalista.
A Economia Solidária surgiu para ser uma alternativa superior ao capitalismo,
quando se fala em termos de qualidade proporcionada às pessoas que participam do
sistema, melhorando não apenas a dinâmica de oferta e compra de produtos mas também o
relacionamento entre os indivíduos da sociedade. Garante maior satisfação pessoal e
autonomia produtiva, possibilitando maior compreensão da economia e da política e assim,
por fim, transformando a sociedade como um todo. O sistema possui muitos pontos fortes e
grande capacidade de proporcionar bons resultados é evidente, mas para que essa
capacidade alcance sua plenitude é necessário que a comunidade como um todo se engaje
neste projeto de desenvolvimento, trabalhando em prol de todos, beneficiando a todos pela
ajuda mútua e inclusão

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