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GERD A. BORNHEIM (onganizadr) OS FILOSOFOS PRE-SOCRATICOS 2’ EDITORA CULTRIX so Pave CoRMBTE Aton Cults ts ae eae wo irs evan EDITORA CULTRIXLTDA, ‘ReaD. Miso Vit, 374— 0427-00 ~ Sb Paso, SP Fone 27.1999 — Fee 272-47 SUMARIO Trodusio Advertncia sobre 2 presente edigfo Selegio bibliogrfica ‘Tus of Maro ‘Desografia Avexinenvano oe Mutsto "Fragmentos Dotogratia Avaxiseoses ow Muro Fragmento Doxogratia. Kenbranes oe Céxorox ‘Fragmentos Doxografia Hxdctsro oe frtso "Fragmentos Dosografia Prrkconas 0 Sans Doxografia Atexetio 2 Canon Fragmentos Dorografia Panscbeines 98 Eis Fragmentos Doxografia ORR Foe BRB UE NN Zeno we Eutia Fragmentos Doxografia Manso o# Saos Fragmentos Doxogratia Exrfvoctss ve Acrcenro Fragmentor Doxogratia, Fuouav oe Cxéron Fragmentos Doxografia. Anournas be Taxaxro Fragmentor ‘Avaxiconas oe Cuszontern Fragmentos Doxografia. Dibeewes ve Avousuis Fragmentor Doxografia Leveiro oe Ansess Fragmento Doxogratia, Fragmentos Deniéearro oe Anoens Fragmentos Doxografia S88 Se eae gag are 288 ss 2 103, 103, 103 165 106 106 ms INTRODUGAO Se compreendermos a Forfa em sum sentido amplo — como concepgio da vide © do mundo —. poderemos dieer que lempre houve Filosofia. De fato la exponde # ma exigéocs ae prapria naturezs humane; 0 homer, imerie no mise do real rive a necesndede de encontrar uma rasio de er paso ‘mundo que o crea e pars orenigmes de sua evinénca, ‘Neste ‘enti, todo poro, por primiivo que ses, posi uma concep. 20 do mundo, “Mar se compreendermos 4 Filosofia em am fentide proprio, ita 6, como's rerltado de ume wividade de ranio humana gue se defronte com toaldate do rea tor tivse impotivel pretender gue 1 Filosofia tena estado presente fm todove qualquer tipo de cultura. O gue a Hiséria nos mor tra € exazamente 0 contri’ a Filosofia € um produto data fir regs dvenoe reconeer gues rt de wma dy at importaner conmbuigser daguele Povo antigo 20 mundo oc dota. Hier dence ove ants A Filosofia teve 0 eu inicio nas colbnias da Grésis, nor stevos Vie V a-C. “Ars flotofia rege ve desenvloe da penjeria pare 0 centro, concentrandove em tenas somente mais larde, com of sofas or fléaforchamador roorbicon. gut devemor acenar a um primciro protlems importaic: 0 40 or gem da flosofia grege ¢ 2 ifluencia do Oriente. A forescente tavegatio e a ria stivlade comercial day clini Yinics de ‘dia Menor punkom-narem consata com or povos do’ Egito, da Benicia ¢ da Meropotimis,¢ a nftsénia deer povostisivhos tele o proce de formato. da fia eg i pode te Ipnovada A opinido dor autores sobre ene problema, sobretudo no steal pluado, deboiose entre dusts exromass © primi 7 stra que a Gréia rowers do Oriente todos or principsr con ‘edor Genus cultura, ¢ stim tendo, ria ela detiuide de or tidade'maiy, meime em relase 2 Forfa. Ea tependa {bre Jos 0 clog do "milagre repo”. delnde a independence { shnio heleico,contderandoa ume ciple de produto ex ‘eo"deniro do panorama bibaro dos povos anion. Si» tres tracerbudas, que hoje nim senda subtalar por ta visto mat Spulbada ‘Sem divide, o greg soreram a infludnca de outros pov. Todo povo desenvdve eras lita tabre'« vida ¢.0, mundo, desde crtas concpgies tobre a alts, sobre 2 origem do mundo « purr do cans, abr o1 cor cbimicos © 4 umdade De dniver, ct. Estar ideas, 0b a forma de mio, eto re- ‘enter nas ost eigr reigier”Povor maitadiantaay, come Odo Egia'e de cates per do Ontente Mio, chegoram aid Imemote éesenolver wma matemce, ume aironomia, uma elant Que conte, fle eer par nao podria Tiron of geges imunet, €dbvio. Mutor dor temar que 080 ‘eupar os Hides rego eto loge de poderem ser comidars. fo origins, Mast beret dio, podese dizer ue ego! fonstaem ma exceao'¢ que not legoram ua cultura abe mente orginal Ete origindlade pode ser contatada em dois poms bl scot) sry nents “hsb” pencrram na Gri Ite ndo autorze infrt que todo 0 coniedo do pensamento rego sea leigenssRectheram, som diva, cerias ideas ge- Si mas ow menor comune de resto" sos poves primitios; dos favor mais adintada, recberam cote cfncia—~ mas sera sand pretender que se tenham limita ao recbdo de fora. Es. ter conteddosfofosfuncionaram mait como wm ponto de par- tida, que de forma alguma é ‘zcompaioe, com a ee contribui~ B gripe povo rego. ‘Se compararmos a cultura rego Sos btas cans dh dps, a lifcncr reslam se Seentuades do que o que pots tr de comms 8) Por Mai ‘tec tenka ideo impacto do niogrego sobre 790, © suo Ie Fiore jamais ve podera exper pele simpler coinadénca fe fmt ul imparts i ¢gure ta ‘Gricia um tipo de comportamento umano mais centuade Wreete scconal, Bete mator repeta 2 dimensso espetficamente 3 racional do homem, sem 0 qual & imposivel pensar o surto de Florofia, que caracerisa 0 povo grego. Evidentemente, nee ponte também se devem evitar categoriat absolutes; nao fe Pata {le contrapor os gregos eos outros povos, como se citer fortem Aesttidos de racionaidade. Mor diante do reel, 01 pregor io te limitaram uma atividade pritica ou a um comportamento Feligioso: a0 lado diso, souberam assumir um comportamento Propriament flosfico: a pergunta filosifca exige uma posture ‘mats puramente intelectual. Sem cite maior autonomia do com (portamento rocional, nio se poderia compreender 0 surto da Filosofia grega. Por ino, em seu sentido forte ¢ expecfco, @ Filosofia € um produto original da cultura press. Cremos que Nictasche resumia 0 problema através de uma frare Jamota “Outros povos nos derams santos, o1 gregor mor deram abbas” Mas a instaurapdo deste comportamento raconal coloea ainda owirat questie mio menor complexar ¢ diffecis de serem real. vidas. Devemos fazer também uma breve referencia a0 problema dor presnposto regione; do pensomento grego, on ao problems fs relagder entre Religdo ¢ Filosofia na Grecia Mais ume vez, 0 curto da Filosofia 16 pode ser compreen ido através de. certas eractersicas muito peculiarer 2 religiso grege, No se trata de afirmar que a Relig tenha sido a aura da inctourapio. da Filafia; também mio ve trate ti0s6 de reconhecer a coincidéncia de certs conteddos. 0 problems ‘onsite muito mic em compreender como estes conteddat foram ‘ansferidos de um contesto mitico para 9 dominio de pergunta racional.. Quando Tales afirma que a dgua 0 elemento pri: ordi de todas as coitas, hi msto wma clara ressonéncia do ‘mito homérico, que mergutha por sus vee nat tat primitioar ‘crengas religioss. Mas tal ressondncia no autora a dizer que 1 afirmagio do mundo natural implica a recuse de uma relidade Sobrenatural. Sem divide, as colbnias em que se desenvoloen 1 filosoia pr socrtica ndo 1 caracterisavam pela intent rel (giosidade de Grécia peninsular — que se extuiava, na meima Zpoce, com a tagédia. Nao &, coniudo, a falta de relgiondade (que explica 0 turto da Filocofia, Tratase muito mais de ostro ‘ipo de relisiosidade, que obrigava o homem das colbn Imaie por i mermo ¢ @ derenvolver uma certs ouradia © itineririo do pensamento.préscertico no 1 desdobra do 9 “mito ao logos, mas de um logon miico pare « congue de sm logos mus aentuatomente nade Por euro odo, se quiermor eslicar tal oust devemor enter um arg jundamentl da religirdade greg 0 omem rege i romprende or sear dees coma petencente Mundo sbrenaurals deparamor com wma relia. que deso- tha 0 nga on guar ipo de eda genio encore ens fundamentor na propia ordem natural. "Or deer pregor sprcentonte com ns ede ue oe prnde 8 ode he thr dar Coban,” 'Nao exite 0 exclusion do. Deus hbraco ous mugalmano, que sh reconhece 0 homem quand 0 42 cn- terte "Longe tse limitarem 1 uma igre ow 01 prelgioy Bem povs exoluid, or dees rego sso. reconkeidor em ‘ta pretence puramente nataral na dem do mundo. EE cia frestnn tative ue emprets tor descr regor na tise: {Cidade impor. Ox deer exitem asim como eritem ar Pla tan a petan,0 emer, 0s homenn, 0 io, 0 chor, fi A partir de ti pressaponto goo compreendese au os pouce"uma ante hordien tents do real ve tomare ee freemen pai srr oma 7 at 1 forges quetions 0 red. Claro que sutonomia da Porgntsfilosiie ob pode surgi ao eabo de um longo ined. Se Gm Homero 0 pts se econde, andnimo, arr dor feos dos deuses e dos herdis, jd Heslodo se apresenta como homem, S quate que contrat moto uma teogona, Desa forma, SUindale radon do homem se sma som uma intnsidade Sreente sf stingy 0 tempo dor présacrico.0 ten primero omens de mate "Bart tone» eno go Le fc 0 primeiron floor usar af mesmo plea det im lum senile niordigio(). Se 0 penramento fsdco ¢ Sm carts medida conditionado pele Religio, eta pasta 4gors Pfr 0 impacto da Forfa “> J, Burnet, L’Aurore de le Philowphie Greeque, ed. tone vse \de Aug: apmond, Payot, Pari, 1062 Bag. TH 0 Aristtcles, em sua Metis, chamow 08 filbioos présoes ticos de physikoi,floces. A expresio nao &tncorrets, mas pret tase faciimente # eguivocor. A “fica” pré-toortica nada tem «ver com a fica na acepeio moderna da pales, astim como 4 phys ndo pode ser tradusida sem mais pela paleora naturezs, Hoje, a natureza tende a confundire tempre mait com 0 objeto des ciéncias da naturesa, com algo que pode ter dominado pelo ‘homem, que pode ser porto a seu erica ecanclisada em term: dde thnica. Desta forma, « natureza wransformase cm expres. ‘lo da vontade de poder. Mar nio ¢ dentro deste perspectioa que podemos actder ao cerca nrc de mateze fe des ines‘. Sofos gregos nio é uma disciplina que se contraponha 2 outas Giciplinas, como a Lbpce, «Esc on a Fie tl como compreenie hoy.” Se ehamarmon, com Arias, de fee & Iiloofia présocritcn devemos entender por eta expressio a saber do ente na sua toulidede, Como 1 phys & 9 concito fundamental de todo 0 pense mento présoersnco, cab agu alum breves oteeaes a Troduttar wo temas” “tt ee Bsimologicemente, phytis€ um absrato formato pelo afxo sis ¢ pola rte verbal phy, na vor tia: phn, na toe meta thet, “Parser ale @ pert om fungto de Honora, ¢ fonsata queer dat format verbs tho aphoetar referent ‘mente ao! mundo vegeta. Na vor ava sigafica product (como © bosque que na primates produs fahat, ena soe mcs Sigifcn creser aor dopey, indo crsce tom temente Cem arate") (). 0 reo vegetal teri, asin, o orgino,etenden- ‘estar gee doe pod a aa Snplidio misma, Jeger ti que a pera pays ceigns o proceso de surgit ¢ deenecocrse, rasio pels qual 0” greg sora fegientemente com arm geno, E ateene jae “Mar polo qbarca também & fonteorginra das cos, ilo « partir do qual se deseavloem € peo. qual te renovd Rntcntemente ole deeneimene com balls peleron @ H Pater, Physis. Grundlegung cu ner Getehchte der Wortes Haniitationsechr, Marburg 140, pig See " realidad subjacent 2 cies de nose experénis"(*). Burnet, por suave firma que "na lingua fibsfce pega, phys desgna ompreo que ¢ primdri, fundamental ¢ persitent, em epoigio gue ¢lecundrin,deiato e tansisro” (*) 1 por ets cumériasindieores prebese a densidad filo sofia gue acomponha a palara phys, conccto complero do {ual dSpendew comprecnsto que 16 posi ter do pensamento pr erdice Insistindo um pouco mais no problema, podemos dev Inna es aspect fundamentals da phys: 1) A patra phys indice aqulo que por si bros, abr, mere 9 Ueabrotor que ge te rap ve mane rete desdobrament, pondose no manifesto. Tratase, pois, de lim conceto que nada tem de etico, gue se earateiza Por ‘ime dinamiidede projunds, genéica.“Diaer que 0 Orcano & S"yenee de todas or caer € vralmente 9 mesmo que dieer ue Ze physio de tad ar cose’ firme Werner Jatger ref Findose & Hlomero(°).. Neste sentido, a physis encontra em Incima a sus géncte; ela & ake, prindpio de tudo agulo que Toma tr. 0 porse no manifesto encnira na phys fogs tu leva t ser manifesto. Por ito pode Heidegger diver que Physis é 0 propria ser, rapar 00 qual 0 ene Se forma ¢ perme: rece obseradeel () 2) im mo dia, maras connate ao pn a animico, do iprtual, qualquer sea 0 sentido. que se emprste Svenas paler Mas pa or gregt, mermo depoir do periodo fpresoerdice, 0 pico também perence 2 phys. Ese impor nse dimensio da phys pe ser melhor compreendia @ patr de sua gence mitelbyca. Jd sfirmamos que os dewter gregor ‘io io entdades sbrenatari, pois sd0 compreenddor como parte integrante de naturess. Em Homero, por exempla, # Werner neg, La Tolga detox primeron Filson dre sos fr 'Se sd Gh, Mento, Fondo de Gators Bevis 508, ne Op. at, te Op. ot, pe 38 {@ Marin: Hettegree, Biagehreng in dle Metaphyt, Twe- ingen, of Max Nlemeper, 180 pa R fretenca dos deuses sparece como superior as homens € a0 tneomo tempo camo algo que thes & précine: eh dees eta fren om ado uence ¢ oom Strats dos dewe, "Esa presen trniparcee aida em Tle, ‘a rare que the é aibuide: “tudo ed chet de dewey. Eo dentementecom o wrto da Filsois a ae do tomer fen 2 cop solre uma trensformago,acentuandose we cegonis de racionaidade, "Segundo Jacger, Tales emprege a flava deat “em wm sentido um tanto dino daguale em gue. embre. serum maori dos foment), Or dey Ser io fivem em una reise longngus,iepareda, ps tudo, todo 0 imundo que Yoda © horem gue i ofeece do seu pensamente, tk eeio de dase dor Heat de teu poten: “Tudo ead chews ae miserives fora viva 8 ditingdo etre & natureza animate «inanimada nao tem jundamento alum: tudo tem me site) Bi en 4 or mot uth 4 physi sunsforme a eta em algo de intligente,empresedie Cera eiptulidede, sfatandoa do. lemsetie, anbuca € ice." Vejese, como exemple, a fragmento de Heracia Deus dis emote, invcmno'e vera, gucra © pas abunddnce < fome. Mas toma jormar variadar, artis como'e ogo, quando tmizwado com exenar. toma 0 ome sun 9 fered Sada ume dels" Ox sinde 0 rapmente OF “O° rimpego (awe ba wma de Zeus) germs a ubncrio® Eta ida fe goe deus perence em algtm sentido 2 phys & earserta de odo 0 pensemento présocrdico, © comin et, mime. emt Deméeito, como o atesam os fragmentor 16,2, 112 13. A his pertence, portant, un principio incligene, que & reco thecdd irnés de at manietgoes © 0 qual epretem ot mais variados omer: Espiro, Pensamento, Intalgenciy Lo on ce 3) A physs comprende a toalidde de tudo 0 que & Els pode ser apreendida em tudo 0 que acotee: neurons, no frerimenio der planter, mo nsciento de ahimair Boren E'squ coneém chamar a sengio para ute dewio em que fal mente incrre 6 homem contemportnce, Paso que nose Op. a, née 2 @ Bid B compreenio do conto de natuesa & muito mas esreto € pobre que a grege.0 perigo conse em julgr a phyis como Joos prtvoerkaces a compreendesiom part dagulo que més ‘hoje dmendemer por neursa: nee sentido, se comprameeris o primevo, ponsatteno grega com wma ciptc de naturalmo. fhm verdadea phys no designe precpuoment equ que ne hoje, compricndemos por naturess, exendendor, secundars- ‘mente ao txtrnatra. "Para 01 prises, jé de waa, 9 om Gato de phys 0 mais empl rade! pos, compreendendo mii mdo 0 que existe. ‘Nao se compreende 0 pilgico, por Tremplo,« patr do modo de sr da naresa cm seu snide Stal como ndo we enende os deute « pari de noo conceio inas prco de ncncea “A physe pertencem 0 chu e 8 sera pedrac planta 0 enimal e'0 horem, 0 acontecer hua tome cbre do homem e dos deur, , wobretud, pertencm sige em ds). Deal's en mpi «ae fa palere phys designs ore cosa que noo comee de nature Vole dizer que na bare do conccto de pis mio ich a mona experidais da natureze, pots phys poialia ‘omen anne eiporitniaftalmenteonira que mio 4 que a6 refer da ye spend nla que elt dels nada Bd que pot reer a ivestigepio Ueimoda. Por isto, pensar 0 todo do rel w partir de phys no implica em "eaturicar” tdor 01 tes on reingirae «se cura ete natal Peni 0 robo do reo part do is Z peur «part daqaio que determina a redidade ee ttdidede ene. sas parce eras notes jundamentss da, physi, posi tar fests, Pens i» fpréscrkco penta o'terc a parts da pss pole enzo aeker Tima compreensis da toidade do re: do cnmor dos dents 4 Snr coal prialares, do homem # da verdad, do movimento £ de mudanf, do aniiado€ do nenimado, do comportamenio Sutmano'e di tabedona, da plese da jst @) Velnse Martin Heidegeer, op. it, pig 1 4 Ni dev deca rr ntnidale ene doin serve que se vem manijestando pelo pensneno pesos Be Niche 4 Heltegqer, ss imerpotyoe ve totem, ¢ 4 obra dos fundadores da fiosfiaaidcta, embora deta so conke amos fragmento, ge com son vga inrperado © cones Siri peripecias nova paras comprcendo de protlemice fc ‘ier ‘Be jt, tei bem pouco tempo oat presoedaces ‘onideraonflnsfor menor seteguiey& pongo andra de Simpesprecrores Paso ¢ Aristclesmpunhame como 0 me Sede gue determines gualner acevo to pentamento eo tie fedeu Maso imenso © inegoavel trabalho de redecober que fem sendo realizado cm moor day, obign aaron cos {te imergrtaio em ourar bases; potemer mesmo ditmar que © denominador comur dat peighies contomportna cote fm Ibertara lofi dor présociicas de menor tile pits ricoarisodice: conte em tentar eucdédor cutando © ue dizem on prope ragmentos,etendove vitudiedtos aan de ‘oncitor de event formato ulterior, que The rubar ‘mento mais propria ¢ ginal. Libetar 0+ présorbicos de doutinas que 01 condenaram 40 equccimento ih é um tebalho frduo: ma sings mas dic 2 compreender a lnguagem dor pir da flooia acdentl. Ot it ne aor gus sgt es, tomar a ors iene aparenemcnte enranka te preocuporer do pensamento ae ie. “Comparatos & moderna trmibaloga esas cx ‘Preramse de are modo. nio ro enigma, feqienerente tea destin att ue mt dtr ra oe {ache de etn, de gue recoriim ai tesmo tor ior to reser que, egundo etn aurret, “inferior «condo Hlobfce dor présocricon, Ea tat dilicaldedes ¢ prconcioy, tree um grave szar hitio: de nemhur dele conbecems 4 obra completa: 0 efrgo dor petguiadorr contegu cather ‘oe freer incompleas¢ cate purus om um ponde mimeo {e autores ntigor — de Plo Arinbeer tf 1 primvor padres de Tere Mas a despeito deat dicaldades ¢ das devantagens de ardem materia, como duvidar de fundamental importing de Colegio de fregmentor que vcram atl mbt? Redmente, ome 6 ignore sbi denidade dos pemamentos de um Parménider Gide um Herat? Como permancer alka & profundidade ‘fue cxonde-o nico fopment de Anasimandro gu conkec- Iroc © que pode ver cnttrado © matt antigo tte fordice Stil ‘6 pementn prec. serte momen ae even ser apreciador coma une dor pontr calminanter de Hindi de Blo Longe de poder rer eriaiecdos ib 1 plo de precrsres,ekonvamot om sa fegmontade obra os fundumentor que’ descrminaram 0° pip. cto do. pete tment ecto. "Nene semiao, wo conrbvo de trem diets Ceareton,conteram «nia ousidade srsér da snuors ¢ ingrte mera do hotem 6 ADVERTENCIA SOBRE A PRESENTE EDIGAO Com presente tradudo dor fragmentor dor mais antigor Iilbofor gregor pretendemos preencher uma lacuna des letras filo sbjcas em lingua portugues, Em nosso trabalho de tradupio respeitamos 0 texto tl como [oi estabelecido pele monumental edigto de Diels (Die Fragrnente er Vorsokratiker, Hermana Diels ¢ Walther Kranz, 8° edicio, 53 vole, Berlim, 1955), ¢ mio tomamor conhecimento das diver. (géncar e das controvertidar corecoes fit por outros especis: litas. A presente edigio contém a totalidede dos jrogmentos reconhecidlor por Diels como auténtcos (excluimor of ofiar ¢ alguns autores secundivios, de escaso inteesie osfio, como Epicarmo de Crato.e fon de Quios); conteroamos « mumerasio ‘adotada por Diels Aléms disso, screscentamot aoe fragments de cade pencador uma breve slegio da respeciva dozograjia (a mumeragio ¢ nosse): procuramosescolher, no vasto material coligido por Diels, (0 minimo indispensivel pars dar de cada fibrofo uma visio a Ing aml pea ¢ ae pet wo memo tmp ern 0 Inicunte de introdugio a0 respect jilsofo. videntemente, nao deve eaquecer que of daxdgraos, embora fornegam info. sages importantes, nao “completam’ @ doutring dos fragmen tos dos prbprios présocréticos; muitos vezes, interpretam a 1e0- Flas que expiem obedecendo « criterior que j8 nao pertencers 01 présoertico. Em verdade, or chamador daxégrafor cont: fituem um valioro capitulo da histria das interpreteges sfrides pelos primeivos jlsofor gregos,e por tito, ndo devem ser aceitos Peciicamente, sem espirto erico. A nossa selepGo, necstaria- ” ‘mente incomplete, ndo mate de recomsruir, através dor doxé- {grafos, wma douirine unitva; cla busce, modestamente oferecer Slguns textor que permitam wm esudo matt ertico do pense: mento présoerico tin a a aie ce Devemer lembrar sind singudaresdifcudadee que rea ana adage Test incre, Pa neta ot de Trans fosfca vale de um modo tao vidlenta @ asertiog de que tala taduglo ¢ ncerramene ua interpre. dt ‘inagénciasexiemes entre on maioesradatores permite ot ‘faut dean modo mas crtce 0 nesta wabaho de Wadngae Finalinente, queremot espresier« nose eipecelgratiddo 20 {iatogo Profesor FHtonch Bence, da Univeridade do Rio Gs de da Sal, qu promiicon, com 0 entusaimo que 0 ditingue, evita‘ noite abdho; de seu proundo conbeimente do lingua rege renton um dillogo gue torns 0 Pro, Buns par {pe dr po mdr do aor gue fren 0 pbc, GAB. 8 SELEGAO BIBLIOCRAFICA [Axetos, Kostas — Héralite et la Philosophie, Pati, Les Ba tions de Minuit, 1962. 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Bere dor por homer, tara fonts pela side comer de ems evepedoret que percorriam quase toda a bacia do Mediter- rane Nee encoar or mat nar fon prea, ‘Tales, Anaximandro ¢ Anaximenes. aes Hester Sobre sida de Tae once se sabe. Um feito mathe — «pei fein ple foto ce ted doh de 8 de lo ES 0 Elm enabter, como. da ponies 9 noe St 26. fr ove animate © 47 oC po a ‘ores Puce tc tio sender evi, 6m dita incr, Cprtende uma vsgem ao Egos Potiponsvamen Pde politica © militar de sua cidade. on De sur iis quae nea € conc, & pono probe! ue senha cao Sin oro Avis chance de. fader Slime lombre aun dour de qu fps foment bimorl etoar a one gue re lta ore is Sluis Fale efrmagto dq “td oo et ts Ge tenet", o que lcs poe tr ecado Sia de gue 9 find tom vide, forge mor 0 foro," dts dt, labore ume tora pr epic os nandegtr io Nil, « ee «Ter hula de Tiers protons geome, Doxocnari (3) 1 — Tales afirmava que a terra flutua sobre a fgua, Mo- verseia como m navioy e quando se diz que ela treme, em D Nio se conbece nenhum fragmento de Tales 2 verdade utara em conseqiéncia do movimento da gua. (SE neca, Nat. Quast II, 14. 2 — Outer julgavam que a terra repousawbee a fqua. Eta 44 mais antgndoutna or ns concise tera si dfendida por Takes de Mileto. (Avi, De Coco B 13, 2a 2). 3.— A maior pane dos infos antigos conctia somente prin meri mo gen de ods as). "Tale de todas coisas (por eta razio afirmava também que a era fepousa sobre # gua). (Ant, Metsphy 1,3) 4.— Ente of que afirmam um Gnieo principio mivel — gor Arndtles chamados proprizmente de ficos une cons eramno LIMITADO, asim, Tales de Met fibo de Examias Hip — gue pre dp neu” Dizon ave a fg 6 So; porque agile que € queme necesita de umidede para vive, So que € moto seu, «todos ov germes so Gmidan € todo al trento € che de sico; ora, € natural gue cada cobs te aut aquilo de que prov; » gua € 0 principio ds natura Gi que mantée tay a con ¢ asim conlaram que a Spus & prinelpwo de tudo e declararem que a terra repose bee gun.” (Simpliis, Phy 28, 2) 5 — Tales e sua exola: 0 cosmos é um. (Aet Hh 1,2) 6 — Parece que também Tales se conta entre squeles que, segundo ve diz, sopuseram a alma como algo mével, asim como ‘Nstentava também que 2 pedra magnética possui uma alma por aque move o ferro, (Arist, De Anime I, 2) 7—E alguns sustentam que a alma esté misturada com 0 univereos talver por isto chegou Tales & opinizo de que todas 2 coisas esto cheias de deuses. (Arist, De Anima I, 5) 8 — Toles: a inteligencia do cosmor € o deus; porque © uni- verso € animado e cheio de deuses; 0 timido elementar ex pe- nado do pede dn, qu ps em movinene, (AS. 7 0) 9 — Toles de Mileto, o primeiro a indagar ests problemas, disee que a gua é a origem das coisas ¢ que deus € aquela in tcliggaca que tudo faz da dgua, (Cicero, De Deorum Nat. 1, 10,3). 2 ANAXIMANDRO DE MILETO Discipulo ¢ sucessor de Tales, Anaximandro desenvolve «seu ‘modo ar doutrines do medre. Natural de Mileto, plese que lenha vivido de 517 610 4.C. De sua vida nada & conhecido Parece ter sido 0 primeira « publicar exitor de ordem filosé- flea; esereven em prosa ‘A msioria dor autores tem como certo que Anaximandro wou. a palara atk (origem, principio), nao tendo prevaleida sr crticasformuladas a ete respeto por Burnet. O principio de {odar ar coir ¢ 0 ilimitado (apeiron). 0. seu fragmento refe- rosea uma unidade primordial, da qual nascem fodas as cosas € 2 qual retornam todas ae coisas. Anaximandro recustse a ver 2 ‘onigem do real em um elemento particular; todar ar coisas 180 lates 0 iia ao poder, em injutie, ont ‘ler cosas; deve haver, por ist, um principio que Ines Sejaante- rior e que permita compreender tudo 0 que & limitade. "Do i Iitado eurgem inimeros mundos, e estabelecese a muliplicidade; 1 géncte dar coisas a partir do iimitedo ¢ explcada airavés da ‘eparagig dos contriros (como quente¢ fio seco e fide) em conteqiéncia do movimento cero; ciicamente, o que esté sepa ado tolia a intgrare 2 wnidade primordial, restabelecendose 1 juga, Com @ doutring do ilimitado, Anasimandra pretende Corrgir Tales, embora a dgua continue « derempenbar ume pepel ‘importante em sua doutrina. Assim, afirma que a dgua cobria ‘no iniio toda a Terre, que or reresvivor urgiram do mar € que o homem deviva dor peises. ” Fracotor 1 — Todas as coisas se dissipam onde tiveram a sua génese, conforme 2 necesidade; pois pagim umas 3s outras castigo © txpiagdo pela injustiga, contorme a determinaglo do tempo. 2-0 ilimitado € eterno. 30 ilimitado ¢ imortal ¢ indisolivel, Doxocraris 1.— nue 0 que defendem um tnico principio mével¢ lic ritado, Anatimandro, iho de Prattades, de Milt, e dicipu € Suceuor de Tales, diz que o limita é o principio ¢ elemento das coisas, tendo sido o primeiro a empregar a palavea principio. ‘Afiema que é ao 2 fgua ou algum dos outros assim chamatios lementos, mas uma oven natureza diferente mada, da qual seriam formados todos os efus © of cowmos naguees contdos, “Ta ec se dingam onde vera a a gene, contre a culpailidade; pois pagum mas 2s outras castigo © expiagio Pela injusiga, conforme a determinagio do tempo & evident fue Anaximandro, a0 observar a transformagao eciptoca dos ‘quato elementos, nto quis tomar um destes como substato, mas tum outro diferente. Simpl, Phys. 24, 13)- 2. — Tudo ou € principio ou procede de um principio; ora do hi principio do iimitado, pis se tives seria limitado, No Imai, por ser principio, deve ser no engendrado ¢ indssokivel. Porgue neeesariamente tudo 0 que é gerado, chega a um fim, ha Um termo a toda dissolugio. Por sto, como dizemes, nao tem pnp, mas ce pr page se 0 nc das eas ist, ¢abragélase governas today, como afimam todos aque- ler que nfo adtem cutras ausasalém do imtoo, como por cxemplo, a Inehgéncia ou a Amizade. Ea divindade:imortal © imperecvel, como 0 querem Anaximandro © 2 maoria dos fi logos. (Aviat, Phys Il 4, 203). 3—O ilimitado é eterno € nfo envelhece. E sbraga todos os cosmos. (Hipp. 1, 6,1). 6, Angximande, companheiro de Tales, dzia que o iimi- tado é totalmente rexponsavel pela génese € pela disolugio do 2s universo (...)- Afiemava ainda que a disoluggo ¢ muito antes 2 génese, aconteciam repetindose tudo iso desde Um tempo it. imitade."(Pseudoplut, Strom. 2). 7. © movimento & eterno e com ele surgem os cfs. (Hi 162), 8. Anaximandeo aio explica a géneve pela mudanca da ee ‘mento primordial, mas pela separagio dos contirios em conse incia do movimento eterno. (Simpl, Phys. 24 13). 9. Contivios So quente fri, sco € mide, € oF outros. (Simpl, Phys 150,29, 10. Ansximandro afirma que, por ecatio da gineve deste cosmos, a forgaeriadora do principio eterno separouse do calor © do fri, formando-se uma cstera dese fogo a redor do ar que envolye a Terra, assim como a casa em torno da irvore. Quan do esta se rompeu, dividindo-x em diversoscirulog formaramse foil, a fon eae enelse,(Pseudoplut. Strom. 2) 11. (...) ele também constuiu uma esfera. (Diog. Laer. 1, 2) 12. O sol esi situado acima de tudo; em segundo lugar eth a Tua; mais abaixo as estrlasfxas eos planetas. (Act. Ih 15,6). 13, Hos que afirmam, como Anaximandro entre ot antigos, aque 2 Testa, em virude de sus igualdade, permanece fra em seu lugar. Pois, 0 que estéstuado no centro e igual distinca dos extemos, nio se pode mover para cima ott para baixo ou para ct lador."Impostivel € também que se mova, ao mesmo tempo, em ditegies Contras. Acha-se, portato, necessariamente, fem repouso, (Arist, De Coeo, Il, 13, 958), 14. Ente of fildsofos que admitiam um nmero infinito de rmundos, afirmava ainda Anaximandro estarem muito. dst: pt lull qe ns cera resident como hsp em nao corpo fe qune sua taconlade, em comeaénca da sepsraior tras tomnase semelhante A razio univers pela telasSo exabele {ida stance da maoia das Sets (de mobos egos sesve). Esa raedo comam e diving, pla prtpagio da qual nos tor amos raconals, cnforme Hetil, € o eto da verdale. Por thor comum 9 tador€ igno de & (pis €compreendido plo Logos somum ¢ divino); agulo que, 30 contig se resinge a ts nao € aig def por raves nvr, (.) tad fazemes lpensamos graae 4 noua paricpagso do Logos divino (..) Ede pont de vita, prem nso ims que a conta empha th govern do tod tniversl~ Ey conseqbénia, conheremes & terdide, na medida de nossa Tembcangs quel particpaso; uando pension poe née meson, inaimes.em et. — Asim sheen Helo 9 go mum como an «0 omen io por todos cero digne def, pos jlgad pla trio comums fo pensamento de uma nica peta, como Elo. (Sextus Emit. Vivite 12 — Dine considerar Heft a satsfagio ome finaldade da vida mans, (Clem. Strom: It, 139), «6 PITAGORAS DE SAMOS 0 que te combece da figura de Pithgoras pertence mais 40 smunto'ts lends ut restate, “Aunia soe de sua exe {Encia em S30 4.0. Peston de dif aceio,funton uma ecole para iniciados,¢ defendia uma doutrina mois rlgiora que fo. ‘ihe. A doutrina 7a cnsiereda secrete ranresso dita norma acerrtava excomurhao tal teria doo eatigo de Bliparo. Ii por esta rasa tense por certo que Pithgras nio eixou or Certs, c.0 conhecimenta de a doxtrine toloe problema ins Uvein pots 13 mais tarde, no terspo de Plato, comegaram ‘urgie as prior escrtor importante, O. que se conhece de feu penimento € bavado nestor fontes posterior, io endo fouled, em contegténi, ir mito além de congue, Embore into hajscrtesa, ¢provdeel que tena estado no Eto a Ba Inténiay sagene fundamentaie para 0 desenvolvimento. deta doutrina sore. Mar importante pare ete desenolvimento foro surto de primitives cengor grepan, que se veri em ta po Parece que 0 ponto central de sua doutrina religions & a crenca na transmigracio dar almar, aliada « uma forma de vida altamenceascétice. Este axcetiomo ligase basicamente a0 problema ‘to sacrifice de teres vivore alimentagdo, Mar nao ké nenhuma ‘erie sobre o conteido ¢ a extenrto derter elementos. Tambers 6 tif establecer os apectos da doutrina aribuecit a0 préprio Pisigoras e.distinguilor dor que foram claborador pelor seus dlsipulor. Em és pontos, contudo, parece que nio pode haver ‘livida: I) a idéi de que 0 Wimero 2 0 primeira principio: 0 Numero ¢ suas relagdes ou “harrroniat” so 0 elementos de tidus 4s coisas; 0 estudo do Numero relleese também no comporta ‘mento humana. 2) A forma dualita da teoria dos opostos, de " io largas consequéncias pare todo 0 penramento. pré-soerktic, também pode set atviida a Pitdgorat.3) A descoberta de ver. dade: de ardem matemétics, robreudo do famoso fearema que Ihe é sairibuldo Doxocnars () 1 — Pitdgoras, filho de Mnesarco, praticou invetigago mais do que os outros homens, e tendo esolhido estes escrios (por cle estudades),extraiu deles 2 sua propria sabedoria: pol mata, fala arte. (Atsbuida a Herilto, fr. 13) limatia ndo instru a intligencia. Nio fost assim, ‘Hesiodo e Pitdgoras, Xendfanes ¢ Hecsteu. (He elit, fag. 40), 3-—E vivia entre eles um homem de extraordinéro saber, dono da maior riqezs de pensamento e sltamente versado em toda espécie de obras sibias”Pois quando se elevava com todas 2 forgas do pensamento, via com facilidade cada uma das coisas fem suae dey e vinte vidas humanss. -(Empédocles, fg. 129). 4 — 0 que Pitkgoras dizia a seus disefpulos, ninguém pode saber com seguransa, pois nem o slénco era casual entee ces. Contudo, cram expeciaimente conhecidas,conforme 0 juizo de todos, 26 seguintes doutrinas: 1) 2 que afiema ser a alma imor tal; 2) que transmigra de vina a outa espécie animal; 3) qu: ‘entro de certos periodos, 0 que jf acontecen uma vez, torn a acontece, © nada é absoltamente nova, e 4) que € necessirio iulgar que todos os seres animados estio unidos por lagos de parentesco, De fat, parece ter side Pitigoras quem introduziu por primeica vex estas crengas na Grécia. (Porph.V. Pyth. 19). 5 —E contase que passava Pitigoras 20 ser castigado um pequeno cio; sensu piedade e pronuncion as seguintes palaves: "plta de bate. Poie é a alma de um amigo meu, que fecoahei 20 ouvir of seus gemidos” (enol, fag. 7). GD) Rio exstem fragment #8 oswensrin Soane Hirsso ot Mexaronro (!) 1 = Hipao de Metiponto © Heradlto de Efe também adn ut no tolo svc himiaos diam gue ogo ¢ 4 prindio primero que todas at cogs, por arg © en danag,stn do fgo tne wan a daparse lgando ae cea 6 + dca subnca soma pas cose (Simply Ply 2, 33). pone Gels Pr Doxoenasin Some Prracéntcos Astintos 1 —Também a airmasio de que wma harmonia & eng dea pelo vine dv eo ne pss sata cament, fof apreenada com ekginca © penewagio por quem 2 die, sem ating, contd a verdae, Alguns pensores de dhsem que aeearsmente 0 movimenio decor tao grandes deve praluir um som. Pols io jf aontce com corp ste tsa Terra, embora mio So ponds ¢ transports por mov tenor de menor vocidades Assim, enorme veoedade do fol e da Tua deastor em tio grande nGmero tmanho deve necesatiamente produzi sone prodigoas. Admitem i ¢ ta tm que 2 (dives) disdncia (dor asor de seu pono central) orresonde relays numérices da harmonia musa, como resultane absurd que no ouvinos ee orn, expla que 0 ov toe desde o nscmena e em consequénl fala o contrast com o'slénio necesiro para que o possimos perceber. Poi 9 die Ungio do om edo anc eto recpocamente condo, §coneeendonos 0 que acomece aos ferrtos que, por hibit, io ouvem 35 bid de eu area. (Arty De Coeo Tl, 5 0b) 2'— Enquanto a maior parte afrma que a Tera et colo cape xno td hamalor pag, dm 9 teri: asseveram qe 0 fogo ccupa 0 dugar cetraly 2 Tera, senso um dos aves, movesecrularmente em torno do cento, produrindo asim note cdi, “Consrocm outa Tere, cont festa ex, que chamam de anttera, basando sta hipeses, E cau, mio nas manifenases cletes, mat na bernie desta aces tcoris opines suas tentando combindiae har mbnicamente, Também a mullorourer pensadoes pared des Decedrio atbuir 3 Tern pongo cnt, dedusindoexa con

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