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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

MÓDULO:

DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM
TEXTO 1

O que são realmente as dificuldades de aprendizagem?

A literatura sobre as dificuldades de aprendizagem se caracteriza por um conjunto


desestruturado de argumentos contraditórios.

Apesar do conceito de dificuldades de aprendizagem apresentar diversas definições


e ainda ser um pouco ambíguo, é necessário que tentemos determinar à que fazemos
referência com tal expressão ou etiqueta diagnóstica, de modo que se possa reduzir a
confusão com outros termos tais como “necessidades educativas especiais”, “inadaptações
por déficit socioambiental” etc.,.

Podemos assinalar como elementos de definição mais relevantes:

A criança com transtornos de aprendizagem tem uma linha desigual em seu


desenvolvimento.
Seus problemas de aprendizagem não são causados por pobreza ambiental. Os
problemas não são devidos a atraso mental ou transtornos emocionais. Em síntese,
só é procedente falar em dificuldades de aprendizagem quando fazemos referência
a alunos que:
Têm um quociente intelectual normal, ou muito próximo da normalidade, ou ainda,
superior.
Seu ambiente sócio familiar é normal.
Não apresentam deficiências sensoriais nem afecções
neurológicas significativas.
Seu rendimento escolar é manifesto e reiteradamente insatisfatório.

O que podemos observar, de modo geral, em alunos com dificuldades de


aprendizagem incluem problemas mais localizados nos campos da conduta e da
aprendizagem, dos seguintes tipos:

Atividade motora: hiperatividade ou hipoatividade, dificuldade de coordenação

Atenção: baixo nível de concentração, dispersão


Área matemática: problemas em seriações, inversão de números, reiterados erros de
cálculo
Área verbal: problemas na codificação/ decodificação simbólica, irregularidades na
lectoescrita, disgrafías

Emoções: desajustes emocionais leves, baixa auto-estima

Memória: dificuldades de fixação

Percepção: reprodução inadequada de formas geométricas, confusão entre figura e


fundo, inversão de letras

Sociabilidade: inibição participativa, pouca habilidade social, agressividade.

Bem, e daí? Somos professores e os alunos estão em nossas escolas, em nossas


classes. O que fazer?

Assumamos com todos os nossos conhecimentos, com toda nossa dedicação, os


princípios da normalização e individualização do ensino, optando pela compreensão ao
invés da exclusão. Esta é uma visão que tenta superar a concepção patológica tradicional
dos problemas escolares que se apóia em enfoques clínicos centrados nos déficits dos
alunos e em tratamentos psico-terapêuticos em anexo aos processos escolares.

Partindo da realidade plenamente constatada que todos os alunos são diferentes,


tanto em suas capacidades, quanto em suas motivações, interesses, ritmos evolutivos,
estilos de aprendizagem, situações ambientais, etc. , e entendendo que todas as dificuldades
de aprendizagem são em si mesmas contextuais e relativas, é necessário colocar o acento
no próprio processo de interação ensino/aprendizagem.

Sabemos que este é um processo complexo em que estão incluídas inúmeras


variáveis: aluno, professor, concepção e organização curricular, metodologias, estratégias,
recursos. Mas, a aprendizagem do aluno não depende somente dele, e sim do grau em que
a ajuda do professor esteja ajustada ao nível que o aluno apresenta em cada tarefa de
aprendizagem. Se o ajuste entre professor e aprendizagem do aluno for apropriado, o aluno
aprenderá e apresentará progressos, qualquer que seja o seu nível.
É óbvio a grande dificuldade que os professores sentem quando se deparam com
alunos que se lhes apresenta como com “dificuldades de aprendizagem”. Nessa altura do
artigo, coloco “dificuldades de aprendizagem” entre aspas, pois, muitas vezes me pergunto,
se estas dificuldades são de ensino ou de aprendizagem. Ambas estão juntas, é difícil dizer
qual das duas tem mais peso.

O que acontece quando o docente se esquece que a escola é um universo


heterogêneo, tal como a sociedade?

Devemos ter em mente que nem todos aprendem da mesma maneira, que cada um
aprende a seu ritmo e em seu nível. Precisamos criar novos contextos que se adaptem às
individualidades dos alunos, partindo do que cada um sabe, de suas potencialidades e não
de suas dificuldades.

Didática: fator de prevenção

De acordo com Blin (2005) sem subestimar o efeito de fatores externos à escola,
variadas pesquisas sobre a eficácia do ensino têm demonstrado a influência dos professores
e da maneira como conduzem a ação pedagógica, não somente sobre a forma como se dá
a aprendizagem dos alunos, mas também sobre o modo com que se comportam em aula. O
conhecimento dos processos associados ao ato de aprender e uma prática didática capaz
de facilitá-los pode minimizar grande parte dos problemas e dos rótulos colocados nos
alunos com “dificuldades de aprendizagem”.

—"Ora, é impossível dar mais atenção para alguns alunos, com as classes
lotadas e com o programa que tem de ser igual para todos. Somos cobrados pelos pais,
principalmente os das escolas particulares". (uma professora de 4ª série do E.F

I)

Segundo Perrenoud (2001) pode-se duvidar que, mesmo em uma classe tradicional
em que se pratica o ensino frontal, que o professor se dirija constantemente a todos os
alunos, que cada um deles receba a mesma orientação, as mesmas tarefas, os mesmos
recursos. E, coloca três motivos para isto:

O professor interage seletivamente com os alunos e, por isso, alguns têm, mais que
outros, a experiência de serem ouvidos ou questionados, felicitados ou repreendidos.

Pergunta ele: quanto à comunicação não verbal, como ela poderia ser padronizada?
Mesmo nessas classes tradicionais, muitas vezes o trabalho é realizado em grupos, e
o professor circula como um recurso para atender os alunos.
A diversidade dos ritmos de trabalho pode levar ao enriquecimento ou ao
empobrecimento das tarefas. Assim, sempre há aqueles que terminam primeiro e têm
tempo para brincar, ler, enquanto outros demoram para terminar e é preciso esperá-los.

Coloca ainda o autor: "Se considerarmos o currículo real como uma série de
experiências, chegaremos, grosso modo, a uma conclusão evidente: o currículo real é
personalizado, dois indivíduos nunca seguem exatamente o mesmo percurso educativo,
mesmo se permanecerem de mãos dadas durante anos".

O que Perrenoud deixa claro, é que individualização de itinerários educativos é


possível para os professores, pois ao invés de uma individualização deixada ao acaso, "pode
ser feita uma individualização deliberada e pertinente dos percursos educativos às
diferentes características, às possibilidades, aos projetos e às necessidades diferentes dos
indivíduos".(obra citada)

Alunos que reprovam vários anos na mesma série são mais comuns do que se pode
imaginar. Essas crianças sentem que a escola não foi feita para eles e se evadem.

Segundo Freire (1999, p.35), “os alunos não se evadem da escola, a escola é que os
expulsa”. Quem realmente falhou, o aluno ou a escola? Esses alunos reprovados retornarão
no ano seguinte?

Uma criança curiosa que está descobrindo o mundo e suas possibilidades não
progrediu nada em um ano, dois ou três. . . Isto nos faz questionar o atual sistema de ensino,
pois, parece-nos que busca uma produção em série e com isso apenas evidencia as
diferenças sem nada fazer por elas.

Vários autores, como Sara Pain, Alicia Fernández, Maria Lucia Weiss, chamam
atenção para o fato de que a maior percentual de fracasso na produção escolar, de crianças
encaminhadas a consultórios e clínicas, encontram-se no âmbito do problema de
aprendizagem reativo, produzido e incrementado pelo próprio ambiente escolar. (WEISS
et. al, 1999, p.46)

É importante considerar que a escola deve valorizar os muitos saberes do aluno, e


que seja oportunizado a ele demonstrar suas reais potencialidades. A escola tem valorizado
apenas o conhecimento verbal e matemático, deixando de fora tantos conhecimentos
importantes para sociedade.
O sentimento de pertença deve ser estimulado, alguém acuado, jamais vai
demonstrar as potencialidades que possui. Tornando o ambiente escolar acolhedor,
aceitando a criança como ela é, oferecendo meios para que se desenvolva, já é uma garantia
de dar certo o trabalho em sala de aula.

É necessário que os profissionais da educação adotem uma postura ética em relação


ao aluno, que assim como eles convivem em uma sociedade excludente.

Portanto, diversificar as situações de aprendizagem é adaptá-las às


especificidades dos alunos, é tentar responder ao problema didático da heterogeneidade
das aprendizagens, que muitas vezes é rotulada de dificuldades de aprendizagens.

Referencias

Blin, Jean-François. Classes difíceis: ferramentas para prevenir e administrar os problemas


escolares. Porto Alegre: Artmed, 2005.

Lacasa, P. & Guzmán, S. (1997). Dónde situar las dificultades de aprendizaje?


Transformar las aulas para superarlas. Cultura y Educación, 8, 27-48.

FREIRE, Paulo. A Educação na Cidade. São Paulo, SP: Cortez, 3ª ed,1999.

Perrenoud, Philippe. A pedagogia na escola das diferenças: fragmentos de uma sociologia do


fracasso. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

WEISS, Alba Maria Lemme, CRUZ, Maria Lúcia R. A Informática e os Problemas Escolares
de Aprendizagem. Rio de Janeiro: Ed. DP&A, 1999.

Vera Lúcia Camara F. Zacharias é mestre em educação, pedagoga, diretora de escola aposentada, com
vasta experiência na área educacional em geral, e na assessoria e capacitação de profissionais das
mais diversas áreas.
TEXTO 2
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Maria Salete Corrêa Carvalho

(Professora/psicopedagoga, graduada em Estudos Sociais e História, especialista e com mestrado


em Psicopedagogia)

Ao abordarmos o tema dificuldades de aprendizagem, podemos tecer uma série de reflexões a


partir de diferentes linhas de pesquisa que embasam a teoria e a prática nessa área de
conhecimento.

O termo dificuldade de aprendizagem têm se mostrado um assunto que ainda gera discussões e
dificuldades na sua conceituação.

O National Joint Committee on Learning Disabilities (NJCLD), composto por representantes de


oito das mais importantes organizações nacionais dos EUA assim define dificuldade de
aprendizagem: “Dificuldade de Aprendizagem (DA) é um termo geral que se refere a um grupo
heterogêneo de transtornos que se manifestam por dificuldades significativas na aquisição e uso
da escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Esses transtornos são
intrínsecos ao indivíduo, supondo-se devido à disfunção do sistema nervoso central, e podem
ocorrer ao longo do ciclo vital. Podem existir, junto com as dificuldades de aprendizagem,
problema nas condutas de auto-regulação, percepção social e interação social, mas não
constituem, por si próprias, uma dificuldade de aprendizagem. Ainda que as dificuldades de
aprendizagem possam ocorrer concomitantemente com outras condições incapacitantes (por
exemplo, deficiência sensorial, retardamento mental, transtornos emocionais graves) ou com
influências extrínsecas (tais como as diferenças culturais, instrução inapropriada ou
insuficiente), não são o resultado dessas condições ou influências”. (NJCLD, 1988, P. 1).

Assim sendo, recolhe-se a essência daquilo que podemos entender por dificuldade de
aprendizagem, a partir de um enfoque fundamentalmente educativo e para a tomada de
decisões de provisão de serviços de educação especial.

Essa definição foi apoiada pela maioria das organizações de profissionais e científicas implicadas
nos temas de educação especial na América do Norte.

Enfatizam-se vários aspectos que irão se desintrincando ao longo da exposição. As dificuldades


de aprendizagem podem ser um fenômeno que afeta toda a vida das pessoas, motivo pelo qual
não se pode falar somente de criança com DA, mas também, de adolescentes e adultos com
dificuldades de aprendizagem, tornando-se necessário considerar para a provisão de serviços e
apoios. Um exemplo disso é a disponibilidade de serviços de atenção às pessoas com dificuldades
de aprendizagem em diversas universidades.
São muitos os aspectos discutíveis no termo dificuldades de aprendizagem, termo este que foi
e é proposto como mais aceitável do que os específicos de dislexia, disgrafia, discalculia, disfasia,
entre outros termos.

Dificuldades de aprendizagem é um estudo abrangente que necessita de pesquisa, estudo


interdisciplinar envolvendo os diferentes especialistas e profissionais da saúde e da educação,
tornando-se um desafio para os estudiosos do referido tema.

Teorias de Aprendizagem

Numa perspectiva conducionista, a aprendizagem é concebida como um mecanismo de "estímulo


- resposta". Apresenta-se certo material a um aluno e espera-se uma dada certa resposta. Após
esta operação o professor analisa as respostas dadas e fornece a informação referente aos
resultados atingidos. Por último, espera-se que os resultados positivos estimulam o aluno a
interiorizar os conteúdos da sessão ou lição, e os resultados negativos o convençam a voltar a
pensar. Nesta teoria o aluno é encarado de uma forma passiva, sendo frequentemente reduzido
a um mero receptáculo de saberes que lhe são transmitidos independentemente dos seus
estados cognitivos. Em síntese, esta teoria faz tábua rasa dos conhecimentos que o aluno já
possui antes de iniciar a aprendizagem, ignora também os seus interesses e ritmos de
aprendizagem

Na abordagem construtivista, a aprendizagem é concebida como um processo de acomodação


e assimilação em que os alunos modificam as suas estruturas cognitivas internas nas suas
experiências pessoais. Nesta teoria os alunos são encarados como participantes, aprendendo de
uma forma que depende do seu estado cognitivo concreto. Os conhecimentos prévios,
interesses, expectativas, e ritmos de aprendizagem são levados em conta nesta aprendizagem.
Ela é entendida essencialmente como o processo de revisão, modificação e reorganização dos
esquemas de conhecimento inicial dos alunos e a construção de outros novos, e o ensino como
um processo de ajuda prestado a esta atividade construtiva do aluno. O professor é encarado
como um mediador entre os conteúdos e os alunos, cabendo-lhe organizar ambientes de
aprendizagem estimulantes que facilitem esta construção cognitiva.

É importante conhecer as diferentes teorias de aprendizagem, mas é imperativo que


compreendamos o modo como as pessoas aprendem e as condições necessárias para a
aprendizagem, bem como identificar o papel de um professor nesse processo. Essas teorias são
importantes porque possibilitam ao professor adquirir conhecimentos, atitudes e habilidades que
lhe permitirão alcançar melhor os objetivos do ensino (FREITAS et al, 2006, p. 3).

Afirma o autor:

As teorias de aprendizagem buscam reconhecer a dinâmica envolvida nos atos de ensinar e


aprender, partindo do reconhecimento da evolução cognitiva do homem, e tentam explicar a
relação entre o conhecimento pré-existente e o novo conhecimento. A aprendizagem não seria
apenas inteligência e construção de conhecimento, mas, basicamente, identificação pessoal e
relação através da interação entre as pessoas.
Na aprendizagem escolar, existem os seguintes elementos centrais, para que o desenvolvimento
escolar ocorra com sucesso: o aluno, o professor e a situação de aprendizagem. As teorias de
aprendizagem têm em comum o fato de assumirem que indivíduos são agentes ativos na busca
e construção de conhecimento, dentro de um contexto significativo.

O processo de aprender exige uma integração entre cognição, afetividade e a ação e, nas pessoas
que não apresentam dificuldades, esta integração flui, permitindo a aprendizagem.

Já aqueles que por algum motivo apresentam dificuldades, esta integração aparece
obstaculizada, desorganizada, o que provoca muita tensão diante das situações de aprender. O
não conseguir aprender por repetidas vezes faz com que o aprendiz forme de si uma imagem
de fracasso e se iniba ou se afaste de novas situações de aprendizagem

Barbosa (1999) assevera que “este afastamento vai impedindo a sua evolução cognitiva e
inibindo o seu desejo de aprender, o que gera desconforto diante de novas aprendizagens,
provocando por certo um novo fracasso”

Uma dificuldade de aprendizagem é um transtorno permanente que afeta a maneira pela qual,
os indivíduos com inteligência normal e acima da média selecionam, retém e expressam
informações. As informações que entram ou que saem podem ficar desordenadas conforme
viajam entre os sentidos e o cérebro.

As dificuldades de aprendizagem devem ser consideradas como uma causa possível se uma
criança tem dificuldade em um ou mais dos seguintes aspectos:

* Pensar claramente; * Escrever legivelmente;

* Soletrar com exatidão; * Aprender a ler;

* Aprender a calcular; * Copiar formas; * Recordar fatos;


* Seguir instruções;

* Colocar coisas em seqüência.

Ou seja, ela frequentemente fica confusa, é impulsiva, hiperativa ou desorientada, tornandose


frustrada e rebelde, deprimida, retraída ou agressiva. O professor deve estar preparado para
identificar possíveis distúrbios/dificuldades no processo de aprendizagem, enfocando aspectos
orgânicos, afetivos e pedagógicos, durante todo o processo.
Para Belleboni (2004), quando há o aparecimento do fracasso escolar, outros profissionais, além
do fonoaudiólogo, como psicólogos, pedagogos, psicopedagogos, devem intervir, auxiliando
através de indicações adequadas e pertinentes a cada caso.

Considerando-se as diversas causas que podem interferir no processo ensino-aprendizagem,


investigar o ambiente no qual a criança vive e a metodologia abordada nas escolas é importante
antes de se traçar o enfoque terapêutico, uma vez que a criança pode não apresentar o distúrbio
de aprendizagem, mas apenas não se adaptar ou não conseguir aprender com determinada
metodologia utilizada pelo professor, como também a carência de estímulos dentro de casa. Por
outro lado, muitas crianças podem não apresentar nenhum fator externo a ela e mesmo assim
não conseguir desenvolver plenamente suas habilidades pedagógicas. É o caso das crianças com
distúrbio de aprendizagem, cujas limitações intrínsecas se manifestam através de déficits
lingüísticos, alteração no processamento auditivo e outros vários fatores que podem prejudicar
significativamente o aprendizado da leitura e da escrita.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O aluno com dificuldade de aprendizagem pode exigir um atendimento variado, incluindo: aulas
particulares, aconselhamento acadêmico especial, desenvolvimento de habilidades básicas,
assistência para organizar e desenvolver habilidades de estudo adequadas e/ou atendimento
psicopedagógico. Alguns alunos com dificuldades de aprendizagem não exigem o uso extensivo
de pessoal técnico, fundos extras ou a ajuda de professores, mas pode precisar de modificações
apropriadas no programa e subsídios para auxiliá-los. Estes incluem leitores, copiadores,
anotadores, uma prática que lhes garanta mais tempo para realizar trabalhos, projetos ou testes
e, livros ou conferências gravadas.

Para Fonseca (1995), a criança com dificuldade de aprendizagem não deve ser “classificada”
como deficiente. Trata-se de uma criança normal que aprende de uma forma diferente, a qual
apresenta uma discrepância entre o potencial atual e o potencial esperado. Não pertence a
nenhuma categoria de deficiência, não sendo sequer uma deficiência mental, pois possui um
potencial cognitivo que não é realizado em termos de aproveitamento educacional.

As escolas precisam fornecer às pessoas com dificuldades de aprendizagem uma educação


apropriada, incluindo bons sistemas escolares, bons profissionais que se dediquem ao
diagnóstico cuidadoso e ao atendimento remediador de qualidade.

REFERENCIAS

BARBOSA, L. M. S. O projeto de trabalho: uma forma de atuação psicopedagógica. Curitiba.


Ed. Gráfica Arins, 1999.
BELLEBONI, A. B. S. Qual o Papel da Escola Frente às Dificuldades de Aprendizagem de
Seus Alunos? 2004.

DEUSCHLE, V. P., DONICHT, G. & PAULA, G. R. Artigo: Distúrbios de aprendizagem -


conceituação, etiologia e tratamento, 2006.
FONSECA, V. da. Introdução às dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas,
1995.

FREITAS, A. C. et al. Teorias da aprendizagem. Universidad Evangélica del Paraguay- UEP,


Maestria y Doctorado en Ciencias de la Educación, 2006.

FONTES, C. Teorias de Aprendizagem e Software Educativo. Disponível em:


http://educar.no.sapo.pt/teorias.htm Acesso em: 16 de junho de 2009.

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