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“Papel do poder público no cumprimento dos Objetivos

do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”

Iniciativas do Governo Estadual


Cidades no ODS 13 :: Mudanças do Clima

Olga Mar(ns Wehb


Paulo Nemy
SUPCLIM/SUBCLIM/SEA
07/06/2018
Contextualização :: Agenda rumo à 2030
•  Os ODS entraram em vigor em 1 de janeiro de 2016, após os
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e espera-se
que sejam cumpridos até dezembro de 2030.

•  Os objetivos são resultados de várias partes que integram


diversos setores e uma agenda para o desenvolvimento
sustentável, adotada pelos 193 países das Nações Unidas.

•  Os ODS aplicam-se a todos os países e abordam três


dimensões do desenvolvimento sustentável: crescimento
econômico, inclusão social e proteção ao meio ambiente.

•  Os objetivos tem o potencial de desencadear a inovação,


crescimento econômico e novos empregos até 2030.

•  São 17 objetivos e 169 metas em uma ação mundial entre


governos, empresas, academia e sociedade.
Mudança do Clima :: Desenvolvimento Sustentável

•  Foco na questão da mudança do clima, que já impacta a saúde pública, segurança alimentar e
segurança hídrica, biodiversidade, infraestrutura, migração, paz, segurança nacional e global.

•  A mudança do clima, se não for controlada, reduzirá os ganhos de desenvolvimento alcançados


nas últimas décadas e impedirá possíveis ganhos futuros. Gerações serão mais impactadas!

•  Investimentos em desenvolvimento sustentável e financiamentos contribuirão para o combate à


mudança do clima, com a redução das emissões de GEE e no fortalecimento da resiliência.

•  Uma característica central dos ODS é a grande ênfase nos meios de implementação – a
mobilização de recursos financeiros (nacionais e internacionais), desenvolvimento de capacidades
e tecnologia, bem como a geração de dados e fortalecimento de instituições. Recuperar a
confiança da sociedade e alcançar metas globais.

* Referência: PNUD
ODS 13 :: Medidas urgentes para combater a mudança do clima e impactos

✧  ODS 13 estabelece compromissos e orientações para a Agenda 2030

13.1 Reforçar a resiliência e a adaptação aos riscos decorrentes da Mudança do Clima nos países;
13.2 Integrar medidas das MC nas políticas, estratégias e planejamentos nacionais;
13.3 Melhorar a educação, a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação,
adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima;

13.a Implementar o compromisso assumido conjuntamente pelos países* para a meta de mobilizar US$ 100
bilhões por ano a partir de 2020, de diversas fontes, operacionalizar Fundo Verde para o Clima (GCF) para
as necessidades dos países em desenvolvimento, no contexto das ações de mitigação e transparência.
13.b Promover mecanismos para o planejamento relacionado à mudança do clima e à gestão eficaz, nos
países menos desenvolvidos, com foco em mulheres, jovens, comunidades locais e marginalizadas.
_________________________________________________________________________________________________________________
(*) [UNFCCC] Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima - fórum internacional intergovernamental primário para negociar a resposta global à mudança do clima.
Vulnerabilidades em face das mudanças climáticas
O que podemos fazer?

•  Planos de Mitigação: reduzir as emissões na indústria; siderúrgicas – grandes emissoras, a indústria


de petróleo e gás, energia relacionada a transportes.

✧  A atualização de inventário de GEE é estratégica para os governos estaduais e atualizar seus


planos de combate às mudanças climáticas.

•  Planos de adaptação: nova cultura de defesa civil, treinamento da população frente a várias
contingências e planos de riscos. Adaptação às mudanças climáticas se inicia com a tomada de
consciência das vulnerabilidades, risco ambiental, tecnológico e social que se projeta no futuro.

•  Economia de Baixo Carbono: racionalidade e eficiência no uso de recursos; manejo sustentável de


florestas; eficiência energética e renovável; logística reversa e economia circular; transportes elétricos
e híbridos; revisões de padrões de consumo e informação.
SUPCLIM/SEA
Projetos SEA/INEA/SUPCLIM - ERJ
Mitigação - ODS 13 Setor de Florestas - ODS 13 e 15
o  Inventário de Emissões de GEE (2015/2017) ○  Olho no Verde
o  Rio Clima – Inventário Corporativo Empresas e ○  Florestando
Sumidouros ○  Cadastro Ambiental Rural (CAR)
Adaptação - ODS 13 Setor de Agricultura/Uso da Terra - ODS 13, 2 e 15
○  Plano de Adaptação – PAERJ (2018) ○  Programa Rio Rural
○  Plano ABC – Agricultura de Baixo Carbono
Setor de Saúde Humana - ODS 3 e 13
○  ZEE – Zoneamento Ecológico Econômico –
o  Mapa de Vulnerabilidade da População dos
Instrumento de planejamento regional e territorial
Municípios do ERJ face às M. Climáticas
Setor de Saneamento - ODS 13, 6 e 12

Setor de Energia - ODS 13, 7 e 11 ○  PSAM – Programa de Saneamento Ambiental BG

○  Projeto de Eficiência Energética SEA/INEA Setor de Segurança Hídrica - ODS 13 e 6


○  Pacto pelas Águas
Setor de Riscos e Desastres - ODS 13
○  Água do Rio das Flores
○  Sistema de Alerta de Cheias e Monitoramento
○  Pagamento por Serviços Ambientais-Programa
Terceiro Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa - RJ :: GEE
2015/2017

✧ Permite ao poder público e outros segmentos conhecer o perfil atual de emissões de GEE de seu
estado, identificar setores emissores e possíveis áreas de ação de mitigação destes gases, estabelecer
cenários e prognósticos, reduzir o aumento dos estoques de carbono e atualizar seus planos de ação
para combate às mudanças climáticas.

•  Status: Finalizado

•  Setores Estudados
Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa
Decreto 43.216/2011
Regulamenta a Política Estadual sobre Mudança do Clima

Meta Geral de Metas Setoriais de


Gases Considerados
Mitigação Mitigação

CO2 Dióxido de Carbono A meta geral de mitigação de Redução das emissões em 2030
intensidade de carbono do PIB em Ano base 2005
CH4 Metano 2030 deve ser inferior a de 2005, ou
seja, menor que o valor de 0,13365 •  Esgotamento Sanitário: 65%
N 2O Óxido Nitroso tCO2e/PIB. Como cresceu 11,6% no
período 2005-2015, uma ampliação •  Tratamento de resíduos
dos esforços de mitigação devem sólidos: 65%
HFC Hidrofluorocarbonetos
ser requeridos nos diversos setores; •  Consumo energético do setor
PFC Perfluorocarbonetos implementar ações efetivas em público: 30%
relação aos ODS e NDC.
SF6 Hexafluoreto de Enxofre •  Transportes: 30% (redução
das emissões para 2030
relativamente à 2010).
✧  Guia Metodológico, 2006 IPCC; GHG Protocol
(Escopos), e Resolução INEA 64 de dez.2012,
apresentação Inventários e Licenciamento: COPPE
Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa
Emissões do Estado-RJ – Setores

✧  As emissões do Estado cresceram tanto no primeiro período (2010/2005) quanto no segundo período
- 93 milhões de toneladas de CO2, um aumento de 40,2% (2015/2005). Esse aumento se deve
principalmente ao Setor Energético e de forma mais modesta ao Setor de Processos Industriais e Uso
de Produtos (IPPU). Nos demais setores temos reduções significativas - Setor de Agricultura e
Florestas e Usos da Terra (AFOLU), as emissões no primeiro período foram atenuadas pela
redução do desmatamento, setor que sequestrou carbono da atmosfera. No setor de Resíduos,
houve redução no segundo período.
Fonte: Centro Clima-COPPE/SEA
Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa
Emissões por Região em 2015 Destaques

Emissões de Energia Emissões de IPPU


•  Aumento 2015/2005: 80,4% •  Aumento 2015/2005: 33%

Emissões de Resíduos Emissões de AFOLU


•  Redução 2015/2005: 17,8% •  Redução 2015/2005: 59,3%, com
grande participação da Costa
Verde, que teve uma redução
interna de 28%

•  As emissões da região Norte Fluminense tem


parcela de 95% correspondente ao setor de
energia - óleo e gás
•  A segunda região que mais emitiu foi a
Metropolitana, principalmente pela demanda
energética do setor de transportes

Fonte: Centro Clima-COPPE/SEA


Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas
✧  Os desafios impostos pela mudança do clima já começam a produzir impactos concretos em diversos países e cidades

Ressaltamos a Política Estadual-RJ sobre Mudança do Clima e Desenvolvimento Sustentável, conforme Lei Nº 5.690 de 2010,
que norteia o Plano Estadual sobre Mudança do Clima.

A SEA/SUPCLIM estabeleceu como uma de suas prioridades a elaboração do “Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas do
RJ”, pois o estado é particularmente vulnerável a eventos climáticos extremos, por conta da combinação dos fatores:

•  (i) um histórico de chuvas intensas e sistemas de monitoramento;


•  (ii) infraestrutura urbana insuficiente, abastecimento de água e deslizamentos, etc., e
•  (iii) numerosa população vivendo em áreas de risco, extensa zona costeira sujeita à elevação do nível do mar, áreas de baixada,
dependência de um único manancial de recursos hídricos, entre outros.

O Estado é o segundo maior polo econômico do país e possui um cinturão verde de áreas protegidas de Mata Atlântica.

Portanto, a combinação destas características sugere potencial e oportunidade para adaptação baseada em ecossistemas (AbE).

✧  A iniciativa do Plano é uma necessidade no processo de planejamento público com vistas ao conhecimento das regiões
vulneráveis identificadas no estado, riscos que a população está exposta, saúde, impactos socioambientais e físico.

✧  O Plano será uma grande contribuição para definir medidas corretivas, diretrizes, estratégias e sensibilizar segmentos sociais.
Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas
✧ O Plano terá como resultados: cenários e projeções relacionados ao comportamento do clima do Rio de
Janeiro, relatórios setoriais e um relatório final com diagnóstico e estratégias para implementação de
medidas de adaptação (soft e hard) de curto, médio e longo prazo para cada um dos setores.

•  Status: Andamento

Setores Considerados Segmentos da Sociedade Envolvidos

INEA Poder Legislativo Universidades


Recursos Hídricos
SEA Conselhos ONGs e diversos
Zonas Costeiras segmentos sociais
Secretarias de Ministérios
Saúde Humana Governo do Estado (Meio ambiente; Agências de
Casa Civil Agricultura, Fomento
Agenda Verde Pecuária e
Infraestrutura Urbana Câmara Abastecimento; FIRJAN, Institutos
•  Drenagem Metropolitana Fazenda; Minas e de Pesquisa e
•  Escorregamento de massa Energia; Comunicação
Prefeitura do Rio Transportes, Portos
•  Transportes; Rodovias
e Aviação)
Considerações
✧  A Agenda 2030 – ODS é um excelente instrumento norteador de políticas (sociais, ambientais e econômicas) que
estabelece objetivos, metas e diretrizes para avançarmos na sustentabilidade e em uma sociedade mais justa e
inclusiva. Assim, enfatizamos a importância de maior articulação em nível nacional, estadual e local, visando a uma
implementação efetiva e quantificável com definição de prioridades, indicadores e metas monitoradas e avaliadas,
periodicamente. Os estados precisam de indicadores adequados e mensuráveis aos objetivos (ODS).

✧  A execução e o sucesso dos planos e programas visando um novo modelo de sociedade e de baixo carbono,
dependerão das políticas dos diversos entes e países, que devem acompanhar e revisar os progressos feitos na
implementação dos ODS.

✧  Sensibilização, capacitação, informação quanto aos ODS e abordagem quanto às Mudanças do Clima são estratégicas.
Uma sociedade mais equilibrada depende de mudanças nos padrões de consumo, produção responsável, eficiência
energética, novos modais de transportes, resiliência, entre outros.

✧  A natureza global da mudança do clima requer planejamento integrado de todos, efetiva gestão ambiental, investimentos
econômicos e cooperação internacional com redução das emissões de GEE, metas estabelecidas quanto às NDCs
(Contribuições Nacionalmente Determinadas), ações de mitigação, adaptação e cumprimento dos ODS - Agenda 2030.
Obrigada!
Superintendência de Mudanças Climáticas - SUPCLIM

Paulo Nemy
paulonemy@gmail.com
olgamartins.wehb@gmail.com
supclim.supclim@gmail.com

Subsecretaria de Mudanças Climáticas e Gestão Ambiental


SUBCLIM

Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro


SEA

Tel: (21) 2334-5907

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