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Gestão da Produção e
Qualidade Total
Nova Serrana
2013
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior
Organização
Kelle Cristina C.R. de Oliveira
Nova Serrana
2013
© 2013. SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais
SENAI/MG
SENAI Geny José Ferreira
Ficha Catalográfica
SENAI FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Av. do Contorno, 4456
Industrial Bairro Funcionários
Departamento Regional de Minas 30110-916 – Belo Horizonte
Gerais Minas Gerais
Sumário
Prefácio ...................................................................................................................... 7
Apresentação ............................................................................................................. 8
1 As Organizações a e “Força” do Trabalho ............................................................... 9
1.1 As Organizações .............................................................................................................. 9
1.2 Principais características da empresa moderna ............................................................ 10
1.3 Sinergia Organizações-Indivíduos ................................................................................. 12
1.4 Cultura Organizacional ................................................................................................... 15
1.4.1 Indicadores da cultura organizacional .................................................................... 16
1.4.2 Características da cultura organizacional ............................................................... 16
1.5 Clima Organizacional ..................................................................................................... 17
2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ...................................................................... 19
2.1 Principais Conceitos ....................................................................................................... 19
2.2 Identidade Organizacional ............................................................................................. 20
2.2.1 Missão ..................................................................................................................... 21
2.2.2 Visão ........................................................................................................................ 22
3.2.3 Valores..................................................................................................................... 23
2.3 Análise do Ambiente Externo e Interno ......................................................................... 23
2.3.1 Forças (Fortalezas) ................................................................................................. 24
2.3.2 Fraquezas ................................................................................................................ 25
2.3.3 Oportunidades ......................................................................................................... 25
2.3.4 Ameaças .................................................................................................................. 26
2.4 Logística e Estratégia ..................................................................................................... 26
3 Gestão da Produção ............................................................................................ 28
3.1 Definição de Processo ................................................................................................... 28
3.2 Clientes e Fornecedores ................................................................................................ 29
3.3 Cadeia de Valor .............................................................................................................. 30
3.4 Sistemas de Gestão ....................................................................................................... 30
3.4.1 Normas da ISO Série 9000 ..................................................................................... 30
3.4.2 NBR ISO 14001 ....................................................................................................... 32
4 Qualidade e Produtividade ................................................................................... 34
4.1 A Gestão da Qualidade .................................................................................................. 34
4.2 Implantação e Gerenciamento da Qualidade ................................................................ 34
4.3 As diferentes dimensões do conceito de Qualidade ..................................................... 36
4.4 Uma nova visão para o 3º Milênio ................................................................................. 38
4.5 Algumas Ferramentas da Qualidade ............................................................................. 43
4.5.1 PDCA (Plan, Do, Check, Act)................................................................................. 43
4.6 Ferramentas da Qualidade ............................................................................................ 47
4.6.1 Programa 5S ........................................................................................................... 48
4.6.2 Diagrama de Causa e Efeito ................................................................................... 55
4.6.3 5W2H ....................................................................................................................... 59
4.6.4 TQM: Gerenciamento da Qualidade Total .............................................................. 61
5 Noções de Saúde e Segurança no Trabalho ......................................................... 65
5.1 Princípios de Higiene e Saúde Pessoal ......................................................................... 65
5.2 Formas de prevenção das doenças relacionadas ao trabalho ..................................... 66
5.3 Qualidade de Vida no Trabalho ..................................................................................... 66
5
5.4 Saúde e Segurança ........................................................................................................ 66
5.5 Higiene do Trabalho ....................................................................................................... 67
5.5.1 Condições do Trabalho ........................................................................................... 68
5.5.2 Segurança do Trabalho ........................................................................................... 69
5.5.3 Sinalização de Segurança ...................................................................................... 71
5.5.4 Equipamentos de Proteção ..................................................................................... 72
5.5.5 Noções de Ergonomia ............................................................................................. 74
Referências .............................................................................................................. 77
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Prefácio
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
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Apresentação
O módulo de “Gestão da Produção e Qualidade Total” tem por finalidade abordar os
temas Organização e a “Força” de Trabalho, Planejamento Estratégico, Qualidade &
Produtividade e Gestão da Produção com Qualidade Total.
A concepção deste módulo está voltada para a construção de uma perspectiva que
abrange a organização em seus aspectos fundamentais de estruturação e as
questões de qualidade que zelam por processos, produtos e pessoas, aliando
questões tratadas por Organização, Sistemas e Métodos; pela Gestão da Qualidade;
dentre outros.
Vale ressaltar que existem temas complementares que muito ampliam o conteúdo
deste material, demonstrando a abrangência das organizações e suas rotinas. A
Administração Mercadológica e a Administração Estratégica são exemplos de
referências, cujas contribuições tornam relevantes estudos desta natureza.
Em suma, os temas não se esgotam por si, crescem na razão direta da capacidade
de cada indivíduo estabelecer as correlações entre os próprios temas e suas
aplicabilidades. Boa dedicação!
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1 As Organizações a e “Força” do Trabalho
1.1 As Organizações
A sociedade é feita de organizações, que podem ser conceituadas como sistemas
de trabalhos que recebem recursos, os processam e entregam produtos ou serviços
aos mercados consumidores. Por outro ângulo, há um conceito que nos diz que
organização é um sistema de atividades conscientemente coordenadas de duas ou
mais pessoas, onde a cooperação entre elas é essencial.
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Rotinas sejam padronizadas;
Tendência à especialização e à proliferação de funções - que tende a separar as
linhas de autoridade formal daquelas de competência profissional ou técnica;
As organizações vistas como sistemas abertos, nos trazem seus quatro elementos
essenciais: entradas, processamento ou operação, saídas ou resultados e retroação
(ou feedback). Todo sistema opera em um ambiente, com seus participantes,
objetivos, níveis e muitos outros aspectos da dinâmica organizacional, em nome do
que se almeja que pode ser chamado de eficácia organizacional (alcance dos
objetivos organizacionais + manutenção do sistema interno e adaptação ao
ambiente externo).
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mecanizada, em substituição ao artesanato, garantia uma posição extremamente
confortável às empresas emergentes.
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A principal diferença entre a empresa atual e a antiga, é a constante procura pela
melhoria de suas atividades. As empresas hoje em dia, precisam necessariamente
concentrar esforços na busca constante de seu aprimoramento, não apenas com
inovações tecnológicas, mas também com eliminação de perdas existentes no
processo. A empresa que "parar no tempo" com certeza será suplantada por
concorrentes mais competentes pois, normalmente todas as atividades de uma
empresa podem ser aprimoradas de alguma forma, e é isto que a empresa moderna
procura fazer, sem descanso.
A empresa moderna produz seus artigos de forma a atender o exigente mercado que
se apresenta. Seus produtos possuem muitos modelos, propiciando amplo leque de
escolha aos clientes, a preços competitivos. As inovações e modificações nos
produtos e processos são freqüentes. As vidas úteis dos artigos estão cada vez
menores e os prazos de entrega mais curtos que nunca. Para se conseguir esse
aprimoramento no sistema produtivo, a empresa moderna possui algumas
peculiaridades que a diferenciam das tradicionais.
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fechadas, trincheiras abertas, requerendo um interlocutor estranho a ambas para
poderem entender-se ou, pelo menos, reduzirem suas enormes diferenças. Esse
interlocutor tentava articular o capital e o trabalho, ambos interdependentes, embora
conflitantes.
Muitos dos objetivos jamais podem ser alcançados apenas por meio do esforço
pessoal isolado, as organizações surgem exatamente para aproveitar a sinergia dos
esforços de vários indivíduos que trabalham em conjunto; a medida que elas
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crescem e se multiplicam, maior se torna a complexidade dos recursos necessários
à sua sobrevivência e tudo mais.
Níveis estes que podem sobrepor-se em alguns aspectos, pois envolvem vários
níveis de abrangência que são comuns a todos eles. Deste modo, a interação entre
pessoas e organizações passa a ser visualizada em uma dimensão mais ampla e
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dinâmica. Impossível falar em capital intelectual (capital humano + capital estrutural)
sem falar em organizações e vice-versa.
Exercícios de Fixação:
1)Explique com suas palavras, o que é Racionalização.
2)Explique como ocorreu a evolução do trabalho humano ao longo dos tempos e
quais são as características mais importantes para o trabalhador nesse novo
cenário?
3)Descreva quais são as características do novo mercado?
4)Quais são os fatores fundamentais para que uma empresa obtenha sucesso na
atualidade?
5) O que você entende como Empregabilidade? E quais características o mercado
exige para aumentá-la?
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servirá de guia para as diversas condutas dos mesmos e proporcionará o
desenvolvimento do clima organizacional.
Cultura organizacional é um sistema de valores compartilhados pelos seus
membros, em todos os níveis, que diferencia uma organização das demais. Quanto
mais você entender a cultura da sua empresa, maior a chance de sobrevivência no
mercado.
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Orientação para os resultados: o grau em que os dirigentes focam mais os
resultados do que as técnicas e os processos empregados para seu alcance.
Orientação para as pessoas: o grau em que as decisões dos dirigentes levam em
consideração o efeito dos resultados sobre as pessoas dentro da organização.
Orientação para as equipes: o grau em que as atividades de trabalho são mais
organizadas em termos de equipes do que de indivíduos.
Agressividade: o grau em que as pessoas são competitivas e agressivas em vez de
dóceis e acomodadas.
Estabilidade: o grau em que as atividades organizacionais enfatizam a manutenção
do status que esta em contraste com o crescimento.
Essa percepção pode ser boa ou ruim de acordo com a interpretação pessoal de
cada colaborador sob políticas, normas, condutas da empresa frente às diversas
questões em seus mercados de atuação e nas relações com as pessoas e a
sociedade.
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Esse tipo de pesquisa tem se tornado mais comum, devido aos cada vez mais
utilizados processos de automação, que reduzem o quadro de funcionários, ao
chamado “downsizing”, às fusões e privatizações que misturam culturas
organizacionais completamente diferentes gerando, todos eles, muitas vezes,
instabilidade e insegurança aos funcionários o que afeta o desempenho individual e,
conseqüentemente o desempenho da organização como um todo. O clima
organizacional então age como indicador tanto para expressar a maneira com que
as mudanças afetam as organizações ou quanto caminham as questões mais de
normalidade.
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2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
2.1 Principais Conceitos
O que significa Planejar?
Entendemos o planejamento como o conjunto de atividades onde se estabelecem as
metas a serem atingidas e os meios (o caminho) para se chegar a essas metas.
Planejamento é um processo que se preocupa com “para onde ir” e quais as maneiras
adequadas de chegar lá, tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras,
para que o desenvolvimento da educação atenda tanto às necessidades do
desenvolvimento da sociedade, quanto às do indivíduo”. (COROACY, 1972, p. 79)
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Concepção da Missão e Visão da Empresa;
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planejamento são: missão, visão de futuro, valores, cenários, objetivos estratégicos,
indicadores e metas.
2.2.1 Missão
Assim como a carteira de identidade apresenta o indivíduo na sociedade, a Missão
organizacional representa a identidade de uma organização, onde o conhecimento e
a definição dos propósitos organizacionais são fatores que influenciam a obtenção
de sucesso e diferenciam uma organização da outra, especialmente se alguma não
tiver um entendimento claro de sua razão de existir.
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Enfim, na definição da missão as seguintes questões devem estar respondidas:
1- o que a organização faz? 2- para quem a organização faz? 3- como a
organização faz o que faz?
Missão FIEMG
Liderar o processo de desenvolvimento sustentável da indústria em Minas Gerais,
fortalecendo sua competitividade e buscando a melhoria contínua das condições
socioeconômicas do estado e do país.
2.2.2 Visão
A Visão, mais um aspecto do direcionamento, é considerada aquilo que a
organização espera ser em um determinado tempo e espaço, um plano que
descreve o que a organização quer realizar nos próximos anos de sua existência, o
que demonstra que ao contrário da missão, está voltada para o amanhã e é mutável
por natureza.
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o É semelhante a um sonho. Mas ao contrário do sonho, ela diz respeito à
realidade.
Visão FIEMG
O Sistema FIEMG trabalha para ser reconhecido nacional e internacionalmente
como líder na representação da indústria de Minas Gerais.
3.2.3 Valores
Os Valores representam os princípios éticos que norteiam todas as suas ações.
Normalmente, os valores compõem-se de regras morais que simbolizam os atos de
seus fundadores, administradores e colaboradores em geral.
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Usaremos para analisar o ambiente onde a organização se encontra uma técnica
conhecida como Análise SWOT. A Análise SWOT é um sistema simples para
posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão. O
termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês, e é um acrônimo de Forças
(Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças
(Threats).
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Preço comparativamente baixo Inovações de um produto
2.3.2 Fraquezas
As fraquezas ou pontos fracos são as deficiências internas da empresa que a
deixam em desvantagem competitiva em relação à sua concorrência. Algumas
perguntas que norteiam esta análise: o que pode ser melhorado, o que atualmente
está sendo mal feito e o que deve ser evitado.
Os pontos fracos estão ao alcance do controle, no presente. Eles são "falta de...",
"...ausência", ou outras fraquezas. Na medida do possível, os pontos fracos devem
ser eliminados, por:
Falta de controle da matéria-prima Vida útil do produto limitada
2.3.3 Oportunidades
As oportunidades são fatores positivos ou favoráveis do ambiente que tornam a idéia
de projeto potencialmente viável. Estão, no entanto, na maior parte, fora de controle.
São diferentes dos pontos fortes no sentido de que as oportunidades são fatores
positivos externos ao negócio.
As questões que podem ajudar ao empresário a aproveitar as oportunidades do seu
negócio são: que oportunidades existem para a minha empresa, como essas
oportunidades poderão ser exploradas e qual a tendência do mercado. Como ex:
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Inexistência dos produtos no mercado Escassez do produto no local
2.3.4 Ameaças
As ameaças são fatores negativos ou desfavoráveis do ambiente externo e
normalmente fora de controle. Elas afetam o negócio adversamente, se não forem
eliminadas ou superadas. O propósito da análise das ameaças é procurar meios de
se proteger delas, ou seja, tentar evitá-las ou diminuir seu impacto negativo, através
de ações que restabeleçam o equilíbrio do negócio.
As questões mais pertinentes desta análise são: o que está acontecendo com a
concorrência, que efeito terá o desenvolvimento da tecnologia e quais as tendências
de mercado. Como exemplo:
Aumento nos custos da matéria-prima Concorrência em excesso
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empresas alcançarem o almejado sucesso, dando origem à construção de um
quadro estratégico logístico de referência.
São expostos os três significativos marcos para a construção deste novo quadro
estratégico logístico:
O segundo marco, tendo por base a cadeia de valor de Porter (1985) que
serve para explicitar a integração logística na estratégia empresarial conduz
à divisão da empresa em atividades de relevo, por forma a compreender
melhor as fontes de diferenciação e o comportamento dos custos.
Marçal (2006) cita em sua tese que em logística o futuro tende a consagrar a
integração do valor ao inventário, transformando-o em produtos, tanto no tempo
como no lugar e na quantidade, visando à satisfação das necessidades e vontade do
cliente/consumidor. Só as estratégias que promovam a competitividade sustentada
podem assegurar a sobrevivência num futuro carregado de mudança.
Exercícios de fixação:
1-) O que você entende por Planejamento Estratégico?
2-) Como deve ser feita uma Análise SWOT?
3-) Escreva uma possível Missão, Visão e Valores para uma empresa conhecida por
todos.
4-) Como você entende a Logística à Estratégia? Qual a importância para a
empresa?
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3 Gestão da Produção
3.1 Definição de Processo
Processo é um conjunto de recursos e atividades inter-relacionadas que recebe uma
entrada (input), realiza uma transformação agregando-lhe valor e gera uma saída
(output) para um cliente externo ou interno. Processos fazem uso dos recursos da
organização para gerar resultados concretos.
Processo empresarial: Geram serviço e/ou dão apoio aos processos produtivos
(por exemplo, processos de atendimento de pedido, de mudança de engenharia, de
folha de pagamento, planejamento de processo de manufatura). Um processo
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empresarial consiste num grupo de tarefas interligadas logicamente, que fazem uso
dos recursos da organização, para gerar resultados definidos, em apoio aos
objetivos da organização.
Cliente Externo: Também conhecidos como clientes finais; são os que mantém
financeiramente a organização, adquirindo produtos ou serviços;
Cliente Interno: É o nosso Diretor, Gerente, Chefe ou Colega de Trabalho. São as
pessoas a quem direcionamos os nossos serviços ou que recebe algum tipo de
produto, necessário a realização do nosso trabalho.
Fornecedores: Toda pessoa ou empresa que vende ou oferece produtos e serviços
pagos para os consumidores.
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Informação no acompanhamento dos produtos Apoio técnico
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em 1987. Tinham como objetivo orientar as empresas na implantação de um sistema
de qualidade para fornecer produtos de acordo com as necessidades dos clientes.
Essas normas consolidavam a gestão da qualidade, uma sistemática de caráter
preventivo na condução do processo da qualidade, em lugar do controle da
qualidade, que é apenas um processo reativo.
O trabalho técnico da ISO é conduzido por comitês técnicos (TC’s). O estudo sobre a
emissão das normas da série ISO 9000, por exemplo, foi feito pelo TC 176 durante o
período 1983-1986. No Brasil, o comitê técnico responsável pelas normas da série
NBR-ISO 9000 é o CB 25, da Associação Brasileira de Normas técnicas - ABNT.
A implantação da norma ISO 9000 em uma empresa tem como produto um aumento
da sua produtividade, decorrente da redução de desperdícios, da redução de
produtos não conformes, da redução de retrabalho na execução das atividades.
A ISO 9000 não garante que a qualidade do seu produto é melhor que a do seu
concorrente. A ISO 9000 garante apenas que a sua empresa se compromete a
entregar ao cliente exatamente aquilo que prometeu na hora da venda. A empresa
se compromete a resolver qualquer problema decorrente desta venda. A busca da
comparação da qualidade do produto pode ser feita através de uma técnica de
qualidade, que é o benchmarking.
A ISO 9000 não garante a ausência de falhas. O que a ISO 9000 garante é que
todas as falhas definidas são registradas, analisadas para descobrir a causa básica
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e corrigidas para evitar a sua repetição. A norma também garante que as causas
potenciais de falhas são estudadas para a implantação das ações preventivas. Esse
é um processo que vai gradativamente introduzir melhorias no sistema da qualidade.
Espera-se que o nível de falhas se reduza no decorrer do tempo.
As normas ISO não são de caráter imutável. Elas devem ser revistas e revisadas ao
menos uma vez a cada cinco anos. No caso específico das normas da série 9000,
inicialmente publicadas em 1987, ocorreu uma revisão em 1994 e outra em 2000.
Essa família de normas teve origem nas normas britânicas BS 5750. As normas ISO
9000 podem ser utilizadas por qualquer tipo de empresa, seja ela grande ou
pequena, de caráter industrial, prestadora de serviços ou entidade governamental.
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Isto significa que devem ser identificados os aspectos de seu negócio que impactam
o meio ambiente e compreender a legislação ambiental relevante à sua situação. O
próximo passo é preparar objetivos para melhoria e um programa de gestão para
atingi-los, com análises críticas regulares para melhoria contínua. A BSI pode
periodicamente auditar o sistema e, caso conforme, certificar a sua companhia na
ISO 14001.
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4 Qualidade e Produtividade
4.1 A Gestão da Qualidade
O termo Qualidade vem do latim Qualitate e, traz um conceito subjetivo que está
relacionado diretamente às percepções de cada indivíduo, não tendo uma definição
clara e objetiva. Utilizamos o mesmo, ao falarmos da qualidade de vida das pessoas
de um país ou região, da água que se bebe ou do ar que se respira, quando se fala
de serviços prestados por uma determinada empresa, ou ainda quando se fala da
qualidade de um produto.
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Tal divisão tem como intuito direcionar os esforços específicos para melhor
sistematizar a própria gestão. A cada uma das três gestões mencionadas acima,
cabe:
Técnica:
Estruturar um setor que atue como órgão de suporte técnico à produção e
avaliação da qualidade;
Integrada de Recursos:
Estruturar o sistema geral de informações para a qualidade, que integra todos os
setores da organização, com informações específicas para ela, que envolvam tanto
resultados parciais do processo produtivo como o posicionamento dos clientes
acerca dos produtos e serviços da empresa;
Definir objetivos e metas da qualidade, tanto globais como setoriais, partindo para
as ações necessárias a todos os requisitos citados.
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Interativa com o Mercado:
Acompanhar os níveis de aceitação do produto no mercado e o grau de satisfação
dos clientes, repassando as informações a cada área;
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situações); mantém confiabilidade (mantendo a operação dentro do programado
quando eventos imprevistos perturbam os planos).
- O custo, por sua vez, é afetado por todos os demais objetivos de desempenho.
Da década de 1990 até os nossos dias, com o sistema de comunicações cada vez
mais globalizado e eficiente, intensificou-se o intercâmbio de informações e lições
aprendidas entre o Ocidente e o Japão, tornando mais unificado o processo de
evolução da Qualidade no mundo. O advento do fenômeno da globalização teve um
impacto significativo no movimento mundial em prol da Qualidade.
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5. Empresas se destacam no aspecto Liderança, através dos conceitos abrangidos
pela Qualidade.
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Como desenvolver processos eficientes, capazes de atender, eficazmente, as
exigências do mercado? Que caminhos trilhar? São perguntas cujas respostas serão
obtidas através de um processo árduo, para o qual contribuem o conhecimento, a
experiência profissional e o emprego de técnicas que facilitam a abordagem dos
problemas, sob uma ótica gerencial ampla.
Este fato tem proporcionado condições para a redução das incertezas que envolvem
as organizações, apesar do crescente desafio que as impele no sentido do
aprimoramento contínuo. Deve-se considerar as seguintes variáveis que exercem
influencia no processo de busca da qualidade:
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nível de complexidade, apresentando novos desafios à compreensão dos
processos e a definição de modelos de gestão que assegurem a perpetuação dos
negócios;
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Deming estabeleceu 14 princípios, que retratam a sua filosofia, baseada na melhoria
de produtos e serviços através da redução das incertezas e variações.
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sentados nos escritórios com ar condicionado imaginando quais são as causas dos
problemas.
5- Levantamento de dados e mais dados (só números) E o intangível? (Use of visible
figures only). Por exemplo: como posso colocar em números qual o efeito
multiplicador de um cliente insatisfeito?
Crosby baseia seu trabalho na prevenção. Para ele a idéia de que os erros são
inevitáveis é falsa. Compete aos gestores através das suas atitude e práticas,
principalmente através do reconhecimento, desenvolver o compromisso com a
prevenção e eleger como objetivo principal a meta de “zero defeitos”.
Pode até parecer, mas ele não pregava que o produto precisa ser perfeito. Significa
na verdade que devemos buscar de todos os indivíduos na organização o
comprometimento em satisfazer os requisitos na primeira vez, na primeira tentativa.
A alta Direção deve demonstrar seu comprometimento antes de mais nada, dando o
exemplo aos demais. Deve sempre reafirmar o seu compromisso com a qualidade.
“Se os erros não são tolerados na gestão financeira por que não se faz o mesmo na
área industrial?” – era a frase que justificava seu conceito ambicioso cuja intenção
na verdade era demonstrar que dá para melhorar sempre, há sempre um patamar
mais alto para a excelência.
Os seis C’s:
Compreensão ou a importância de perceber o que significa Qualidade.
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Compromisso da alta Direção, começando por definir a política da Qualidade da
organização.
O uso destas ferramentas não é algo complexo, porém devemos cuidar ao escolhê-
las, considerando o problema em evidência ou em outras oportunidades de melhoria
contínua. Como exemplos delas temos: Diagrama de Causa e Efeito, Diagrama de
Tendências, Gráficos de Dispersão, Folha de Verificação, Diagrama de Causa e
Efeito, Histograma, Brainstorming, Fluxograma, Diagrama de Pareto, PDCA, dentre
outras.
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Poucos instrumentos se mostram tão efetivos para a busca do aperfeiçoamento
quanto este método de melhoria contínua, tendo em vista que ele conduz a ações
sistemáticas que agilizam a obtenção de melhores resultados com a finalidade de
garantir a sobrevivência e o crescimento das organizações.
O Ciclo PDCA tem como objetivo exercer o controle dos processos, podendo ser
usado de forma contínua para seu gerenciamento em uma organização, por meio do
estabelecimento de uma diretriz de controle (planejamento da qualidade), do
monitoramento do nível de controle a partir de padrões e da manutenção da diretriz
atualizada, resguardando as necessidades do público alvo.
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Primeira Fase: P (Plan = Planejar)
Esta fase é caracterizada pelo estabelecimento de um plano de ações e está
dividida em duas etapas:
a) a primeira consiste em definir o que se quer, com a finalidade de planejar o que
será feito. Esse planejamento envolve a definição de objetivos, estratégias e ações,
os quais devem ser claramente quantificáveis (metas);
b) a segunda consiste em definir quais os métodos que serão utilizados para se
atingir os objetivos traçados.
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b) Consiste em implementar o que foi planejado.
Envolve a busca por melhoria contínua até se atingir o padrão, sendo que essa
busca da solução dos problemas, por sua vez, orienta para: a necessidade de
capacitação; o preenchimento das lacunas de conhecimento necessário à solução
do problema, propiciando a criação de novos conhecimentos e a atualizações do
padrão.
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As ferramentas da qualidade que iremos conhecer são ferramentas simples, mas de
grande resultado. Você com certeza já conhece algumas delas: Em nosso estudo
daremos ênfase às Ferramentas Gerenciais da Qualidade.
- Programa 5S - Brainstorming
- GUT - 5W 2 H - Diagrama de Causa e Efeito
4.6.1 Programa 5S
O programa 5S foi concebido no Japão do pós-
guerra, na década de 50, provavelmente
inspirado na necessidade, que havia então, de
colocar ordem na grande confusão que ficou
reduzido o país, após sua derrota para as forças
aliadas.
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Imagine uma mesa cheia de louças para serem lavadas. Há de tudo – copos,
assadeiras, talheres, taças, travessas, panelas. Se você tivesse que fazer essa
tarefa, como faria? Você iria lavando as louças por ordem de proximidade, pegando
primeiro o que estivesse mais perto da pia? Suponhamos que sim. Nesse caso, você
poderia lavar um copo usado para beber suco, em seguida uma assadeira na qual
houvesse sido assado um pernil de porco, depois um prato usado para comer
salada, depois alguns garfos e facas, depois algumas taças de vinho etc.
Agora, imagine que antes de começar a lavagem das louças você tivesse investido
cinco minutos para eliminar os restos de comida, organizar as louças e dispô-las em
uma ordem mais lógica de lavagem, da menos suja para mais suja. Por exemplo:
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Seu trabalho seria imensamente facilitado, não seria? E, ao final da tarefa, os cinco
minutos “perdidos” na organização das louças se revelariam, na verdade, uma
economia de tempo considerável e uma preciosa contribuição para a qualidade.
Com menos esforço e em menos tempo, você conseguiria um resultado muito
melhor, além de diminuir enormemente o risco de quebrar as peças frágeis. O
exemplo mostra a importância da organização e da limpeza, dois pontos cruciais do
programa 5S.
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“Shitsuke”(Senso de Auto-Disciplina): Esse senso é atingido quando, sem a
necessidade de estrito controle, a pessoa segue os padrões técnicos, éticos e
morais da organização onde trabalha e da sua comunidade.
Os Dez Mandamentos do 5S
I. Ficarei com o estritamente necessário.
II. Definirei um lugar para cada coisa.
III. Manterei cada coisa no seu lugar.
IV. Manterei tudo limpo e em condições de uso.
V. Combaterei as causas de sujeira.
VI. Identificarei toda situação de risco.
VII. Trabalharei com segurança.
VIII.Questionarei toda norma ou padrão até entendê-lo.
IX. Procurarei formas de melhorar meu trabalho.
X. Honrarei todos os compromissos.
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O cenário econômico mundial, com implicações cada dia mais complexas, e o
crescente nível de exigências da sociedade, tem motivado as empresas a
reavaliarem suas posturas em relação às partes interessadas.
Exercícios de Fixação
1- O que é o Programa 5S?
c. ( ) gerenciamento. d. ( ) escolha
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7- Cuidado se sua mesa estiver atulhada, pois isto pode indicar:
a. ( ) liderança ativa b. ( ) trabalho demais
10- Complete:
a) Os materiais necessários ao trabalho e usados constantemente devem ser
colocados:___________________________________________________________
__________________________________________________________________
b) Os materiais que são úteis, mas são usados de vez em quando devem ser
colocados:___________________________________________________________
___________________________________________________________________
c) Os materiais usados esporadicamente devem ser estocados em locais
___________________________________________________________________,
colocados á disposição ou ____________________________________________.
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12- A limpeza geral deverá ser feita desde o local de trabalho até banheiros e áreas
comuns, não se esquecendo das partes escondidas como as:
a. ( ) janelas b. ( ) bancadas de madeira
13- Para a perfeita efetivação do senso de limpeza, não basta simplesmente limpar,
mas é preciso identificar as:
a. ( ) ferramentas;
b. ( ) máquinas;
c. ( ) causas de sujeira;
14- Estabeleça locais próprios para o lixo e estude a melhor forma de:
a. ( ) preservá-lo b. ( ) retirá-lo
c. ( ) guardá-lo d. ( ) mantê-lo
16- Para que o quarto S seja de fato implementado é preciso que as pessoas já
tenham adquirido hábito de andar com uniformes limpos, manter banheiros e áreas
comuns limpas, além de cuidados com sua saúde física e:
a. ( ) orgânica b. ( ) mental
c. ( ) física d. ( ) química.
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18- Para que se consiga a autodisciplina é preciso exercitar constantemente:
a. ( ) na parte da manhã b. ( ) os novos hábitos
19- O que assegura que todos são capazes de fazer o que devem, diariamente, é:
a. ( ) teoria b. ( ) compreensão
c. ( ) ordem d. ( ) prática.
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Os diagramas de Ishikawa são úteis como ferramentas sistemáticas para encontrar,
classificar e documentar as causas da variação da qualidade na produção e
organizar a relação mútua entre eles. Como tal, enfatiza uma comunicação aberta do
grupo como crítica à construção dos diagramas Dr. W. Edwards Deming, um dos
colegas de Isikawa, adotou este diagrama e usou-o para ensinar o controle de
qualidade no Japão. Ishikawa e Deming usaram este diagrama como um as
primeiras ferramentas no processo da gerência de qualidade.
Kaoru Ishikawa quis mudar a maneira das pessoas pensarem a respeito dos
processos de qualidade. Para Ishikawa, “a qualidade é uma revolução da própria
filosofia administrativa, exigindo uma mudança de mentalidade de todos os
integrantes da organização, principalmente da alta cúpula”. Sua noção do controle
empresarial da qualidade era voltada ao atendimento pós venda. Isto significa que
um cliente continuaria a receber o serviço mesmo depois de receber o produto. É
um instrumento muito usado para estudar:
Para cada efeito existem inúmeras categorias de causas, podendo ser agrupadas
em 4 ou 6 (método, mão-de-obra, material, máquina, medição e meio ambiente). Em
áreas administrativas talvez seja mais apropriado usar: políticas, procedimentos,
pessoal e planta (layout).
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O primeiro diagrama (Causa e Efeito: Desempenho Desejado) refere-se a algo que
desejamos, isto é, um bom restaurante. Os fatores que determinam um bom
restaurante são: instalações, comida, localização e atendimento. Para que a comida
seja boa, precisamos ter higiene, bom paladar e variedade. A higiene, por sua vez,
depende dos ingredientes (saudáveis, bem conservados) e do preparo (receita,
cuidado, etc). O diagrama é detalhado colocando as causas do efeito desejado,
depois adicionando as causas destas e assim por diante até que fique bem claro
como obter o objetivo visado.
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O segundo diagrama (Diagrama Causa e Efeito: Problema) refere-se a um efeito
indesejado, o consumo excessivo de combustível por um automóvel.
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4-Organize as informações obtidas, estabeleça as causas principais, secundárias,
terciárias, etc. (hierarquia das causas), elimine informações irrelevantes, monte o
diagrama, confira, discuta com os envolvidos.
5-Assinale os fatores mais importantes para obtenção do objetivo visado (fatores
chave, fatores de desempenho, fatores críticos).
Exercícios de Fixação
1-Aquisição de uma boa filmadora: crie um diagrama de causa e efeito com os
fatores principais que levam a aquisição de uma filmadora para gravar casamentos e
outros eventos.
2-Sucesso na carreira profissional: prepare um diagrama de causa e efeito
descrevendo os fatores que levam uma pessoa a ter sucesso em sua carreira
profissional.
3-Prepare um diagrama de causa e efeito sobre os fatores que levam os alunos a
chegarem atrasados nas aulas.
4.6.3 5W2H
Como uma ferramenta auxiliar na utilização do PDCA, principalmente na fase de
planejamento, estuda e aplica-se o método 5W 2H. Sua recomendação não é nova;
o mais antigo registro encontrado, ainda como 5W1H, está no "Tratado sobre
Oratória" escrito por Marcus Fabius Quintilianus (entre os anos 30 e 100 d.C.). Ele
observou que, para se obter a compreensão do público sobre qualquer tema era
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necessária a utilização do hexágono de perguntas (e respostas) contido em seu
tratado e, estabeleceu seis perguntas básicas a serem respondidas para o êxito da
comunicação.
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c) Quem será o responsável pela sua implantação?
d) Por que foi definida esta solução? (resultado esperado)
e) Onde a solução será implantada? (abrangências)
f) Como vai ser implantada a ação? (etapas com sua descrição)
Para definir uma ação que deve ser tomada, pode se desenvolver uma tabela, como
o exemplo apresentado a seguir:
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colaboradores da organização possuem uma gama mais ampla de atribuições, cada
um sendo diretamente responsável pela consecução dos objetivos da organização.
Uma organização que se propõe a implementar uma política de gestão voltada para
a "qualidade total" tem consciência de que a sua trajetória deve ser reavaliada
periodicamente. Os princípios básicos da qualidade total são:
Produzir bens ou serviços que respondam concretamente às necessidades dos
clientes;
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Reduzir metodicamente as dispersões por meio do isolamento das causas
fundamentais;
Podemos dizer que A Qualidade Total é uma forma moderna de gerenciamento que
foi difundida á partir de sua implantação com sucesso no Japão, após a Segunda
Guerra Mundial. É chamada de total porque envolve não só todos os processos de
trabalho, mas fundamentalmente todas as pessoas.
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Falar parece fácil, não é? Mas fazer a qualidade acontecer de verdade
exige compromisso e dedicação das pessoas. Qualidade Total sustenta o
espírito de equipe, promove entusiasmo e atitudes mentais positivas nas
pessoas.
Exercícios de Fixação
1- O que você entendeu por Qualidade Total?
2- O que significa dizer que: “O cliente é a pessoa mais importante na empresa?”
3- Por que a Qualidade Total é importante?
4- Como podemos contribuir para a Qualidade Total de nossa empresa?
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5 Noções de Saúde e Segurança no Trabalho
5.1 Princípios de Higiene e Saúde Pessoal
Algumas medidas simples podem ser adotadas no dia-a-dia para garantir saúde há
longo prazo. Clique em cada uma das palavras abaixo para saber um pouco mais.
Alimentação
Para ter uma vida saudável, você precisa consumir alimentação saudável e
equilibrada, à base de frutas, verduras e legumes; reduzir o consumo de alimentos
gordurosos, optando por alimentos cozidos ou assados, ao invés de fritos. Além
disto, é preciso diminuir a ingestão de sal e alimentos ricos em açúcar, e sempre
preferir água ao invés de refrigerantes e bebidas alcoólicas.
Atividade Física
A atividade física regular tem como finalidade preservar o bem-estar físico, psíquico
e social da pessoa. A falta de atividade física é reconhecida como um dos principais
fatores de risco para doenças cardiovasculares. A atividade física deve ser praticada
pelo menos três vezes por semana, com sessões de, pelo menos, 30 minutos de
duração.
Vacinação
A vacinação pode prevenir as doenças como tétano, febre amarela, hepatite, gripe,
entre outros. Essa é uma importante medida para manutenção da saúde. Para ter
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maiores informações, é importante procurar um posto de saúde mais próximo de sua
casa.
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Entre as causas mais específicas que podem prejudicar psiquicamente os
profissionais, estão: dificuldade de relacionamento entre os vários níveis
hierárquicos da empresa; posições ambíguas - poder sobre os subordinados e
submissão aos superiores; limitação da criatividade no trabalho. O alcoolismo, o
consumo de drogas, o surgimento de fobias e doenças psicossomáticas - úlceras,
gastrites, hérnia de hiato, problemas cardíacos etc. - são alguns dos distúrbios que
podem se manifestar.
Vale ressaltar que além da ótica da saúde mental, temos a saúde ocupacional mais
diretamente, tratada pela também chamada “Engenharia dos Fatores Humanos”, a
Ergonomia, processo que busca a elaboração de projetos que têm por finalidade
diminuir ao máximo o esforço do empregado no manuseio de instrumentos de
trabalho - máquinas, equipamentos, ferramentas, mobiliário etc - e também de cuidar
de propor exercícios laborais, dentre outros. O relacionamento entre o operador e a
máquina envolve não só o ajustamento do primeiro à última, como, principalmente,
vice-versa. Tanto o operário quanto o componente físico de suas tarefas têm
características específicas que exigem tratamento diferenciado para cada situação.
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Possui caráter eminentemente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do
trabalhador, evitando que a doença o ausente provisória ou definitivamente do
trabalho. Entre os objetivos principais estão: eliminação das causas das doenças
profissionais; redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas
doentes ou portadores de deficiências físicas; prevenção do agravamento de
doenças e lesões; manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da
produtividade por meio de controle do ambiente de trabalho.
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5.5.2 Segurança do Trabalho
Segurança e Higiene do Trabalho, art. 166 da CLT, são atividades interligadas que
repercutem diretamente sobre a continuidade da produção e sobre a moral dos
empregados. A Segurança do Trabalho é um conjunto de medidas técnicas,
educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para a prevenção de acidentes,
quer seja eliminando as condições inseguras do ambiente, instruindo ou
convencendo as pessoas da implantação de práticas preventivas, assim como trata
também da prevenção de roubos e incêndios. Seu emprego é indispensável para o
desenvolvimento satisfatório do trabalho.
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Diante disso, essas normas se aplicam tanto a empresas públicas quanto privadas
de qualquer setor, incluindo aí a oficina onde João trabalha.
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NR21 - Trabalho a Céu Aberto
NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
NR23 - Proteção Contra Incêndios
NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
NR25 - Resíduos Industriais
NR26 - Sinalização de Segurança
NR27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do
Trabalho
NR28 - Fiscalização e Penalidades
NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura,
Exploração Florestal e Aqüicultura
NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde
NR33 - Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados
O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar
distração, confusão e fadiga ao trabalhador. Além disso, o uso de cores não
dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.
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Vermelho é usado para distinguir e indicar
equipamentos e aparelhos de proteção e
combate a incêndio. Não deverá ser usado na
indústria para assinalar perigo, por ser de pouca
Vermelho visibilidade em comparação com o amarelo (de
alta visibilidade) e o alaranjado (que significa
Alerta). É empregado para identificar, por
exemplo, caixa de alarme de incêndio; hidrantes;
bombas de incêndios entre outros.
OBS: Além destas cores citadas, existem também outras cores como: azul, lilás,
púrpura, preto, laranja, cinza, alumínio e marrom.
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Para que os trabalhadores se protejam de forma correta
na realização de suas atividades, foram criados
equipamentos de proteção, que podem ser coletivos ou
individuais.
Cabe ao funcionário:
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5.5.5 Noções de Ergonomia
O termo Ergonomia foi utilizado pela primeira vez, por um psicólogo inglês K. F.
Hywell Murrel, quando pesquisadores tinham resolvido formar uma sociedade - a
“Ergonomic Research Society” (PHEADANT, 1997) - para “o estudo dos seres
humanos no seu ambiente de trabalho.”
Alguns autores vêem a ergonomia como ciência, outros como tecnologia, que possui
pelo menos quatro componentes principais, são eles: tecnologia da interface
homem-máquina ou ergonomia de “hardware”; tecnologia da interface homem-
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ambiente ou ergonomia ambiental; tecnologia da interface usuário-sistema ou
ergonomia de “software” e tecnologia da interface organização-máquina ou
macroergonomia. Estes componentes são facilmente identificados conforme os
domínios de especialização da ergonomia, que está relacionado nos três tópicos
abaixo:
Apesar das diferenças entre ciência, estudo científico e tecnologia, bem como face
às questões tratadas logo acima, todos os ergonomistas devem considerar os
aspectos: a utilização de dados científicos sobre o homem; a origem multidisciplinar
destes dados (anatomia, fisiologia, neurofisiologia, psicologia, sociologia,
antropologia) e a interdisciplinaridade da ergonomia; a aplicação ao dispositivo
técnico, à organização do trabalho e ao treinamento dos parâmetros e
recomendações propostos pela ergonomia; a perspectiva do uso destes dispositivos
técnicos pela população normal dos trabalhadores, com suas capacidades e limites,
sem implicar numa seleção que escolha “os homens certos”; a adaptação de
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máquinas, ambientes e trabalho, ao homem; os objetivos de segurança, conforto e
bem-estar.
Cabe concluir que a ergonomia partilha como seu objetivo geral - melhorar as
condições específicas do trabalho humano - com a higiene e a segurança do
trabalho; tendo como foco de seus levantamentos, análises e diagnósticos, o
Homem como ser integral; com vocação de recuperar o sentido antropológico do
trabalho, gerar conhecimento atuante e reformador que impede a alienação do
trabalhador, valorizar o trabalho como agir humano através do qual o homem se
transforma e transforma a sociedade, como livre expressão da atividade criadora,
como superação dos limites da natureza pela espécie humana.
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Referências
SENAI - Fatec Juiz de Fora/MG. Modalidade:aprendizagem; Nome do curso:
Processos Logísticos; Título: Gestão da Produção e Qualidade Total; Autor:Tiago
Guimaraes de Oliveira; Data: 06/2011
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