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Finanças Empresariais
Daniel Taborda
Programa
1. A criação de empresas
2. A informação contabilística e financeira
− Introdução
− Conceitos contabilísticos fundamentais
− Preparação dos documentos financeiros e indicadores económicos e
financeiros
3. Análise de rendibilidade e risco
− Métodos e indicadores
− O impacto da estrutura financeira
4. O Equilíbrio Financeiro
− Noções básicas
− O balanço esquemático e análise dos fluxos de caixa
− Gestão de tesouraria
− Gestão do financiamento de longo prazo
5. Análise e avaliação de projectos e investimentos
A criação de empresas
As empresas têm três fases:
• Institucional: decisão de criação e formalidades legais
• Funcionamento: execução ou velocidade de cruzeiro
• Liquidação: decisão de dissolução e partilha do activo
remanescente pelos sócios.
7 RENDIMENTOS 8 RESULTADOS
ACTIVO FIXO
Investimentos Edifícios, mobiliário, máquinas, equipamento de
transporte, participações sociais, intangíveis,...
ACTIVO CIRCULANTE
Inventários Mercadorias, Matérias-primas,...
P.corrente/circulante
Débitos a curto prazo (< 1 Dívidas a pagar no
ano) prazo de 1 ano
Fornecedores
Fornecedores Despesas
Compras
Pagamentos
Gastos
Rendimentos
Recebimentos
Compradores Receitas
Vendas
Compradores
ZONA INTERNA
Exemplos
• Uma empresa recebe um aviso para pagamento de um prémio de
seguro em Março (nesse momento passa a ter a obrigação de pagar –
despesa). Mas só paga em Maio – pagamento. No entanto o montante
cobrado refere-se ao período de Abril do ano n a Março do ano n+1.
Efectivamente o gasto do ano n é de 3/4 do prémio pago. O restante
1/4 é gasto do ano n+1.
Em 31/12/N: Em 30/4/N+1:
2721:2000 12: 6000
a 791: 2000 a 2721: 2000
a 791: 4000
2722 – Credores por acréscimo de gastos
Em 01/04/N: Em 31/03/N+1:
6263: 1800 6263: 600
281: 600 a 281: 600
a 12: 2400
282 – Rendimentos a reconhecer
1. Modelo multiplicativo
2. Modelo aditivo
Modelo Multiplicativo
RCP = RL/CP x A/A x V/V x MB/MB x RO/RO x Rlai/ Rlai
RCP = MB/V x RO/MB x V/A x Rlai/RO x A/CP x RL/Rlai
RO= 20 RO= 20
Juros:0 Juros: 5 (0,1x50)
Rlai = 20 Rlai = 15
Impostos = 6 Impostos = 4,5
RL= 14 RL= 10,5
Nota:
• Risco: probabilidade de se obter um resultado menos favorável do que o
esperado.
• Incerteza: probabilidade de se obter um resultado diferente do que o
esperado.
Mais razões
• Empresas com activos intangíveis têm dificuldade em
conseguir crédito.
• Tem de haver resultados positivos para gerar poupança
fiscal.
• Existem outras fontes de protecção fiscal para além do
endividamento.
• Os gestores preferem financiamento por capital próprio para
evitarem o escrutínio por parte dos financiadores.
• O endividamento diminui o cash-flow excedentário, logo os
gestores têm de ser mais disciplinados e rigorosos (menos
discricionariedade, o que reduz os custos de agência).
• Os detentores do capital podem ser avessos ao risco (evitar
risco de insolvência e de falência, o que aumenta os custos
de agência).
Custos de insolvência
• Directos: gastos administrativos, custas
judiciais, perdas na venda dos activos no
“mercado de usados”
• Indirectos: perda de clientes, de
colaboradores e de fornecedores, limitação
do crédito e perda de reputação dos
promotores
Valor empresa = Valor empresa não
endividada + VA dedutibilidade dos juros
da dívida – VA custos de insolvência
EVA
• Desenvolvido pela empresa stern stewart &
co.
• Diferença entre o resultado operacional (RO)
e a remuneração obtida com a afectação de
capital a um projecto (WACC x K).
• A empresa tem um EVA positivo (gerou valor
económico acrescentado), quando a
rendibilidade do capital investido é superior
ao seu custo.
EVA – Economic Value Added
K – capital investido
EVA = RL – icp x CP
EVA – Economic Value Added
1. Características
2. Método do Crédito de Imposto - Indirecto
subtractivo
+/-
• Erros/omissões
IVA • Devoluções, descontos e
abatimentos
Regularizações • Anulação adiantamentos
= • Incobrabilidade de créditos
Imposto apurado
Declaração periódica (art. 40.º CIVA)
Há excepções:
Aplicações Origens
FM < 0
Capitais permanentes < Ativo fixo, logo existem passivos de curto prazo (recursos
não estáveis) a financiar aplicações de longo prazo (ativos fixos). É um fator de
risco.
O Equilíbrio Financeiro
Working capital = Fundo de Maneio Necessário (FMN) =
Necessidades de Fundo de Maneio (NFM)
H2)
(WK=300)
Meses 1 2 3 4 5
recebimentos - - - 100 100
Pagamentos 100 100 100 100 100
Saldo (100) (100) (100) - -
Saldo acumul (100) (200) (300) (300) (300)
Exercícios N N+1
Inventários 5000 8000 N+1
Clientes 63000 75000 Vendas 400 000
FM
FM >0; NFM< 0;T > 0
6 (ciclo de exploração favorável e
os recursos estáveis são
superiores ao activo fixo)
Pretende-se:
•Construa os Balanços Funcionais da empresa nos anos N-1 e N.
•Com base nos elementos elaborados e nos indicadores adicionais que entenda
necessários, comente a situação financeira da empresa.
Decisões de Investimento
Decisões de investimento
• Investir em activos com taxa de retorno superior ao
custo do capital (se os investimentos propostos
tiverem uma taxa de rendibilidade inferior ao custo
de capital, não se fazem e “devolve-se” o dinheiro
aos sócios).
Capitalização:
Cn = Co x (1+ni): Juro simples
Cn = Co x (1+ i)n : Juro composto
CF0= - 5 000
CF1= 500 x (1-0,4) +2000 – 100 = 2200
CF2 = 500 x (1-0,4) +2000 – 100 = 2200
Cálculo do cash flow
• Os CF a preços correntes devem ser
descontados a uma taxa nominal (ignora
os efeitos da inflação)
• TIR (taxa de actualização para a qual um investimento tem um valor igual a zero):
Superior ao custo de oportunidade de capital. -C0 + Cn / (1+TIR)n = 0.
• Inconvenientes da TIR:
-TIR múltipla: em projectos não convencionais surge mais do que uma TIR
-Taxa de reinvestimento: a TIR pressupõe que os meios libertos do projecto podem ser
reinvestidos a uma taxa de remuneração igual à da TIR.
Outros conceitos
VALA: VAL ajustado. Consiste em calcular o VAL (pressupondo que o
projeto é inteiramente financiado por CP) e depois adicionar-lhe o
Valor Atual dos benefícios fiscais e financeiros. O VALA é sempre a
preços correntes, porque a taxa de financiamento está sempre a
preços correntes. É uma alternativa ao CMPC que varia muito, porque
ao longo de um projeto variam as proporções de capital próprio e
capital alheio.
Note-se que não é indiferente se o projeto é financiado por CP ou
por CA!
Em que d=taxa de retenção de lucros (RL retido/RL), logo DIV = (1-d) x EPS
Nota: se d for zero, isto é, se se distribuir a totalidade dos lucros, vem EPS=DIV
PER
A política de dividendos, o risco e o crescimento de cada
acção determinam o PER.
Logo,
∑ FCFF
t
(Período previsional)
t=1 (1+Wacc)
FCFFn+1 (Perpetuidade)
WACC-g __
(1+Wacc)n