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DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - DDE

DEPARTAMENTO DE ENSINO – DE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR E TECNOLÓGICA – DESTEC

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Disciplina: Avaliação Educacional


Professor: -
Curso/turma: Licenciatura em Física/ 2018.1
Em: 10 de maio de 2018

Estudantes:
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1 – A avaliação dos sistemas de ensino evidencia uma preocupação com a valorização da


qualidade do ensino em diferentes concepções. Como podemos explicar melhor essa problemática.

Desde sua origem, o processo de avaliação dos sistemas de ensino é justificado pela
necessidade de monitorar e fornecer aos seus gestores subsídios para a formulação de políticas
educacionais em função dos resultados. Isso porque os resultados são entendidos como uma
expressão da qualidade na educação. Entretanto, o problema é que a conceituação do que seria a
qualidade na educação não obteve ainda um consenso na literatura e tampouco no âmbito das
políticas educacionais.
Com efeito, há uma controversa que reside na concepção de que o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) expressaria a qualidade da escola ou da rede a qual
se refere. A esse respeito, nós pensamos que, embora a concepção de qualidade associada ao Ideb
seja um tanto reducionista, ela tem suas potencialidades: por fornecer uma visão, ainda que
parcial, da realidade educacional brasileira; e por articular o aumento da aprovação e o aumento
do desempenho, elementos que por muito tempo foram considerados antagônicos.
Na concepção de Castro (2007, p. 61), a qualidade da educação se expressa nos resultados
de provas padronizadas e, nesse sentido, defende a implantação de salários diferenciados para os
professores em função dos resultados que a escola obtém nas avaliações. Todavia, isso apenas
evidencia uma associação mecânica entre o desempenho em provas e o trabalho docente,
desprezando frequentemente as condições em que os resultados são produzidos. Além disso,
configura-se como uma política de transferência de responsabilidade e culpabilização do
professor, que é apenas uma parte do processo educacional.
Em face disso, concluímos que a principal problemática, que se impõe como imperativa, é
a necessidade de buscar um processo mais amplo de avaliação de escolas e redes que, para além
da utilização de provas padronizadas, tenha presente o caráter político da educação escola. Sendo
a essência desse caráter político da educação escolar, entendido como o dever de garantir que, no
limite, todos aprendam de tudo.

2 – O sistema de avaliação educacional, aliás, a política de avaliação educacional brasileira é


considerada hoje uma das mais abrangentes e eficientes do mundo. Atualmente, quais são esses
programas avaliativos e suas características nos diferentes níveis e modalidades de ensino?

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb): é uma avaliação de


desempenho acadêmico e de fatores associados ao rendimento escolar, realizada a cada dois anos,
em larga escala, aplicada em amostras de escolas e alunos de 4ª e 8ª séries do ensino fundamental
e de 3ª série do ensino médio, representativas de todas as Unidades da Federação, redes de ensino
e regiões do país. O principal objetivo é avaliar os sistemas de ensino e fornecer subsídios para o
aprimoramento das políticas educacionais, fundamentais para analisar os fatores associados à
aprendizagem, de modo a identificar o que os alunos são capazes de fazer e quais os fatores que
dificultam a aprendizagem.
Exame Nacional do Ensino Médio( Enem): é um exame de caráter voluntário, implantado
pelo MEC em 1998, que avalia o desempenho individual do aluno ao término do ensino médio,
visando aferir o desenvolvimento das competências e habilidades necessárias ao exercício pleno
da cidadania. Um dos objetivos é conferir ao cidadão parâmetro para autoavaliação, com vistas à
continuidade de sua formação e inserção no mercado de trabalho.
Prova Brasil: criada em 2005, ela objetiva oferecer a todas as escolas públicas brasileiras
uma avaliação mais detalhada de seu desempenho, em complemento à avaliação já feita pelo Saeb.
A prova Brasil avalia todos os estudantes da rede pública urbana de ensino, de 4ª e 8ª séries do
ensino fundamental, com foco em língua portuguesa e matemática.
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb): em abril de 2007, o Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais lançou o Ideb, indicador sintético que permite
definir metas e acompanhar a qualidade do ensino básico no país, fornecendo informações sobre o
desempenho de cada uma das escolas brasileiras de educação básica.
Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Enseja): foi
realizado pela primeira vez em 2002 para aferir competências, habilidades e saberes de jovens e
adultos que não concluíram o Ensino Fundamental ou Ensino Médio na idade adequada. O exame
é aplicado pelo Inep em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de educação. O
objetivo construir uma referência nacional de autoavaliação para jovens e adultos por meio da
avaliação de competências, habilidades e saberes adquiridos em processo escolar ou extraescolar.
Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade): avalia o rendimento dos
concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, habilidades e
competências adequadas em sua formação. O objetivo é avaliar o desempenho do estudante com
relação aos conteúdos presentes nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação.

3 –As avaliações de sistemas de ensino no Brasil coincidem tanto no âmbito nacional quanto no
internacional. O que podemos considerar de importante e irrelevante nessa padronização?

A padronização é importante para tornar possível a comparação entre as escolas e redes de


ensino, umas com as outras em cada avaliação externa aplicada e consigo mesma ao longo do
tempo. Tudo isso contribui para o desenvolvimento de políticas educacionais no intuito de obter a
qualidade no ensino, estabelecendo metas para cada escola e monitorando sua evolução. Por outro
lado, pensamos que se mostra irrelevante, ou inadequada, a ênfase na mera verificação da
aprendizagem, sem levar em conta fatores sociais que exercem influência sobre o sucesso, ou
fracasso, do processo formativo.

4 – De maneira sucinta e objetiva, diga quais são os desafios e perspectivas da avaliação da


Educação Superior no Brasil?

É notável a percepção histórica da progressão do sistema avaliativo da educação superior


em nosso país, sobretudo pela inevitabilidade de adequação às transformações sócio-políticas
causadas pela globalização, em busca de construir um ensino de qualidade. No entanto, novos
desafios no cenário mundial têm exigido das instituições novos modelos de gestão de qualidade, a
fim de solucioná-los. Nota-se, portanto, a relevância no investimento da gestão para se obter
características como flexibilidade, agilidade, eficiência, eficácia, relevância e a produtividade.
Vale ressaltar que, muitas vezes, a avaliação aplicada nas instituições de ensino superior
tem sido muito mais institucionais que educacionais, restringindo-se em avaliar os alunos como se
todos tivessem as mesmas condições, mesmas realidades e mesmos contextos de ensino-
aprendizagem. Apesar destes desafios, entre outros mais, muitas perspectivas são vislumbradas
para uma avaliação educacional qualitativa, onde a preocupação agora é o conhecimento voltado
para a formação humana, mostrando assim a modernização universitária. A avaliação agora não é
mais vista como uma opressora, mais sim uma ferramenta utilitarista à educação, proporcionando
mais credibilidade ao ensino, e possibilitando um autoconhecimento, emancipação e
fortalecimento das instituições universitárias.

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