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Disciplina: Bacteriologia

Docente: Lorena Brandhuber


Componentes: Alecsandro Milani, Marceli Nobre
e Shaiene Almeida

PROTOCOLO DO
TRATO
RESPIRATÓRIO
INFERIOR
COMPONENTES

 Fazem parte do trato respiratório inferior a traqueia, os


pulmões, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos
pulmonares.
PNEUMONIA

l Causa mais freqüente de óbito relacionado com infecção
bacteriana.


l Causa de morte por infecção mais comum em idosos.


l Principal causa de morte de crianças no mundo inteiro. De
acordo com a OMS, calcula-se que ocorram por ano
aproximadamente 155 milhões de casos de pneumonia
infantil em todo o mundo e 1,8 milhões de óbitos em
crianças menores de cinco anos.

Ampla variedade de agentes etiológicos (virais,


bacterianos e fúngicos).
PNEUMONIA
 Transmissão: Inalação da
bactéria através de aerossóis,
Entrada acidental de bactérias
no pulmão vindas da boca.

 Sintomas: febre, dor torácica,


tosse com catarro, falta de ar e
dificuldade e dor ao respirar.

O diagnóstico laboratorial é importante!


→ Tratamento adequado diminui o risco de óbito
CRITÉRIOS PARA SOLICITAÇÃO DE
AMOSTRA
 Critérios radiológicos.
 Critérios laboratoriais.
 Sinais e Sintomas.
 Imunossuprimidos.
 Pacientes em internação com mais de cinco a sete dias
de ventilação mecânica.
Materiais Clínicos
 Lavado broncoalveolar
 Escovado bronquial
 Aspirados traqueal
 Escarro
 Biópsia pulmonar

 Materiais não aceitáveis:


- Saliva
- Escarro colhido durante 24 horas
- Swabs
ESCARRO / COLETA / TRANSPORTE

 Obter, de preferência, o primeiro escarro da manhã,


antes da ingestão de alimentos.
 O paciente deve escovar os dentes sem utilizar pasta
dental e enxaguar criteriosamente a boca.
 Orientá-lo para respirar profundamente e após esforço
de tosse recolher o material em frasco estéril evitando a
contaminação da parte externa do mesmo.
 Se o material for escasso, coletar a amostra após
nebulização.
 Enviar imediatamente ao laboratório em TA.
ASPIRADO TRAQUEAL
 Introduzir uma sonda de aspiração na cânula o mais
profundo possível.
 Coletar o material aspirado em frasco de Luken.
 Enviar imediatamente ao laboratório.
 Crescimento bacteriano sup. a 10 UFC/mI é indicio
de pneumonia em paciente sob ventilação mecânica.
LAVADO BRONCOALVEOLAR

 O broncoscópio é introduzido através da traquéia até o


bronquíolos.
 Apresenta quatro canais: dois que servem para iluminar,
um canal de observação e um canal aberto que
acomoda instrumentos ou permite a administração de
anestésico ou oxigênio
 são injetados cerca de 100mL de solução fisiológica
estéril através do canal aberto. Após 3 a 5 minutos, é
recuperado, por aspiração, no mínimo, 40% do volume
injetado. Este pode ser coletado em dois ou mais
frascos estéreis.
PROCESSAMENTO DAS AMOSTRAS:

 Bacterioscopia pelo Gram de porção significativa.


 Semeadura do sedimento em Ágar Sangue, Ágar
Chocolate e Mac Conkey.
 Incubação a 35-370C por 24-48h em temperatura
normal para o AS e MC e em tensão de C02 para o
ACH.
Agentes Etiológicos Bacterianos de
Pneumonias Comunitárias
 S. pneumoniae → aumento de cepas resistentes à
penicilina nas últimas décadas: maior dificuldade no
tratamento.
 Klebsiela pneumoniae
 Mycobacterium tuberculosis
 Staphylococcus aureus
 Pseudomonas aeruginosa
 Mycoplasma pneumoniae
 Chlamydophila pneumoniae; C. psittaci
 Legionella pneumophila
 Pseudomonas mallei
 Coxiella burnetii
 Moraxella catarrhalis
Pneumonias Bacterianas
Streptococcus pneumoniae (pneumococo) é a
causa bacteriana clássica de pneumonias
adquiridas na comunidade (25-60%).
● Após o advento da penicilina, a mesma tornou-se a principal
opção terapêutica de tratamento de pneumonias.

● Verificou-se que uma proporção significativa de quadros de


pneumonia não apresentava melhora com este tratamento.

Pneumonias primárias “atípicas”


Mycoplasma pneumoniae
Chlamydophila pneumoniae
Legionella pneumophila
Chlamydophila psittaci Tratamento:
Coxiela burnetti Eritromicina,
Tetraciclina
Agentes Etiológicos Bacterianos de
Pneumonias Hospitalares
Agentes etiológicos menos diversificados.
A maioria dos casos é de etiologia bacteriana.
Ocorre em 25-58% dos pacientes ventilados
mecanicamente.

● Bactérias Gram Negativas:


Klebsiella spp.,
Serratia spp.,
Acinetobacter spp.,
P. aeruginosa
● S. aureus
● Bactérias anaeróbias
Pneumonia por S. pneumoniae
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Bacterioscopia direta: Diplococos Gram-Positivos encapsulados


DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Solubilidade em bile

Cultura em ágar sangue:


Presença de alfa hemólise

Sensibilidade à optoquina
Pneumonias “atípicas”
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Mycoplasma pneumoniae
Chlamydophila pneumoniae Não são coradas pelo Gram
Coxiella burnetti

Chlamydophila e Coxiella → parasitas intracelulares obrigatórios

Cultura de células
Mycoplasma e Legionella → difícil cultivo

Imunocromatografia → Legionella (urina)


IMUNOENSAIOS Imunofluorescência
ELISA

PCR → Legionella e Chlamydophila


Diagnóstico Bacteriológico
das Infecções do TRI
ESCARRO E ASPIRADO TRAQUEAL

Bacterioscopia para avaliação da qualidade:

Amostra de boa qualidade:


● Presença de >25 leucócitos
polimorfonucleares e <10
células descamativas por
campo no aumento de 100 x
(Murray & Washington, 1975)*

S: 31-50%

● Predomínio de um tipo
morfológico bacteriano no
GRAM (1000x).

*Outros autores: >10 leucócitos/célula epitelial (100x) → S: 80-93%


Bacterioscopia para avaliação da qualidade do escarro:

Amostra Inadequada:
● Mais de 10 células descamativas e menos de
25 leucócitos por campo no aumento de 100 x.

● Predomínio de flora mista no GRAM (1000x).


LAVADO BRONCOALVEOLAR

Bacterioscopia para avaliação da qualidade:

Seleciona parte
purulenta/sanguinolenta da
amostra, faz esfregaço e cora
pelo Gram

● Predomínio de um tipo
morfológico bacteriano no
GRAM (1000x).
CULTURAS QUANTITATIVAS

Alto valor preditivo, sugerindo fortemente infecção do TRI

Critérios de Interpretação:

● Lavado Bronco-alveolar (LBA):  104 UFC/mL

● Aspirado Traqueal:  106 UFC/mL

*A bacteremia está presente em cerca de 25% dos pacientes com


pneumonia → realização de hemoculturas pode auxiliar no diagnóstico.
THE END

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