You are on page 1of 42

Antes de começar a matéria favor ler e fazer o que se segue:

 CF arts. 145 ao 162;


 CTN a partir do art. 96;
 Ler sempre o caderno;
 Ler livros com leituras complementares;
 Sempre fazer testes;
 Simulados no site: www.professorsabbag.com.br

I - Conceito: É o ramo do direito público que estuda princípios e normas reguladoras


das atividades de criação, cobrança e fiscalização de tributos.

Direito Público: pois estuda atuação estatal.


Criação: poder legislativo. Cria-se por meio de Lei.
Cobrança: quem se encarrega da cobrança é poder executivo (administração tributária
– na linguagem do CTN).
Fiscalização: quem se encarrega da fiscalização é o poder executivo (administração
tributária – na linguagem do CTN).

OBS1: O tributo é criado por uma promulgação de uma lei criada pelo legislador.
OBS2: O CTN não usa a expressão Poder Executivo e sim Administração Tributária.

ATENÇÃO: o estudo da destinação do dinheiro arrecadado pelo fisco não é estudado,


não pertence ao Direito Tributário, mas pelo Direito Financeiro.

II - Competência Legislativa (art. 24, I da CF)

A competência para legislar, criar leis tributárias é CONCORRENTE, não incluindo o


Município. Ele não participa da competência concorrente. Neste caso o Município só
entra se for por interesse local do Estado. Em outras palavras, o Município NÃO
participa de competência concorrente, legisla sobre direito tributário só que por outro
princípio, o de matéria de interesse local.

Sempre que a Competência Legislativa for Concorrente, caberá a União editar normas
gerais, para que o sistema seja coerente. Atualmente, tais normas estão na Lei 5.172/66,
o CTN.

Pergunta: O que é Competência Concorrente?


Resposta: União “U”, Estados “E” e o Distrito Federal “DF”.

Natureza jurídica do CTN: O CTN é... formalmente Lei Ordinária (LO) e


materialmente Lei Complementar (LC), significa que o CTN tem natureza dúplice /
híbrida.

Pergunta: De quem é a competência para iniciativa de projetos de lei (PL) em matéria


tributária?
Resposta: Segundo a jurisprudência do STF, a competência para iniciativa de projetos
de lei em matéria tributária é COMUM entre o Legislativo e o Executivo.
OBS: Este assunto não se encontra na CF.

Notas explicativas:

a) “A” é o Poder Executivo. “B” é o Poder Legislativo. O Projeto de Leis


Tributárias tem competência dos dois poderes.
b) A Competência Concorrente serve para legislar, ela cria leis (entidades da
federação). A Competência Comum não envolve entidade federativa e sim
poderes do estado.

* O Direito Tributário na Constituição Federal se distribui em três pés:

a) Princípios;
b) Imunidades; e
c) Tributos,

III - Princípios Constitucionais do Direito Tributário

Natureza Jurídica: Tem duas naturezas ao mesmo tempo: Garantias do Contribuinte e


Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar.
É o poder político de instituição, que é o poder de posse chamados poder de tributar
(UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS E DF). Essa tributação só pode ser feita por um
desses quatro órgãos citados.

As garantia do contribuinte são cláusulas pétreas, ou seja, não podem ser eliminados ou
reduzidos por Emenda Constitucional.
Já as limitações constitucionais ao poder de tributar depende de Lei Complementar (art.
146 da CF e art. 151, III do CTN)

1. Princípio da Legalidade (art. 150, I da CF e art. 97 do CTN – conceito mais


completo): também conhecido como “Estrita Legalidade” ou “Tipicidade Cerrada”.

Conceito: Criação, aumento, redução e extinção de tributos sempre dependem de lei.


PERIGO: Em regra essa lei é uma Lei Ordinária, ou seja, Os entes tributantes (União,
Estados, Municípios e Distrito Federal) só poderão criar ou aumentar um tributo por
meio de lei

Pergunta: Por que tem que ser por lei?


Resposta: Pois ela é feita por nossos representantes do poder legislativo para ter a
segurança jurídica.
OBS1: O art. 150, I da CF só fala da necessidade de lei por exigência ou aumento de
tributos. Esta redação esta incompleta. Ela não da o conteúdo inteiro com o principio.
Por isso temos que combinar o art. 150. I da CF com o art. 97 do CNT.
OBS2: Normalmente é uma LO da pessoa competente para criar um tributo. Porém a
CF 88 definiu quatro casos em que a UNIÃO interfere na fixação de alíquotas Estaduais
e Municipais.
EX: IPTU. É uma lei ordinária de uma pessoa competente para criar o tributo.

Existe uma resolução do Senado feita em forma de tabela, para fixação de alíquotas
mínima e máxima.

ALÍQUOTA MÍNIMA ALÍQUOTA MÁXIMA


IPVA OK
ITCMD OK
ICMS OK OK

Além disso, a LC da União pode fixar alíquota mínima e máxima do ISS. O instrumento
normativo é diferente.

A regra geral é que criação, aumento, redução e extinção de tributos dependem de LO,
mais somente quatro tributos dependem de LC. São eles:

a) Empréstimos Compulsórios (ESTUDAR);


b) Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF;
c) Impostos Residuais; e,
d) Novas fontes de Custeio da Seguridade (contribuições previdenciárias residuais).
Essa seguridade é financiada basicamente por contribuições, por isso é necessário de
LC.

OBS1: Admite a edição de medidas provisórias em matéria tributária, exceto nos temas
de Lei Complementar.
OBS2: Não se admite edição de medida provisória sobre temas reservados a Lei
Complementar (art. 62, § 1° da CF).

Pergunta: Se a Medida Provisória criar / aumentar ou majorar IMPOSTO (só vale para
imposto, não para os demais), este só poderá ser exigido no exercício (ano) seguinte ao
da conversão da medida provisória em lei?
Resposta: Da edição da MP não (não é o ano seguinte da edição, e sim da conversão da
MP em lei). Se não for convertida o imposto nunca será cobrado (anterioridade da
conversão).
OBS: Se a MP não for convertida em lei, o imposto nunca será exigido. Para outras
espécies tributárias (ex: taxas e contribuições de melhoria), não vale este regra, podendo
o tributo ser exigido no ano seguinte ao da edição da MP.

Além disso, o princípio da legalidade pode ser entendido como sinônimo do Princípio
da Estrita Legalidade; Princípio da Tipicidade Fechada; Princípio da Tipicidade
Regrada ou Princípio da Reserva Legal.

* Exceções ao Princípio da Legalidade *

Pergunta: Qual princípio comporta e exceção?


Resposta: O art. 153 §1º CF, permite que o poder executivo altere as alíquotas de certo
tributos federais, já instituídos por lei (melhor seria falar em “atenuação”) importação,
exportação IPI e IOF.

IPC: Através da Emenda Constitucional 33/2001 entrou mais duas exceções


* CIDE Combustíveis (Tributo Federal); e
* ICMS Combustíveis (Tributo Estadual)

Conceito: Não é uma lei que define. Apenas seis tributos podem ter alíquotas
modificadas por ato do executivo. Nunca as exceções se dão por base de cálculo.
Alíquota não é criada por ato do executivo e sim alterada por ele.

Alíquotas: Base de cálculo.


Modificadas: Instituídas não.
Ato do Executivo: Não é lei e sim unilateral (decreto, portaria ou convênio).

a) IOF;
b) IPI;
c) Imposto de Importação;
d) Imposto de Exportação;
e) Cide Combustíveis; e,
f) ICMS Combustíveis.

OBS1: Os seis tributos acima atenuam o princípio por que são “extra fiscais”, ou seja,
regulam o mercado / economia do país.
OBS2: O IOF, IPI, Imposto de Importação e Exportação são chamados de Tributos
Aduaneiros. Todos eles são impostos da UNIÃO.

Vale ressaltar que existem mais dois temas que não dependem de lei em Direito
Tributário. Eles podem ser disciplinados por ato de executivo. São eles:
a) Definição da data para pagar o tributo: Esse caso não esta no art. 97 do CTN. O
STF diz que é taxativo os assuntos que dependem de lei. Só os do art. 97 do
CTN.
b) A mera atualização monetária (recomposição da inflação) da base de cálculo.
Art. 97, § 2º do CTN.

Lembrete: Art. 62, § 2º CF e EC nº 32/2001, a ANP (Ato Normativo do Poder


Executivo) pode criar e aumentar imposto no Brasil.
Ex1: Media Provisória aumenta o IR no Brasil. Onde estiver LC versando uma MP não
irá arbitrar.

OBS: Ler o artigo 62, § 1º CF


Ex2: MP não pode criar empréstimo compulsório.

2. Princípio da Anterioridade (art. 150, III, alíneas “b” e “c” da CF).


Também conhecido como “Segurança Jurídica” ou “Princípio da não Surpresa”
→ Princípio que se refere à eficácia da diferida lei tributária (se refere a pagamento /
quando pagarei)

Conceito: Tributo criado ou majorado em um exercício. Só poderá ser exigido no ano

seguinte, respeitando o intervalo mínimo de noventa dias (anterioridade nonagesimal).

* Mesma coisa que ano no Direito Financeiro.

* Anterioridade anual.

* Anterioridade nonagesimal (com intervalo de noventa dias)

Ex1: Um novo tributo é criado e publicado em 28/04/2008. Ele passa a ser cobrado em

01/01/2010, pois respeitou os 90 dias.

Ex2: Um tributo é criado em 28/12/2009, ele começa a ser cobrado em 28/03/2010.

Respeitando mais uma vez o prazo 90 dias.

OBS1: A Emenda Constitucional nº 42 colocou um sinal de + entre a anual e a

nonagesimal.
OBS2: Entre a publicação e o intervalo do ano seguinte, tem que garantir os 90 dias,

pois existe um direito adquirido para o contribuinte se preparar para o pagamento do

tributo.

Lembrar que: Leis que reduzem ou extinguem tributos não respeitam a anterioridade
(produzem efeitos imediatos).

Alínea “b” → Anterioridade anual (sempre existiu no Brasil). Pagaremos o tributo no


dia 1º de janeiro do ano seguinte.
Alínea “c” → Anterioridade nonagésimal (EC 42/03). Pagaremos depois de 90 dias.

OBS1: A Emenda Constitucional nº 42 modifica o artigo acima.


OBS2: O Princípio da Anualidade NÃO existe em nosso ordenamento jurídico (foi
revogado na CF 88).

Notas Explicativas:
É conhecido por anterioridade anual ou anterioridade de exercício, determina que os
entes tributantes (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) não podem cobrar
tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei majorada ou
instituidora do tributo. A expressão exercício financeiro é o ano fiscal que, no Brasil,
representa o ano civil (interregno entre 1º de janeiro e 31 de dezembro).
Tem como função esse princípio de preservar a garantia de que o contribuinte não deve
ser pego de surpresa pelo Fisco.

Exceção: Art. 150, § 1º CF

* Exceções ao Princípio da Anterioridade (Emenda Constitucional nº 42) *

Divididas em três grupos pela Emenda 42, com regras próprias, sujeitando-se a regras
específicas.

a) Cobrança Imediata: No dia seguinte (IOF, Imposto de Importação, Imposto de


Exportação, Imposto Extraordinário de Guerra “IEG”, e Empréstimo
Compulsório de Calamidade Pública ou Guerra Externa). Não respeitam a
anual nem a nonagesimal.
b) Somente os 90 dias: Podem ser cobrados no mesmo ano (IPI, Contribuições do
art. 195 da CF, Cide Combustíveis e ICMS Combustíveis). Só respeitam a
nonagesimal. Não respeitam a anual.
c) No Ano Seguinte: Imposto de Renda (sempre em 01/01 do ano seguinte) e
*alterações na base de cálculo do IPTU e IPVA. Não respeitam a nonagesimal
e só respeitam a anual.
* Alterar a planta genérica de valores que só vai valer no ano seguinte como IPTU.
Lembra que: A lei que realiza mera atualização monetária da base de cálculo não
respeita a anterioridade. Leis que revogam isenção sujeitam-se ao princípio da
anterioridade (art. 104 do CTN)

IPC: As exceções do art. art. 150, §1º da CF, traz que existem tributos que são exigidos
imediatamente (fogem as duas anterioridades)

- Importação *
- Exportação *
- IOF *
- Imposto Extraordinário (de guerra)
- Empréstimos Compulsórios para calamidade pública / guerra externa

* Impostos Extra fiscais.

OBS1: É regra o IPI ser majorado 90 dias depois.


OBS2: Não confundir o princípio da anterioridade com o princípio da anualidade. Este
não esta previsto no atual sistema constitucional tributário, indicando a necessidade de
previsão na lei orçamentária anual daquele tributo que se pretende cobrar.

No Brasil, o que se exige é o respeito. Há duas esferas: Anterioridade anual e


nonagesimal.

Regra: Caso o tributo seja criado ou majorado entre janeiro e setembro (até dois de
outubro) a incidência da lei ocorrerá em 1º de janeiro. Se isso se der entre outubro e
dezembro, haverá um impacto dos 90 dias, projetando a data para depois de 1º de
janeiro.

Dica: Aprender a aplicação em outros tributos, lembrando que aquilo que não for
exceção é regra.

Dica Final: O art. 195, §6º CF (Contribuição da Seguridade Social) 90 dias. Chamado
também de Anterioridade Especial ou Mitigada ou Nonagesimal.

3. Princípio da Anualidade (Não existe no Brasil – Foi revogado pela Constituição de

88).
4. Princípio da Capacidade Contributiva (art. 145, § 1º da CF)

Conceito: Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal, e serão graduados
conforme a capacidade econômica do contribuinte.
Cada contribuinte paga o tributo de um jeito, e serão graduados conforme sua
capacidade econômica ou contributiva, ou seja, quem ganha menos paga menos e quem
ganha mais paga mais.
Ex: Uma pessoa que de classe média baixa, não pagara os mesmos tributos que uma
pessoa de classe alta.
Na prática o ideal da capacidade contribuinte é atendido por meio de sistema de
alíquotas progressivas (crescem em função da riqueza do contribuinte).
Porém, poucos impostos são capazes de medir a riqueza do contribuinte, pois apenas
três impostos incidem sobre * “Fatos Signos Presuntivos de Riqueza”. Por isso, apenas
três impostos admitem alíquotas progressivas na CF/88:

a) IR;
b) ITR; e
c) IPTU

CUIDADO: O IPTU tem três Progressividades diferentes. Progressividades no Tempo,

Progressividades do Valor (venal / alíquota) e a Progressividade do Uso e localização

do imóvel

OBS: O imposto do IPVA não é progressivo.

* Elementos capazes de medir os impostos.

4.1. Capacidade contributiva em relação ao principio da igualdade (Art. 145, § 1º


da CF): Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal, e serão graduados
conforme a capacidade econômica do contribuinte.
OBS: O IR recebe alíquotas diferentes.

Pegadinha: O IPVA NÃO É PROGRESSIVO, MAIS TEM ALÍQUOTAS


DIFERENCIADAS PELO USO E TIPO DO CARRO.

5. Princípio da vedação do Confisco (art.150, IV CF)

Conceito: O Tributo não pode ser usado para retirar todos os bens do contribuinte ou
inviabilizar o exercício de atividade econômica (é uma limitação a carga tributária).
STF1: O princípio também vale para Multas Tributárias.
STF2: A vedação do CONFISCO não se aplica a tributos extras fiscais (tributos sem
finalidades arrecadatórias).
Ex: Nada impede que o IPC sobre o cigarro tenha alíquota de 2, 3 mil ou mais.

6. Princípio da irretroatividade Tributária (art. 150, III, “a”, CF e art. 106, CTN).
Nenhum dos entes públicos pode cobrar tributos antes que a lei possa ter instituído. A
lei deve abranger fatos geradores posteriores à sua edição. A lei tributária não retroage.
A lei deverá viger pra frente, não podendo atingir fatos pretéritos, ou seja, fatos
passados. Ver art. 5º, XXXVI CF.

OBS: Lei tributária retroagindo comporta exceção.


IPC: Ler o art. 106, I e II do CTN que mostra casos de “leis produtora de efeitos
jurídicos pretéritos” sendo a exceção.
Ex: A lei mais benéfica retroage para beneficiar.

Exceções Art 106 CTN


• Lei Expressamente Interpretativa, contudo, se desta interpretação resultar em uma
penalidade, esta não poderá ser aplicada a ato pretérito (inciso I)
• Atos não Definitivamente Julgados. (art. 106, II, “c”, CTN), A lei deverá retroagir
para beneficiar o infrator. A alíquota aplicada será sempre a da data da ocorrência do
fato gerador, porém, a multa será sempre a mais benéfica.

OBS1: Surgi uma nova lei expressamente interpretativa para explicar de uma forma
mais esclarecedora o que a lei anterior não explica.
OBS2: procurar sobre lei nova retroagir para estudar.

Ex: Em 2006 foi cometida uma infração que o autor teria que sofrer um processo
judicial. Em 2007 o que era uma infração deixou de ser. A lei nova pode retroagir para
beneficiar o infrator, pois o infrator ainda respondia pela infração. O ato dele ainda não
havia sido julgado.

A alíquota é sempre da data do fato gerador e multa mais benéfica.

7. Princípio da Isonomia.
Divididos em igualdade (art. 150, II da CF): O FISCO veda o tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situação de equivalência ou eqüipolência e não
diferenciação tributária.
Duas pessoas na mesma condição prática têm igual identidade de tratamento. Na
igualdade os iguais são tratados igualmente. Quem tem mais dinheiro, tem mais
condição de pagar o imposto mais caro.
Este princípio é muito usado para estender benefícios fiscais concedidos a certas
categorias de portadores de deficiência. Somente usado por portadores de deficiência.
Ex: Deficiência motora tem isenção do IPI na compra do carro.
OBS: Em conseqüência deste princípio há incapacidade civil é IRRELEVANTE para o
Direito Tributário, pois o indivíduo incapaz pode ser devedor de um tributo.
Ex: Menor de idade também paga tributo (não importa a idade se já estar realizando o
fato gerador)

4.1. Impostos com alíquota progressiva:


- IR
- ITR
- IPTU

4.1.2 Progressividade do IPTU:


Fiscal: Alíquotas progressivas – Quanto maior o valor venal do imóvel maior será a
alíquota. Visa abastecer os cofres públicos.
O IPVA - com o advento da emenda 42, pode ter alíquotas diferenciadas em função o
do tipo e utilização.
– Art. 155, §6º, II CF.
Extra-fiscal:
• Reguladoras: os impostos de importação, exportação, IPI e IOF, servem para regular a
economia do País e estimular o comercio exterior. Aplica alíquota conforme a utilização
com fim de estimular ou desestimular a utilização do imóvel, conforme a sua utilização.
OBS: O IPTU ele pode ser razão do uso do imóvel ou sua localização / ou poder pra
fazer a função social da propriedade.

• Para fazer cumprir a função social da propriedade.


Ver Estatuto da Cidade Lei 10.257/01.

8. Princípio da Uniformidade Geográfica (Art. 151, I da CF):

Conceito: Só deve se observado à União. A União ao mandar cobrar seus impostos,


deve ter alíquotas uniformes em todo o território nacional, sob pena de se aplicar
alíquotas diferenciadas para não mudar a cobrança em Estados e Municípios diferentes.
De acordo com CF a União deverá aplicar os tributos federais com alíquotas uniformes
em todo território nacional.
Só observado por apenas um ente político. É vetado a união.
O Decreto do Presidente é inconstitucional que aumenta o IPI sobre os calçados
fabricados no Mato Grosso do Sul.

Exceção: A união para algumas regiões precisa fazer um incentivo fiscal – um estímulo
fiscal para determinada região. Os incentivos fiscais são concedidos para dirimir
(amenizar) as desigualdades socioeconômicas existentes no país.
EX: Zona Franca de Manaus. Tem esse estímulo para que de certa forma a economia do
pais possa circular pelo pais inteiro. (art. 40 ADCT)
9. Princípio da não limitação. (art. 150, V CF)

Conceito: Os tributos não podem ser usados para restringir o transito de pessoas e bens
no território nacional.
Ex: É inconstitucional a taxa de estacionamento cobrada para impedir o acesso de
turistas populares em municípios litorâneos.
IPC: Admite-se a cobrança de pedágio pelo de vias conservadas pelo poder público.

10. Princípio da não Diferenciação Tributária (Art. 152 da CF).


É vedado aos Estados, Municípios e DF conceder diferenças tributarias, para os bens e
serviços em razão da origem ou em razão do destino.
Ex: IPVA – a alíquota é maior para proteger a industria nacional.
→ Fabricado no Brasil: 4%
→ Fabricado no Japão: 6%

Hoje em dia o IPVA admite alíquotas seletivas (EC 42/03 → 155, § 6º, II CF). Podem
ser escolhidas os critérios são: nem na origem e nem no destino e sim no uso e no tipo
do veículo.

IPC: O Princípio da Seletividade também funciona para outros dois impostos. ICMS e
IPI. Em função da essencialidade do produto são impostos seletivos.
Ex: Água mineral → 1%
Com gás → 2%
Aguardente → 3% (não é essencial por isso é mais caro).

OBS: três impostos admitem a seletividade (IPVA – ICMS – IPI)


CUIDADO: Seletividade nos impostos (IPVA – ICMS) é facultativo aos Estados
aplicar a seletividade para esses impostos. (IPI) A seletividade é obrigatória no imposto
do IPI.

11. Princípio da Seletividade


O ICMS e o IPI são seletivos (graduadas) por causa da essencialidade do produto ou do
serviço.
O IPI sempre será seletivo, deve ser seletivo
O IPVA e o ICMS podem ser seletivos

OBS: Conforme a essencialidade é mudado o serviço.


IPC: A Seletividade no IPI a CF diz que o imposto é seletivo, o que nos leva a ver que
o IPI é uma obrigação mais o ICMS a CF relata que poderá ser seletivo, ou seja, é
facultativo.
Ex: Feijão e bolsa Luis Vitton
12. Princípio da Não Cumulatividade
Evita “Tributação em Cascata”. A não comutatividade vai para alguns tributos. São eles:

* IPI
* ICMS
* PIS / COFINS
* Impostos Residuais
* Contribuições residuais

Tais tributos são pagos “compensando-se em cada operação um montante na etapa


anterior.
Ex: Atacadista.

IV - Sistema Tributário Nacional – STN – (Arts. 145 a 162, CF)


Poder de Tributar (STN) → Existem limitações ao poder de tributar. São os princípios e
as imunidades, ou seja, regras limitadoras do poder de tributar.
A CF fixou regras sobre Repartição de Receitas. As regras sobre a repartição de receitas
– União divide com estados e municípios, Estados dividem com municípios e os
municípios não dividem sua receita com nenhum outro ente federativo.
O art. 146, CF, informou que as normas gerais sobre direito tributário somente podem
ser veiculados por Lei Complementar.

→ O CTN (Lei 5.172/66) surgiu como Lei Ordinária, mas foi recepcionado pela
CF/1988 como Lei Complementar.
→ O CTN só pode ser alterado / modificado por LC.
→ O CTN é dividido em duas partes. Livro 1 e Livro 2.

• Livro I – (arts 1º a 95) – Versa sobre temas do STN


• Livro II – (arts 96 a 218) – Normas Gerais de Direito Tributário (procedimentos e
cobranças tributárias).

V - Imunidades Tributárias (art 150, VI CF)


Memorização: “A imunidade está na Constituição e é na Lei que mora a isenção”;

A norma de imunidade demarca áreas de não incidência tributária, servindo como


limitador ao poder de tributar, ou seja, elas restringem o poder de tributar. Funcionam
como verdadeiro instituto constitucional, afastando a incidência de tributos. A
imunidade protege pessoas, bens e situações da incidência de tributos.
Vale dizer que ao mesmo tempo o município detém competência tributária para instituir
o IPTU sobre um patrimônio considerando nulo. Daí se afirmar que a imunidade é um
norma de “incompetência tributária”.
A imunidade esta para a Constituição Federal como a isenção esta para a lei.
Dica1: Temos dois dispositivos na CF que trazem a equivocada expressão “são isentas
de”. É caso de imunidade!
Dica2: O art. 195, § 7º CF – A entidade de assistência social é imune a contribuições da
seguridade social.
Dica3: O art. 184, § 5º CF – As transferências de bens imóveis desapropriados para fins
de reforma agrária são imunes a impostos.

Os dispositivos de imunidades ligam-se aos mais diferentes tributos estando eles


espalhados na CF.
Ex: Art. 149, § 2º CF traz que a receita oriunda de exportação é imune há CIDES e
Contribuições Sociais.

Afastam impostos, taxas ou contribuições.


→ Não afasta ao mesmo tempo.
→ Quase todas as imunidades versam sobre impostos.

Ex: certidão de nascimento ela é gratuita. Não há pagamento de taxa.

* Impostos:
Dois tipos configuram como principal dispositivo de imunidade sobre impostos
a) Específico
b) Genérico (art 150, VI, a, b, c e d CF)

O artigo 150, VI da CF afasta um tipo de tributo, o imposto, mas outros tributos incidem
normalmente.
Impostos Federais, como por exemplo, o ITR (competência da união), se for
considerado de pequena gleba, será afastado o imposto do ITR (um único imóvel NÃO
dois).
Impostos Federais, Estaduais e Municipais. Afastam todos esses impostos. Pela
imunidade genérica. Não paga imposto algum. Vejamos as alíneas do art. 150, VI CF.

Objetivo: Proteger garantias constitucionais (garantias do art 5º das imunidades)

VI – IMUNIDADES

1. Imunidade Recíproca:
União, Estados, DF, Municípios não pagam impostos uns aos outros
Vem proteger as autarquias e fundações. Protege a União, Estados e Municípios;
Tal imunidade deve ser compreendida com o artigo 150,§2º da CF. Neste comando,
entende a imunidade a duas pessoas jurídicas de direito público – autarquias e
fundações públicas. É vetada a cobrança de impostos um dos outros no caso de entes
políticos. Apenas para impostos.
_ Tributação normal sob empresas públicas e sociedade de economia mista.
Afasta somente os impostos da União, Estados, Municípios e DF não podem cobrar um
dos outros (Pacto Federal = Cláusulas Pétreas).
Ex: Não incidi IPVA sobre a propriedade do carro da Prefeitura.

LER AGORA O § 2º DO ART 150

OBS: Extensão da Imunidade recíproca para duas pessoas jurídicas. São elas:
AUTARQUIAS e FUNDAÇÕES PÚBLICAS.
IPC: Haverá normal incidência de tributos sobre as sociedades de economia mista e as
empresas públicas.
Ex: Caixa Econômica é empresa Pública.

2. Imunidade Religiosa – Templos de qualquer culto


Art. 150, VI, ”b” da CF;
Instituições religiosas não pagam nenhum IMPOSTO!
OBS: imunidade é só de IMPOSTO outros tributos são devidos, tais como: taxa,
contribuições de melhorias, dentre outros. Vale para todas as religiões. A imunidade
vale para toda área contígua do território do templo. A imunidade vale ainda que a
entidade religiosa alugue o imóvel a terceiro (igreja locadora). Quando a igreja é
locatária não tem imunidade de IPTU. A imunidade somente é válida quando o templo
for o proprietário do imóvel.
Nesta alínea foi prestigiada a liberdade de cultos havendo uma proteção de isonomia
para todas as ceitas.
Regra: Não incide sobre o IR (renda), IPTU (prédio), IPVA (veículo religioso).
Ex: Igreja X, proprietária de um apartamento, aluga-o para terceiros. Haverá imunidade
de IPTU quanto à propriedade do apartamento? Vai depender, pois deverá haver a
aplicação das rendas dos alugueis no próprio eclesiástico (ver art. 150, § 4º CF) que
menciona a expressão atividades relacionadas.
CUIDADO: Quando a entidade imune é locatária, haverá normal incidência do tributo,
pois o art. 123 CTN, mostra que as convenções particulares não podem ser opostas ao
fisco para mudar o sujeito passivo.

3. Imunidade dos Partidos Políticos (Art. 150, VI, ”c”, CF): Esta imunidade vale
para as seguintes pessoas:
- Partidos Políticos e suas fundações
- Sindicatos de trabalhadores e suas fundações
- Entidades de assistência social sem fins lucrativos – Também são imunes à
contribuições sociais, art. 195, §7º da CF – OBS: lembrar que é imune, não isento como
descrito no artigo mencionado.
- Entidades de educação sem fins lucrativos
Partido político é criatura constitucional que dá sustentação e autenticidade ao regime
democrático e ao liberalismo.
Obs1: Entidade de Assistência Social é ao mesmo tempo imune impostos e a
contribuição social previdenciária.
Obs2: Museu, Bibliotecas, Faculdade.

Esta alínea depende dos requisitos do art. 14 CTN, pois não pode haver aproximação do
lucro, não pode enviar lucro para o exterior e manter a contabilidade em dia.

Memorização: “A imunidade está na Constituição, E é na LEI que mora a


isenção”.
PERIGO: Na verdade, para as entidades de educação serem imunes deve atender a três
requisitos do art. 14 do CTN:

I) Não distribuírem patrimônio ou renda


II) Aplicarem no Brasil os seus recursos na manutenção dos objetivos institucionais.
III) Regularidade contábil
Obs: As entidades de assistência social são imunes a contribuições sociais (art 195, § 7º
CF).

4. Imunidade de Imprensa (Art. 150, VI, “d” CF): São imunes os livros, jornais
periódicos (revistas, listas telefônicas) e o papel destinados à sua impressão os
impostos. Temos a chamada liberdade de expressão, utilidade social do bem. O STF
imunizou as listas telefônicas. Essa imunidade serve para baratear a difusão cultural,
tornar o livro mais barato. Tal imunidade afasta os seguintes impostos: ICMS; IPI;
Imposto de Importação e Imposto de Exportação.
Das quatro estudadas, essa é a única imunidade objetiva, que protege o produto, mas
não quem fabrica e vende o item.
Em nosso ordenamento jurídico existem dois tipos de imunidade. A Imunidade
Subjetiva e a Imunidade Objetiva.

IMUNIDADE SUBJETIVA IMUNIDADE OBJETIVA


Protege Pessoas Protege Produtos
Ex: Recíproca (pessoas federativas); Ex: De imprensa.
Templos (religiosos); Partidos, Entidades
Assistenciais.

Quando uma imunidade for subjetiva, ela tem o poder de afastar todos os impostos.
Quando a imunidade por objetiva, ela não afasta todos os impostos, apenas os impostos
dos produtos.
Por essa razão, editoras e livrarias pagam todos os impostos pessoais, tais como IR,
IPVA, IPTU e etc.
Segundo a Constituição Federal, o papel é o único insumo imune. Já a tinta não é
imune, ela não tem imunidade.
Segundo o STF, filmes fotográficos e papel fotográfico também são imunes, desde que
para serem utilizados em livros, jornais e periódicos.
Livros e periódicos no formato de CD-ROM, segundo o STF, são imunes.
Obs1: não confundir CD-ROM com áudio livro e com livro eletrônico – Áudio livro e
livro eletrônico não têm decisão no STF.
Obs2: Nesta medida, não incidem os impostos sobre o bem de informação (ICMS, IPI,
Imposto de Importação), mais incidem normalmente sobre (IR, IPTU, IPVA, ITBI e
etc.)

Pergunta:
Material de conteúdo adulto tem imunidade?
Sim, pois para o STF não importa o conteúdo da publicação.

OUTRAS IMUNIDADES (especiais)

1) Pequenas glebas rurais não pagam ITR


2) Não incide ITBI na transmissão de bens em realização de capital (forma de se aderir
a uma pessoa jurídica).
3) Não incide ITBI na aquisição de bens desapropriados pelo Estado.
4) Serviço de telecomunicação tem tributação normal, mas radio difusão sonora (rádio)
e radio difusão de sons e imagens (TV), quando de recepção livre e gratuita, tem
imunidade. A todos os tributos.

VII - CONCEITO DE TRIBUTO


- Art. 3º, CTN.
Tributo é...

a) Obrigação Legal: sempre surge da Lei, nunca do contrato (convenções particulares


não podem ser opostas à Fazenda Pública).
Ex: o contrato de locação que “transfere” ao inquilino o dever de pagar o IPTU, não
vale perante o FISCO. Esse contrato não vale perante a Prefeitura.
Obs: O dono pode mover uma ação regressiva contra o inquilino (convenções
particulares não valem perante o Fisco).

b) Prestação Pecuniar (ou em moeda = obrigação de dar): uma quantia em dinheiro ao


Estado, prestação pecuniária (prestação em moeda), compro pagando certo valor. Ele é
sempre uma obrigação de dar (quantia em dinheiro ao Estado). Nunca será obrigação de
fazer ou de não fazer.
NUNCA o tributo será obrigação de fazer ou obrigação de não fazer
Cível = Dar, fazer e não fazer.
Tributário = Dar.
PERGUNTA: No direito tributário admite-se dação em pagamento? Pode-se usar dessa
forma para extinguir uma obrigação (entrega de um bem para solucionar uma dívida em
dinheiro).
= A dação em pagamento é causa de extinção do crédito, mas depende dos seguintes
requisitos:
- Lei específica autorizando
- O bem deve ser imóvel
- O fisco deve manifestar interesse no bem oferecido.

c) Tributo: NÃO constitui sanção por ato ilícito (não pode ser usado como punição)
- Tributo é diferente de multa, tributo nasce de um ato lícito (fato gerador), a multa
nasce de um ato ilícito (infração).

d) Prestação compulsória: O pagamento não é facultativo

e) Cobrado por lançamento: Atividade plenamente vinculada, não é discricionário. O


FISCO não tem liberdade para decidir se faz a cobrança ou não.

IX - ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
- No Brasil, existem cinco espécies Tributárias:

a) Impostos *
b) Taxas *
c) Contribuição de Melhoria *
d) Empréstimo Compulsório _ é qualificado pelo caráter restituível **
e) Contribuições Especiais _ qualificadas pela finalidade ou destinação ***

* É o fato gerador que define o tributo, art. 4º do CTN, sendo irrelevantes a


denominação legal e a destinação do tributo (dinheiro).
** São qualificadas pelo caráter restituível.
*** Qualificadas pela finalidade ou destinação.

a) Impostos
- São tributos DESVINCULADOS (independente de uma atuação estatal)
- São tributos unilaterais (o contribuinte paga imposto, que é criado por lei Ordinária)
- Também são chamados de tributos sem causa, ou seja, relaciona a uma atividade dos
IMPOSTOS FEDERAIS IMPOSTOS ESTADUAIS IMPOSTOS MUNICIPAIS
Operações Financeiras (IOF) ICMS IPTU
Produtos Industriais (IPI) IPVA ISS
Imposto de Impostação (II) ITCMD ITBI
Imposto de Exportação (IE)
Imposto de Renda (IR)
Territorial Rural (ITR)
Grandes Fortunas (IGT)

Algumas peculiaridades dos impostos:

Diferença entre IPTU e ITR


- Predial e Territorial e o outro é só territorial.
- Predial é por área construída, o territorial não incide sobre construção.

ISS
- Em regra é devido no local da sede do estabelecimento prestador.
- Construção Civil paga no local da prestação (LC 116), com exceção é no local da
prestação.
- Para o STJ o ISS é devido sempre no local da prestação.
Obs: Locação não paga ISS / Locação não é serviço segundo o STJ

Doação imobiliária pagará qual tributo – ITBI ou ITCMD?


- Qualquer doação paga ITCMD ainda que imobiliária, mas doação com ônus paga
ITBI.
- O ITBI só incide sobre a transmissão onerosa e nunca gratuita.
- Exceção: A única doação que paga ITBI é a doação com ônus.

Impostos estaduais:

ICMS – arrendamento mercantil (leasing)


CUIDADO: somente três serviços pagam ICMS
- Comunicação
- Transporte municipal
- Transporte interestadual

Os Impostos Federais são a soma dos impostos Estaduais e Municipais.

O IR é informado por três critérios


- Progressividade: o imposto é graduado pela capacidade econômica do contribuinte
- Generalidade: todas as pessoas têm que pagar o imposto
- Universalidade: todas as rendas devem ser tributadas.
IGF
- Não tem prazo para ser criado
- Criado por lei complementar
- Tem que respeitar as duas anterioridades

IPC: Em caso de guerra externa ou em sua iminência, a UNIÃO por Lei Ordinária pode
cobrar impostos extraordinário de guerra (IEG), podendo ter fato gerador e base de
cálculo de outros impostos pode ter bi tributação
Obs: Quem cobra impostos nos territórios federais? Sendo criado algum território, cabe
à UNIÃO cobrar os impostos Federais, Estaduais e se o território não for dividido em
Municípios também os Municipais.

- Compete a UNIÃO, criar impostos residuais (impostos novos que não sejam cobrados
no Brasil).
Ex: IGC (Imposto Sobre Grande Capital); IVA (Imposto Sobre Valor Agregado)
→ Por Lei Complementar desde que sejam não cumulativos e não tem base de cálculo e
fato gerador de outro imposto.

1. Taxa
Taxa é um tributo vinculado à atividade estatal.
Art. 145, II da CF
Art. 77 ao 79 do CTN.
- O Estado age e o contribuinte é chamado a pagar o tributo. A taxa é um tributo
bilateral ou contraprestacional.
-É Tributo federal, Estadual ou Municipal.
-É um tributo criado por lei ordinária.
A competência para criar é da União, Estados, DF e Municípios. O STF diz que a
competência comum em referencia as taxas.
Obs: As taxas não terão base de cálculo própria de impostos.

PERGUNTA: Qual o fato gerador da taxa? R: Será uma ação estatal.

1.1 Espécies de taxa:

a) Taxa de serviço ou de utilização – Art. 79 do CTN


-Taxa de serviço – Art. 79 do CTN: É aquela cobrada quando o Estado presta serviço
público ESPECÍFICO e DIVISÍVEL, mediante fruição efetiva ou potencial.
*Serviço público específico: é o serviço singular ou “uti singuli”, previsto no Art. 79, II
do CTN: é aquele prestado em unidade autônoma de utilização, havendo a possibilidade
de identificação do contribuinte.
*Serviço público divisível: é aquele serviço quantificável.
Exemplo de tarifas: Telefonia fixa, gás canalizado, água encanada, transporte coletivo
e taxa judiciária.

IMPORTANTE: O serviço público geral ou universal “uti universi”, não pode ensejar
a taxa: é aquele serviço prestado indistintamente a coletividade.
Ex. Segurança Pública, Limpeza Pública (varreção, limpeza de bueiro) e iluminação
pública (esta já foi decidida definitivamente de acordo com a súmula 670 STF).

Análise complementar da iluminação pública:


-Contribuição para o serviço de iluminação pública (COSIP).
-O tributo é municipal
-Competência será dos Municípios e do DF.
-Emenda Constitucional 39/2002 – Incluiu a COSIP na CF/88 – Art. 149-A da CF.
Contribuição para o Serviço de Iluminação Pública.
-Ainda não foi considerado inconstitucional.
-É facultada a cobrança na conta de energia – Art. 149-A, parágrafo único da CF.
Obs.: O STJ entendeu que a taxa de lixo pode ser constitucional se observar os
princípios de quantificação e especificação.

b) Taxa de polícia ou de fiscalização – Art. 78 do CTN


Cobrada quando o Estado exerce fiscalização sobre o contribuinte.
-Se refere a um policiamento administrativo, ou seja, uma fiscalização.
-É a ação estatal de fiscalização que limita o exercício de direitos e liberdades
individuais em prol da coletividade.
Ex.: Taxa de Alvará / Taxa de localização ou taxa de funcionamento. Taxa de anúncio,
títulos, valores mobiliários, taxa de fiscalização ambiental, taxa de licenciamento e taxa
para obtenções de certidões.

DICA COMPLEMENTAR: A base de cálculo da taxa não se confunde com a base de


cálculo do imposto – Art. 145, § 2º da CF/88.

2. Contribuição de Melhoria – Art. 145, III da CF/88 e 81 e 82 do CTN.


Conceito: É um tributo vinculado a uma atividade estatal à semelhança das taxas. Alias
há vários outros pontos em comum entre esses dois tributos:
- O estado age, e o contribuinte paga;
- É um tributo bilateral e contraprestacional;
- O tributo contribuição de melhoria tem competência na União, Estadual, DF e
Municipal;
- Criado por lei ordinária;
- Competência tributária comum (ausência de listas como aquelas dos impostos).

Ponto particular do tributo é o fato gerador.


- Fato gerador da Contribuição de Melhoria é a valorização imobiliária decorrente de
uma obra pública.
- Deve haver um respeito na área de influência.
- Base de cálculo do tributo: É o quantum de valorização experimentada pelo imóvel.
Devendo haver respeito ao teto de valor gasto com a obra.
- Segundo o STF a obra de asfaltamento somente poderá ensejar a contribuição de
melhoria, não se admitindo a cobrança da taxa desvalorizar o imóvel? Não há uma
solução no direito tributário mais no direito administrativo. Ação de indenização pela
prática de ato ilícito.

- Não há incidência se a realização é de obra privada.


Obs1: Se a obra for de recapeamento asfáltico, não se poderá exigir a cobrança da
contribuição de melhoria, uma vez que se trata de dever de manutenção da via pública.
Obs2: Sempre que tiver taxa é serviço público e sempre que for contribuição de
melhoria é uma obra pública.
- O CTN prevê 2 limites ao valor da contribuição de melhoria.
1º Limite Global: É o custo da obra.
2º Limite Individual: Há valorização no imóvel.

3. Empréstimos Compulsórios – Art. 148, CF/88.

Características:
1º São Tributos Restituíveis
2º Sua Competência é da União - Criado por lei complementar

Pressupostos fáticos do tributo: é a situação que deflagrará o tributo, pode ser cobrado
em duas hipóteses.

I- Calamidade pública e guerra externa ou sua iminência (situações emergenciais). Este


tributo tem pagamento imediato, é uma exceção ao principio da anualidade e ao
nonagesimal.
II- Investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional. Não é uma
situação de emergência e será regra, a anterioridade anual.
Obs: Essa duas hipóteses não são fato gerador.

Ler o Art. 15 do CTN. O inciso III não foi recepcionado pela CF/88 – “conjuntura
que exija a absorção temporária de poder aquisitivo”.

- O Empréstimo compulsório é afetado à despesa que o fundamentou (não pode haver


desvio de finalidade) – Art. 148, parágrafo único.

ATT: Não se admite mais empréstimos compulsórios para situação que exija a absorção
temporária do poder aquisitivo da população (art. 15 CTN)
4. Contribuições – Art. 149, CF/88
É um tributo finalístico, o qual está atrelado ao cumprimento de uma dada finalidade.
São tributos qualificados pela destinação.
- Art. 149, caput – Contribuições Federais - Competência da União.
- Art. 149, §1º - Contribuições Estaduais ou Municipais.
- Art. 149-A – COSIP – Competência dos Municípios e DF.
- Como regra será criada e disciplinada por Lei ordinária.
-Exceção: A Contribuição social-previdenciária residual – Art. 195, §4º. Está será
criado por lei complementar.

Podem ter o Fato Gerador e base de cálculo de imposto.


As contribuições podem Bi tributar e tem competência privativa da União, ou seja,
quase sempre federais, porem duas delas não são federais.
1º - DF e Municípios podem cobrar contribuição de iluminação pública;
2º - DF, Estados e Municípios podem cobrar contribuição de seus servidores para o
custeio de regime previdenciário próprio.

- Art. 149, caput – Contribuições Federais são de três tipos:

1º) Contribuição profissional ou coorporativa (de interesse das categorias


profissionais ou econômicas).
As anuidades pagas por certos profissionais aos seus conselhos de fiscalização são
tributos, na modalidade contribuição profissional. Ex: anuidade pagas ao CREA, CRC,
CRM, CRO etc.

2º) Contribuição Interventiva ou CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio


Econômico).
- A contribuição interventiva é tributo federal utilizado como mecanismo de intervenção
em certas atividades econômicas (atividade portuária, marinha mercante, transferência
de tecnologia, combustíveis etc.). Nessa medida, há inúmeras CIDE’s no Brasil. A que
mais se destaca é a CIDE Combustível.
- CIDE Combustível – Prevista na Emenda Constitucional 33/2001.
- Tributo Federal criado pela lei complementar 10.336/2001.
- Destinado a projetos de infra-estrutura de rodovias, bem como a projetos ambientais –
Art. 155, §3º da CF/88 (ICMS, II, IE).

Obs.: 04 tributos incidem sobre os combustíveis ICMS, II, IE + CIDE.

3º) Contribuição Social ou Previdenciária (195 CF)


- Servem para custear a seguridade social ou previdenciária ou outras áreas diversas
- Contribuições Sociais Gerais (tributo federal – Art. 212, CF): é o salário educação.
- Contribuições Sociais Previdenciárias – Art. 195, CF.
Fontes de custeio da Contribuição Social:
I- Empregador / Empresa: PIS, COFINS (finalidade da seguridade) e a CSLL (lucro
líquido) devida pelo ente.
II- Do trabalhador e dos demais segurados da previdência social
III- Sobre receita de concursos e prognósticos
IV- PIS importação e COFINS importação.

- Contribuições Sociais Previdenciárias Residual - Art. 195, § 4º CF.


-Criada por lei complementar
-Tributo federal
-Deverá respeitar o princípio da não cumulatividade e ao princípio da noventena.
-Poderá ter o fato gerador de um outro imposto, porém não deverá ter fato gerador de
uma outra contribuição.

5. Impostos (Continuação)
- Impostos do Distrito Federal
- Competência tributária cumulativa: Impostos municipais e estaduais.
IPTU, ISS, ITBI e ICMS, IPVA e ITCMD.
- Nos Território – Os impostos ainda que estaduais, serão criados pela União, os
municipais também, porém se o Território for dividido em Municípios estes criarão o
imposto de sua competência.

- Art. 154 – Imposto Residual


- Deverá ser não cumulativo;
- Criado por Lei complementar;
- Não deverá ter fato gerador ou base de cálculo próprio de outro tributo.

- Imposto Extraordinário
- Pode surgir com fato gerador de outro imposto;
- Criados na iminência ou no caso de guerra externa;
- Serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

X - COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: É a aptidão para criar tributos, a qual é


indelegável.

Capacidade Tributária ativa: É a aptidão para cobrar o tributo. Poderá ser delegada e
poderá ser revogada a qualquer tempo.

Extrafiscalidade: é o uso de tributo sem finalidade arrecadatória.


1. Características da Competência Tributária:

1º Indelegabilidade (não pode ser delegada a uma outra entidade)


2º Privatividade (a competência dada a uma entidade é só dela)
3º Facultatividade
4º Irrenunciabilidade
5º Incaducabilidade (a competência não prescreve por falta de exercício dentro do
prazo)
6º Inampliabilidade (sua competência nunca é aumentada)

2. RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR.


São temas que só podem ser disciplinados por lei complementar. Esses temas não
admitem Medida Provisória.
1º Empréstimo Compulsório
2º Imposto sobre grandes fortunas
3º Impostos residuais
4º Novas fontes de seguridade

3. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR: É a obediência aos princípios.

4. REGIME UNIFICADO
É o Regime do Simples. Trata-se de um sistema de pagamento unificado de vários
tributos.
Simples Nacional ou Super Simples – Lei 123/06.
É um regime opcional, nenhuma empresa pode ser forçada a permanecer no regime do
simples.
Atualmente inclui também o ICMS e o ISS. O Super simples Inclui o IPI e a CSLL, é
um regime que favorece Micro Empresas (receita bruta anual de até 240.000,00) de e
Empresas de Pequeno Porte (receita bruta anual de 240.000,00 até 2.400.000,00).

5. NORMAS GERAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA – Temas Reservados à lei


complementar
Obrigação tributária
Crédito Tributário
Lançamento
Definição de contribuinte
Fato gerador
Adequado tratamento ao ato cooperativo.
Conflitos de competência em matéria tributária.

6. REPARTIÇÃO DE RECEITAS – Art. 157 e 158 CF


→ São normas constitucionais que distribuem o montante arrecadado com certos
tributos (distribuição entre outras entidades federativas).
6.1 Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal - Art. 157 da CF/88:

a) 100% do IR retido na fonte sobre a remuneração de servidores Estaduais e


Distritais.
b) 20% dos impostos residuais.
IPC: A CF prevê a possibilidade da união celebrar convenio com os municípios para
que eles fiquem com 100% do ITR.
Submetem-se também a regras de repartição o IPI (10%), a CIDE Combustíveis (29%)
e o IOF-Ouro quando definido como ativo financeiro (30%).

6.2 Pertencem aos Municípios - Art. 158 da CF/88


a) 100% do IR retido na fonte sobre a remuneração de servidores Municipais;
b) 50% do produto da arrecadação do ITR, ou a totalidade no caso de celebrar
convênio com a união;
c) 50% do produto da arrecadação do IPVA;
d) 25% do ICMS.
-70% do IOF-Ouro quando definido como ativo financeiro.

7. DIREITO TRIBUTÁRIO NO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL


Art. 96 – Legislação Tributária. Inclui em seu conceito:
- Leis / Tratados e Decretos Normas complementares
- Convenções internacionais.
- Atos normativos Decisões de órgãos CTN Convênios
(30 dias após publicação) (na data neles prevista)
Práticas da autoridade

8. INTEGRAÇÃO DA LEI TRIBUTÁRIA – Art. 108, CTN.


É o preenchimento de lacunas:
a) analogia;
b) princípios gerais do direito tributário;
c) princípios gerais do direito público;
d) “equidade”.

9. INTERPRETAÇÃO DA LEI TRIBUTÁRIA – Art. 111 do CTN


Interpreta-se literalmente a lei tributária sobre:
a) Suspensão e exclusão do crédito;
b) Outorga de isenção;
c) Dispensa de obrigações acessórias;

Legislação Tributária.

Normas complementares
10. INTERPRETAÇÃO MAIS BENÉFICA AO ACUSADO – Art. 112 do CTN

Interpreta-se de maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:


a) Capitulação legal da infração;
b) Natureza e circunstancias materiais do fato;
c) Autoria e imputabilidade;
d) Natureza da pena aplicável.

Linha do Tempo

HI FG OT L CT DA CDA EF
HI: Hipótese de incidência
FG: Fato gerador
OT: Obrigação Tributária
L: Lançamento
CT : Crédito Tributário
DA: Dívida ativa
CDA: Certidão de Dívida Ativa
EF: Execução Fiscal

Hipótese de incidência: É a descrição abstrata da situação prevista em lei, hábil a


deflagrar a relação jurídico-tributária que, ocorrendo, produz o dever de pagar tributos.
Diferença entre Hipótese de incidência e Fato gerador
HI: A hipótese de incidência ocorre no plano abstrato (é uma idéia). Ex. Auferir renda.
FG: Ocorre no plano concreto. Ex. Renato aufere renda.
05 aspectos do critério de incidência da Hipótese de incidência (Regra matriz de
incidência):
Aspecto quantitativo Aspecto temporal (quando)
Aspecto material (por que) Aspecto espacial (onde?)
Aspecto pessoal (quem?)

Aspecto espacial (onde?) – Lugar da ocorrência do fato gerador.


Ex. Onde é devido o ISS – regra: local da sede. Exceção: Construção civil, que será no
local da prestação do serviço.
LEI
O CTN adotou expressamente o critério da localização para saber se o imóvel é urbano
ou rural.
O Imóvel considerado urbano (paga IPTU) é o imóvel localizado em área definida na lei
municipal.
O imóvel será considerado urbano desde que seja beneficiado por pelo menos duas das
seguintes melhorias públicas.
a) Meio-fio (sarjeta) ou calçamento;
b) Abastecimento de água pelo poder público;
c) Sistema de esgoto sanitário;
d) Iluminação Pública;
e) Escola primária ou posto de saúde.

Atenção 01: Nada impede que o município não tenha área urbana, nesse caso todos os
imóveis pagam ITR.
Atenção 02: Em tese é possível que toda área do município seja definida com urbana,
assim todo o seu território deverá ter pelo menos duas melhorias.
Atenção 03: É preciso tomar cuidado, porque o direito tributário utiliza o critério da
localização, mas o direito administrativo diferencia imóveis urbanos e rurais por outro
critério: a destinação. Por isso nada impede que o imóvel pague IPTU (urbano para o
direito tributário) e seja desapropriado para a reforma agrária (Rural para o direito
administrativo).

Aspecto quantitativo – valor devido:

-Possui 02 elementos:

1º Base Cálculo: é a grandeza econômica sobre a qual o tributo incide.


Ex. a base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel.

2º Alíquota: é a fração da base de cálculo que o contribuinte deve ao fisco.


- Aspecto Material: Descrição do núcleo da hipótese de incidência.
- Aspecto Temporal: Momento da ocorrência do fato gerador.
- Aspecto pessoal: Sujeito ativo e passivo.

Fato gerador é a ocorrência concreta da situação descrita na hipótese de incidência. É o


fato gerador que define a natureza jurídica do tributo.

XII - OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA:

Surge com o fato gerador


Tipo de obrigação:

1º Obrigação Tributária Principal surge com o fato gerador e tem por objeto o
pagamento do tributo e da multa.

2º Obrigação Tributária Acessória também surge com o fato gerador e tem como
objeto prestações positivas ou negativas no interesse da arrecadação.
Ex. Manutenção de livros fiscais, Envio da declaração de isento, atualização de dados
cadastrais.
Prestações positivas ou Negativas = obrigações de fazer ou não fazer.
Atenção: Segundo o CTN o mero descumprimento da obrigação acessória a converte
em principal quanto à penalidade pecuniária.

IPTU X ITR

Dicas de Estudo do CTN:


Ler a partir do art. 96 do CTN
Dicas do professor Sabbag.

Imprimir simulado no site www.professorsabbag.com.br “mega simulado”

Obrigação Tributária (Continuação)

Linha do Tempo

HI ------- FG ------- OT---*---CT---*--- DA---↓--- EF * Lançamento


CDA * Inscrição

Essa linha do tempo tem o início no fato gerador, que constitui a obrigatoriedade
tributária, antecede o lançamento ocorrendo o crédito tributário. Antecedendo a ele a
inscrição gerando a dívida ativa, gerando a certidão de dívida ativa ocorrendo à
execução fiscal.

1. ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

a) Sujeito Ativo:
- Credor (U, E, M, DF e entes parafiscais)
- Direito de receber o tributo. É a pessoa que possui competência tributária.
- Artigo 119 e 120 CTN

b) Sujeito Passivo:
- Devedor
- Direito de pagar o tributo. Duas pessoas podem figurar do sujeito passivo.
*Contribuinte - Art. 121, parágrafo único, I do CTN. Esta ligada de maneira direta. O
contribuinte é igual ao Sujeito Passivo Direto.
* Responsável - Art. 121, parágrafo único, II do CTN. Esta ligada de maneira indireta.
O responsável é igual ao Sujeito Passivo Indireto.
Obs: Tanto o contribuinte quanto o responsável guardam o vínculo do Fato Gerador.

c) Objeto:
- É a prestação
*Obrigação principal - Art. 113, § 1º, CTN (ato de pagar o tributo /multa).
* Obrigação acessória - Art. 113, § 2º, CTN (ato diverso do pagamento).

d) Causa:
- Vinculo Jurídico:
* Art 114 - a lei é causa da obrigação tributária principal.
* Art 115 - a legislação tributária é causa de obrigação acessória.

2. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA – Art. 128 ao 135 do CTN


Dica: Imprimir arquivos de testes sobre responsabilidade tributária.

Responsabilidade de pagamento de tributo. Ocorre por transferência ou por substituição.

Conceito: Terceira pessoa escolhida por lei para pagar o tributo sem que tenha
realizado o fato gerador.
Ex. pais, tutores e curadores, administrador de bens de terceiros; inventariante; síndico,
etc.
(responsabilidade solidária).

* Art 130 - Bens imóveis / adquirentes / salvo quando conste do título a prova de sua
quitação.
* Art 131, I - Para bens móveis. Remitente = remição = remir = resgatar o bem
mediante pagamento de uma dívida.
* Art 131, II e III - Sucessão mortis causa (deixa patrimônio e dívidas). Havendo dívida
tributária o art 131, II e III fazem à cobrança.
* Art 134 - Solidariamente. 1ºCobra o contribuinte e em 2ºfica o responsável solidário.

a) Responsabilidade por Transferência


O Fisco cobra 1º ao contribuinte, caso o contribuinte deixe de pagar o tributo, o fisco
transfere a obrigação para o responsável.
O responsável alega em sua defesa o benefício de ordem.
Na responsabilidade por transferência existe o benefício de ordem, que é o direito que o
devedor possui de indicar ao credor uma ordem de pagamento.
Na solidariedade não comporta o benefício de ordem (art. 124, §Ú CTN).
O responsável pelos débitos ávidos de bem móvel é o adquirente.

b) Responsabilidade por Infrações


A responsabilidade se da pela multa (art. 136 e 137 CTN)
b1) Regra (art. 136 CTN): A responsabilidade por infração independe da intenção do
agente.
b2) Exceção (art. 137 CTN): A responsabilidade por infração é pessoal, tem o dolo
específico provado. A responsabilidade é do agente que praticou o ato.
b3) Art. 138: Denuncia espontânea que é uma confissão de dívida. Uma vez praticada a
denuncia espontânea exclui a responsabilidade pelo pagamento de multas.
→ Com a denuncia espontânea é pago o tributo, os juros inclusive a correção monetária.
→ Quando é feito o recolhimento integral, você se livra da multa.
→ Com o parcelamento não existe a exclusão da multa. Com isso não existe
parcelamento na denuncia espontânea.
→ Se na denuncia espontânea, você declara que não pagou uma dívida e se ocorrer o
pagamento fora do prazo, não tem como trazer a denuncia espontânea. Ocorre o tributo
sujeito a recebimento de homologação.
Obs: Em tributos sujeitos a lançamento por homologação quando o tributo é declarado
e pago fora do prazo, não posso me valer da denuncia espontânea (súmula 360 STJ).
→ Até quando a denuncia é considerada espontânea? De acordo com o §Ú do art. 138
CTN, a denuncia só é espontânea desde que praticada antes do início do procedimento
fiscalizatório.

3. CRÉDITO TRIBUTÁRIO (Lançamento Tributário) – Art. 142 CTN

O crédito tributário é constituído através da prática de lançamento.


O prazo para o lançamento é de cinco dias e esse prazo é decadencial.
O lançamento é um ato privativo do fisco, o contribuinte no máximo auxilia. De acordo
com a quantidade do auxílio teremos tipos de lançamentos.
O lançamento constitui o crédito tributário, trazendo exigibilidade para a relação
jurídico-tributária.
Ele verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente; Determina a
matéria tributável; Calcula o montante devido; Identifica o sujeito passivo; Propõe a
aplicação da penalidade cabível e A Competência é da autoridade administrativa.
O Lançamento por sua vez pode ser subdividido em três modalidades.

3.1 Tipos de lançamento:

a) Art. 149, I, CTN: Lançamento direto, de ofício ou “ex officio”.


Conceito: É aquele em que o Fisco, dispõe de dados suficientes para efetuar a cobrança,
realiza-o, dispensando o auxílio do contribuinte.
Ex. IPTU, IPVA, TAXAS, Contribuições de melhoria e multa.

b) Art 147: Lançamento misto ou por declaração – auxílio do contribuinte.


Conceito: É aquele representado pela ação conjunta entre o Fisco e o contribuinte
restando àquele o trabalho privativo de lançar.
Ex. II, IE, ITBI (há dúvidas). O melhor exemplo é o da DBA – Declaração de bagagem.

c) Art. 150, CTN: Lançamento por homologação ou autolançamento – auxílio do


contribuinte.
Conceito: É aquele em que o contribuinte calcula o tributo e o recolhe, cabendo ao fisco
a atividade de homologação do procedimento.
Ex. ICMS, IPI, IR, PIS, CONFIS, etc.
- A homologação pode ocorrer expressamente ou tacitamente de acordo com o CTN são
cinco anos após o fato gerador quando a homologação ocorre tacitamente.
IPC: Não falou em IPTU ou IPVA é por homologação.

Dicas para memorização:

1- DIRETO
2- MISTO
3- HOMOLOGAÇÃO

Obs: O lançamento constitui credito tributário, realiza do fato gerador e se torna um


sujeito passivo. Você não pagando este tributo, o fisco faz o lançamento de ofício.

4. DECADÊNCIA (Art 173 CTN)

A decadência é a perda do direito de constituição do crédito tributário pelo lançamento.


Trata-se de prazo qüinqüenal oponível ao fisco, para que este proceda ao lançamento.
Decadência é a perda do direito de lançar. O lançamento constitui o crédito tributário,
trazendo exigibilidade para a relação jurídico tributária.
Sem a certidão de dívida ativa é impossível cobrar o título executivo extrajudicial. Para
impedir uma execução fiscal pode suspender, extinguir ou excluir o crédito tributário.

HI ------- FG ------- OT---*---CT *


Lançamento
* ↓ *
Exigibilidade
1- Suspensão (art 151)
2- Extinção (art 156)
3- Exclusão (art 175)

* QUADRO MNEMÔNICO

SUSPENSÃO EXTINÇÃO EXCLUSÃO


Art 151 CTN Art 156 CTN Art 175 CTN
6 incisos 11 incisos 2 incisos
Decorar É o resto Decorar
Parcelamento e etc. Pagamento e etc. Isenção e anistia
Interpretação literal. Art ---------------x----------------- Interpretação literal do art
111, I CTN ----------------x---------------- 111, I CTN
--

5.1 Exclusão do Crédito Tributário – Art. 175


Isenção e Anistia – Art. 175 a 182 do CTN.
5.1.1 Isenção
- É Causa excludente do crédito tributário
- Inibe o lançamento - STF
- Serve, apenas, para os tributos.
- Afeta a obrigação principal, permanecendo as obrigações acessórias – Art. 175, § Ú
CTN
- Depende de lei específica – Art. 150, § 6º, CF.
- Atrela-se, como regra, a IMPOSTOS, não alcançando as taxas e as contribuições de
melhoria – Art. 177, I, CTN.

5.1.2 Anistia
-É Causa excludente do crédito tributário
-Inibe o lançamento STF
-Serve, apenas, para as multas.
-Afeta a obrigação principal, permanecendo as acessórias – Art. 175, parágrafo único.
-Depende de lei específica – Art. 150, § 6º, CF.

5.2 Suspensão do Crédito Tributário – Art. 151, CTN.


Suspendendo a exigibilidade a Fazenda Pública fica impedida de promover a execução
fiscal.
→ Mesmo com a exigibilidade suspensa a Fazenda Pública pode inscrever na Dívida
Ativa, a certidão fica Positiva com Efeitos de Negativa.
→ Para efeitos de memorização, temos duas formas:

MO Moratória
DE Depósito do Montante integral
RE Reclamações e Recursos Administrativos
CO Concessão da Liminar em MS (em cautelar) / Concessão da tutela antecipada em
outras ações.
PA Parcelamento

OU

TU Tutela Antecipada
LI Liminar
PA Parcelamento
DE Depósito Integral
MO Moratória
RA Recursos Administrativos

5.3 Extinção do Crédito Tributário


A forma mais comum é o pagamento mais também ocorre à prescrição a homologação.
6. CERTIDÃO DE DÍVÍDA ATIVA
Obs.: Se o crédito estiver suspenso, a certidão será positiva com efeitos de negativa –
Art. 206 CTN.
Prazo para a certidão: 10 dias a contar do requerimento na repartição (art 205, § Ú).
-Caso a cobrança administrativa seja frustrada, diante da omissão do contribuinte, será
inaugurada a cobrança judicial do tributo, mediante a inscrição do Crédito Tributário em
dívida ativa. Trata-se da inserção do montante exigível nos cadastros da procuradoria,
afim de que o procurador possa cobrar judicialmente o que não foi pago na órbita
administrativa.
(ler do art. 201 ao 203 CTN)

6.1. ITENS OBRIGATÓRIOS PARA O TERMO DA INSCRIÇÃO EM DÍVIDA


ATIVA:

Nome do devedor e, sendo o caso, os dos Co-responsáveis; Quantia devida e a maneira


de calcular juros; Origem e natureza do crédito /Disposição de lei; Data de inscrição;
Número do processo administrativo.

6.2. CAUSAS DE NULIDADE DA CDA

Erro; Omissão; A nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância,
mediante substituição da certidão nula.
Sendo devolvido o prazo para a defesa que poderá se manifestar somente sobre a parte
modificada. A dívida regularmente inscrita tem:
Presunção de certeza + liquidez + efeito de prova pré-constituída.
A presunção É relativa (“júris tantum”).
Não é absoluta, ou seja, não é “juris et de jure”

7. NOÇÕES DE PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO

Após a inscrição do Crédito Tributário em Dívida Ativa, será extraído um título


executivo extrajudicial denominado certidão de dívida ativa (CDA). O procurador
munido da CDA promoverá a cobrança judicial do tributo inscrito por meio da Ação de
Execução Fiscal.
Trata-se de uma ação tributária privativa do fisco, com base na Lei 6830/80 contra a
qual o executado poderá se valer dos Embargos à Execução Fiscal.
Os Embargos representam uma ação privativa do contribuinte, porém este só poderá
embargar se promover a garantia do juízo:

8. MODALIDADES DE GARANTIA PARA A APRESENTAÇÃO DOS


EMBARGOS
- Art. 9º da Lei 6830/80.
- Depósito em dinheiro, fiança bancária ou bens nomeados à penhora.
- Prazo para garantir 05 dias (art 9)
- Prazo para Embargar após a garantia = 30 dias - Art. 16 da Lei 6830/80.

9. OUTRAS AÇÕES PRIVATIVAS DO CONTRIBUINTE


- Ação Declaratória Ação Anulatória
- Mandado de Segurança (preventivo) Mandado de Segurança (repressivo)
- Mandado de Segurança com pedido de liminar
- Ação Declaratória de Inexistência de relação jurídico tributária com depósito / com
tutela
- Ação Anulatória de débito fiscal com depósito / com tutela.

Ainda:
- Ação de repetição de indébito = (pagamento indevido / a maior de tributo).
- Ação de Consignação em pagamento= (bi tributação) art 164 CTN

10. PRESCRIÇÃO:
É a perda do direito de ajuizamento da ação de execução fiscal, em face da extrapolação
do prazo de 05 anos a contar da constituição definitiva do crédito. Assim, após esta data
inicia-se o prazo de 05 anos para que a execução fiscal seja proposta com rapidez.

10.1. CAUSAS DE INTERRUPÇÃO


Art. 174 e incisos do CTN
I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;
II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em
reconhecimento do débito pelo devedor.
- Art. 40, da Lei 6830/90.
- Quando não for localizado o devedor;
- Quando não forem encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora;
Obs. Decorrido o prazo máximo de 01 ano, sem que seja localizado o devedor ou
encontrado os bens penhoráveis, o juiz ordenará o ARQUIVAMENTO dos autos.

10.2 PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE – Art. 40, §4º da Lei 6830/90.


Da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz,
depois de ouvida a Fazenda, poderá de ofício, reconhecer a prescrição
INTERCORRENTE e decreta-la de imediato.

Lançamento
Rito mandamental
Rito ordinário
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES PARA PROVA DA OAB

1. (OAB/CESPE – 2007.3) Entre as seguinte vedações, não tem exceção expressa no


texto constitucional

a) a instituição de tributo sem lei que o estabeleça.


b) a majoração de tributo sem lei que o estabeleça.
c) a cobrança de tributo novo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada
a lei que o criou.
d) a cobrança de tributo novo em menos de 90 dias a partir da publicação da lei que o
criou.

2. (OAB/CESPE – 2007.3.SP) Constitui exceção ao princípio da anterioridade

a) a instituição de contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública.


b) a instituição de empréstimos compulsórios no caso de investimento público de
caráter urgente e de relevante interesse nacional.
c) a instituição de contribuição de intervenção no domínio econômico.
d) a instituição ou majoração do imposto sobre a exportação, para o exterior, de
produtos nacionais ou nacionalizados.

3. (OAB/CESPE – 2007.1) Assinale a opção correta acerca da legislação tributária.

a) Os empréstimos compulsórios somente serão instituídos mediante lei complementar.


b) A discriminação dos serviços a serem tributados pelo imposto sobre serviços de
qualquer natureza (ISS) será veiculada por lei ordinária.
c) Apenas emendas constitucionais estabelecerão as alíquotas do ICMS aplicáveis às
operações de exportação.
d) É lícito que a matéria atinente à fixação das alíquotas mínimas para o IPVA seja
disciplinada por decreto.

4. (OAB/CESPE – 2006.3) Conforme a Constituição Federal, alguns tributos


podem ter suas alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo. Esses tributos
incluem o

a) imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA).


b) imposto sobre a prestação de serviços de qualquer natureza (ISSQN).
c) imposto sobre importações.
d) imposto sobre serviços de transporte intermunicipal.
5. (OAB/CESPE – 2007.3.SP) Os princípios constitucionais que informam a cobrança
do IPI são:

a) a não-cumulatividade e a seletividade.
b) a não-cumulatividade e a progressividade.
c) a seletividade e a generalidade.
d) a progressividade e a generalidade.

6. (OAB/CESPE – 2006.3) Conforme a Constituição Federal, alguns tributos podem ter


suas alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo. Esses tributos incluem o

a) imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA).


b) imposto sobre a prestação de serviços de qualquer natureza (ISSQN).
c) imposto sobre importações.
d) imposto sobre serviços de transporte intermunicipal.

7. (OAB/CESPE – 2006.3) A instituição, pela União, de benefício fiscal


relativamente ao imposto de renda poderá ser feita.

a) somente em lei que trate do imposto de renda.


b) somente em lei que estabeleça benefícios fiscais.
c) tanto em lei que trate de benefícios fiscais quanto em lei que trate do imposto de
renda.
d) em qualquer lei que disponha a respeito de matéria tributária.

8. (OAB/CESPE – 2006.1) Acerca das limitações ao poder de tributar, assinale a


opção incorreta.

a) As matérias atinentes às obrigações tributárias acessórias, como a emissão de notas


fiscais, não estão sujeitas à reserva legal, podendo ser tratadas por atos infra-legais.
b) O imposto sobre produtos industrializados somente poderá ser cobrado após o
transcurso de noventa dias da data da publicação da lei que houver majorado sua
alíquota.
c) Em decorrência do princípio da capacidade contributiva, a lei não poderá estabelecer
alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI)
com base no valor venal do imóvel.
d) Empresas públicas prestadoras de serviços públicos de prestação obrigatória pelo
Estado não gozam de imunidade tributária recíproca, devendo pagar impostos sobre
seus patrimônios, rendas e serviços, mesmo que estes estejam vinculados às suas
finalidades essenciais.
9. (OAB.CESPE/2008.1) Carlos, proprietário de uma loja de máquinas
fotográficas, está decidido a deixar de vender o produto e passar a oferecer
serviços de assistência técnica a equipamentos fotográficos. Nessa situação, caso
Carlos, de fato, passe a oferecer somente esse novo serviço, ele deixará de pagar

a) ICMS e passará a pagar ISS.


b) IPI e passará a pagar ICMS.
c) IPI e passará a pagar ISS.
d) imposto de renda sobre o lucro real e passará a pagar o imposto sobre o lucro
presumido.

10. (OAB.CESPE/2008.2) Na hipótese de o Brasil decretar estado de guerra, a CF


oferece algumas formas de incrementar a receita federal, entre as quais não se
inclui a criação de

a) impostos extraordinários por meio de medidas provisórias.


b) impostos extraordinários por meio de lei ordinária.
c) empréstimos compulsórios por meio de lei complementar.
d) empréstimos compulsórios por meio de medidas provisórias.

11. (OAB.CESPE/2008.2) Se o governo criar um tributo sobre a utilização dos


serviços públicos de defesa nacional destinado a cobrir os custos de manutenção
das forças armadas, nesse caso, a natureza jurídica de tal exação

a) será de imposto, porque servirá ao serviço público não divisível.


b) será de taxa, porque se destinará ao exercício do poder de polícia.
c) não será de contribuição de melhoria, porque não haverá obra envolvida.
d) não será de contribuição social, porque estará vinculada.

12. (OAB.CESPE/2008.1) De acordo com a Constituição Federal, as contribuições


sociais e de intervenção no domínio econômico podem

a) ter alíquotas ad valorem, com base na unidade de medida adotada.


b) ter alíquotas específicas, com base no faturamento, na receita bruta ou no valor da
operação.
c) incidir sobre as receitas de exportação.
d) incidir sobre as receitas de importação.
13. (OAB.CESPE/2008.2) Suponha que uma unidade federativa tenha instituído
uma taxa pela utilização do serviço público. Para que essa taxa atenda aos
requisitos constitucionais mínimos, é indispensável que a utilização desse serviço
seja

a) efetiva e potencial.
b) específica e divisível.
c) específica ou divisível.
d) efetiva ou potencial.

14. (OAB.CESPE/2008.2) Supondo que a União tenha criado dois territórios


federais em determinada área da região amazônica: o primeiro localizado em área
não dividida em municípios e o segundo, em área onde há três municípios, assinale
a opção correta relativamente à competência para a arrecadação dos tributos nos
dois territórios.

a) No primeiro território, a arrecadação dos tributos estaduais caberia ao governo do


próprio território, e a dos tributos municipais, à União.
b) No primeiro território, tanto a arrecadação dos tributos estaduais quanto a dos
municipais caberiam à União.
c) No segundo território, a arrecadação dos tributos estaduais caberia ao governo do
próprio território, e a dos tributos municipais, à União.
d) No segundo território, tanto a arrecadação dos tributos estaduais quanto a dos
municipais caberiam à União.

15. (OAB.CESPE/2008.2) Com relação à CIDE incidente sobre petróleo e


derivados, caso um cidadão brasileiro decida importar derivados de petróleo, ele,
consoante disposição constitucional,

a) deverá ser, por meio de lei, isento do pagamento do tributo sobre a importação, pois a
CIDE se restringe às pessoas jurídicas.
b) deverá pagar a CIDE em dobro, visto que estará isento do pagamento de outros
tributos.
c) poderá optar pelo enquadramento como pessoa física ou jurídica, consoante a lei.
d) poderá ser equiparado a pessoa jurídica, na forma da lei.

16. (OAB.CESPE/2008.2) Na hipótese de o Brasil decretar estado de guerra, a CF


oferece algumas formas de incrementar a receita federal, entre as quais não se
inclui a criação de
a) impostos extraordinários por meio de medidas provisórias.
b) impostos extraordinários por meio de lei ordinária.
c) empréstimos compulsórios por meio de lei complementar.
d) empréstimos compulsórios por meio de medidas provisórias.
17. (OAB/CESPE – 2007.1) Assinale a opção correta acerca da legislação
tributária.

a) Os empréstimos compulsórios somente serão instituídos mediante lei complementar.


b) A discriminação dos serviços a serem tributados pelo imposto sobre serviços de
qualquer natureza (ISS) será veiculada por lei ordinária.
c) Apenas emendas constitucionais estabelecerão as alíquotas do ICMS aplicáveis às
operações de exportação.
d) É lícito que a matéria atinente à fixação das alíquotas mínimas para o IPVA seja
disciplinada por decreto.

18. (OAB/CESPE – 2007.1) A União instituiu certo tributo federal e atribuiu a uma
autarquia a função de arrecadar e fiscalizar o mencionado tributo. Tendo como
referência inicial a situação acima apresentada, assinale a opção correta acerca da
competência tributária.

a) Em havendo discussão judicial acerca do tributo instituído, a autarquia não será


beneficiada pelas garantias e privilégios processuais atribuídos à União.
b) A atribuição das funções de arrecadar e fiscalizar o tributo instituído pela União
poderia ter sido conferida a pessoa jurídica de direito privado.
c) É lícito que a União revogue, a qualquer tempo e por ato unilateral, as atribuições
conferidas à autarquia.
d) A situação apresentada constitui hipótese de delegação da competência tributária da
União.

19. (OAB/CESPE – 2006.3) Na história da legislação tributária brasileira,


freqüentemente ocorreu de entes da Federação criarem verdadeiros impostos,
dando-lhes, entretanto, o nome de taxa. Isso ocorria para se evitar que fosse
declarada inconstitucional a lei instituidora, por falta de competência tributária.
Considerando essa afirmação, assinale a opção correta, relativamente à natureza
jurídica do tributo.

a) Não procede a preocupação do ente federado, pois um tributo será considerado taxa
desde que seja criado com esta denominação.
b) Para a definição da natureza jurídica, é relevante levar-se em consideração a
destinação do produto da arrecadação.
c) Todas as características formais do tributo estabelecidas na lei de criação devem ser
consideradas na definição da espécie tributária.
d) O fato gerador é critério de exame da natureza jurídica específica do tributo.
20. (OAB/CESPE – 2006.2) João, José e Jonas são sócios da Marmoraria do Sul
Ltda. José, que esteve à frente da administração da sociedade por 5 anos, entre
janeiro de 2000 e maio de 2005, praticou atos em desconformidade com o contrato
social. Em junho de 2005, Jonas foi nomeado administrador. Como a Marmoraria
do Sul Ltda. se encontrava em débito para com a fazenda pública estadual, quanto
a tributos relativos ao exercício de 2004, foi promovida execução fiscal contra a
pessoa jurídica e seus sócios. Considerando essa situação hipotética como
referência inicial e acerca das normas que regem a responsabilidade tributária da
sociedade e de seus sócios, assinale a opção incorreta.

a) A responsabilidade de sócio pelas dívidas tributárias da sociedade é hipótese de


substituição tributária.
b) Na execução fiscal, a eventual penhora dos bens de sócio não poderá atingir a
meação de sua respectiva mulher.
c) João e Jonas não poderão permanecer no pólo passivo da execução fiscal.
d) O inadimplemento das obrigações tributárias da pessoa jurídica devedora é bastante
para caracterizar a responsabilidade pessoal e solidária do sócio-gerente.

21. (OAB/CESPE – 2007.3) Wilson foi ao DETRAN, no dia 17/12/2007, para


proceder à transferência da propriedade de seu veículo a Airton. Lá, foi informado
de que a transferência dependia da quitação do IPVA daquele ano, e que ele
deveria ir à Secretaria da Fazenda para providenciar o pagamento. Na Secretaria
da Fazenda, relatou o fato e, após assinar o requerimento da segunda via do
documento de arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos
automotores (IPVA), recebeu a notificação para pagamento do respectivo imposto.
A situação hipotética acima configura caso de lançamento tributário

a) por declaração.
b) por homologação.
c) de ofício.
d) por requerimento.

22. (OAB/CESPE – 2006.3) As formas de extinção do crédito tributário, conforme


o Código Tributário Nacional (CTN), não incluem a

a) compensação.
b) remissão.
c) prescrição.
d) isenção.
23. (OAB/CESPE – 2006.3) De acordo com o CTN, o crédito tributário não pode
ser suspenso por

a) conversão de depósito em renda.


b) moratória.
c) reclamações e recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo.
d) concessão de medida liminar em mandado de segurança.

GABARITO
1.A; 2.D; 3.A; 4.C; 5.A; 6.C; 7.C; 8.D; 9.A; 10.D; 11.C; 12.D; 13.D; 14.B; 15.D;
16.D; 17.A; 18.C; 19.D; 20.D; 21.C; 22.D; 23.A.

You might also like