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NEOCONSTITUCIONALISMO

Nas palavras de Luís Roberto Barroso, que aborda os marcos fundamentais para se chegar ao
neoconstitucionalismo:

“[...] Em suma: o neoconstitucionalismo ou novo direito constitucional, na acepção aqui desenvolvida, identifica um
conjunto amplo de transformações ocorridas no Estado e no direito constitucional,
em meio às quais podem ser assinalados, (i) como marco histórico, a formação do Estado constitucional de direito,
cuja consolidação se deu ao longo das décadas finais do século XX; (ii) como marco filosófico, o pós-positivismo,
com a centralidade dos direitos fundamentais e a reaproximação entre Direito e ético; e (iii) como marco teórico, o
conjunto de mudanças que incluem a força normativa da Constituição, a expansão da jurisdição constitucional e o
desenvolvimento de uma nova dogmática de interpretação constitucional. Desse conjunto de fenômenos resultou
um processo extenso e profundo de constitucionalização do Direito [...].

Fruto desse processo, a constitucionalização do Direito importa na irradiação dos valores abrigados nos princípios
e regras da Constituição por todo o ordenamento jurídico, notadamente por via da jurisdição constitucional, em
seus diferentes níveis.

Dela resulta a aplicabilidade direta da Constituição a diversas situações, a inconstitucionalidade das normas
compatíveis com a Carta Constitucional e, sobretudo, a interpretação das normas infraconstitucionais conforme a
Constituição, circunstância que irá conformar-lhes o sentido e o alcance. A constitucionalização, o aumento da
demanda por justiça por parte da sociedade brasileira e a ascensão institucional do Poder Judiciário provocaram,
no Brasil, uma intensa judicialização das relações políticas e sociais.

Características:

Constitucionalização do ordenamento jurídico;


Renovação da Teoria das Fontes;
Uma nova Teoria dos Princípios;
Desenvolvimento da teoria dos direitos fundamentais
Método da Ponderação;
Atuação fortalecida do Poder Judiciário.

CLASSIFICAÇÃO/TIPOLOGIA

1- QTO À ORIGEM:

- PROMULGADAS
- OUTORGADAS
- PACTUADAS
- CESARISTAS

2- QTO À FORMA:

- ESCRITAS/INSTRUMENTAIS
- NÃO ESCRITAS/CONSUETUDINÁRIAS
/COSTUMEIRAS

3- QTO À EXTENSÃO

- SINTÉTICAS/CONCISAS/BREVES
- ANALÍTICAS/EXTENSAS/PROLIXAS

4- QTO AO CONTEÚDO

- MATERIAIS
- FORMAIS

5- QTO AO MODO DE ELABORAÇÃO

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- DOGMÁTICAS/SISTEMÁTICAS
- HISTÓRICAS

6- QTO À ALTERABILIDADE

- SUPER RÍGIDAS
- RÍGIDAS
- FIXAS
- SEMI RÍGIDAS
- FLEXÍVEIS

7- QTO À FINALIDADE

- DIRIGENTES/PROGRAMÁTICAS
- GARANTIAS/NEGATIVAS/LIBERAIS

8- QTO À IDEOLOGIA

- ORTODOXAS
- ECLÉTICAS

9 - QTO À CORRESPONDÊNCIA OU NÃO COM A REALIDADE (CRITÉRIO ONTOLÓGICO)

- NORMATIVAS
- NOMINATIVAS/NOMINALISTAS/NOMINAIS
- SEMÂNTICAS

10. Outras classificações

CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DE 1988


PODER REFORMADOR

1- NÚCLEO: ART. 60
2- MANIFESTAÇÕES

A) EMENDAS CONSTITUCIONAIS – ART. 60


B) EMENDAS DE REVISÃO – ART. 3º, ADCT

3- LIMITAÇÕES AO PODER REFORMADOR

A) TEMPORAIS?
B) CIRCUNTANCIAIS: ART. 60, §1º
C) FORMAIS: ART. 60, I, II, III, §2º, §3º, §5º
D) MATERIAIS: EXPRESSAS: ART. 60, §4º. IMPLÍCITAS
DECISÕES IMPORTANTES DO STF SOBRE O TEMA

"Processo de reforma da Constituição estadual – Necessária observância dos requisitos estabelecidos na CF


(art. <60>, § 1º a § 5º) – Impossibilidade constitucional de o Estado-membro, em divergência com o modelo
inscrito na Lei Fundamental da República, condicionar a reforma da Constituição estadual à aprovação da
respectiva proposta por 4/5 da totalidade dos membros integrantes da Assembleia Legislativa – Exigência que
virtualmente esteriliza o exercício da função reformadora pelo Poder Legislativo local

– A questão da autonomia dos Estados-membros (CF, art. 25) – Subordinação jurídica do poder constituinte
decorrente às limitações que o órgão investido de funções constituintes primárias ou originárias estabeleceu no
texto da Constituição da República (...)." (ADI 486, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 3-4-1997,
Plenário, DJ de 10-11-2006.)

“Não precisa ser reapreciada pela Câmara dos Deputados expressão suprimida pelo Senado Federal em texto de
projeto que, na redação remanescente, aprovada de ambas as Casas do Congresso, não perdeu sentido

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normativo.” (ADI 3.367, Rel. Min.Cezar Peluso, julgamento em 13-4-2005, Plenário, DJ de 22-9-2006.) No
mesmo sentido: ADI 2.666, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 3-10-2002, Plenário, DJde 6-12-2002.
"O STF admite a legitimidade do parlamentar – e somente do parlamentar – para impetrar mandado de segurança
com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional
incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo. Precedentes do STF: MS
20.257/DF, Min. Moreira Alves (leading case)

(RTJ 99/1031); MS 20.452/DF, Min. Aldir Passarinho (RTJ 116/47); MS 21.642/DF, Min. Celso de Mello
(RDA191/200); MS 24.645/DF, Min. Celso de Mello, DJ de 15-9-2003; MS 24.593/DF, Min. Maurício Corrêa, DJ de
8-8-2003; MS 24.576/DF, Min. Ellen Gracie, DJ de 12-9-2003;MS 24.356/DF, Min. Carlos Velloso, DJ de 12-9-
2003." (MS 24.667-AgR, Rel. Min.Carlos Velloso, julgamento em 4-12-2003, Plenário, DJ de 23-4-2004.)

As cláusulas pétreas

I - A forma federativa de Estado;

- Autonomia dos entes


- Impossibilidade de secessão
- Repartição de competências – EC 69/12
- Princípio da imunidade tributária recíproca entre os entes – ADI 939
- CNJ – ADI 3367

II - O voto direto, secreto, universal e periódico;

- Sufrágio x Voto
- Art. 55
- Voto Facultativo

III - A separação dos Poderes;

- Funções Típicas e Atípicas


- Imunidades
- CNJ – ADI 3367
IV - Os direitos e garantias individuais.
- Direitos de primeira geração?
- Princípio da anterioridade em matéria tributária – ADI 939
- Princípio da dignidade da pessoa humana

LIMITAÇÕES MATERIAIS IMPLÍCITAS:

- FORMA E SISTEMA DE GOVERNO; TITULARIDADE DO PODER CONSTITUINTE; O PRÓPRIO ART. 60.


HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL

1- A DIFÍCIL ARTE DE INTERPRETAR


2- HERMENÊUTICA X INTERPRETAÇÃO
3- MÉTODOS (OU ELEMENTOS) CLÁSSICOS. ESCOLA DE SAVIGNY, 1840:

A) LITERAL/GRAMATICAL
B) HISTÓRICO
C) SISTEMÁTICO
D) TELEOLÓGICO

4- O PÓS GUERRA; A NORMATIVIDADE DOS PRINCÍPIOS. DWORKIN, ALEXY, CANOTILHO, PAULO


BONAVIDES
5- OS PRINCÍPIOS DA HERMENÊUTICA CONTEMPORÂNEA

A- A SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO
B- A UNIDADE CONSTITUCIONAL
C- A CONCORDÂNCIA PRÁTICA/HARMONIZAÇÃO
D- EFEITO INTEGRADOR/EFICÁCIA INTEGRADORA

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E- JUSTEZA/CONFORMIDADE FUNCIONAL
F- MÁXIMA EFETIVIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
G- PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS
H- INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO

I- RAZOABILIDADE/PROPORCIONALIDADE

6. MÉTODOS DA “NOVA” HERMENÊUTICA

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