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Rãs Informações

Sumário
Algumas características da rã touro gigante ................................................................................. 2
Produção comercial de rãs ........................................................................................................... 3
Alimentação das rãs ..................................................................................................................... 5
Comercialização das Rãs............................................................................................................... 6
Eclosão e desenvolvimento dos embriões das rãs ...................................................................... 7
Seleção das rãs nas diversas fases do seu desenvolvimento ...................................................... 9
Como diferenciar o sexo das rãs e escolher as melhores.......................................................... 11
Tanques para eclosão das desovas das rãs ................................................................................. 12
Criação de rãs em tanques-rede ................................................................................................. 14
Alimentação da rã touro gigante ................................................................................................ 15
A rã touro gigante ....................................................................................................................... 16
Métodos de reprodução das rãs ................................................................................................. 17
Tamanho, idade ou época para o abate das rãs ......................................................................... 19
O que produzem as rãs ............................................................................................................... 20
Como Iniciar uma Criação de Rãs ................................................................................................ 21
Rãs jovens ou imagos .................................................................................................................. 23
Seleção das rãs: como obter melhores resultados ..................................................................... 24
Acasalamento e época para a reprodução das rãs ..................................................................... 26
Estufas para a criação de rãs ....................................................................................................... 27
Tanques para girinos ................................................................................................................... 29
Sistemas de produção de rãs ...................................................................................................... 31
Algumas rãs comestíveis ............................................................................................................. 33
A importância da água nos ranários............................................................................................ 34
A desova das rãs .......................................................................................................................... 36
Larvários ...................................................................................................................................... 37
Administração da ração para os girinos ...................................................................................... 39
A Importância dos Alimentos Vivos ............................................................................................ 41

http://www.ruralnews.com.br/pre_visu.php?categoria=15
Algumas características da rã touro gigante
autor: Redação RuralNews
data: 29/08/2017

A rã touro gigante possui uma cabeça achatada, como


a de todas as outras rãs, um pouco mais larga do que
comprida, lisa, exceto na região das pálpebras, na qual
encontramos rugas ou pregas irregulares. Junto e atrás
dos olhos, nasce um cordão glandular grosso que
contorna o ouvido e vai atrás do ângulo da boca, onde
se encontra uma glândula um pouco saliente.

Seus olhos possuem uma terceira pálpebra


denominada membrana nictitante. A pele do seu dorso
é lisa ou com algumas pregas. Possui dedos fortes,
mais ou menos pontiagudos, um pouco achatados e
sem unhas, sendo 4 nos membros anteriores e 5 nos
posteriores. Os dedos das mãos são livres, enquanto
que os dos pés possuem a membrana interdigital que
os liga, formando verdadeiras nadadeiras.

Dimensões

Quando adulta, pode medir mais de 20cm de


comprimento, do focinho à região caudal e 40cm de
comprimento total, incluindo as pernas. Quanto ao
peso, encontramos, em uma criação, uma rã touro com
1,750kg. Segundo informações, encontradas na
literatura, pode pesar até 2,5kg.

Coloração

É, em geral, esverdeada, verde oliva ou parda, com o


ventre branco, esbranquiçado com tonalidades mais ou
menos amarelas e com manchas escuras. Sua cabeça
é esverdeada, mas, às vezes, somente em parte, no
focinho ou bordas do maxilar superior. Seus membros
ou pernas são mais escuros. Os anteriores apresentam
manchas pardo escuras e os traseiros, linhas ou faixas,
também da mesma cor, mais escuras, cor de café.
Outras características

Outras características especiais da rã touro são a


existência de membranas entre os dedos de suas patas
traseiras, o que não ocorre nas rãs comuns, mirins e
paulistinhas, por exemplo; suas pernas traseiras são
muito desenvolvidas, representando 60% do
comprimento do seu corpo e também do seu peso vivo.

Como característica da rã touro, temos ainda o fato de


que a substância gelatinosa das suas desovas fica
embebida de água, mas se mantém flutuante, com o
mesmo aspecto e não como a das outras rãs, pimenta e
mirim, por exemplo, cujas desovas apresentam um
aspecto de espuma ou clara de ovo batida.

Produção comercial de rãs


autor: Redação RuralNews
data: 25/07/2017

A criação de rãs ou ranicultura é uma atividade


pecuária das mais lucrativas, desde que desenvolvida
de maneira adequada, com um padrão zootécnico
elevado. Desta forma, poderemos obter uma alta
produtividade e, conseqüentemente, boa lucratividade.

As condições em um ranário são completamente


diferentes das encontradas pelas rãs na natureza, pois
o nosso objetivo ao criá-las é fazer com que aumentem
sua produção e sua produtividade, intervindo com os
métodos de reprodução adequados, boas instalações,
bom manejo e uma boa alimentação.

Assim sendo, é necessário proporcionar às rãs um


ambiente adequado para que a ele se adaptem, pois
adaptar-se não é somente sobreviver, mas sim, viver e
principalmente reproduzir e atingir um ótimo
crescimento, desenvolvimento, precocidade e
qualidade da carne e do couro a ser produzido.
O objetivo da ranicultura é proteger as rãs dos
predadores, evitar os competidores, evitando ou
diminuindo tensões nervosas e stress, proporcionar-
lhes melhores condições ambientais, administrar-lhes
uma alimentação abundante, racional e regular. Além
disso, através de uma seleção, reproduzir os animais
cujas características os revelem como bons produtores,
o que vem concorrer para maior precocidade,
permitindo a obtenção de melhores rãs em menos
tempo.

Devemos esclarecer que, apesar de existirem diversas


espécies de rãs que podem ser criadas
comercialmente, no Brasil, a mais indicada e a que
melhores resultados apresenta em todos os sentidos é
a rã touro gigante (Rana catesbeiana Shaw), por ser a
de maior produtividade e a que maiores lucros pode
proporcionar aos criadores.

Existem diversas opções de instalações, formatos e


configurações possíveis para uma boa criação de rãs.
Como todo negócio, todas as alternativas devem ser
analisadas sob o ponto de vista operacional e
econômico, para que o criador invista bem o seu capital
e obtenha o retorno do investimento no menor período
de tempo possível e consiga uma boa lucratividade.

Existem diversas alternativas com relação às


instalações e acessórios para um ranário, sua
localização, etc., para que ele possa ser implantado
com as maiores garantias de sucesso. Como
providências das mais importantes, o criador deverá
aprender tudo sobre esta atividade: ler bastante e
adquirir todo o material didático disponível.

A experiência de outros criadores também deve ser


levada em consideração. Com isso, devemos entrar em
contato com outros criadores e manter um bom
relacionamento, para que não sejam cometidos erros
facilmente evitáveis. Por último, devemos procurar a
assessoria de um bom técnico, zootecnista ou
veterinário, que tenha experiência na ranicultura e
possa auxiliar, não só na implantação do ranário mas,
também, na manutenção das operações.
Alimentação das rãs
autor: Dr.Márcio Infante Vieira
data: 21/07/2017

Ao

passarem de girinos para rãs, com o término da metamorfose, sua


alimentação se modifica totalmente pois, de herbívoras, comendo
plancto, passam a essencialmente carnívoras e a normalmente só
comerem alimentos vivos como insetos, vermes, peixes, girinos,
etc.

Segundo uma experiência, 150 rãs foram divididas em 3 lotes de 50


cada um. O primeiro lote foi alimentado só com pulmão bovino
(bofe), o segundo, com tripas cozidas de galinha e o terceiro com
ambos, tripas e bofe. Os resultados foram os mesmos para os três
lotes: o peso final das rãs foi menor do que o peso no início da
experiência, o que significa que elas emagreceram e perderam
peso. Ficou provado, portanto, que esses alimentos inertes ou
mortos não são indicados, exceto se os dermos em pequenas
quantidades, apenas para variar a alimentação.

Cremos que, mesmo assim, não é aconselhado darmos esse tipo


de alimento. Para as rãs, portanto, só devemos dar alimentos vivos,
o que é perfeitamente viável e econômico, sendo a prática mais
comum efetuada pela maioria dos criadores.

É muito importante que saibamos quais os alimentos que mais


agradam as rãs ou os seus preferidos. Segundo experiências
realizadas nos Estados Unidos e confirmadas no Brasil, são eles,
em ordem, os seguintes:

- girinos;

- peixes;

- camarões (inviável economicamente, aqui no Brasil);

- insetos e larvas, etc.

De acordo com observações, quando as rãs estão sendo


alimentadas com girinos e passamos sua dieta para peixes, elas
param de comer alguns dias. Quando, porém, elas estão comendo
peixes e passamos a dar-lhes girinos, elas passam a comê-los
imediatamente, o que comprova a sua predileção por eles.

Dar uma alimentação variada é melhor do que a administração de


um só alimento. Por isso, devemos fornecer-lhes juntos, girinos e
peixes, nos mesmos cochos ou comedouros.

Em experiência realizada nos Estados Unidos, em 4 meses, as rãs,


comendo somente girinos e peixes, atingiram o peso de 1.816g
provando, não só que esses são excelentes alimentos mas, o que
é muito importante, que elas possuem capacidade genética para
responder, em peso, a um manejo alimentar adequado.

O desenvolvimento das rãs vai aumentando até os 7 ou 8 meses de


idade e depois vai diminuindo o seu desempenho. Por essa razão
que devemos comercializar as rãs nessa idade.

A conversão alimentar das rãs é de 2:1 no campo e de 3:1 no


laboratório, o que significa que são necessários 2kg de alimentos
para obtermos 1kg de carne, no campo e que, no laboratório, são
precisos 3kg de alimentos para obtermos o mesmo peso de 1kg.

Comercialização das Rãs


autor: Redação RuralNews
data: 10/05/2016

O maior problema que o ranicultor enfrenta é o de atender os


pedidos, pois eles são sempre muito superiores à sua
capacidade de produção e isso em termos de mercado
interno, é claro, desde que o produtor esteja devidamente
"conectado" aos devidos canais de escoamento da sua
produção.

Quanto à exportação, os mercados mundiais aí estão, ávidos


e prontos para absorver milhares de toneladas por ano.
Podemos afirmar, ainda, que a demanda está, e muito,
reprimida pela oferta: se não há carne de rãs para atender a
uma pequena parte dos pedidos, como é possível ampliar o
mercado consumidor?

Como consumidores, podemos destacar a Europa, Canadá,


Estados Unidos, Venezuela, Chile, Argentina, Brasil e China.
Quanto ao Japão, embora não consuma carne de rã, foi
considerado o maior exportador, até 1972, quando os Estados
Unidos suspenderam as importações desse país, pois suas
rãs estavam contaminadas por inseticidas usados nas
plantações de arroz em que elas eram criadas.

Outro país que teve problemas com exportação de rãs para os


Estados Unidos foi o México, pois foram encontradas partidas
de carne contaminadas por salmonellas, bactérias
responsáveis, principalmente, por infecções intestinais, o que
fez com que o governo Americano suspendesse as
importações do México.

Existem vários canais para a exportação e a comercialização


das rãs no mercado interno. Podemos citar, por exemplo, as
associações de criadores, cooperativas agrícolas, empresas
especializadas no comércio e exportação desse produto e
centrais de abastecimento, como o CEAGESP, em São Paulo.
Os principais compradores, no Brasil, são os restaurantes de
classe internacional, peixarias e mercearias especiais,
supermercados, mercados municipais, entrepostos de
pescados, entre outros.

Pelo exposto, podemos facilmente verificar as grandes


possibilidades de mercado, permitindo aos ranicultores
obterem bons lucros e ao Brasil, exportar o produto, obtendo
substancial volume de divisas.

É importante que os criadores brasileiros não se esqueçam do


que ocorreu no México e no Japão e façam de tudo para obter
um produto de alta qualidade, isento de infecções e
contaminações. Aliás, qualidade é tudo nos dias de hoje, pois
existe um mercado globalizado e competitivo, onde se
destacam e vencem os que produzem mais, com maior
qualidade e preços compatíveis.

A comercialização das rãs pode ser feita das diversas


maneiras que se seguem:

- Rãs vivas- para abate;

- Carne ou rãs abatidas - sendo as carcaças inteiras, vendidas


frescas ou congeladas, de acordo com as circunstâncias;

- Pernas de rãs - destinadas principalmente à exportação para


os Estados Unidos e outros países que só consomem essas
partes;

- Carne de rã industrializada - enlatadas ao escabeche, ao


creme, etc.;

- Patê de fígado;

- Couros secos ou curtidos;

- Reprodutores - adultos ou quase em fase de reprodução;

- Girinos selecionados - para reprodução;

- Girinos de corte - para recria e engorda pelos compradores,


como é feito para os pintos de 1 dia;

- Girinos - como iscas para pescarias

Eclosão e desenvolvimento dos embriões das rãs


autor: Redação Ruralnews
data: 23/03/2016

A clivagem (incubação) e o desenvolvimento dos embriões


se realiza em 46 estágios. A eclosão se realiza no 3º ou 4º
dia, com o rompimento da membrana ou camada (casca)
que recobre os ovos, libertando os embriões. Quando
nascem, medem 6mm, são muito parecidos com peixinhos
recém-nascidos (alevinos) e essa sua forma de peixe vai se
acentuando.

São informes e com os órgãos externos incompletos.


Possuem um aparelho auditivo muito rudimentar e só sentem
vibrações. Seus movimentos são limitados, mas já começam
a nadar. São de respiração cutânea, ou seja, só respirando
através da pele, retirando o oxigênio da água que, por essa
razão, deve ser bem oxigenada.

Sua vida é exclusivamente aquática, passando a respirar por


3 pares de brânquias que, como penachos, estão localizadas
na região entre a cabeça e o corpo. Apresentam rudimentos
de olhos e uma boca em forma de orifício arredondado.
Surgem, depois, lâminas córneas (duras) que formam um
"bico", com o qual eles raspam os alimentos de que
necessitam e que serve, também, para ficarem presos às
plantas aquáticas ou a outros locais. Possuem, ainda, fendas
branquiais, linhas laterais (sensitivas) e uma nadadeira
impar, circundando toda a sua cauda.

Até 10 ou 12 dias, alimentam-se do vitelo, isto é, das


reservas nutritivas que trouxeram do ovo, armazenadas no
saco vitelino. Ainda não possuem as aberturas do tubo
digestivo (boca e ânus), que aparecem mais tarde, quando
surgem os dentes córneos, permitindo sua alimentação com
o plancto existente na água em que vivem.

Surgem, depois, os olhos e as narinas. É nesse período que


a cabeça e o corpo se fundem em um só bloco, formando os
denominados "cabeçotes", que são escuros, têm o corpo
cilíndrico na parte anterior e achatado lateralmente na
posterior, formando uma cauda móvel que atua como órgão
propulsor.

Mais tarde aparece o opérculo, uma dobra na pele formando


a câmara branquial e recobrindo as brânquias que, de
externas, passam a ser internas. Essas câmaras tem
comunicação com o exterior através do espiráculo, um
orifício único situado do lado esquerdo e um pouco abaixo e
atrás do olho.
Nessa fase, termina o período embrionário, que vai desde a
fecundação até a formação das câmaras branquiais e o
aparecimento do opérculo. Como parte desse período se
realiza dentro do ovo, é denominada "etapa intra-capsular". A
segunda etapa começa com o nascimento do embrião, indo
até a formação do opérculo e se denomina "etapa extra-
capsular". Nessa fase o animal ainda se chama embrião, seu
saco vitelino já foi reabsorvido e ele nada com facilidade, à
procura de alimentos.

Seleção das rãs nas diversas fases do seu desenvolvimento


autor: Redação RuralNews
data: 12/01/2016

A seleção das rãs visa obter melhores


animais, com maior potencial reprodutivo,
maior produção de carne, etc. Entretanto, não
basta que selecionemos as rãs adultas, para
a reprodução, mas a seleção deve ser feita
sempre e em todas as fases de vida e das
maneiras descritas a seguir.
Desovas

Devem ser grandes, com uma boa camada gelatinosa


e grande número de ovos. Devemos, ainda, verificar a
porcentagem de eclosão, o que é muito importante,
pois dela vai depender o número de embriões nascidos
e, mais tarde, o número de rãs produzidas.

Fecundação

É necessário verificarmos se o macho produz uma


quantidade satisfatória de espermatozoides e se estes
são perfeitos e com boa capacidade fecundante. Para
verificarmos essas qualidades, basta anotarmos a
porcentagem de larvas nascidas da desova e levarmos
em consideração que também a fêmea toma parte
nesses resultados.
Portanto, não basta que o macho seja um excelente
reprodutor, mas é necessário, também, que a fêmea
seja uma boa "poedeira" e que seus óvulos sejam
perfeitos e viáveis, isto é, capazes de produzir
embriões vivos.

Eclosão

É uma das fases mais importantes, pois dela depende,


em grande parte, os resultados da criação. Por isso,
devemos sempre verificar a porcentagem ou os
resultados das eclosões, pelo menos do maior número
possível, para que possamos ter uma idéia ou tirar uma
média desses resultados e possamos tomar as
providências necessárias, quando for o caso.

Devemos, no entanto, levar em consideração que a


fecundação dos óvulos é de responsabilidade do
macho, embora sua estrutura dependa da fêmea e o
seu estado, do meio ambiente, principalmente da água
em que forem postos e da presença de predadores.

Girinos

Seu número, qualidade e estado devem ser verificados,


sendo eliminados os embriões e girinos fracos,
raquíticos ou originários de desovas de baixa eclosão
ou, ainda, produtos de casais consanguíneos.

Rãs jovens

Devem ser bem selecionadas, sendo eliminadas as


fracas, defeituosas, mal desenvolvidas ou doentes.

Rãs adultas

Embora já tenham passado por diversas seleções


durante sua vida, devem ser selecionadas com o
máximo rigor, principalmente quando são destinados à
reprodução sendo, para isso, escolhidas as mais bem
conformadas e de desenvolvimento excepcional. Para
evitar muita movimentação no ranário e para
economizar mão-de-obra, devemos aproveitar os dias
de transferências de desovas, girinos ou rãs, para
procedermos a seleção.

No caso de compra de outro criador, a seleção deve


levar em consideração, além do exterior, a procedência
da rã, pois a maior garantia do comprador é a
idoneidade do vendedor.
Como diferenciar o sexo das rãs e escolher as melhores
autor: Redação RuralNews
data: 22/06/2015

Para que, de maneira racional, possamos controlar a


reprodução das nossas rãs, devemos saber como distinguir o
seu sexo. Isto é bastante fácil, mesmo pelo seu exterior,
principalmente quando elas atingem 8 meses de idade ou o
peso de 200g.

Machos

Seus ouvidos ou tímpanos possuem um diâmetro 2 a 3 vezes


maior do que o dos seus olhos ( o primeiro local que
devemos verificar). Coaxam, isto é, emitem sons que, na rã
touro, parecem o mugir de um touro (daí o seu nome). Esse
coaxar é característico de cada espécie e devido aos sopros
dos sacos vocais existentes na região ventral da cabeça. Em
geral, as rãs coaxam à noite, embora possam fazê-lo também
durante o dia.

Os machos tem o papo amarelado, cuja cor se acentua na


época de reprodução. Seus braços são mais fortes e
musculosos do que os das fêmeas e seus polegares são
mais grossos na base. Possuem calosidades denominadas
"verrugas nupciais" nos dedos e que, aparecendo na época
do acasalamento, servem para que eles fiquem mais firmes
ao "abraçar" a fêmea, não escorregando de seu corpo liso e
escorregadio, devido ao muco que recobre toda sua pele.

Machos para reprodução

Devemos selecioná-los por suas características, entre as


quais temos:

- precocidade;

- pernas "atléticas", ou seja, bem desenvolvidas;

- pele perfeita, flexível, bem úmida e com mucosidade;

- olhos límpidos, vivos e brilhantes;

- possuírem um salto de grande extensão.

Fêmeas
- seus ouvidos ou tímpanos são mais ou menos do mesmo
diâmetro dos seus olhos;

- são maiores, embora menos musculosas do que os


machos;

- não coaxam e o seu papo é creme claro.

Internamente, a diferença entre machos e fêmeas é muito


grande pois, anatômica e fisiologicamente são totalmente
diferentes.

Número de rãs para começar um ranário

Para criadores principiantes ou sem prática, é aconselhável


que se comece com, no máximo, 50 casais e 10.000 ou
20.000 girinos. Quando se tratar de empresas, esse número
depende do capital a investir ou melhor, do projeto elaborado
para o ranário pois, normalmente, a criação fica a cargo de
técnicos especializados e com bastante prática. Portanto,
neste caso, não há limites para o número de rãs para iniciar a
criação.
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Tanques para eclosão das desovas das rãs


autor: Redação RuralNews
data: 29/05/2015

Os tanques de eclosão são as "chocadeiras", pois são


neles que colocamos as desovas (ovos), logo depois
da coleta, para a "incubação". Naturalmente, até nos
tanques de reprodutores haveria a eclosão, mas as
desovas são colocadas nesses pequenos tanques
especiais com o objetivo de protegê-las do ambiente,
de predadores e proporcionar-lhes melhores condições
ambientais.

Nestes tanques as condições ambientais são mais


adequadas à eclosão, pois ficam dentro de estufas,
com condições de luminosidade adequada,
temperatura elevada e mais ou menos constante, o que
permite uma percentagem de eclosão muito maior.
Esses tanques devem medir 1m x 1m sendo, portanto,
quadrados, com uma profundidade de 20cm, mas com
a lâmina d"água de 10cm, espessura essa considerada
a melhor, segundo vários especialistas. Devem ser de
alvenaria de tijolos e cimento. Devem ficar a 80cm de
altura do piso da estufa para facilitar o seu manejo
evitando, ainda, que o criador tenha que abaixar-se
para trabalhar. Tendo essas medidas, esses tanques
comportam em média 1 a 2 desovas.

Além de uma água limpa e isenta de contaminações, o


importante é que ela seja bem arejada ou oxigenada,
pois o oxigênio é o elemento mais importante nessa
fase do ciclo de vida das rãs pois, até os 10 ou 12 dias
de vida, elas ainda não recebem alimentos sendo o
oxigênio o elemento externo de que mais precisam
para viver.

Como não só os ovos mas também os embriões ficam


nesses tanques durante 10 a 15 dias, não só a
percentagem de eclosão é muito elevada como
também é muito alto o percentual dos embriões
sobreviventes. Além disso, os embriões e girinos de
primeiro estágio se desenvolvem muito melhor e
rapidamente e a mortalidade é muito menor, quase
zero, o que não ocorre em condições naturais, quando
a eclosão é muito mais baixa, o desenvolvimento dos
embriões e dos girinos é menor e mais lento e a
mortalidade muito maior, atingindo de 30 a 70%, devido
principalmente às variações muito acentuadas de
temperatura entre o dia e a noite, muito prejudiciais
principalmente aos embriões. Variações bruscas de
10ºC podem matar as desovas.

O emprego desses tanques, dentro de estufas, permite


maiores percentagens de eclosão e de sobrevivência
de girinos, o que significa uma produção maior, mais
rápida e mais regular.

Esses tanques devem ter uma pequena movimentação


da sua água, entrando de um lado e saindo na outra
extremidade, para a sua renovação, embora lenta, para
que melhore suas condições de aeração e de
oxigenação. Além disso, os tanques de eclosão devem
ser equipados com um chuveirinho a 80cm de altura da
superfície de sua água, pois é uma forma prática e
eficiente de obtermos uma boa oxigenação da água.

Os girinos devem permanecer nesses tanques, nas


estufas, durante 15 dias e até mesmo 10, quando o
criador já estiver com bastante prática de lidar com eles
pois, assim, os mesmos tanques de eclosão podem ser
utilizados 2 a 3 vezes no período de um mês, com
grande economia nas construções.
Criação de rãs em tanques-rede
autor: Redação RuralNews
data: 18/03/2015
É

denominado tanque-rede um tanque normal, tipo trincheira, em terra


nua, com 2 a 4m de largura, de comprimento variável, conforme as
necessidades e com 60cm de profundidade. Colocamos neste tanque
uma rede, conhecida como "rede para girinos", de malha fina, de 2 a
2,5mm, de formato, em geral, retangular.

É um verdadeiro cesto preso a 2 varais ou uma armação rígida e 2


cabos em cada extremidade e que servem para apoiar a rede de
girinos nas laterais do tanque, tendo 40cm de sua altura mergulhada
na água. As suas bordas devem ficar acima da superfície da água do
tanque.

Essa armação ou varais por serem rígidos, mantém a rede em seu


formato normal. Seus cabos lhe dão um aspecto de padiola e são
apoiados nas beiradas do tanque, como já mencionamos, mas sem
que nenhum dos lados ou o fundo da rede esbarrem nas paredes ou
no fundo do tanque.

Esses varais podem ser substituídos por cordas de náilon bem fortes e
que devem ser bem esticadas, quando amarradas, uma em cada
estaca fincada de cada lado do tanque.

As redes para girinos devem ser protegidas por uma cobertura de tela
de malha fina, de 2 a 2,5mm, ou melhor ainda, em conjunto, dentro de
um galpão com paredes e cobertura com a mesma tela fina
mencionada.

Os girinos são mantidos nessas redes durante 25 a 30 dias, ou seja,


até 45 a 55 dias de idade. Enquanto aí permanecem, tem uma parada
no crescimento, mas adquirem maior resistência, apresentam
melhores condições físicas e o lote fica mais homogêneo em tamanho,
porque os girinos menores crescem um pouco mais, igualando-se,
mais ou menos, aos maiores. Isto ocorre porque eles ficam mais
protegidos contra bactérias, predadores, etc. A mortalidade diminui
muito, caindo quase a zero.

Desde que haja uma boa circulação de água, podemos colocar nessas
redes, 15, 20 ou até mais girinos, por litro de água. Podemos gramar
todo o piquete em volta do tanque, pois isso embelezará o ambiente e
firmará a terra, evitando a lama e erosões.

Os girinos devem ser retirados dessa rede assim que começarem a


metamorfose, ou seja, quando começam a aparecer "botões"
avermelhados entre a sua cauda e o seu corpo, significando que suas
pernas traseiras já começaram a se desenvolver.

Alimentação da rã touro gigante


autor: Redação RuralNews
data: 21/01/2015
A

alimentação é um dos fatores mais importantes em uma criação de rãs


pois, se ela não for a mais indicada, de nada adianta termos ótimos
animais e excelentes instalações, um meio ambiente adequado e um
bom manejo.

A alimentação natural da rã touro varia muito, pois ela, em sua fase de


girino é herbívora, passando a carnívora quando termina a
metamorfose, transformando-se em imago ou rã jovem, cresce e se
torna adulta.

Embriões e girinos

Quando "nascem", tornando-se livres, durante 10 a 12 dias,


alimentam-se somente do vitelo, isto é, das reservas nutritivas que
trouxeram do ovo, armazenadas no saco vitelino. Quando essas
reservas nutritivas se esgotam, eles passam a se alimentar do plancto
existente na água em que se encontram e que é formado por
microrganismos animais (zooplancto), como os microcrustáceos e
vegetais (fitoplancto), como certas algas. Nas criações recebem,
também, rações balanceadas, farelos, outros girinos menores, etc.

Rãs jovens e adultas

Ao passarem de girinos para rãs, como já o mencionamos, sua


alimentação se modifica totalmente pois, de herbívoras, passam a
essencialmente carnívoras e a, normalmente, só comerem alimentos
vivos como insetos, vermes, larvas, peixinhos, girinos, rãs menores,
outros pequenos animais como pintos, ratos, etc. Naturalmente, as rãs
preferem alguns deles que, na ordem de preferência são os seguintes,
segundo experiências realizadas nos Estados Unidos e confirmadas
no Brasil:

1º - girinos;

2º - peixes;

3º - camarões;

4º insetos, larvas, etc.


A rã touro gigante
autor: Redação RuralNews
data: 05/12/2014
A
melhor
rã para
o

desenvolvimento de uma atividade industrial ou comercial, devido às


suas características é a rã touro gigante. É a única que se adaptou
perfeitamente ao cativeiro da criação intensiva e não apresenta
problemas de reprodução, sob essas condições. É um animal
resistente, de elevada fecundidade, alta prolificidade, além de uma
grande produtividade e, no Brasil, de grande precocidade.

É um animal originário dos Estados Unidos, onde é conhecido como


Bull Frog (rã-touro), devido à semelhança do coaxar dos machos
com o mugido de um touro.

No Brasil, foi introduzida em 1935 por Tom Cyrill Harrison, que levou
300 casais para o Estado do Rio de Janeiro. Em 1939, a Secretaria
da Agricultura do Estado de São Paulo instalou a primeira criação no
Estado, na cidade de Pindamonhangaba.

Em 1971, foram importados 60 casais e desenvolvido um trabalho de


pesquisa para a criação intensiva dessa rã. Ela se adaptou tão bem
às nossas condições que a sua criação alcançou, sob o aspecto da
precocidade, produção e reprodução, índices superiores aos
encontrados nos Estados Unidos. No Brasil, a rã touro gigante já
está pronta para a venda com 12 a 18 meses, enquanto que nos
Estados Unidos a venda só poderia ser realizada aos 36 meses. Em
nosso país, atinge, com 1 ano de idade, 200 g, com 18 a 24 meses,
de 250 a 350 e com 36 meses, até 1.750g.

Devido à precocidade que encontrou nas criações brasileiras, a rã


touro gigante entra em reprodução com 12 meses, apesar de aos 6
meses já possuir espermatozóides móveis. Nos Estados Unidos, só
entra em reprodução aos 3 anos e sua metamorfose leva de 10 a 12
meses enquanto que no Brasil, ela se realiza em 3 a 4 meses, de
acordo com o clima e região do país, mais diretamente devido à
temperatura média anual da região.

No Brasil, ela se reproduz até duas vezes por ano, apresentando


uma temporada de reprodução de setembro a fevereiro, março e até
abril. Isso ocorre nas regiões Sul e Sudeste. Nas regiões Norte e
Nordeste, elas se reproduzem o ano inteiro. Nos Estados Unidos, a
reprodução só ocorre uma vez por ano.

Devido às condições encontradas no Brasil e os resultados obtidos


nas criações, o nosso país possui um potencial de criação muito
superior ao dos Estados Unidos e poderíamos nos tornar o maior
produtor mundial desse animal. Com um mercado, principalmente o
externo, em crescimento, esta atividade está se tornando uma das
mais lucrativas no setor pecuário.

Métodos de reprodução das rãs


autor: Redação RuralNews
data: 19/11/2014

capacidade de reprodução das rãs é extraordinária, o que


devemos às suas grandes fecundidade, fertilidade e
prolificidade, ou seja:

- grande capacidade de produzir óvulos viáveis;

- facilidade desses óvulos serem fecundados e eclodirem;

- aptidão para produzirem milhares de filhotes em uma só


desova e capacidade de os machos produzirem enorme
quantidade de espermatozóides fecundentes.

Essas qualidades, porém, devem ser controladas para que


possamos obter os melhores resultados, pois são elas que
tornam as rãs de grande interesse para a produção
comercial. Os métodos de reprodução podem ser
empregados separados ou em conjunto, sendo utilizados
para aumentar a produção e a produtividade do ranário, pois
permitem conservar, melhorar ou associar características e
aptidões ou fazem surgir novas qualidades que interessam
aos criadores. Esses métodos são a seleção, cruzamento,
mestiçagem, hibridação e consangüinidade.

Seleção

Num sentido mais geral, podemos dizer que é quando


escolhemos os melhores animais dentro de um grupo,
conjunto ou criação e os acasalamos entre si. É, portanto, o
método pelo qual são escolhidas as melhores rãs, as que
mais se enquadrem no padrão, tipo ou produção desejados e
que sejam sadias, fecundas, férteis e prolíficas, para que
haja uma constante melhoria na criação.

A seleção nada mais faz do que exaltar ou permitir que se


manifestem caracteres bons ou maus, acumulados na carga
genética (genótipo) do animal. Por isso, devemos ir
eliminando da reprodução as rãs que não correspondam aos
objetivos da criação para, com as boas, fixar ou provocar o
aparecimento de novas qualidades e para obter uma fórmula
hereditária mais favorável, apoiada nas leis da
hereditariedade e em condições favoráveis de ambiente,
alimentação, etc.

Cruzamento

É o acasalamento entre animais de raças diferentes. Como


ainda não existem raças de rãs, não podemos adotar esse
método.

Mestiçagem

É o acasalamento entre um animal de raça pura com animais


mestiços ou entre animais mestiços. Como não há raças de
rãs, também não há, atualmente, possibilidade do emprego
desse método na ranicultura.

Hibridação

É o acasalamento entre animais de espécies diferentes e, no


caso das rãs, seria acasalar uma rã touro, por exemplo, que
é do gênero Rana e da espécie catesbeiana, com a Rana
palmipes. Esse método ainda não é utilizado em ranários.

Consangüinidade

É a reprodução entre parentes próximos. É tanto mais


estreita quanto mais próximo é o parentesco entre os
reprodutores acasalados.

A consangüinidade é uma faca de dois gumes, pois tanto


soma as virtudes quanto os defeitos, podendo causar
grandes prejuízos quando não é bem dirigida. De um modo
geral, não aconselhamos os criadores a utilizarem a
consangüinidade, porque podem aparecer caracteres
prejudiciais como a perda de peso e tamanho, queda de
resistência física, baixa na fertilidade, esterilidade, genes
patológicos, raquitismo, fatores letais, etc.

Embora possa trazer bons resultados, a consangüinidade só


deve ser praticada quando é bem conhecido o material
disponível (rãs) e somente por pessoas de alto nível técnico,
com grandes conhecimentos de criação e genética.

Pode ser colateral, a mais perigosa, quando os


acasalamentos são realizados entre irmãos, tios e primos ou
direta ou em linha, entre pais e filhos, avós e netos e os seus
resultados dependem dos reprodutores utilizados. É por isso
que não aconselhamos o aproveitamento das desovas feitas
nos tanques de engorda porque, não sendo controlados os
acasalamentos, grandes são as probabilidades de que elas
sejam resultados de acasalamentos consangüíneos.
Tamanho, idade ou época para o abate das rãs
autor: Redação RuralNews
data: 06/11/2014

A
idade
ou
peso
em
que
as
rãs
são

abatidas varia de acordo com as exigências dos


compradores ou do mercado pois, enquanto uns querem a
carcaça inteira, outros só compram as pernas e tudo dentro
de determinadas especificações de peso, tamanho,
embalagem, etc. Além disso, o criador tem que levar em
consideração o seu próprio interesse e só atender àquelas
exigências, quando forem, também, de sua conveniência ou
interesse.

De um modo geral, o melhor é abater as rãs quando


atingirem 150 a 250g, para a venda de carcaças com 90 a
150g, o que ocorre quando estão com 6 a 8 meses após a
metamorfose, pois são esses os pesos e tamanhos
preferidos pelos restaurantes que alegam facilitar o
fornecimento de uma "porção" aos seus clientes.

O mais importante, no entanto, é termos um produto de alta


qualidade e mantermos regularidade nas entregas, para
conservarmos os compradores. Por isso, embora pareça ser
o melhor negócio, não devemos vender toda a nossa
produção de uma só vez e depois ficarmos sem o produto
para a venda: é melhor mantermos um fluxo regular de
fornecimento.

Podemos, inclusive, quando for conveniente, abater as rãs


quando atingem os pesos desejados e, depois, as
congelamos, para irem sendo entregues parceladamente, de
acordo com os contratos de entrega firmados. No Sul e
Sudeste do Brasil o abate começa, em geral, em junho,
enquanto que no Norte e Nordeste, é realizado durante todo
o ano.

Outro critério também pode ser adotado para o abate:


quando as rãs atingem 1 ano de idade, nós as capturamos e
selecionamos as maiores, com peso satisfatório para abate,
enquanto que as outras, as menores, são conservadas para
serem abatidas junto com as do lote do ano seguinte. Assim,
a partir do segundo ano, abateremos rãs de 1 e de 2 anos
de idade para a venda, atendendo aos interesses de todos
os compradores. As rãs, no entanto, que apresentarem um
desenvolvimento excepcional, demonstrando grande
precocidade, devem ser selecionadas para a reprodução.
Estes períodos indicados para o abate se referem à rã touro
gigante, sendo que as outras espécies de rãs só ficam
"prontas" com 2 a 3 anos de idade.

Naturalmente, a idade em que atingem o peso para serem


abatidas varia de acordo com vários fatores como a
temperatura média anual e do inverno da região em que são
criadas. Assim, no Sul e Centro-Sul do Brasil, elas demoram
mais a ser abatidas do que nas regiões Norte e Nordeste,
nas quais as temperaturas são mais elevadas e constantes
durante todo o ano, acelerando o seu metabolismo e
diminuindo os tempos necessários para a sua metamorfose,
o seu desenvolvimento e a sua engorda.

O que produzem as rãs


autor: Redação Ruralnews
data: 29/10/2014
Carne

No Brasil, a carne da rã é muito apreciada, não só pelos


habitantes das cidades mas, também, pelas populações do
interior onde são famosas as "caçadas de rãs", há longos
anos praticadas como divertimento e, depois, com objetivo
comercial.

O brasileiro só não come mais rã porque, sendo a produção


pequena, não há muita rã para comer. Felizmente a oferta,
embora de maneira discreta, está aumentando com o
surgimento de muitos e novos ranários por todo o Brasil,
sendo que muitos chegam a produzir de 150 a 200kg de
carne por dia e outros, ainda mais.

O grande interesse por essa carne é devido principalmente


ao fato de ser ela muito saborosa, satisfazendo aos gostos
mais exigentes. Além disso, é rica em proteínas, sais
minerais e vitaminas, pobre em gorduras e quase isenta de
hidratos de carbono. É uma carne de cor branca-marfim,
macia, de boa digestibilidade, excelente sabor, qualidade e
alto valor energético, parecendo com a dos coelhos ou
frangos ou a dos borrachos (filhotes de pombos ainda
empenados), estando o seu gosto entre a dos frangos e a
dos peixes.

É, portanto, uma carne de ótimo sabor, muito rica em


elementos nutritivos e vitaminas e que, por suas qualidades,
é indicada para as pessoas de "estômago delicado",
debilitadas ou convalescentes, para dietas contra engorda e
acidez e para as pessoas com diferentes distúrbios
digestivos.

Em alguns países como o Brasil e a Itália, as rãs são


aproveitadas inteiras, enquanto que, em outros, somente
suas pernas são consumidas. Como exemplo, temos os
Estados Unidos que só importam essas partes, preferindo
as de maiores tamanhos. A Europa consome os tipos
menores pois, os europeus estão acostumados a comer as
suas pequenas rãs. O resto da carcaça e algumas vísceras
podem ser aproveitados para cremes, caldos, sopas, etc.

Os americanos comem rãs enlatadas, em escabeche, à


qual dão o nome de "ao natural". O fígado serve para a
fabricação de "patê". Quanto mais velha a rã, menos
saborosa é a sua carne.

Couros

Seus couros são bonitos e de boa qualidade, utilizados para


a fabricação de cintos, bolsas, luvas, sapatos, carteiras,
encadernação de livros, etc. Servem, ainda, para a
fabricação de colas especiais. São necessários 5 a 7 couros
grandes, de rã touro, para fazer um sapato.

Como Iniciar uma Criação de Rãs


autor: Redação RuralNews
data: 09/10/2014
Quando iniciamos uma criação de rãs, podemos fazê-lo
com a aquisição de rãs adultas; rãs jovens; girinos ou
desovas.

A escolha depende de uma série de fatores como a


facilidade de obter os animais nas suas diversas fases,
época do ano, fator econômico, etc. Por isso, passamos a
analisar cada uma das alternativas mencionadas.

Rãs adultas

Sua aquisição e introdução no ranário devem ser feitas até


junho ou julho, para que elas se adaptem e comecem a se
reproduzir a partir de agosto ou setembro e até fevereiro ou
abril do ano seguinte, quando termina a temporada de
reprodução, que abrange os meses mais quentes do ano.
Além disso, é a época em que os insetos e outros animais
aparecem para servir de alimento para as rãs.

Os animais só devem ser adquiridos quando todas as


instalações já estiverem prontas para recebê-los. Essa é a
forma de, em menos tempo, começarmos a criação e a
produção comercial de rãs.

Girinos

O melhor é adquiri-los em agosto ou setembro, quando o


tempo ou os meses vão começando a esquentar e
podemos aproveitar todo o verão, época essa, que
apresenta as melhores condições para os girinos se
adaptarem ao novo ambiente e, também, que se
desenvolvam mais rapidamente.

Os lotes de girinos, sempre que possível, devem ser bem


uniformes, no que diz respeito ao tamanho dos animais, o
que evita ou diminui as possibilidades de competições e
canibalismo.

Selecionar os girinos, por tamanho, é uma tarefa muito


difícil, trabalhosa, demorada e quase impossível em
criações comerciais. Na prática, o que devemos fazer é
não misturar lotes ou somente os da mesma idade e
tamanho. Uma forma para homogeneizar os tamanhos dos
girinos de um lote é colocá-los (na época certa), em
tanques-rede.

Desovas

Embora seja o método mais demorado para iniciarmos a


produção, podemos perfeitamente começar a criação com
desovas adquiridas em ranários de confiança. O maior
problema é o seu transporte que deve ser feito com todo o
cuidado, em sacos plásticos ou caixas isotérmicas.

Rãs jovens ou imagos


autor: Redação RuralNews
data: 25/08/2014

São chamadas de rãs jovens ou imagos ( do grego imago


= imagem), as rãs novas, medindo de 4 a 5cm e com o
seu organismo já formado, o que ocorre após o total
desaparecimento da cauda, passando elas a respirar o ar
atmosférico (30% de sua respiração passa a ser
pulmonar), pois já possuem os pulmões completamente
desenvolvidos.

Continuam, no entanto, a respirar através da pele (70%),


mantendo a sua respiração cutânea durante toda a vida.
Possuem, ainda, a respiração buco-faringeana.

Começam a andar em terra e não mais sofrem alterações,


pois já atingiram as suas forma e estrutura definitivas.
Passam, no entanto, a maior parte da sua vida dentro da
água, e dela nunca se afastam.

A metamorfose, pela qual passam as rãs, parece retratar a


evolução sofrida pelos seus antepassados, durante
milhões de anos, de peixes, animais aquáticos, para
animais de vida terrestre.

Sua alimentação é modificada, passando de comedoras


de fitoplancto e de algas (fitoplanctófagas) a comedoras de
zooplancto (zooplanctófagas), comendo protozoários cada
vez maiores e tornando-se carnívoras. Seus alimentos
naturais são insetos, vermes, larvas, etc., desde que
vivos.

As rãs nascidas no início da temporada de reprodução


(setembro a janeiro), em geral, completam a metamorfose
em 3 a 4 meses, ao passo que as nascidas mais tarde
(fevereiro a abril), o fazem em 5 a 8 meses, devido às
mais baixas temperaturas nessa época do ano,

Tão logo terminam a metamorfose e comecem a ficar com


a cabeça fora da água, devemos tomar as providências
para que essas rãs novas tenham acesso à terra. Por essa
razão, os tanques devem ter rampas ou as bordas
inclinadas, para facilitar-lhes a saída da água. Não há
necessidade de as irmos retirando aos poucos: é melhor
esperar que todas completem a metamorfose para, então,
transferirmos todo o lote para um tanque de recria e
engorda.

Nessa ocasião, devemos aproveitar para selecionar as rãs


e agrupá-las em lotes bem homogêneos, de acordo com o
seu tamanho e a capacidade dos tanques. Todas as
raquíticas, doentes e defeituosas, devem ser sacrificadas
ou aproveitadas como alimentos para os lotes de engorda.

Seleção das rãs: como obter melhores resultados


autor: Redação RuralNews/Foto: TNP Kelvin Chng
data: 29/07/2014

A seleção é o método pelo qual são escolhidas as


melhores rãs, as quais se enquadrem no padrão, tipo ou
produção desejados. Devem ser sadias, fecundas, férteis
e prolíficas, para que haja um constante melhoramento da
criação. Essa escolha dos melhores animais dentro de um
grupo ou da criação, para que sejam o reprodutores, é
feita com o objetivo de que estes possam ser acasalados
entre si e garantam a melhoria ou manutenção do padrão
geral dos animais da criação e, por conseqüência, a
melhora ou manutenção de bons resultados.

Os reprodutores são os animais machos e fêmeas que se


reproduzem, mas em condições zootécnicas satisfatórias.
Não devemos empregar qualquer rã na reprodução,
porque pode ser de baixo rendimento.

A seleção, no entanto, nada mais faz do que exaltar ou


permitir que se manifestem caracteres bons ou maus,
acumulados na carga genética (genótipo) do animal. Por
isso, devemos ir eliminando do processo reprodutivo as
rãs que não correspondam aos objetivos da criação para,
com as boas, fixar ou manter as características
desejadas, melhorá-las ou provocar o aparecimento de
novas qualidades e para obter uma fórmula hereditária
mais favorável, apoiada nas leis da hereditariedade e em
condições favoráveis de ambiente, alimentação, etc.

Essas qualidades obtidas ou ressaltadas através desse


método, não se manifestarão em toda a sua intensidade
se as rãs não dispuserem de condições ambientais
satisfatórias e uma boa alimentação. Por essa razão, são
de grande importância para a seleção uma alimentação
racional, medidas de higiene, boas instalações e um bom
manejo porque, não só aumentam a produtividade e a
produção, como permitem identificar as melhores rãs sob
o ponto de vista de seu exterior e de sua produtividade.

A seleção progressiva e continuada tende a eliminar


características intermediárias e se realiza objetivando a
máxima exaltação das aptidões desejadas e do
rendimento econômico. Na ranicultura, a seleção é
relativamente fácil, devido à grande prolificidade das rãs e
ao curto espaço de tempo necessário para a sua
reprodução. A base da seleção, no entanto, está no
controle da produção (peso, precocidade, número de
ovos, etc.) e para verificarmos os seus resultados,
dependemos desses elementos.

Devemos controlar a desova dos casais para verificarmos


se é boa em relação ao número de ovos, percentagem de
eclosão, crescimento, precocidade dos girinos, etc., o que
não é muito difícil e deve ser feito até o plantel atingir um
elevado padrão zootécnico, isto é, uma alta produtividade.
Esse tipo de seleção é denominado seleção fenotípica ou
massal, porque é feita com base no exterior do animal,
não sendo levado em consideração sua fórmula
hereditária, sendo escolhidas as rãs que, com mais
intensidade, apresentem as qualidades ou características
desejadas, mas em escala superior à média. É fenotípica
porque seleciona pelo fenótipo (exterior do animal) e
massal, porque seleciona em grandes massas e de
acordo com os sentidos.

Existe, também a seleção genotípica, pelo fator genético


ou hereditário, o genótipo. Consiste em escolher
reprodutores já selecionados pelo exterior, mas desta vez
levando em consideração sua fórmula hereditária, bem
como a de seus ascendentes (pais e avós), descendentes
(filhos e netos) e, ainda, os colaterais (irmãos, primos,
etc.). Assim sendo, se sabemos que um casal de rãs é
formado por dois ótimos reprodutores, podemos prever
que, provavelmente, os seus filhos também serão bons
animais. O mesmo ocorre quando determinadas rãs são
boas reprodutoras e podemos crer, com certa garantia,
que os seus irmãos também o serão.

A seleção deve começar pela precocidade, traduzida por


um crescimento e um desenvolvimento mais rápidos e
acima da média, no aumento de peso para a idade e no
rendimento do animal. Não basta que selecionemos as
rãs adultas, mas a seleção deve ser feita sempre e em
todas as fases da vida desses animais.

Acasalamento e época para a reprodução das rãs


autor: Redação RuralNews
data: 17/07/2014

As rãs são animais solitários que só se reúnem na época


dos acasalamentos. Por isso, quando chega o período da
reprodução, os machos começam a coaxar, emitindo
sons para chamar as fêmeas para o "abraço". Quando
elas estão prontas, isto é, com os óvulos maduros nos
ovários e já em condições de desova, atendem a esses
chamados "amorosos" e saem em direção aos coaxados.
Tão logo se encontram, o macho salta sobre o dorso da
fêmea, montando-a e abraçando-a pelas axilas peitorais,
com um forte abraço. Além disso, as verrugas nupciais o
ajudam a se firmar sobre a fêmea, evitando que deslize
em seu corpo escorregadio.

Época de reprodução

O Brasil é um país privilegiado para a ranicultura pois as


rãs, no Sul e Sudeste, se reproduzem durante vários
meses, indo a temporada de reprodução de agosto a
janeiro ou até abril ou mesmo maio do ano seguinte
sendo, portanto, de mais de 8 meses.

No Norte e Nordeste, as rãs se reproduzem durante todo


o ano. Elas fazem apenas uma pequena pausa entre
janeiro e fevereiro. Além disso, muitas chegam a desovar
2 vezes durante a mesma temporada. Não são, porém,
todas as fêmeas que desovam todos os anos, mas 75%
delas, havendo uma falha de 25%. Das desovas, 30%
são realizadas, em geral, no período final da temporada
de reprodução.

Nos Estados Unidos a rã touro só desova uma vez por


ano, de maio a junho, na região Oeste e de fevereiro a
agosto, nas regiões Sul e Leste, ou seja, durante 6
meses.

Número de machos para cada fêmea

Normalmente, a proporção é de 1:1, isto é, 1 macho para


cada fêmea. Alguns autores, entretanto, recomendam
uma proporção de 1,5 machos para cada fêmea.

Idade para reprodução

No Brasil, com 6 meses de idade, as rãs já possuem


gametas (óvulos e espermatozóides) mas entram em
reprodução aos 12 meses. Para termos um padrão de
comparação, nos Estados Unidos, só entram em
reprodução aos 36 meses.

Tempo de vida e de reprodução

Normalmente, as rãs touro podem viver de 16 a 20 anos.


Embora façam a primeira desova com 1 ano de idade,
seu período mais produtivo é dos 2 aos 6 anos de idade,
nas regiões Sul e Sudeste. No Norte e Nordeste, esse
período costuma ser um pouco mais curto.

Estufas para a criação de rãs


autor: Redação RuralNews
data: 20/02/2014
As estufas são compartimentos ou galpões especiais
fechados, mais ou menos arejados e ventilados, de
preferência com uma fonte de calor artificial e controlada
por um termostato, para que a temperatura possa ser
mantida constante, sem oscilações e regulada entre 25 e
30ºC e, no máximo, a 35ºC.

O ambiente dentro da estufa fica, em geral, com uma


temperatura 2 a 3 graus mais elevada do que a das
águas dos tanques que nela se encontram. Por isso, as
estufas oferecem as melhores condições ambientais
possíveis, permitindo uma elevada porcentagem de
eclosão e de sobrevivência dos embriões e de girinos e,
ainda, evita a grande mortalidade que ocorre quando
não são usados os tanques de eclosão ou quando eles
ficam ao ar livre.

Quando em estufas, os ovos, os embriões e os girinos


de primeiro estágio se desenvolvem melhor e mais
rapidamente e, depois, sua metamorfose também é
acelerada.

O ideal seria que toda criação pudesse ser mantida


dentro de estufas, pelo menos nas épocas mais frias do
ano, pois somente quando pretendemos fazer
estocagem de girinos, para a alimentação de girinos e
de rãs, provocando a neotenia, é que devemos pensar
em frio e não no calor.

Quando não há uma fonte artificial de calor na estufa,


podemos lançar mão de alguns artifícios para elevar a
temperatura em seu interior e ainda evitar quedas ou
mudanças bruscas, por meio de janelas, sobretetos,
telhas plásticas incolores e transparentes, pois ajudam a
manter uma temperatura mais elevada e mais
constante.

À noite ou em dias frios, devemos manter as janelas


fechadas, abrindo-as nos dias mais quentes. A proteção
das estufas, contra os ventos, principalmente os do Sul,
é da maior importância pois eles, em geral, são muito
frios e causam problemas nas criações de rãs.
As estufas devem ficar bem próximas ao setor de
reprodução, para facilitar o transporte dos ovos dos
tanques de desovas para elas e, depois, dos girinos
para os tanques-rede. Os mesmos tanques podem ser
usados 2 ou 3 vezes no espaço de 1 mês, dependendo
do manejo adotado ou da experiência do ranicultor.

Tanques para girinos


autor: Redação RuralNews
data: 10/02/2014

Suas características são as mesmas dos tanques para


reprodutores, mas quando não tem a ilha. A diferença é
que estes são utilizados para colocarmos os girinos
quando saem dos tanques-rede. Quando eles são
colocados nesses tanques, há uma verdadeira explosão
de crescimento, tal a rapidez com que se desenvolvem
e ganham peso.

Os girinos devem ficar nesses tanques até completarem


a metamorfose. Devem ter 60cm de profundidade, com
sua lâmina d"água de somente 40cm, profundidade esta
que dá excelentes resultados. Não devemos misturar
lotes diferentes de girinos, no mesmo tanque, se não
forem do mesmo tamanho e da mesma idade, para
evitarmos o canibalismo, para facilitar o cálculo das
rações e para que não terminem a metamorfose em
épocas muito diferentes.

Esses tanques são do tipo trincheira, cavados na terra e


com fundo e paredes de terra nua. Suas paredes
devem ser inclinadas para diminuir os riscos de erosão
de desabamentos. Devemos, também, evitar os cantos,
"disfarçando" os seus ângulos. Esses tanques devem
ser cobertos por plástico ou tela de náilon de malhas
finas, de 2 ou 2,5mm, para evitar a entrada de
predadores ou de competidores, por menor que sejam,
inclusive insetos. Conhecemos um ranário no qual, de
um lote de 20.000 girinos de um tanque, só sobraram
menos de 1.000, porque o tanque em que foram
colocados não possuía a tela de proteção e eles foram
atacados por larvas de libélula (lavadeira). Essa
cobertura pode ser geral, para vários tanques ou, então,
uma especial, para cada um deles.

Quando ficam dentro de galpões ou viveiros, devem ser


protegido por telas ou redes de náilon de malhas finas
de 2 ou 2,5mm, formando suas laterais e cobertura.

Outra técnica a ser usada é a cobertura de cada


tanque, independentemente, com uma armação com
plástico, ao rés do chão ou apoiadas sobre muretas
baixas, de 30 ou 40cm de altura e tela de náilon, para
impedir a entrada de predadores. Este método
economiza material e mão-de-obra e a cobertura de
plástico aquece a água e o ambiente, acelerando a
metamorfose. As paredes de tela de náilon arejam e
ventilam o ambiente. Esses tanques devem ter rampas
ou lados bem inclinados para que, terminada a
metamorfose, os imagos ou rãs jovens possam sair da
água e ir para a terra, iniciando sua vida terrestre ou
melhor, anfíbia, pois já respiram o ar atmosférico. Além
disso, iniciam suas caçadas a insetos, porque sua
alimentação, também, já se transformou de herbívora
para carnívora pois seu alimento natural passou a ser
composto por animais vivos como, por exemplo, os
insetos.

Quando esses tanques não oferecem as condições


necessárias, os imagos devem ser transferidos para os
tanques de recria e engorda de girinos. Os tanques
para girinos não devem ter vegetação dentro da água.
Nas suas bordas, ela pode existir, desde que baixa,
somente para evitar erosão e para facilitar a subida das
rãs, da água para a terra.

O número de girinos deve ser calculado por litro de


água e de acordo com seu tamanho e a sua idade.
Assim sendo, podemos colocar normalmente, nesses
tanques e por litro de água, 20 a 25 girinos de até 1
mês de idade; 10 de 2 meses; 4 a 6 de 3 meses e
somente 1 girino de 4 ou mais meses de idade. Esse
número poderá ser bem maior, de 120 a 130, por litro
de água, quando desejamos provocar o canibalismo
entre eles, para que os menores sirvam de alimento
para os maiores. Nesses tanques, os girinos chegam a
dobrar de peso todas as semanas, em limites de 50 a
203%.
Sistemas de produção de rãs
autor: Redação RuralNews
data: 22/01/2014

Das rãs comercializadas no Brasil, muitas são oriundas


da caça predatória, que só traz malefícios à natureza e
"desfalca" cada vez mais a população de rãs do País.
Além dessa "fonte" predatória, as rãs são obtidas
através de alguns sistemas, os quais iremos abordar
agora:

Extensivo ou em liberdade

A rigor, não pode ser considerado um sistema de


criação, porque as pessoas que o adotam, a única
coisa que fazem é soltar girinos, rãs jovens ou mesmo
adultas em terrenos adequados como os brejos ou
plantações como as de arroz, por exemplo, e as
abandonam à sua sorte: isto não é criar rãs. Limitam-
se, algum tempo depois, a caçar as que encontram.

Quem pratica este sistema nem pode ser chamado de


criador porque, realmente, não tem nenhum controle
sobre os animais e nem pode mesmo afirmar, depois
de algum tempo, se eles existem, se morreram ou se
foram caçados por predadores ou por homens, Não
difere muito da caça predatória, exceto porque o dono
do terreno nele soltou as rãs que está caçando.

É, repetimos, um sistema empírico, imprevisível e


somente o estamos apresentando para alertar as
pessoas que, por qualquer motivo, hajam pensado em
adotá-lo. Seus outros inconvenientes são:
impossibilidade de controlar o número de animais; a
mortalidade é muito grande; enxurradas e inundações
arrastam os animais para fora do imóvel; grande
ataque de predadores, de competidores, etc.

Semi-intensivo
Difere do anterior, apenas porque o terreno em que são
soltos os girinos ou as rãs é cercado, para diminuir a
incidência de predadores. Um dos seus maiores
inconvenientes é o preço proibitivo que atingiriam as
cercas. Além disso, são colocadas lâmpadas ou
armadilhas para atrair insetos e, às vezes, também
larvários.

Os inconvenientes são os mesmos do sistema anterior,


além de aumentar, muito, o número e espécie de
predadores e competidores, na região, devido ao
aumento da oferta de alimentos representados, não só
pelos que são oferecidos às rãs mas também pelas
próprias rãs, que são um apetitoso manjar para muitos
deles.

Cremos que basta citar esses inconvenientes para que


ninguém pense em criar rãs por esses 2 sistemas
mencionados.

Intensivo ou racional

É o único aconselhável para quem quiser criar rãs com


objetivos econômicos pois é, realmente, o único que
pode proporcionar sucesso na criação e,
consequentemente, bons lucros, porque:

- permite vigilância e controle sobre todos os animais,


em todas as fases de suas vidas;

- torna possível controlar os acasalamentos, de acordo


com os desejos do criador;

- aumenta as percentagens de eclosão;

- proporciona um aproveitamento maior das desovas;

- diminui a mortalidade de larvas, girinos, imagos e rãs


adultas, porque lhes são proporcionadas as melhores
condições possíveis;

- permite uma boa seleção dos reprodutores;

- facilita a captura, o manejo e o descarte;

- evita ou diminui muito os predadores e competidores;

- possibilita melhores condições para uma boa


alimentação;

- permite um aproveitamento maior e mais racional do


terreno; etc.

É o único, repetimos, que deve ser adotado por quem


quiser criar rãs, ou melhor, praticar, realmente a
ranicultura.

Todas as matérias disponíveis no RuralNews, na seção


de rãs, abordam única e exclusivamente aspectos da
criação intensiva ou racional de rãs, e devem ser
consultadas por todos aqueles que praticam ou
desejam iniciar esta atividade.

Algumas rãs comestíveis


autor: Redação RuralNews
data: 13/01/2014

As rãs verdadeiras são as da família Ranidae, das


quais só existe uma, no Brasil, a Rana palmipes,
conhecida no Norte como jia, sendo muito parecida
com a Rana viridis, a rã esculenta, a rã verde da
Europa.

São, também, chamadas de rãs, os representantes


da família Leptodactylidae, entre as quais temos,
em nosso país, as conhecidas rãs-pimenta:
Leptodactylus pentadactylus, L. flavopictus e L.
labyrinticus, a maior rã brasileira, atingindo 500g e
havendo citação de um macho que atingiu 850g.

Além das já mencionadas, temos, também, as


conhecidas rãs comuns e as paulistinhas:
Leptodactylus ocellatus e L. macrosternum, cujas
desovas vão de 3.000 a 4.000 ovos, com a média
de 1.500. Temos, ainda, no Brasil, outras espécies
de rãs comestíveis, mas de menor expressão,
embora saborosas.

Existem mais de 45 gêneros e 560 espécies de rãs


espalhadas por todo o mundo, sendo que uma
delas habita as regiões geladas do polo.

A maior rã do mundo é a golias (Rana goliath) com


40cm de comprimento, da cabeça à região caudal.
Atinge 7kg e vive na República dos Camarões, na
África. Vem, pelo tamanho e em segundo lugar, a
rã touro (Rana catesbeiana Shaw), com até 1,750g
como já verificamos, no Brasil. A rã gigante chilena
(Galyptocephallela grayi), que atinge 900g, é a
única rã comestível que possui protuberâncias
verrucosas no lombo, pois todas as outras o têm
liso. A menor, é uma rã existente em Cuba.

As européias são a Rana temporaria (rã russa ou


vermelha), muito difundida na Europa e na Ásia e a
Rana viridis ou rã verde, conhecida por esculenta,
atingindo 20cm e pronta para o mercado, com 3
anos de idade. Temos, ainda, além de outras rãs
comestíveis, as Rana pipiens (rã leopardo) que é a
mais comum, a R. postulosa, a R. tarahuanare,
vivendo a 3.000m de altitude, etc.

A criação de espécies nacionais, embora sejam elas


de grande resistência, já adaptadas ao nosso
ambiente e algumas bem pesadas como a rã-
pimenta, não deu os resultados esperados. Por
isso, no Brasil, o mais apropriado e indicado, é que
se crie, por seu alto rendimento, prolificidade,
precocidade e adaptação ao cativeiro, a Rana
catesbeiana Shaw, originária dos Estados Unidos,
conhecida em seu país por Bull-frog (rã touro) e,
no Brasil, por rã touro ou touro-gigante.

A importância da água nos ranários


autor: Redação RuralNews
data: 10/12/2013

Indiscutivelmente, a água é o elemento mais importante


de um ranário, pois as rãs, sendo animais anfíbios, não
podem viver sem elas, em qualquer estágio de sua vida,
passando a maior parte de sua existência dentro ou perto
desse elemento, dele dependendo para viver.

É preciso, no entanto, que disponhamos de quantidades


de água suficientes para todas as necessidades do
ranário, uma reserva para eventualidades ou emergências
e também para períodos prolongados de estiagem. Nem
toda a água, no entanto, serve para as rãs: há
necessidade de que ela preencha uma série de condições
físicas, químicas e biológicas. A primeira delas é que seja
água doce, pois as rãs não podem viver em águas
salobras ou salgadas: estas podem ter até 100 vezes
mais sais do que a água doce.

As outras condições, serão abordadas a seguir, porque é


necessário conhecermos a qualidade ou o estado da
água para podermos controlá-la, de acordo com as
necessidades das rãs, nos seus diversos estágios, desde
o ovo até o animal adulto e de acordo, ainda, com a sua
categoria (reprodutor, engorda, girino, etc.).

As melhores águas para ranários são as de poços e de


minas. Além disso, as águas dos tanques devem ser
renovadas 2 vezes por semana. Para isso basta
controlarmos o seu volume de entrada nos tanques.

Acidez ou pH

As águas para rãs não devem ser nem muito ácidas e


nem muito alcalinas, mas com pH de 6 a 7,2 (quase
neutro) ou, de preferência, o pH 7, isto é, neutro. Para as
rãs, o pH ácido é menos perigoso do que o pH alcalino.
Com pH 7,2 a mortalidade de girinos é de 10% enquanto
que, quando o pH atinge 7,8, ela vai a 90%.

Dureza (DH)

A dureza ou DH (Deutch Hardness) é a medida dos sais


minerais contidos na água, principalmente os de cálcio e
magnésio. As águas muito moles ou muito duras podem
causar sérios danos às rãs e às plantas. Seus efeitos, no
entanto, podem ser sentidos somente a médio ou a longo
prazos, quando, muitas vezes, não há mais jeito para
neutralizá-los. Por este motivo, devemos sempre controlar
o DH, assim como fazemos com o controle da acidez
(pH). Tanto a água mole quanto a dura, fazem mal às rãs,
causando principalmente problemas em relação à
mucosidade da pele que fica afetada e, por essa razão, é
necessário corrigi-la.

Densidade

É outro fator importante, pois ela pode revelar o grau de


salinidade da água, permitindo que sejam tomadas as
providências necessárias para evitar problemas inerentes
a esse fator ligado diretamente ao pH. Para medi-la,
temos o densímetro, um aparelho simples e de fácil
manejo.

A cor da água

A água limpa e com todas as suas condições físicas,


químicas e biológicas normais é clara e cristalina. Quando
ela começa a ser usada ou permanece no tanque, mesmo
que haja uma certa circulação, sofre modificações em sua
cor e estas revelam a causa dessas alterações, alertando
o ranicultor e lhe dando tempo para tomar as providências
necessárias e corrigir as falhas existentes.
A desova das rãs
autor: Redação RuralNews
data: 13/11/2013

Quando vai chegando a hora da desova, o macho sai do


tanque de reprodutores, vai para o tanque de desova e
começa a coaxar, chamando a fêmea. Esse tanque é
sem vegetação, limpo e bem raso, com 20cm de
profundidade, no máximo, o que é de grande importância
pois a água fica mais oxigenada e mais aquecida pelo
sol, com uma temperatura mais elevada e mais
adequada para a desova, para a fecundação e para o
início da clivagem, ou "incubação". Além disso, sua
temperatura média é mais constante, evitando quedas
bruscas que podem, quando atingirem uma variação de
10 ºC, não só prejudicar mas até matar as desovas.

É nesses tanques que ocorre 99% das desovas.


Segundo observações, 90 a 95% delas ocorrem pela
manhã e só devem ser colhidas na parte da tarde, das 12
às 14 horas do mesmo dia. Os tanques de desovas têm
eficiência de 84%. Águas muito sujas ou poluídas, frias
ou a baixas temperaturas, podem inibir (reter) a desova.

Desovas em bola
São assim chamadas as desovas que não possuem a
substância ou camada gelatinosa o que, às vezes, pode
ocorrer. Neste caso, os ovos se ajuntam e afundam, com
o perigo de morte para todos eles. São, em geral, de
difícil fecundação. Neste caso, devemos colhe-los com a
mão.

As desovas podem ser realizadas, também, nos tanques


de reprodutores e devem ser aproveitadas para a
produção de girinos de corte, para os destinados à
alimentação de rãs e girinos e para a produção dos
chamados "girinos estocados", também utilizados como
alimentos para elas.
A desova da rã touro
A rã touro, na primeira desova, produz 2.000 a 5.000
ovos, mas com a média de 3.000 a 4.000 enquanto que,
nas seguintes, os números vão subindo gradativamente,
podendo chegar a 25.000. Os ovos ficam dentro de
cordões gelatinosos que, reunidos, formam verdadeiras
mantas ou lençóis circulares gelatinosos (albuminosos)
formados por um líquido incolor, mas não espumoso
como em outras rãs como as pimentas, paulistinhas,
mirins, etc., pois as rãs touro não batem com as patas
para formar essa espuma.

As desovas da rã touro medem 0,40 a 0,60cm², ficam


flutuando na água e se fixam na vegetação ou margens
dos tanques. Quando afundam, em geral, morrem. As
desovas dos sapos são bem diferentes, porque não ficam
em espuma, mas em cordões ganglionados (como
gânglios ou caroços) enquanto que as das pererecas
tomam a forma ou aspecto de ragu ou tapioca. Os ovos
que invertem sua posição voltam à posição normal, se
não afundarem pois, nesse caso, morrem.

Número de desovas
As rãs podem desovar somente por um dos ovários e,
mais tarde, na mesma temporada de reprodução, pelo
outro, fazendo, dessa forma, duas desovas em épocas
diferentes. Para efeito de cálculos, devemos considerar
somente uma desova por ano. Enquanto a fêmea
descansa da postura, o macho toma conta da desova ou
ninho. A desova é considerada fértil quando o corpo
apical do ovo escurece, ficando da mesma cor
homogênea e escura do resto do ovo. Não devemos
fazer a coleta da desova enquanto isso não acontecer.
Se de um dia para o outro não houver essa mudança de
cor, significa que a desova não foi fecundada, que é
estéril. Quando isso ocorre, os criadores dizem que a "rã
abortou".

Larvários
autor: Redação RuralNews
data: 08/11/2013
Os larvários podem ser simples ou mesmo rústicos e se
destinam, não só a atrair insetos, mas também a
proporcionar um meio para que eles se reproduzam da
maneira mais fácil, prática e higiênica possível.

São, portanto, destinados à produção de larvas de


diversas espécies de insetos, o que facilita ao criador,
não só a captura dessas larvas, mas a sua produção
regular e em grandes quantidades, economizando tempo
e mão-de-obra, barateando, assim, os seus custos e
evitando a possibilidade de falta desses alimentos.

Nada mais são, portanto, do que locais destinados à


produção de alimentos vivos, principalmente larvas e
nos quais colocamos matérias diversas para atrair os
insetos, para que aí depositem os seus ovos dos quais,
dentro de 3 a 4 dias, começam a sair as larvas que,
facilmente, são capturadas aos milhares.

Esses larvários podem ser de vários tipos e modelos e


nada mais são do que simples caixas ou bandejas de
metal, madeira, plástico, alvenaria, cimento,
fibrocimento, etc. apoiados diretamente no chão, no solo
ou, então, sobre pés ou mesmo em estantes,
dependendo do tipo de instalações a eles destinadas.

Quando ao ar livre, os larvários devem ter uma cobertura


para que seja mantida, sempre, uma temperatura mais
baixa e uma certa umidade em seu interior e para evitar
a incidência dos raios solares e das chuvas, diretamente
sobre as larvas e os materiais nele existentes, pois elas
morrem quando em contato direto com o sol ou com a
água.

Todos os larvários devem ter um esgoto para escoar os


líquidos que delem saem e que não devem ficar à
superfície da terra ou escorrer para dentro de águas,
pois, certamente, as irão poluir.

Tamanho do larvário

Quanto ao seu tamanho, podem variar bastante, de 50 a


100cm de comprimento por 40 a 50cm de largura e
beiradas de 10 a 15 ou mais cm de altura, quando eles
são construídos no chão e de 20 a 25cm, quando são
colocados sobre pés ou em estantes.

Material para colocar no larvário

São os mais variados, mas enquadrados em duas


categorias: animais ou vegetais, sendo utilizados de
acordo com os insetos que queremos atrair e cujas
larvas desejamos produzir.

Entre os de origem animal, podemos destacar: carcaças


de animais mortos, sacrificados ou abatidos; resíduos de
abatedouros; peixes, ostras, mexilhões, etc.; resíduos de
fábricas de produtos de origem animal; estercos úmidos
de porco, boi, coelho, galinha, etc.

Entre os de origem vegetal temos as frutas: mamão,


laranja, abacaxi, goiaba, etc., para atrair moscas e
outros insetos que comem frutas, sugam seu caldo ou
nelas botam seus ovos. Podemos utilizar como material
de larvário, também, farelos e outros resíduos de
cereais, inclusive pães velhos.

Administração da ração para os girinos


autor: Redação RuralNews
data: 29/07/2013

Na prática, devemos administrar a ração 4 vezes ao dia, num


total de 13% do peso total dos girinos. Quanto aos horários,
podem ser: 9, 11, 14 e 16 horas. A ração deve ser peneirada
uniformemente sobre a superfície da água dos tanques. Além
disso, deve conter 40% de proteínas, sendo 20% de origem
animal e 20% de origem vegetal. Deve apresentar, também,
0,91% de cálcio e 5.300 u.i. de iodo (que comanda a
metamorfose).

Existem algumas rações comerciais para suínos que


apresentam bons resultados na criação de girinos. É preciso,
no entanto, peneirá-la, para que seus grãos fiquem menores,
medindo 0,42mm. Devemos esclarecer que os girinos se
alimentam durante toda a sua evolução, inclusive durante a
metamorfose e a absorção da cauda.

À medida que crescem, os girinos vão, não só ingerindo


maiores quantidades de alimentos mas também alimentos de
maiores tamanhos. Sua alimentação vai desde elementos
microscópicos do plancto, como pequenas algas e pequenos
crustáceos, depois esses mesmos elementos e outros de
maiores tamanhos e mesmo vivos, chegando a devorarem até
mesmo girinos menores (canibalismo). Esta é, inclusive, uma
forma prática e barata para alimentá-los, bastando para isso
que coloquemos 120 a 130 girinos por litro de água, o que
provocará o canibalismo.

Está provado que os alimentos preferidos pelos girinos são os


próprios girinos, peixinhos e pequenos camarões (pitus). Eles
necessitam de alimentos de origem animal, não bastando
somente os de origem vegetal. Não devemos deixar faltar
alimentos para os girinos: é preferível sobrar a faltar.

Ração balanceada

Uma fórmula de ração muito usada e com bons resultados é a


seguinte:

- fubá de milho: 30%;


- farinha de carne: 50%;
- leite integral em pó: 20%.

Em alguns ranários, os criadores fornecem aos girinos, de até


15 dias, 1 gema de ovo cozido, em pó. Do 16º ao 30º dias, é
fornecida uma ração peneirada, cuja fórmula é:

- farelo de trigo: 70%;


- farinha de peixe: 20%;
- farinha de carne: 10%.

Em caso de emergência ou de indisponibilidade temporária,


podemos utilizar uma boa ração para coelhos, desde que seja
peneirada, para que os grânulos fiquem com 0,42mm.

Como exemplo de outra fórmula de ração, temos:

- farelo de trigo (peneirado): 70%;


- farinha de peixe granulada fina, com peneira n.º 1: 30%.
A Importância dos Alimentos Vivos
autor: Dr. Márcio Infante Vieira
data: 15/07/2013

Podemos dizer que um dos fatores mais importantes, talvez o


mais importante numa criação é a alimentação e os alimentos
vivos são de importância indiscutível para um grande número
de animais cuja a alimentação é composta parcial ou
totalmente desse tipo de alimento.

Os alimentos vivos podem ser animais ou vegetais e para


que os animais que dependam dessa dieta viva é preciso
fazer uma criação ou produção paralela.

Podemos citar as seguintes razões para a administração de


alimentos vivos aos animais:

- possibilitar maior variação, o que excita o apetite dos


animais, concorrendo para que melhorem seu estado físico,
cresçam mais rapidamente e produzam mais;

- permite essa variação mencionada no item anterior,


indispensável para alguns animais que, sem ela, não
sobrevivem;

- melhora as qualidades nutritivas da alimentação,


proporcionando maior variedade e melhor qualidade dos
alimentos, tornando-a mais nutritiva e equilibrada;

- alguns animais, como certos peixes, por exemplo, não se


reproduzem, se não lhes forem fornecidos alimentos vivos,
pelo menos durante alguns dias antes da época de desova;

- muitos peixes e outros animais não apresentam toda a


vivacidade de suas cores, se não se alimentarem de seres
vivos;
- muitos animais, principalmente filhotes, como os de
pássaros, por exemplo, não se desenvolvem bem se não
ingerirem vermes e outros alimentos vivos;

- rãs, sapos e certos lagartos, por exemplo, só comem


alimentos vivos;

- a alimentação dos animais fica muito mais completa, em


sua composição, quando lhes são fornecidos, também,
alimentos vivos.

Cremos que as razões mencionadas são o suficiente para


mostrar, não só a importância dos alimentos vivos mas
também que eles são indispensáveis e insubstituíveis,
mesmo, em muitos casos.

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