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EXCELENTISSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUÍZ (A) DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE
VITORIA DO JARI - COMARCA DE ...

PROCESSO Nº ...

FULANO, devidamente qualificada nos termos da reclamação cível em


epigrafe, que lhe move CICLANO, vem, por esta e na melhor forma de direito, por seu advogado
infra-assinado, instrumento de mandato incluso, respeitosamente a presença de Vossa
Excelência apresentar CONTESTAÇÃO aos termos da reclamação supra, argüindo as seguintes
razões de fato e de direito:

PRELIMINARMENTE:

DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA REQUERIDA FULANO

Uma análise perfunctória dos fatos narrados leva a crer pela ilegitimidade
passiva da requerida FULANO.
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É uma lição comezinha em direito que a responsabilidade seja civil, seja


criminal, seja administrativa, no âmbito civil ou público deve advir de um ato comissivo ou
omissivo.
A pessoa não responde pelo que é ou pelo que os outros fizeram, responde
pelo que fez ou deixou de fazer.

DAS ALEGAÇÕES DO AUTOR:

“xxxxxxxxxxxxxxxxxx”.

Faz-se necessário esclarecer como se deu a relação de compra e venda.

A Requerida FULANO apenas vendeu o GUARDA ROUPA COPACABANA 6P


ROVERE/NOCE RMO e o KIT ARMARIO 4127 GOUMERT TPL PT BERTOLINI para o Requerente,
uma vez que tem toda a liberdade para comercializar e apenas desta forma procede.

No ato da compra a requerente optou pelo financiamento do produto, através da


financeira CICLANO, tendo em vista que as quantidades de parcelas poderiam ser maior do que
o financiamento efetuado pelo carnê da própria loja Requerida.

Diante disso, a venda foi realizada, através da financeira, tendo a requerida a


FULANO enviado a proposta para CICLANO que aprovou o financiamento.

Ressalte-se que a requerida FULANO recebeu o valor do produto constante na


nota fiscal.

Ao efetuar o financiamento pela CICLANO, o Requerente deixa de pagar para a


FULANO, que recebe o valor à vista da financiadora, passando a pagar para a CICLANO, por
meio do boleto.

Ou seja, quando o Requerente optou pela forma de pagamento financiado pela


CICLANO, temos que a relação jurídica passou a ser entre o Requerente e a financiadora
CICLANO.

Segue em anexo cédula de crédito bancário, devidamente assinada pela


Requerente, demonstrando o BANCO CICLANO S.A. como credor.

Desta feita, para os fins pretendidos pelo Requerente, quem deveria compor o
pólo passivo da lide seria a CICLANO e não a FULANO, tendo em vista que esta ultima apenas
vendeu o produto para o Requerente.
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Importante frisar mais uma vez que a FULANO recebeu o valor do produto à
vista, sendo que a emissão do carnê e o recebimento são de responsabilidade da CICLANO.

Não pode a requerida FULANO responder pelos supostos danos suportados pela
autora, uma vez que jamais obrigou ou ludibriou de forma alguma a autora escolher o
financiamento pela CICLANO, no ato da compra a autora foi bem esclarecida a respeito do
parcelamento feito pela financeira e sabia de todos os encargos, mesmo afirmando que
assinou o contrato sem ler.

Nesse sentido é a lição Fredie Didier Jr.:

“A todos é garantido o direito constitucional de provocar a atividade


jurisdicional. Mas ninguém está autorizado a levar a juízo, de modo
eficaz, toda e qualquer pretensão, relacionada a qualquer objeto
litigioso. Impõe-se a existência de um vínculo entre os sujeitos da
demanda e a situação jurídica afirmada, que lhes autorize a gerir o
processo em que esta será discutida. Surge, então, a noção de
legitimidade ad causam.

(.....)

A esse poder, conferido pela lei, dá-se o nome de legitimidade ad causam


ou capacidade de conduzir o processo. Parte legítima é aquela que se
encontra em posição processual (autor e réu) coincidente com a situação
legitimadora, decorrente de certa previsão legal, relativamente àquela
pessoa e perante o respectivo objeto litigioso.” (Apud in Fredie Didier Jr.
Direito Processual Civil. Volume I, 5ª edição, pág. 186, Editora Jus
Podivm.

Vejamos decisão proferida pelo juiz CARLOS ALBERTO CANEZIN, em processo da


7ª vara do juizado Central da comarca de Macapá:

“Nº do processo: 0038996-84.2015.8.03.0001-Parte Autora: ANDREIA


PINHEIRO FARIAS- Parte Ré: FULANO COMERCIO LTDA

Sentença: No presente caso, verifico que apesar da autora ter juntado


aos autos a cópia da nota fiscal de aquisição do produto, comprovando o
negócio jurídico entre as partes, observo que o objeto da lide - discussão
dos juros cobrados com o financiamento deve ser realizado contra a
financeira CICLANO, não sendo possível incluir a requerida FULANO
Comércio Ltda. nessa lide, eisque esta apenas realizou a venda do
produto, o qual foi entregue à requerente. Nesse passo, entendo que a
empresa ré não tem legitimidade para figurar no polo passivo da
presente demanda, uma vez que não foi a citada empresa que
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financiou a compra da mercadoria. A falta de legitimidade obriga ao


indeferimento da petição inicial (CPC, art. 330, inc. I). Por outro lado, o
processo deve ser extinto, sem julgamento do mérito, quando não
concorrer qualquer das condições da ação (CPC, art. 485, inc. VI), que
são a legitimidade e o interesse processual. As condições da ação devem
ser verificadas pelo Magistrado quando do despacho inicial, podendo,
todavia, fazê-lo, de ofício, em qualquer tempo, desde que antes da
prolação da sentença de mérito (CPC, art. 485, § 3º). DIANTE DO
EXPOSTO, e considerando tudo o mais que dos autos constam, extingo o
presente processo, sem julgamento do mérito, nos termos do art. 485,
inc. VI, do CPC. Sem condenação em custas e honorários, nos termos do
art. 55 da Lei 9.099/95. Certificado o trânsito em julgado, arquive-se.

Ante o exposto requer a exclusão do pólo passivo da presente demanda, em face


da ilegitimidade passiva da empresa FULANO, posto que não é responsável pelo financiamento
feito pelo BANCO CICLANO S.A., e não tem nenhuma responsabilidade pelo os valores das
parcelas cobradas.

NO MÉRITO

COMPRA E VENDA - FINANCIAMENTO DOS PRODUTOS PELA CICLANO:

A FULANO realizou contrato com a CICLANO, visando a utilização dos


instrumentos de financiamento para alavancar as vendas de seus produtos e para ofertar ao
consumidor mais uma forma de aquisição de seus produtos.

Efetivado o contrato com a CICLANO, a FULANO passou a ofertar ao consumidor


a aquisição de bens de forma financiada por aquela. Assim, dentro das possibilidades de
pagamento da compra o Requerente optou pelo pagamento de forma financiada pela
CICLANO.

As condições do financiamento ofertadas pela CICLANO era em parcelamento no


carnê. Concretizado o financiamento a FULANO recebe o valor do produto expresso na nota
fiscal.

Ocorre que, ao realizar o financiamento, o Requerente passa a pagar, por meio


do carnê, diretamente para a CICLANO e não para a FULANO, que já recebeu o valor do produto
à vista quando da concretização do financiamento.
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O valor das parcelas, o numero das parcelas, bem como os encargos do


financiamento, constam claramente, no contrato que foi devidamente assinado pela autora,
cuja copia consta em anexo.

Ressalte-se que a emissão do carnê é de responsabilidade da CICLANO, sendo


que os valores ali expressos serão pagos diretamente a ela, sendo de sua responsabilidade
eventuais contradições.

Desta feita, a relação débito/cobrança dá-se entre o Requerente e a CICLANO.

A FULANO jamais realizou ou realizara qualquer cobrança em nome do autor, até


porque a autora nada deve a Requerida FULANO e sim a CICLANO.

Fica claro que a empresa que deveria compor o pólo passivo da presente ação
seria a CICLANO e não a FULANO, uma vez é aquela que vem realizando as cobranças que a
autora considera indevidas.

Desta feita, pugna pela total improcedência dos pedidos formulados na inicial,
uma vez que as parcelas pagas que autora julga indevidas não são realizadas pela FULANO, sim
pela CICLANO, e que deveria compor o pólo passivo da presente ação.

DA IMPOSSIBILIDADE EFETUAR NOVO PARCELAMENTE DA DÍVIDA POR PARTE DA REQUERIDA

Requer a parte autora a anulação do contrato com a CICLANO, e que novo


contrato seja feito com a loja FULANO. Tal pedido demonstra-se descabido e não encontra
nenhum amparo legal, já que não foi a FULANO realizou o contrato de financiamento com o
Requerente e sim o BANCO CICLANO S.A.

Como já dito, o valor das parcelas, o numero das parcelas, bem como os
encargos do financiamento, constam claramente, no contrato que foi devidamente assinado
pelo autor, cuja copia consta em anexo nos autos.

Nenhuma atitude ilícita ou indevida foi cometida pela Requerida FULANO, não
havendo, portanto, qualquer motivo que enseje novo parcelamento da dívida por parte da
Requerida, tal pedido deve ser feito a CICLANO, já que é a outra parte do contrato de
financiamento assinado pelo Requerente.
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Desta feita, pugna-se pela total improcedência do pedido de novo


parcelamento da divida, posto não ter amparo legal e pelo fato da Requerida não ter qualquer
responsabilidade pelo contrato de financiamento realizado pela CICLANO e Requerente.

DA INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR O DANO MORAL:

Improcede o pedido de indenização por danos morais, formulado pelo Requerente


em sua reclamação, senão vejamos:

A MM juíza MARCELLA PEIXOTO SMITH nos autos de reclamação civil nº 0030599-


12.2010.8.03.0001- Juizado Especial Central definiu e caracterizou perfeitamente a incidência de
dano moral ao prolatar a sentença no seguintes termos:

DOS DANOS MORAIS


(...)
O dano moral materializa-se na sensação de perda e na certeza
convicta de que, a partir de então, o mundo passa a ser outro, mais
sombrio, passando a ser a vida um instante de dor e de sofrimento.
Ter essa sensação - ainda que por algum tempo - é o bastante para
adentrar no âmago da personalidade humana, causando alterações e
sérios transtornos e atingindo o lado imaterial do sujeito que,
agredido, deve ser reparado.
A parte autora, nitidamente, passou por esse calvário, mesmo que
temporário, tendo que conviver com a realidade - hipotética - de que
sua vida passou a ser vista por uma outra perspectiva, fruto do descaso
da recorrida, não tendo outra opção senão a via judicial, para ter a sua
lesão corrigida.

ATENTO JULGADOR:

A cobrança devida do débito não gera o sofrimento alegado pelo Requerente.

É oportuno mencionar que o dano moral não contempla hipóteses de


aborrecimento ou perturbação corriqueiro, decorrente da vida moderna, sob pena de inteira
banalização. É indispensável que estejam presentes elementos como vexame, sofrimento
exacerbado, angústia incontida ou humilhação, não se indenizando o mero dissabor ou
incômodo.

Apesar de alegar ter sofrido dano moral, a autora não menciona na peça
exordial, qual o efetivo dano moral sofrido, e que transtorno de ordem psíquica sofrera.
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O dano moral alegado é hipotético, fictício e deve ser afastado, até porque a
própria parte autora silenciou-se neste sentido, apenas alegando ter sofrido tal dano.

O pedido indenizatório deve ser pautado por uma pretensão justificada,


marcada pela razoabilidade e conveniência. Se assim não for, imperiosa a submissão do
Requerente da demanda judicial aos efeitos da litigância de má-fé, além, é claro, da total
improcedência do pedido.

Excelência, na verdade, os fatos narrados pelo Requerente não geram dano


moral, uma vez que foi informada de todos os encargos, afirma que não leu o contrato,
mesmo assim, assinou os documentos necessários para liberação do financiamento , vejamos:

Segundo a melhor doutrina, o dano moral advém da dor, dos sofrimentos


alcançados pela vítima do ilícito, resultante de conduta culposa ou dolosa. No caso em tela, o
fato descrito pelo Requerente, não são hábeis em demonstrar os alegados danos vexatórios que
motivariam a lesão à personalidade humana.

A jurisprudência pátria é neste sentido:

RELAÇÃO DE CONSUMO. Compra e venda pela Internet. VÍCIO DO


PRODUTO. DANOS MATERIAIS E MORAIS. INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA. Responsabilidade objetiva. Inexistência de dano moral. Direito
à devolução do valor pago por produto defeituoso. Recurso
parcialmente provido. (RECURSO INOMINADO -- TERCEIRA TURMA
RECURSAL CÍVEL JEC Nº 71000522268 -- COMARCA DE TAQUARA/RS.
RECORRENTE: FABIO DA COSTA NERY – RECORRIDO: AMERICANAS. COM
S/A – Relatora:DRA. MARIA JOSÉ SCHMITT SANTANNA.Disponível em
www.conjur.com.br.Acesso em 28.10.2010),

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. VÍCIO DE


PRODUTO. AUTOMÓVEL. DANOS MORAIS E MATERIAIS
INOCORRENTES.

1. RESPONSABILIDADE OBJETIVA POR VÍCIO DO PRODUTO. Uma vez


constatado o vício no produto o consumidor tem o direito de exigir do
fornecedor o saneamento do problema, cuja responsabilidade, nestes
casos, é solidária entre todos os integrantes da cadeia de fornecedores,
desde o fabricante até o comerciante, nos termos do art. 18, do CDC.

2. DANOS MATERIAIS. Embora constatados vícios no produto, não se


releva nos autos o propalado dano material, na medida em que a
diferença existente entre o valor de compra e de venda do automóvel,
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que não se mostra de grande monta, decorreria da própria depreciação


do bem.

3. DANOS MORAIS. É bem verdade que a comprovação dos danos


morais encontra, em certos casos, dificuldades intransponíveis, motivo
pelo qual a sua demonstração em juízo vem sendo relativizada por
esta Corte a ponto de considerá-lo in reipsa. Todavia, o contexto fático
do caso vertente não recomenda a dispensa da comprovação dos
abalos psíquicos sofridos pela parte autora. Hipótese em que a prova
dos autos não demonstra que a situação vivenciada pelo autor tenha
escapado à normalidade

APELO DESPROVIDO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70027303304, Nona


Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: OdoneSanguiné, Julgado
em 18/02/2009).Disponível em :
http://br.vlex.com/vid/52402668#ixzz13gMgDv7d . Acesso em
28.10.2010.

O dano moral, embora indenizável, também tem como pressuposto, a prova


inequívoca de que efetivamente ocorreu. Nesse sentido já se manifestaram as Turmas Recursais
dos Juizados Especiais Cíveis.

Na tormentosa questão de saber o que configura o dano moral, cumpre


ao juiz seguir na linha da lógica razoável, em busca da sensibilidade
ético-social normal. Deve tomar por paradigma o cidadão que se coloca
a igual distância do homem frio, insensível e o homem de extrema
sensibilidade. Nessa linha de princípio, só devem ser reputados como
dano moral à dor, vexame, sofrimento ou humilhação que, fugindo à
normalidade, interfira intensamente no comportamento psicológico do
indivíduo, causando-lhe aflição, angustia e desequilíbrio em seu bem-
estar, não bastando mero dissabor, aborrecimento, mágoa, irritação ou
sensibilidade exacerbada ou meros boatos a respeitos de uma conduta
social que em nada o prejudique, pois foi neste sentido que a
Constituição Federal de 1988, no seu art. 5º, inciso V, assegura a
indenização por dano moral.

Excelência, “data vênia”, mas viola o senso de justiça comum, o direito


natural e até mesmo o normativo a condenação da requerida a dano moral, decorrentes dos
fatos narrados na inicial.
Com a devida licença, a autora apresentar-se como vítima, como lesada,
olvidando as circunstâncias em que realmente ocorreram os fatos, querendo aproveitar-se de
suposto vicio de produto para ganhar um “prêmio de loteria”.
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A proteção jurídica do dano moral produzido e sua indenização só teria


cabimento se demonstrado o prejuízo na esfera moral da ofendida, o que também não ocorreu.
Alegar simplesmente que sofrera dano moral não é suficiente.

Por essas razões, nossos tribunais têm se mostrado rígidos na fixação da verba
reparatória, inclusive como instrumento de preservação do instituto, impedindo que absurdas
indenizações subvertam o causador do dano à condição de nova vítima ao ter de suportar uma
reparação demasiada e desproporcional à ofensa.

A Jurisprudência vem coibindo com êxito o comportamento indevido do


ofendido, limitando a verba reparatória a valores adequados e condizentes com a realidade
atual, máxime porque a vítima deve encontrar na reparação um meio de satisfação do dano
moral experimentado, e não uma caderneta de aposentadoria ou um bilhete de loteria
premiado.

Com efeito, convém dizer que nem todo mal-estar configura dano moral, no
sentido de que "seria reduzir o dano moral a mera sugestibilidade, ou proteger alguém que não
suporta nenhum aborrecimento trivial, o entendimento que o dano moral atinge qualquer gesto
que causa mal-estar.

O mero incômodo, o desconforto, o enfado decorrentes de alguma


circunstância que o ser humano tem de suportar em razão de viver em sociedade, não servem
para que sejam concedidas indenizações.

Dando suporte ao que se aduz, cabe trazer à colação a orientação prolatada


pelo Superior Tribunal de Justiça:

"É de repudiar-se a pretensão dos que postulam exorbitâncias


inadmissíveis com arrimo no dano moral, que não tem por escopo
favorecer o enriquecimento indevido. (AGA 108923/SP, 4ª Turma, DJ
29/10/96)"

Os demais Tribunais pátrios são unívocos ao prescreverem o mesmo


posicionamento:

"Dano moral arbitrado como prudente arbítrio, não sendo fonte de


enriquecimento. (TJSP, ap. cível 016.547-4, 3ª Câmara de Direito
Privado, re. Ney Almada, 01/04/97)"
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É o que se extrai do julgado abaixo, proferido na Turma Recursal dos Juizados


Especiais, verbis:

“JUIZADO ESPECIAL. DANO MORAL. NÃO CARACTERIZADO. SIMPLES


ABORRECIMENTO NO DIA-A-DIA. I – Indefere-se o pedido de indenização
por danos morais quando não resta caracterizada a efetiva ofensa ou
violação a direitos da pessoa natural ou jurídica, tais como honra, nome,
imagem, reputação, personalidade, grau de importância e o conceito
que a pessoa goza no seu da comunidade, onde vive. II – pequenos
aborrecimentos... jamais podem ser considerados ofensivos ou
violadores de direito da personalidade a ponto de autorizar a
reparação por danos morais, sob pena de se desvirtuar o instituto
constitucionalmente garantido. III – Recurso improvido, sentença
confirmada” (Juizado Especial Cível. Recorrente: Whoston Tadeu Ataíde
Oliveira. Recorrido: Editora Globo, Rel. Ernesto Colares. DOE 23.03.99)
(Destaque nosso)
EMENTA CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. MERO ABORRECIMENTO.
DANO MORAL. INOCORRÊNCIA.1) Meros aborrecimentos e incômodos
não são elementos capazes de gerar a indenização por danos morais, eis
que, para tanto, impõe-se a existência de um sentimento contundente de
dor, sofrimento ou humilhação; 2) Apelo provido. (TJAP - AC n.º 2074/05
- Acórdão n.º 8533 - Rel. LUIZ CARLOS - Câmara Única - j. 30/08/2005 -
v. Maioria - p. 19/10/2005 - DOE n.º 3626 ).

Nesse sentido, requer seja julgado totalmente improcedente o pedido de


indenização a título de danos, tendo em vista, o dano moral não ter se caracterizado.

DO PEDIDO:

Isto Posto, requer respeitosamente a Vossa Excelência, o recebimento da


presente contestação para deferir o seguinte:

1. O acolhimento da preliminar suscitada para excluir a FULANO do pólo


passivo da presente ação.

2. Que SEJA JULGADO IMPROCEDENTE os pedidos do Requerente, pelo fato


de não existir qualquer motivo que justifique o cumprimento de qualquer
um dos pedidos por parte da FULANO pleiteado neste feito, merecendo
estes total improcedência.
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3. Ainda no mérito, SEJA JULGADO IMPROCEDENTE o pedido de indenização


a título de danos morais, haja vista o dano moral alegado não ter se
configurado.

Pugna desde já pela produção de todos os tipos de provas em direito


admitidas, principalmente pelo depoimento do autor.

Nestes Termos;
Pede Deferimento.

LOCAL... E DATA...

ADOVOGADO....
OAB....

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