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PROJETO TÉCNICO DE ESTRADAS E TRANSPORTES

1ª AVALIAÇÃO PARCIAL – PROJETO GEOMÉTRICO


1. LOCALIZAÇÃO E INFORMAÇÕES ESPACIAIS

Para concretização de um projeto técnico de rodovia é necessário um estudo amplo das


várias condicionantes que influenciam os critérios de dimensionamento dos elementos
geométricos e geotécnicos, de acordo com o manual de projeto geométrico de rodovias rurais do
DNIT, a topografia do terreno onde será construída a rodovia tem imensa importância para o
projeto e, uma escolha otimizada do traçado-base pode resultar a uma obra menos onerosa em
termos construtivos e ambientais.

O terreno disponibilizado para o projeto fica localizado próximo ao município de Maringá no


estado do Paraná e visa prolongar uma rodovia existente, com passagem obrigatória pelo Posto de
Polícia,o terreno é delimitado pelas coordenadas UTM Norte 7376997.7554 e UTM Este 214.5770
compreendido pela zona 22 sul; com uma amplitude altimétrica de 75 metros.

A topografia do terreno é considerada levemente ondulada, porém, foi possível obter um


traçado-base em porções do terreno que são planas, sendo assim para fins de projeto o terreno
será considerado como plano.
2. DEFINIÇÃO DOS CRITÉRIOS E PARÂMETROS DO PROJETO
2.1 Características do tráfego
O tráfego é uma importante condicionante em um projeto de rodovias, o tipo de tráfego
influencia as dimensões do veículo de projeto, as quais determinam importantes características da
rodovia como a largura da faixa e a necessidade de superlarguras em trechos de curva.
De acordo com o manual de projeto geométrico do DNIT, para um VDM de aproximadamente
2000 o tráfego é composto por 47% de automóveis, 8% de ônibus e 45% caminhões.
2.2 Classificação da rodovia

As classes de projeto classificam a rodovia de acordo com sua finalidade e seu volume de
tráfego e tem suas classes definidas entre 0 e IV, ordenadas por nível de padrão técnico.

As rodovias da classe 0 (via expressa) exigem os mais elevados padrões técnicos e projetam-
se o tráfego para o décimo ano após a sua abertura e as rodovias de classe IV são rodovias de pista
simples as quais visam atendimento a custo mínimo do tráfego no ano de abertura.

O VDM projetado para o décimo ano do projeto em questão é de 2065, caracterizando a


classe da rodovia projetada em I-C, sendo esta classe regida por um VDM entre 1400 e 5500
veículos por dia para regiões planas com ótimas condições de visibilidade.

É importante denotar que a classe da rodovia tem importância inerente à vários critérios do
projeto e que os critérios tem embasamento em muitos anos de experiência acumulada de
profissionais de vários países.

2.3 Velocidade de projeto


A velocidade é um dos principais elementos a condicionar um projeto rodoviário. A
velocidade tem participação na determinação da maioria das características da rodovia. A
velocidade diretriz é a velocidade selecionada para o projeto e determina características como:
curvatura, superelevação, superlargura e distância de visibilidade.
A definição simples da velocidade diretriz, de acordo com os manuais do DNIT, é a maior
velocidade com que pode se trafegar no trecho rodoviário com condições de conforto e segurança,
mesmo com o pavimento molhado, quando o veículo estiver submetido apenas às limitações
impostas pelas características geométricas.
De acordo com o quadro 5.1.1 do manual de projeto geométrico do DNIT, a rodovia deste
projeto, sendo da classe I com relevo plano deve ter velocidade de projeto de 100km/h.
2.4 Veículo de projeto
O veículo de projeto é o veículo que herda características influenciadas pelo tipo de tráfego
do trecho em questão e constituem-se de parâmetros que condicionam outros aspectos do
dimensionamento geométrico.
A largura do veículo influência a largura da pista de rolamento; a distância entre eixos influi
no cálculo da superlagura; o comprimento do veículo influência a largura dos canteriso e faixas de
espera; a relação peso bruto/potência relaciona-se com o valor da rampa máxima e influi na
verificação da necessidade de implantação de faixa adicional para reduzir a fenômenos de
formação de pelotões.
O veículo de projeto, neste caso, foi disponibilizado e não é necessário um estudo mais
aprofundado para determinação do mesmo. Segue dados do veículo de projeto:
Largura (U): 2,60 metros;
Distância entre eixos (S): 6,10 metros;
Frente do veículo (F): 1,80 metros;
Espaço de segurança (c): 0,50 metros;
Relação massa/potência: 154 kg/kW.
2.5 Raio mínimo de curvatura horizontal
Para determinação do raio mínimo de curvatura deve se levar em considerações alguns
fatores como superelevação máxima e coeficiente de atrito.
O coeficiente de atrito transversal é elemento que influi nos cálculos pois, junto à
superelevação, pode contrabalancear a força centrífuga imposta em trechos de curva.
Com a velocidade diretriz é possível o valor máximo de atrito admissível, sendo para
velocidade diretriz de 100km/h um atrito admissível de 0,13.

Fonte: Manual de projeto geométrico - DNIT

As condições de equilíbrio, e por consequência o raio mínimo de curvatura são expressas


pela seguinte equação:
𝑉²
𝑅𝑚𝑖𝑛 =
127(𝑒𝑚𝑎𝑥 + 𝑓𝑚𝑎𝑥)

No projeto em questão, de acordo com a equação e adotando superelevação máxima de


10%, temos:

100²
𝑅𝑚𝑖𝑛 = 127(0,10+0,13) = 342,34 ~ 350m

2.6 Superelevação máxima


De acordo com o manual de técnicas do DNIT, para rodovias de padrão elevado de Classe 0
ou I, em regiões de relevo plano ou levemente ondulado é admitido um valor máximo de
superelevação de 10%.
2.7 Largura da faixa de rolamento
A largura da faixa é estabelecida pela tabela abaixo, a qual prevê um valor de 3,60m para
Classe I em relevo plano.

Fonte: Manual de projeto geométrico - DNIT


2.8 Largura do acostamento
A largura dos acostamentos é definida pela tabela disposta abaixo, para o projeto em questão
é escolhido então 3,00m como sendo a largura padrão dos acostamentos.
ΔRampa máxima
De acordo com os dados para o projeto para o grupo 01 o VDM é de 1426, com uma taxa de
crescimento de 4,20% a.a, em progressão geométrica com razão 1,042 para 10 anos após a
construção da rodovia é obtido um VDM de 2065.

De acordo com o manual de projeto geométrico de rodovias rurais do DNIT, uma rodovia em
pista simples com um VDM entre 1400 e 5500, sendo esta locada em região plana ou levemente
ondulada, é enquadrada como uma rodovia da classe I-C.

O relevo do projeto é levemente ondulado, sendo assim a velocidade diretriz escolhida é de


100km/h, conforme orientações do manual de projeto geométrico do DNIT.

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