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BIOMA CAATINGA
Ecologia, Diversidade, Educação
Ambiental e Práticas Pedagógicas
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BIOMA CAATINGA
Ecologia, Diversidade, Educação
Ambiental e Práticas Pedagógicas
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
Capítulo III – Fauna da Caatinga. Francisco José Pegado Abílio, Thiago Leite
de Melo Ruffo. ................................................................................................. 38
Gostaríamos de agradecer:
APRESENTAÇÃO
1
GADOTTI, M. Pedagogia da Terra. São Paulo: Peirópolis, 2000.
2
SEGURA, D.S.B. Educação Ambiental na Escola Pública: da curiosidade ingênua à consciência
crítica. São Paulo: Annablume / Fapesp, 2001.
3
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
9
CAPÍTULO I
BIOMA CAATINGA: CARACTERIZAÇÃO E
ASPECTOS GERAIS
ASPECTOS GERAIS
(4)
da língua Tupi-Guarani, que significa Mata Branca , esse nome, define com
primazia/veracidade o aspecto da vegetação desta região durante a época da
seca, quando suas folhas caem e apenas os troncos branco-acinzentados das
árvores e arbustos destacam-se na paisagem (PRADO, 2005).
A Caatinga é o mais negligenciado dos biomas brasileiros, nos mais
diversos aspectos, embora sempre tenha sido um dos mais ameaçados em
decorrência dos vários anos de exploração e uso inadequado dos seus solos e
recursos naturais (VELLOSO et al., 2002). Tendo como apoio para a
visualização deste fato, Cortez et al. (2007), afirma que menos de 2% da área
de Caatinga remanescente está protegida por entidades governamentais e/ou
não-governamentais, mostrando assim, a grande necessidade de conservação
dos seus sistemas naturais, bem como, da ampliação do conhecimento
científico direcionado a este ecossistema.
Localizada em uma área de clima semi-árido (Figura 1), o bioma
Caatinga apresenta uma ampla variedade de paisagens e significativa riqueza
biológica. As plantas e animais deste bioma possuem propriedades diversas
que lhes permitem viver nessas condições aparentemente desfavoráveis. O
conjunto de interações entre eles é adaptado de tal maneira que o total de
plantas, animais e suas relações formam um bioma especial e exclusivo no
planeta.
(4)
A etimologia Tupi-Guarani da palavra Caatinga consiste das partículas ca’a, planta ou
floresta; ti, branco e o sufixo ‘ngá, que lembra, perto de. Assim, “a mata esbranquiçada”.
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(5)
Inselbergue: Elevação que aparece em climas áridos quentes e semi-áridos. Caracteriza-se
por seu isolamento, remanescente de uma superfície mais elevada que ocorria no passado
geológico da área, onde a erosão o modelou. (LIMA-E-SILVA et al. 2002).
15
Exemplo: O bioma Caatinga (Texto retirado de: AMABIS, J.M ; MARTHO, G.R.
Biologia: Biologia das populações, São Paulo: Moderna, 2004, v. 3, 2 ed. ).
CAPÍTULO II
VEGETAÇÃO DA CAATINGA
ASPECTOS GERAIS
Algumas espécies de
Alguns tipos de usos medicinais
Angiospermas
A casca do caule é usada como
Myracrodruon urundeuva Allemão
antiinflamatório ovariano, uso tópico contra
(Aroeira)
úlceras externas.
A casca do caule é empregada como
Spondias tuberosa Arruda
oftálmico; Os frutos oferecem grande
(Umbuzeiro)
quantidade de vitaminas.
A casca do caule é utilizada contra
Aspidosperma pyrifolium Mart.
inflamações do trato urinário, e externamente
(Pereiro, Pau-Pereiro)
contra dermatites.
Tabebuia aurea (Silva-Manso) Benth. O xarope da casca do caule é indicado no
& Hook.f. ex S. Moore (Craibera) tratamento de gripes e bronquites.
O chá da raiz é empregado no tratamento de
Bromeilia laciniosa Mart. ex schult. f.
hepatites; a “farinha” da macambira é
(Macambira)
utilizada como fonte de proteína.
Commiphora leptophloeos (Mart.) J. O lambedor da casca do caule é empregado
B. Gillett (Imburana, Umburana) no tratamento de gripes, tosses e bronquites.
O macerado das folhas é utilizado no
Licania rigida Benth. (Oiticica)
tratamento do diabetes.
O xarope das folhas e cascas do caule é
Combretum leprosum Mart.
usado como expectorante, contra tosses e
(Mofumbo)
coqueluches.
Cnidoscolus quercifolius Pohl O macerado da casca do caule é utilizado
(Favela) contra inflamações dos ovários e próstatas.
O macerado do caule, misturado em vinho ou
cachaça é indicado como afrodisíaco; O
Caesalpinia pyramidalis Tul.
xarope do caule é empregado como
(Catingueira)
expectorante e indicado contra bronquites e
tosses.
A parte mais utilizada desta planta é a casca
Ziziphus cotinifolia Reiss. do caule, que é utilizada para a escovação
Ziziphus joazeiro Mart. dentária e contra caspas e seborréia. A partir
(Juazeiro) desta pode-se ainda fazer um xarope, que
pode ser utilizado no tratamento da tosse.
O xarope da casca do caule é empregado no
Anadenanthera colubrina var. cebil
tratamento de tosses, coqueluches e
(Griseb.) Altschul (Angico)
bronquites.
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Quadro III. Alguns tipos de cactáceas e seus respectivos usos. (ANDRADE, 2008,
AGRA et al., 2007).
(6)
Qualquer espécie de vegetação, natural ou plantada, que cobre uma área e é utilizada para
alimentação de animais, seja ela formada por espécies de gramíneas, leguminosas ou plantas
produtoras de grãos. Disponível em
<http://www.zootecniabrasil.com.br/sistema/modules/tiny1/.>. Acesso em 31 jul. 2009.
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COMBRETACEAE
Combretum leprosum Mart.
arbusto chuvosa transição ane
(Mofumbo)
Combretum pisonioides Taub.
arbusto chuvosa transição ane
(Canela-de-veado)
EUPHORBIACEAE
Jatropha molissima (Pohl) Baill chuvosa e
arbusto transição aut
(Pinhão) seca
Manihot caricaefolia Pohl
arbusto chuvosa chuvosa aut
(Maniçoba)
Croton rhamnifolioides Pax &
arbusto chuvosa chuvosa aut
H. Hoffm. (Marmeleiro branco)
Croton sonderianus Muell. Arg.
arbusto chuvosa chuvosa aut
(Marmeleiro)
FABACEAE (Leguminosas)
Amburana cearensis (Allemão)
árvore chuvosa chuvosa aut
A.C. Smth (Cumaru)
Anadenanthera colubrina (Vell.) final da seca
Brenan (Angico) árvore seca aut
seguinte
Bauhinia cheilantha (Bong)
árvore chuvosa chuvosa aut
Steud. (Mororó)
Dioclea grdiflora Mart. Ex
trepadeira chuvosa chuvosa aut
Benth. (Mucunã)
Caesalpinia ferrea Mart. Ex Tul.
árvore chuvosa transição aut
(Pau-ferro)
Caesalpinia pyramidalis Tul chuvosa e chuvosa
(Caatingueira) árvore aut
seca e seca
Piptadenia stipulaceae (Benth)
árvore transição transição aut
Ducke (Jurema branca)
Mimosa sp. (Jurema vermelha) chuvosa e
árvore seca aut
seca
Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.
árvore seca seca aut
(Jurema preta)
MALVACEAE
Ceiba glaziovii (Barriguda) árvore transição seca ane
NICTAGINACEAE
Guapira sp. (João mole) árvore transição transição zoo
RHAMNACEAE
Ziziphus joazeiro Mart.
árvore chuvosa chuvosa zoo
(Juazeiro)
RUBIACEAE
Tocoyena formosa (Cham. &
árvore chuvosa transição zoo
Schltdl) Schum. (Jenipapo)
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Exemplo: A seca e a chuva na Caatinga (de autoria das alunas Ingrid Renaly
Ramos Cantalice e Maria Nazaré Alves da Silva; trabalho orientado pela
professora Maria Stela Maracajá – Escola Estadual de Ensino Fundamental e
Médio Jornalista José Leal Ramos).
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Um retrato da Caatinga
A seca e a chuva
Catingueira, catingueira
diz o segredo que existe
que somente a catingueira
enfeita a paisagem triste
Catingueira se és feliz
não zombes nunca
deste teu contraste
segura tua raiz e pede a Deus
que ela nunca se gaste
Catingueira se um vintém
puder se tornar um milhão
pede a Deus por quem não tem
prá cair chuva no chão
pois somente a catingueira
enfeita a seca lá no meu Sertão
sertanejo não quer nada
vê na invernada a maior benção
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CAPÍTULO III
FAUNA DA CAATINGA
ASPECTOS GERAIS
OS ANIMAIS DA CAATINGA
Figura 1. Animais (brinquedos em plástico) que podem ser utilizados como recurso
didático na atividade sugerida. (Fonte: acervo do grupo de estudos de educação
ambiental no semi-árido paraibano).
sugere-se que o professor elabore o jogo juntamente com os alunos, para que
estes participem mais ativamente da aula.
O jogo conterá nove placas de isopor que giram em torno da folha por
meio do palito de churrasco; cada placa possui uma figura de um animal de um
lado e um número em seu verso.
O jogo tem início com a exposição das figuras dos animais por certo
tempo para que estes memorizem em que posição está cada animal.
Posteriormente, as placas são viradas, ficando exposta a face que contém o
número para os alunos. Estes irão escolher um número e terão que adivinhar
qual animal está por trás da placa; não acertando a resposta, passa-se a vez
para outro aluno; estando certa a resposta, deve-se pedir que o aluno indique o
nível trófico do animal correspondente. Com a aparição de outros animais,
monta-se a teia alimentar do jogo da memória, tornando possível a explicação
do assunto de forma mais prazerosa.
Pode-se colar cartolina colorida em cima das partes do jogo que não
contém figuras, a fim de deixá-lo mais bonito. O material utilizado, as figuras,
bem como o número de placas fica a critério de cada professor; isto irá
depender das condições encontradas em sala de aula.
Após a aplicação do momento lúdico os alunos podem construir, com a
orientação do professor, diversas teias alimentares, as quais podem ser
esquematizadas em cartolinas.
(8)
Os Sertões - Euclides da Cunha - Fonte Digital: A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro
[http://www.biblivirt.futuro.usp.br] USP / São Paulo: Domínio Público - Disponível em
<http://www.euclidesdacunha.org.br/digitalizada2.htm>, Acesso em 20 set. 2007.
55
CAPÍTULO IV
IMPACTOS AMBIENTAIS NA CAATINGA
ASPECTOS GERAIS
alterações. Todas essas mudanças, por sua vez, vão afetar os organismos
presentes nos fragmentos, dando origem a uma série de mudanças bióticas
que incluem, por exemplo, a proliferação de espécies adaptadas às novas
condições ambientais, que competem com as espécies nativas e/ou
endêmicas, podendo culminar na extinção (LECP-UFRJ, 2008).
Mendes (1997) ressalta que a alteração da cobertura vegetal primitiva,
promove também mudanças na capacidade de manutenção da fauna, e
conseqüentemente modifica o número de espécies da área como o número de
indivíduos de cada espécie.
Além disso, as conseqüências do desequilíbrio ambiental põem em risco
a própria sociedade. A falta de planejamento racional do uso do solo promove
diversos impactos negativos, resultando em degradação ambiental e redução
da qualidade de vida, não só para a comunidade rural, mas também para toda
a população (PEDRON et al., 2006).
Erosão do solo
Pecuarização
Agriculturização
Projetos de Irrigação
Exploração Mineral
Todavia, tal exploração deve agredir o mínimo possível o meio ambiente e ser
acompanhado de estudos e planos de uma posterior recuperação da área
degradada, bem como melhor aproveitamento dos recursos minerais e
minimização de danos indiretos, como o desmatamento, para a produção de
biomassa energética na obtenção de produtos minerais.
A aquisição de lenha, para uso energético das indústrias mineradoras,
se oriunda de biomassa de reflorestamento, reduziria o desmatamento de
extensas áreas de mata nativa, e minimizaria os danos ao bioma Caatinga,
como perda de solos e fertilidade agrícola, e esgotamento da biodiversidade
animal e vegetal, além de reduzir os altos investimentos econômicos para a
recuperação das áreas degradadas.
exemplo da ema (Rhea americana), maior ave da América do Sul, que ocorria
em abundância na região semi-árida e praticamente desapareceu.
Segundo Aquino (1997), a criação de emas na Caatinga apresenta
várias vantagens como: auxiliar no controle biológico natural, pois pequenos
vertebrados e insetos fazem parte de sua alimentação, e desta forma controlam
diversas pragas, a exemplo dos gafanhotos, que destroem plantações; animais
que se integra ao hábito alimentar do semi-árido; sua pele é superior em
qualidade à pele do avestruz; suas penas podem ser utilizadas na indústria de
utensílios domésticos, vestuário e decoração; seus ovos podem ser
aproveitados na gastronomia e podem servir de matéria prima para artesãos;
importante disseminadora de sementes em áreas degradadas.
CAPÍTULO V
CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DA
CAATINGA
ASPECTOS GERAIS
ECORREGIÕES DA CAATINGA
ECORREGIÕES DA CAATINGA
UC TAMANHO LOCALIZAÇÃO
APA Serra da Ibiapaba 1.592.550 ha CE e PI
Parque Nacional Serra da
100.000 ha PI
Capivara
Parque Nacional Serra das
502.411 ha PI
Confusões
APA da Chapada do Araripe 1.063.000 ha CE, PI e PE
APA Serra da Ibiapaba 1.592.550 ha CE e PI.
FLONA Assú 215 ha Assú, RN
APA Delta do Parnaíba 313.800ha PI, CE e MA
Sousa e municípios
ARIE Vale dos Dinossauros Mais de 70.000 ha
circunvizinhos-PB
RPPN Fazenda Tamanduá 325 ha Santa Terezinha, PB
RPPN Fazenda Santa Clara 750 ha São João do Cariri, PB
São José dos Cordeiros
RPPN Fazenda Almas 3.505ha
e Sumé-PB
RPPN Fazenda Pedra de
170ha Solânea, PB
Água
RPPN Fazenda Várzea 390ha Araruna, PB
RPPN Major Badú Loureiro 186,31 ha Catingueira, PB
Parque Nacional da Região central da
152.000 ha
Chapada Diamantina Bahia.
Parque Estadual Morro do
6.000 ha Morro do Chapéu, BA
Chapéu
Estação Ecológica do Raso Jeremoabo, Paulo
99.772 ha
da Catarina Afonso e Rodelas, BA
Parque Estadual de
Canudos, Estação Biológica 1.481ha no total Canudos, BA
de Canudos
(9)
FREPESP. FEDERAÇÃO DAS REVERAS ECOLÓGICAS PARTICULARES DO ESTADO
DE SAO PAULO. O que é RRPN. Disponível em: <http://www.frepesp.org.br/nova/oque.asp>
Acesso em: 15 jul.2009.
90
CAPÍTULO VI
CORPOS AQUÁTICOS DA CAATINGA
PARAIBANA
ASPECTOS GERAIS
Figura 3. Rio Taperoá, no município de São João do Cariri/PB, nos períodos de seca
(outubro/2007) e cheia (abril/2005) (Fonte: acervo do grupo de estudos de educação
ambiental no semi-árido paraibano).
Figura 4. Mapa da Paraíba, com destaque para a Bacia Hidrográfica do rio Taperoá
(Fonte: Barbosa et al., 2006).
FITOPLÂNCTON
MACRÓFITAS
ZOOPLÂNCTON
A B C
Figura 10. Espécies de organismos zooplanctônicos encontradas no semi-árido
paraibano. A) Keratella tropica (Rotifera), B) Ceriodaphnia cornuta (Cladocera), C)
Thermocyclops crassus (Copepoda Cyclopoida). (Fonte: Cristina Crispim).
(11)
Alóctone: Diz-se da matéria transportada de fora para dentro de um sistema,
particularmente minerais e matéria orgânica trazidos para as águas correntes e lagos (LIMA-E-
SILVA et al. 2002).
111
ICTIOFAUNA (PEIXES)
60
A
ocorrência (%)
Frequência de
40
20
100 B
ocorrência (%)
Frequencia de
80
60
40
20
0
out/06 fev/07 abr/07 jul/07
Figura 12. Freqüência relativa da composição da ictiofauna dos açudes (A) Taperoá II
e (B) Namorados, semi-árido paraibano. (Fonte: Torelli et al., 2007).
Figura 13. Espécies mais freqüentes em ambos os açudes. (A) Astyanax bimaculatus;
(B) A. fasciatus; (C) Cichlassoma orientale; (D) Steindachnerina notonota; (E)
Leporinus cf. piau (Fonte: Jane Torelli).
Clorofíceas 48 táxons
Bacilariofíceas 43 táxons
Cianofíceas 15 táxons
Euglenofíceas 10 táxons
Outros grupos de algas 09 táxons
Zooplâncton
Microcrustáceos
Cladocera 15 espécies
Copepoda 08 espécies
Rotíferos 68 espécies
(Asquelmintos)
115
PEIXES
Characidae Astyanax bimaculatus (Linnaeus, 1758) - (piaba-do-rabo
amarelo)
Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) - (piaba-do-rabo
vermelho)
Insetos
Coleoptera 06 famílias
Heteroptera 08 famílias
Odonata 03 famílias
Diptera 06 famílias
Ephemeroptera 04 famílias
Trichoptera 07 famílias
Lepidoptera 01 família
Moluscos
Gastropoda 06 espécies
Bivalvia 02 gêneros
Crustáceos
Ostracoda 01 táxon
Conchostraca 01 táxon
Decapoda 01 família
Anelídeos 02 taxa
Hydracarina 01 táxon
Nematoda 01 táxon
Collembola 01 táxon
116
Procedimento:
Delimitar a área de estudo e preparar a base cartográfica (carta topográfica
– mapas em grande escala, ex. 1: 100.000);
O modelo tridimensional será elaborada a partir de mapas no qual o Relevo
é representado por meio de curvas de nível;
Após delimitar a área a ser estudada, geralmente faz-se necessário a
ampliação xerográfica;
Colar um mapa base sobre uma folha de isopor de maior espessura;
Transferir as curvas de nível do mapa ampliado para outra folha de papel
transparente;
Fixar com alfinetes a folha com o traçado do contorno sobre uma placa de
isopor;
Perfurar os traçados das curvas de níveis com alfinete, produzindo um
pontilhado no isopor; recortar as placas com auxílio de estiletes;
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Terminando a poesia
Quero meu recado deixar
Descruzemos nossos braços
Pois não é hora de chorar
Cantemos nosso hino
Para não nos tornarmos assassinos
Do rio Taperoá
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CAPÍTULO VII
CONVIVÊNCIA NO SEMI-ÁRIDO:
AS POPULAÇÕES HUMANAS NO
CONTEXTO DO BIOMA CAATINGA
(12)
Bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) é um besouro da família dos curculionídeos,
originário da América Central, possui mandíbulas afiadas, utilizadas para perfurar o botão floral
e a maçã dos algodoeiros. É tido como uma importante praga agrícola nos E.U.A., e a espécie
foi introduzida no Brasil em 1983, causando prejuízos nas plantações de algodão do Nordeste.
Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Bicudo-do-algodoeiro>. Acesso em 12 jul. 2008.
122
(13)
Os perímetros de irrigação são áreas extensas que permitem o desenvolvimento e o plantio
de várias culturas, como uva, manga, acerola e outras. Disponível em
<http://www.codevasf.gov.br/galeria/2006/05_setembro/60450011.jpg/view>. Acesso em 12 jul.
2008.
124
também contribuir para a revelação das origens das populações indígenas que
habitaram a região Cariri.
Em relação ao Cariri paraibano, as Inscrições e Pinturas Rupestres
encontradas (Figura 1) poderiam se constituir em um “museu vivo” para a visita
e valorização, assim como a conservação, desse acervo do patrimônio
nacional. Como afirma, Azevedo-Netto e Kraisch (2007), a importância do
patrimônio arqueológico na construção da memória de um determinado local se
faz necessária, pois, através dela, procuramos entender a história local, fazer
parte dela, valorizando o passado como instrumento de compreensão do
mundo em que se vive. A construção das identidades locais demonstra a
importância de sabermos a nossa origem e como a nossa cultura se
desenrolou durante o passar dos anos. Desta forma, a história e a arqueologia
são colocadas, aqui, como forma de uma dar suporte à outra, na compreensão
destas populações pretéritas e na formação dessas identidades locais.
Portanto, a partir destes e de outros estudos arqueológicos, espera-se
que sejam desenvolvidas políticas públicas adequadas para o turismo cultural e
ecológico no bioma Caatinga, bem como, atividades de Educação Ambiental
para conservação deste patrimônio.
Caatinga significava
Mata branca ou capoeira
Pela vegetação baixa
E muitas vezes rasteira
Sendo assim quase um deserto
Muito espaço a céu aberto
Com muita serra e pedreira. (...)”
(14)
O conhecimento pertinente é o conhecimento capaz de situar qualquer informação em seu
contexto e, se possível, no conjunto em que está inserido (MORIN, 2006, p.15).
132
(diversas cores), retalhos de tecido coloridos (20 cm 2), tesoura para tecido,
pincéis, garrafas pet, jornal, massa epox (tipo durepox); papelão fino.
Procedimento:
Etapa 1: Para construir a cabeça do boneco é preciso: utilizar uma Garrafa Pet
(de tamanho variável) e em seguida efetuar um corte mediano, encaixar as
duas partes para diminuir o tamanho da garrafa para que a cabeça do boneco
fique proporcional ao corpo; envolver toda a superfície da garrafa com papel
jornal. Usar cola branca.
Após secar a cola, pintar a cabeça de boneco com tinta de parede,
lavável branca, e deixar secar; Modelar as partes da face do boneco (boca,
olhos, orelhas, nariz, sobrancelha) utilizando para isso a Massa Epox; a cor da
pele do boneco e olhos deve ser variada para (branca, rósea, preta, marrom,
azul, verde, etc.); cortar fios de lã, de cores e tamanhos variados, para montar
o cabelo. Utilizar colar de isopor.
Disciplinas Atividades
Trabalhar a interpretação de textos em Inglês sobre a Caatinga –
formular questões sobre o texto em inglês e solicitar respostas em
Inglês
português.
REFERÊNCIAS
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de Janeiro: IBGE, 1992.
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www.bdt.fat.org.br
www.biosferadaCaatinga.org.br
www.brazadv.com/brasil/Caatinga.htm
www.brazilnature.com
www.conservation.org.br
www.ibama.gov.br
www.ibge.gov.br
www.mre.gov.br
www.nature.org
www.planetaverde.org
www.plantasdonordeste.org
www.rbma.org.br
www.wwf.org.br
161
SOBRE OS AUTORES
.
JANE ENISA RIBEIRO TORELLI DE SOUZA, possui graduação em Ciências
Biológicas pela Universidade Federal da Paraíba (1992) e mestrado em
Zootecnia [Areia] pela Universidade Federal da Paraíba (2001). Atualmente é
bióloga da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de
Ecologia, com ênfase em Ecologia de Ecossistemas, atuando principalmente
nos seguintes temas: represa, rios, peixes água doce, peixes, biodiversidade,
piscicultura e diversidade, riqueza de peixes, como também, desenvolve
atividades de extensão universitária. E-mail: <janetorelli@yahoo.com.br>
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