Um Ambiente Virtual Para Ensino De
Instalação E Manutenção De Microcomputadores
Resumo – Este trabalho mostra o uso de um ambiente virtual
usado como auxílio no ensino de instalação e manutenção de
microcomputadores de por alunos do ensino médio e técnico,
mostrando os resultados da aplicação do sistema por 50
alunos de ensino médio e técnico no sudoeste goiano.
Palavras-Chave – Ambiente Virtual, Instalação e Manutenção
de Computadores, Ensino Técnico de Informática
Abstract – This work shows a virtual environment used as an
aid in the teaching of installation and maintenance of
microcomputers for students of Brazilian technical high school.
This paper showing the results of applying the system for 50
students staff in southwest Goias - Brazil.
Keywords – Virtual Environment, Computers Installation and
Maintenance, Technical Education in Informatics and Systems.
1. INTRODUÇÃO
Com o desenvolvimento da tecnologia digital os
computadores passaram a ter uma grande influência no ensino
de maneira mais geral, onde em todas as disciplinas do
veiculadas para o ensino médio e técnico são aproveitadas seu
potencial. Seja para a exposição de conteúdos ou para a
disponibilização dos mesmos, a tecnologia digital teve um
grande avanço nos últimos anos.
Um destes avanços é a possibilidade do usuário (aluno) a
vivenciar de forma segura e de baixo custo, as experiências
promovidas em sala de aula.
Estes alunos por meio da Realidade Virtual, que é uma
tecnologia digital onde é possível recriar um ambiente
tridimensional sintético idêntico ao de um laboratório, e assim
o professor, ou tutor, podem ter o controle total do
experimento, dando a possibilidade de vivenciar situações sem
ter que expor tanto os alunos quanto ele próprio. Esta
simulação do mundo real permite, sem o perigo ou a ansiedade
que porventura poderiam se originar do ambiente real, que os
experimentos são estudados e analisados passo a passo,
favorecendo a compreensão dos conteúdos ministrados.
O recurso da Realidade Virtual (RV) para o ensino está
embasado no estilo de aprendizagem de cada indivíduo, cujos
atributos referem-se a qual ou quais estímulos (visual, auditivo,
tátil, olfativo ou gustativo) o usuário do aplicativo melhor
usufrui dos conjuntos de informações disponibilizadas [1].
Com o crescimento vertiginosos dos cursos técnicos e
profissionalizantes visto que estes proporcional um ingresso
mais rápido ao mercado de trabalho, um dos cursos mais
procurados é o de técnico em informática. E dentro do perfil
exigido para um auxiliar técnico de informática uma das
atividades mais requisitadas a este profissional é a capacidade e
habilidade de se montar/desmontar, configurar e instalar um
microcomputador.
De tais características deste profissional a disciplina que
mais exige recursos múltiplos para a aplicação em sala de aula
é a disciplina de Montagem e Manutenção de Micro-
Computadores. Nesta disciplina o aluno é apresentado a
técnicas de diagnóstico, instalação e configuração de
microcomputadores. O problema desta disciplina está no fato
de que a cada semestre há o incremento de novos tipos de
configurações de computadores, impossibilitando os alunos
estarem acompanhando diretamente o mercado visto os custos
embutidos nestes novos equipamentos.
Para se atenuar o problema é mister o uso da tecnologia de
Realidade Virtual para simular a composição destes
equipamentos e componentes a um custo muito baixo.
A partir da simulação destes componentes e equipamentos
em ambientes computacionais é possível que o aluno tenha
contato com tecnologias, equipamentos e componentes de
hardware de microcomputadores e manipulá-los, instalá-los e
configurá-los de diversas formas, com a possibilidade da não
restrição do período regular das aulas e intensa participação do
professor em acompanhá-lo para evitar algum dano por
instalação elétrica/eletrônica erronia ou um mal funcionamento
por causa da configuração inadequada dos mesmos.
Com um sistema de Realidade Virtual para Treinamento em
Montagem e Manutenção de Micro-Computadores é possível
simular diversos erros encontrados de vários tipos de
computadores sem a necessidade de deixar a máquina
inoperante.
Este trabalho mostra a prototipação de um ambiente virtual
para treinamento em Montagem e Manutenção de
microcomputadores e mostra a análise de usuários (alunos de
curso técnico de informática) frente ao uso do sistema,
identificando as interações convencionais
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A RV é baseada na experiência obtida através da interação de
um indivíduo com um modelo tridimensional, o qual, segundo
Pimentel, K. et al. (1995), procura convencer o usuário da
veracidade do Ambiente Virtual (AV) mediante o contato entre
homem e a máquina.
Estimulado por ações em vias de alterar a simulação em
andamento, o AV pode então a ser modificado a partir de
quatro técnicas de interação [10] a) Navegação; b) Seleção; c)
Manipulação, e; d) Controle do Sistema.
Onde, a Navegação concerne ao deslocamento do usuário
pelo espaço virtual; A Seleção é a forma em que o usuário
escolhe os objetos que farão parte da interação; A
Manipulação trata-se da ação e reação propriamente dita em
um objeto virtual que se mostra ao usuário, podendo este sofrer
transformações em relação a seu posicionamento, deformação e
alterações diversas em seu formato, cor, texturas entre outras
características destes objetos; E por fim, o Controle do
Sistema, o qual é responsável pelo modo e estado geral do
sistema, também denominada de Interface de Controle.
A simulação é uma grande aliada no processo de ensino e
aprendizagem, pois favorece as experiências positivas e
negativas sem o prejuízo do equipamento. Assim, entende-se
por simulação, como sendo uma imitação do funcionamento de
qualquer tipo de operação ou processo do mundo real com a
utilização variáveis elaboradas matematicamente [3].
Essa imitação permite a obtenção de resultados que
reconheçam e explorem as características comportamentais do
ambiente simulado bem como de seus componentes.
Portanto para que um AV seja realmente usado como
ferramenta pedagógica deve-se prover as condições para que
este possua tais características.
Atualmente com a expansão da rede de Ensino Tecnológico
Federal, diversos Institutos Federais (IF) foram criados com o
principal objetivo de qualificar a mão de obra basicamente de
nível médio, e no que tange a área de Informática, abriu-se um
leque de novos cursos voltados para o mercado. No ministério
da Educação a Secretaria de Ensino Médio e Tecnológico
passou a ser responsável, exclusivamente, pela oferta da
educação profissionalizante nos níveis básicos, médio e
superior e disponibilizou um catálogo de cursos de educação
profissionalizante de ensino médio que foi publicado, MEC
(2010), restringindo a nomenclatura e a diversidade de ofertas
como tentativa de se estabelecer uma regra mínima de
qualidade para esta modalidade.
Por meio de AV’s tem-se usado aplicações educacionais
onde conceitos discutidos e apresentados em aula, podem ser
detalhados e apresentados de forma gráfica. O uso destes
recursos, quando convenientemente explorado, permite a
construção de elementos extremamente ricos com relação a
uma comunicação eficaz entre o aluno e o professor.
A grande dificuldade em testar o comportamento real de um
ambiente simulado é saber o que realmente aconteceria se o
ambiente projetado fosse posto em funcionamento. Isso torna a
ferramenta de simulação extremamente útil tanto em tomadas
de decisão em projetos quanto na identificação de eventuais
origens de problemas que possam prejudicar o bom
funcionamento dos sistemas [3]
Alguns trabalhos se destacam no uso de programas
multimídias para a instrução e a verificação de aprendizagem
de Montagem, Instalação e Configuração de Computadores,
dentre este o trabalho da Intel (Figura 1).
Figura 1 - Tela de jogo desenvolvido para o ensino de Manutenção
de Computadores
O programa descrito na Figura Figura 1, traz um reflexo da
multimídia aplicada para instrução de montagem e
configuração de microcomputadores, e por meio de um jogo de
perguntas e respostas (quiz) mostra aos alunos os sintomas
encontrados (suposto defeito) e dá opções para que o aluno
escolha uma alternativa para o conserto, mas não dá opção para
o aluno de navegação ou manipulação dos objetos postados na
interface.
Já o sistema apresentado por Moura et. al. (2009), tem o
funcionamento de forma bem simples [6], ao acessar o sistema
o usuário irá se deparar com uma interface constituída de um
menu contendo os módulos disponíveis (Início, Periféricos,
Montagem, Desmontagem e Dicas), após a seleção da opção
Montagem ou Desmontagem é apresentado a tela mostrada na
Figura 2.
Figura 2 - Sistema Virtual Hardware
Nesta parte do sistema o fornece ao usuário ambiente com
uma bancada onde se encontram as partes de um computador
separadas, onde ele poderá fazer a montagem em uma ordem
seqüencial a qual o programa mostra. Na opção Desmontagem
o processo inverso da montagem é apresentado, porém alguns
componentes somente são desmontados se seguirem uma
ordem determinada. O usuário então seleciona a parte que
deseja desmontar e com o clique do mouse e o arrastar dele
posiciona os objetos novamente na bancada apresentada.
Como cada vez está mais em voga o uso consciente dos
recursos computacionais, e visto que para um curso de
Instalação e Manutenção de Computadores formar egressos
que tenham experiência e vivência prática em computadores
com arquiteturas comerciais modernas, o custo operacional da
disciplina fica elevadíssimo, pois a cada ano novos recursos
são requeridos e um novo laboratório para esta prática de
ensino deve ser fomentado.
Já a discussão sobre a ementa e conteúdo programática da
disciplina, é conveniente que se sigam alguns ensinamentos da
disciplina de arquitetura de computadores, mas, para que seja
transposto o conhecimento de forma significativa a vinculação
da prática em laboratório também é salutífera.
Sendo a escola um espaço privilegiado para a apropriação e
construção de conhecimento e tendo como papel fundamental
instrumentalizar seus estudantes e professores para pensar de
forma criativa soluções tanto para os antigos, como para os
novos problemas emergentes desta sociedade em constante
renovação, propôs-se um modelo virtual para atenuação do
problema de renovação do Laboratório de Instalação e
Manutenção de Computadores (LIMCO) do Instituto Federal
Goiano em seu campus na cidade de Rio Verde –GO.
Para a construção deste AV, foi proposta duas abordagens
pedagógica para a formação, a primeira formação ou enfoque
pedagógico está relacionado a parte sólida da disciplina, ou
seja, proporcionar aos alunos o contato a conhecimento
suficiente que possa levá-lo a uma formação profissional. E a
segunda formação denominou-se de formação informativa, que
leva o aluno a um contato com novas tecnologias e arquiteturas
comerciais.
3. MATERIAIS E MÉTODO
Os materiais disponíveis para a produção deste trabalho
foram divididos em duas partes: a) a criação do protótipo e; b)
o uso do protótipo como ferramenta pedagógica.
Quanto à criação deste protótipo foi estabelecido que o
mesmo seja criado por uma ferramenta de rápida prototipação,
daí a escolha da ferramenta Lazarus, que gera um código em
linguagem Object Pascal e que também por sua vez, muito
semelhante ao ambiente Borland Delphi, facilitou o
aprendizado e migração para uma ferramenta de código livre.
A Escolha também se deu por que a ferramenta gera código no
formato livre, e de fácil configuração de arquivos RPM para o
Linux.
O protótipo desenvolvido foi concebido em linguagem
Object Pascal, com OpenGL por meio da biblioteca GLScene
[3], que é um conjunto de componentes de software adware
que facilita o desenvolvimento de aplicações tridimensionais.
Desenvolvida com o objetivo de auxiliar no trabalho de
criação de jogos, a GLScene possui uma grande quantidade de
componentes visuais que permitem a descrição de objetos e
renderização de cenas em 3D. É capaz de manipular diversos
formatos de imagens e objetos tais como OBJ, MD2, MD3,
WRL entre outros, além de suportar as bibliotecas FMOD,
Bass, SDL e OpenGl puro no código. A renderização das cenas
3D obtém recursos de som, para reprodução de áudio 3D em
um nível baixo, que são as API´s BASS e FMOD, e outras
ferramentas de áudio como streams, música MOD, e funções
de gravação de áudio.
Quanto ao uso do protótipo, foram escolhidas duas turmas
de 25 alunos do curso técnico de informática do Instituto
Federal Goiano do campus de Rio Verde, aonde os mesmos
após a exposição oral pelo professor ao invés de irem para o
LIMCO foram para o laboratório de prática de software, onde
tiveram contato com a ferramenta auxiliado pelo professor, e
depois foi avaliada a desenvoltura dos alunos. Como grupo de
teste uma destas turmas não usou o sistema, onde na seção 5
foi relacionado as vantagens e desvantagens do uso do sistema.
Para a metodologia de ensino foi proposto o seguinte
conteúdo didático:
1. Identificação dos Componentes de um Micro-Computador
a. Instalação e Energia
b. Fontes de Alimentação
c. Sistemas de Proteção
d. Formas e Formatos de Gabinetes
e. Principais Componentes
 2. Seleção dos Componentes e Montagem
a. Instalação da Placa-Mãe
b. Instalação de Microprocessador
c. Instalação de Cooler (refrigeração)
d. Instalação de Memórias
e. Instalação de Drivers
i. Discos removíveis
ii. Portas USB
iii. Disco CD/DVD
3. Configuração da Máquina por Software
a. Definições do Setup da Máquina
b. Formatação
c. Instalação de Sistema Operacional
4. Testes do Hardware
a. Testes de Energia
b. Testes de Cabeamentos e Jumpers
c. Testes do Monitor
d. Testes de Memória principal
e. Testes de Memória Secundária Figura 5 - Manipulação dos Objetos Virtuais - Montagem dos
f. Teste de Dispositivos e Drives componentes da Placa Mãe

Com efeito, o participante aprende a identificar e manusear
de forma correta e efetivamente montar as partes que compõe
um computador, baseando-se a todo instante no conceito do
“respeito sem receio”. Com isso se desenvolve uma relação de
segurança e confiança com o computador em relação aos
procedimentos que aprende.
4. DESCRIÇÃO DO PROTÓTIPO
Diversas aplicações da RV vêm sendo usadas na Educação,
em ciências, geografia, história, matemática, biologia e entre
outras, entretanto, para a própria área de informática, pouco se
tem despertado. Visto que é uma área técnica os ambientes
multimídia ainda estão longe de dar um grande impulso, e é aí
que a Realidade Virtual entra.
A Figura 3 mostra a interface inicial do sistema, que por sua
vez tem duas opções básicas: a) Exposição dos Componentes
do Computador, e b) Instalação dos componentes.
Para que o usuário saiba onde deve se encaixar cada
componente o sistema mostra um quadriculado em vermelho
de forma intermitente a posição correta, e quando o
componente atinge esta posição o registro da montagem no
canto superior direito mostra um sinal de OK e o usuário pode
passar a movimentar outros componentes.
Analogamente após a montagem dos componentes internos
da placa mãe o sistema guia o usuário automaticamente a uma
nova tela onde é possível realizar a montagem dos
componentes/dispositivos considerados secundários da placa
mãe, como o HardDisk, CD/DVD e placa de Vídeo ou Som,
dependendo da placa escolhida, Figura 6.

Figura 6 - Manipulação dos Objetos Internos do Gabinete do Computador

Tendo como objetivo capacitar melhor os alunos, foi

Figura 3 - Tela de abertura do Protótipo
Já o que é visto na Figura 3 é a mostra dos componentes, e
em destaque a área em vermelho que contes os marcadores de
posicionamento no ambiente 3D, sendo elas de rotação,
translação, e inclinação e zoom.
proposto a inclusão de uma simulação da configuração da
BIOS do hardware escolhido para montagem. A BIOS (Basic
Input/Output System) e pelo sistema operacional, informa ao
computador como utilizar e coordenar os componentes: torna o
hardware apto a executar suas operações futuras como instalar
um sistema operacional. Para tanto foi desenvolvida uma
interface no modo console semelhante à configuração de um
BIOS, modelo PhoenixBios, Figura 7 mostram as duas partes
da configuração principal deste modelo de placa.

a)Configuração Principal b) Configuração Avançada

Figura 7 - Configuração do Setup da Máquina : Main Setup

Figura 4 - Informações sobre a Motherboard
As informações sobre a placa mãe (motherboard) são
encontradas no canto direito, Figura 4, onde o usuário pode
verificar a quantidade de componentes que o objeto de estudo
pode receber.
A Figura 5 mostra a operação do sistema por um aluno,
onde é possível observar os controles de navegação e de
orientação dos objetos virtuais. Com esta interface é possível
selecionar o componente de hardware e transladá-lo até o seu
respectivo local de encaixe. Com as setas em vermelho é
possível alterar as posições do objeto selecionado no eixo X e
Y, quanto a rotação e orientação do componente selecionado e
da placa mãe onde será colocado, há quatro barras de rolagem a
direita que alteração suas medidas.
Com as setas do teclado, analogamente a operação de
controle de uma configuração de BIOS o aluno/usuário pode
selecionar a opção desejada e pressionando a tecla ENTER,
poderá alterá-la.
USO DO SISTEMA PELO USUÁRIO FINAL (ALUNOS)
Este projeto por ser audacioso em usar da tecnologia de
realidade virtual como forma de complemento da instrução
para a disciplina de Instalação e Manutenção de
Microcomputadores teve uma série de dificuldades com
relação a sua execução como, por exemplo, a latência para se
carregar os objetos virtuais na tela, manipulação dos objetos
por meio dos controles, identificação de rotação e orientação da
posição pelos alunos foram os problemas mais relatados na
experiência de uso.
O Ambiente Virtual age como um simulador que permite
que seja ministrada uma aula de montagem e configuração de
diversos tipos de computadores, tendo a possibilidade dos
alunos dominarem a técnica sem o desgaste dos componentes,
pois o simulador é semelhante ao ambiente real.
Para uma avaliação comportamental do usuário mediante o
uso do software, foi realizada uma aferição inicial separando as
duas turmas em dois grandes grupos: Grupo A – conhecimento
prévio de componentes de hardware, e Grupo B – sem
conhecimento prévio de componentes de hardware, na mostra
dos alunos do grupo B foram classificados 32 alunos e na
mostra do grupo A foram classificados 18 alunos.
Dentre estes 32 alunos do Grupo B foi divido em duas
turmas para teste do sistema, uma turma de 16 alunos que
usaram o sistema apoio e o outro grupo não usou.
Os refletem o gráfico apresentado na Figura 8 e os dados
apresentados pelo grupo A são visualizados na Figura 9.
Figura 8 - Análise do Desenvolvimento Cognitivo Comportamental dos
alunos após o experimento pelo grupo B
Neste gráfico apresentado na Figura 8 é possível notar que
todos os alunos induzidos a identificação dos componentes
responderam corretamente o nome dos mesmos. Mas já a
montagem dos componentes é percebida uma queda no índice
de acertos dos alunos que não usaram o sistema.
Esta queda no aproveitamento dos alunos é contínua e mais
agravada quando é proposto um problema onde é necessário o
somatório dos conhecimentos já adquiridos durante o curso, ou
seja, quando os alunos devem identificar o(s) defeito(s) e
resolvê-lo(s). Os alunos que usaram o sistema tiveram melhor
desempenho nestas atividades.
Então é possível concluir que os alunos que foram
estimulados por suas interações em ambientes virtuais
educacionais conseguiram ter maior atenção e melhor
desempenho, pois já terem repetido as experiências em outro
momento, e assim passam a dar mais atenção e utilizar-se de
uma maior concentração da tarefa proporcionada pelo
professor[8].
Com relação ao grupo A, composto de 18 alunos de modo
semelhante à aplicação da pesquisa no grupo B pode-se notar
pela Figura 9 que os sujeitos da pesquisa obtiveram melhor
desempenho quando foram expostos ao treinamento pelo
sistema de montagem virtual.
Figura 9 - Análise do Desenvolvimento Cognitivo Comportamental dos
alunos após o experimento pelo grupo A
Por meio da aplicação de técnicas de RV na aprendizagem é
possível produzir ambientes que facilitem o aprendizado ou até
mesmo complementem o conteúdo apresentado ao aprendiz
[8], seja pela criação de realidades alternativas, que no mundo
real não existam, ou pelo resgate de experiências passadas,
corroborando para a construção de novos conhecimentos ou,
pela participação ativa e intensa requerida do usuário.
CONCLUSÃO
Ao utilizar recursos disponibilizados pela RV, podemos
criar uma gama imensa de possibilidades voltada para o ensino
e aprendizagem, onde é possível simular ambientes industriais
que só existem em lugares longínquos, em nossa frente sem a
necessidade de empregar recursos financeiros para o transporte
dos interessados.
A utilização deste ambiente virtual no processo educacional
tem teve como finalidade auxiliar o processo de construção do
conhecimento como também proporcionar meios para que o
discente enfrente a sociedade tecnológica presente e futura.
A interação que é possível em ambientes virtuais representa
com certeza o maior avanço em termos de interfaces gráficas
que se tem até hoje. A exploração do potencial destes
ambientes deve ser cada vez maior, tendo em vista o número de
possibilidades de aplicações possíveis.
Com maior amplitude os ambientes virtuais de educação
estão sendo incorporados às técnicas de sala de aula como
forma de auxílio didático para o professor, melhorando o
processo de ensino e aprendizagem.
Dada a dificuldade de se conceber laboratórios específicos
para prática de disciplinas que envolvem riscos aos alunos,
professores, meio ambiente ou a comunidade, a RV vem de
encontro a esta dificuldade, possibilitando a criação de
ambientes virtuais que simulem um ambiente operacional, sem
que o as pessoas fiquem expostas a risco de acidentes bem
como uma redução significativa nos custos operacionais do
manutenção do laboratório.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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