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Suíte

Suíte é como se chama o conjunto de movimentos instrumentais dispostos com


algum elemento de unidade para serem tocados sem interrupções.

História
Os compositores renascentistas (século XIV) usavam o estilo de emparelhar
danças, tais como a pavana e a galharda, que foi ampliado pela inclusão de novas peças
no período barroco (século XVI). Assim, a suíte assume um caráter "molde",
constituído por: uma allemande, uma courante francesa (ou corrente italiana), uma
sarabanda e uma giga.
Na França, a suíte aparece com uma abertura e na Alemanha é introduzida uma
nova dança entre a sarabanda e a giga, podendo ser também um par de danças, dentre
elas, o minueto, a bourrée, a gavota ou o passe-pied.
Com o passar dos séculos, a suíte passou a significar uma seleção orquestral de
uma obra maior. Além disso, vários compositores utilizam o nome pra designar apenas
uma coleção de peças do mesmo estilo tematicamente, às vezes usadas como música
incidental, como é o caso da suíte Peer Gynt, de Edvard Grieg.

Suíte barroca
As peças pertencentes à suíte "barroca" eram sempre da mesma tonalidade e
todas em forma binária, isto é, têm uma seção A, que termina com uma cadência
imperfeita, e uma seção B, que resolve a seção A numa cadência perfeita. As principais
danças eram:
o Allemande: originalmente uma dança alemã em compasso binário
moderado, passa por modificações pelos autores franceses e se
transforma numa dança em quaternário com o primeiro tempo curto e
fraco.
o Courante: a italiana era em 3/4 ou 3/8 rápido, enquanto a francesa era
em 3/2 moderado.
o Sarabanda: dança latino-americana e espanhola, adotada na Itália e
modificada na França, com andamento mais lento e em 3/2.
o Giga: dança inglesa, com duas variantes, a francesa e a italiana. Tem um
andamento de moderado a rápido e é em binário composto (6/8, 6/4), ou
ainda ternário (3/4) ou quaternário composto (12/8), como é o caso da
vertente italiana.

Principais Compositores
A suíte tem sua forma estabelecida através de compositores como Buxtehude,
Böhm e Kuhnau, na Alemanha, Couperin na França, dando-lhe o nome de ordem, e
Purcell, que chamava de lições suas suítes, na Inglaterra. Lully utilizava a suíte
significando arranjos orquestrais de outras obras suas, unidos e acrescentada uma
abertura.
Os dois principais compositores da suíte "barroca" foram Bach e Johann
Kuhnau. Bach denomina as suas suítes de Inglesas, Francesas e as Partitas.
Para as suítes temáticas, vale a pena ressaltar autores como Sibelius, Grieg,
Rimsky-Korsakoff, dentre outros.

Cronologia
• Século XIV - emparelhamento de danças.
• 1557 - suyttes de bransles, de Estienne du Tertre. Eram idéias para um conjunto
de danças.
• Século XVII - William Brade introduz novas danças (branle, maschera e volta)
na Alemanha e John Coprario compõe mais de 130 suítes, chamadas por ele de
fantasias.
• 1611 - publicação de Newe Padouan, Intrada, Däntz und Galliarda, de Peuerl.
Eram dez conjuntos, cada um contendo a série de danças do título, compostas
num mesmo tom. Foi a primeira publicação do gênero.
• 1617 - Banchetto musicale, de Schein. Vinte séries contendo cada uma paduana,
uma gagliarda, uma courente, uma allmande e uma tripla.
• 1629 - Tablatures de mandore de la composition du Sieur Chancy, primeira
datação do aparecimento das danças allemande, courante e sarabanda juntas.
• 1650 - aparecimento da giga na formação da suíte.
• Século XVIII - utilização do termo suíte pelos franceses para designar uma
coleção de peças diversas para orquestra ou conjunto. Auge da suíte "clássica".
• Século XIX - com a suíte completamente superada, o termo passa a ser utilizado
para designar uma seleção orquestral de uma obra maior ou uma coleção de
obras sobre o mesmo tema.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


 

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