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Aula 2. E o árbitro? Qual o seu papel?

1. Professor retome com os alunos a música (somente áudio) da música


"É uma partida de futebol". Retome com os alunos as características de
uma partida de futebol que foi trabalhada na aula anterior. Proponha aos
alunos que identifiquem qual personagem de um jogo de futebol não foi
comentado na letra da música. Para ajudá-los mostre novamente o clipe
da música. Se os alunos não identificarem de imediato que é o árbitro
proponha algumas perguntas motivadoras: Qual personagem que está
presente no jogo de futebol e não representa um time? Qual personagem responsável por aplicar as
regras do jogo?

2. Em uma roda de conversa questione os alunos da função do árbitro.


1) Qual a sua função durante o jogo?

2) O que ele precisa saber para organizar o jogo e aplicar as regras do jogo aos jogadores?

3) Quais características são importante que ele tenha?

4) Eles sempre acertam ou geralmente erram durante a partida?

Professor escreva no quadro todas as ideias que os alunos têm sobre o árbitro de futebol.
Acrescente na discussão e no registro que os árbitros são responsáveis pelo cumprimento das
regras, do regulamento, do espírito de jogo ao qual estão submetidos, intervindo sempre que
necessário quando alguma regra for violada. Ao final da discussão, solicite aos alunos que escrevam
um parágrafo no caderno sobre a função do árbitro em uma partida, destacando suas atribuições e
características. Proponha que cada aluno leia seu parágrafo.

3. Professor ressalte com os alunos que a figura do árbitro em uma partida é essencial, mas que
nem sempre ele é bem visto pelos jogadores, comissão técnica ou torcida.

Para conhecer um pouco essa realidade, proponha a leitura do


livro: "Armandinho, o juiz" da autora Ruth Rocha. Disponível
em: http://profhelena4e5ano.blogspot.com.br/2013/05/o-juiz-voces-
conhecem-o-armandinho-e-o.html.
2. Após a leitura proponha o preenchimento de uma ficha sobre o livro:

3. Depois de interpretada a história comente com os alunos a relação de Armandinho com os


jogadores.
1) Os árbitros em geral vivenciam momentos como os descritos na história?
2) Eles são alvos de críticas e injustiças?
3) Você ou outra pessoa que conheça, já reclamou de atitudes de um árbitro durante a partida?
4) Como é a relação de jogadores, torcida e comissão técnica com o árbitro?

Professor retome com os alunos as características necessárias para ser um árbitro proponha que
eles observem se elas realmente são necessárias ou não.
BOM PREPARO FÍSICO E MENTAL; CAPACIDADE DE LIDERANÇA; AUTORIDADE;
IMPARCIALIDADE; BOM SENSO; HONESTIDADE; PACIÊNCIA; CONHECIMENTOS DAS
REGRAS DO JOGO.
Armandinho, o juiz
Vocês conhecem o Armandinho? Armandinho é o nosso juiz. Pois é juiz de futebol. Todo
sábado à tarde a gente joga bola lá no campinho, perto da casa do seu Manuel. O juiz toda vez é o
Armandinho. A turma se dá bem, a gente não briga muito não. Mas antigamente...
Era assim: começava o jogo. Um pegava a bola, começava a correr. Vinha outro por trás e
pimba! Pregava um pontapé.
Armandinho apitava logo:
- Piiiiii!
O que tinha levado o pontapé gostava, é claro. Mas o que tinha dado... ficava danado!
-Falta nada, eu não fiz nada, o Armandinho está torcendo por outro time!
A torcida sempre vaiava:
- Juiz ladrão! Juiz ladrão!
Armandinho não ligava!
- Vida de juiz é assim mesmo.
Mas, uma vez, passou da conta. A turma do Passa-por-cima veio jogar com a gente. Veio
o Xande, o Edil, o Barriga. Veio o Nilo, o Flavião. Veio a turma toda.
Logo no começo do jogo, o Barriga deu uma entrada no Caloca. Armandinho deu falta. Eles
não gostaram.
Depois foi o Catapimba que deu um empurrão no Xande. Armandinho marcou. Fomos nós que
não gostamos. E cada vez que o Armandinho marcava alguma coisa a torcida caía em cima:
- Juiz ladrão, juiz ladrão ...
Quando não xingava de coisa pior... Mas o Armandinho não ligava.
Foi quando o Armandinho marcou uma falta do Edil. Eu não sei contar direito como foi, só sei
que saiu uma briga daquelas! A torcida entrou na pancadaria e todo mundo apanhou. Mas quem
mais apanhou foi o Armandinho, que saiu todo machucado. Precisou até passar iodo e botar
esparadrapo.
Aí o Armandinho se enfezou:
- Sabe do que mais? Não quero mais ser juiz. Agora eu quero é jogar, me divirto muito mais e
ninguém me chama de ladrão.
Pra falar a verdade, a turma já estava meio enjoada daquele negócio de juiz, apitando toda a
hora, interrompendo o jogo. O segundo tempo começou sem juiz. Logo de saída já houve uma
dificuldade.
Olha só! Duas bolas em campo. Enquanto o nosso time, o Estrela-d’Alva, atacava por um lado,
o Passa-por-Cima atacava pro outro, com outra bola. Foram dois gols de uma vez.
E pra resolver qual das duas bolas é que valia? Mas de meia hora de discussão!
Depois de jogar um tempinho, nós começamos a achar que tinha muito jogador em campo.
Parou o jogo pra contar.
Nós estávamos jogando com sete e o Passa-por-Cima com nove. Essa não! Pra encurtar a
história, sabe quantas vezes nós paramos o jogo?
Oito vezes!
Uma vez porque tinha duas bolas. Uma vez porque tinha gente demais.
Uma vez porque o Caloca pegou a bola com a mão e disse que não tinha pegado. Uma vez
porque o Edil e o Barriga esqueceram que eram do mesmo time e resolveram brigar no meio do
campo. E, cada vez que o jogo parava, levava um tempão para resolver o caso. Cada um achava
que tinha razão, não queria saber de nada:
- Não fui eu, foi o Barriga!
- Ninguém viu, é mentira dele!
- Foi ele que começou!
E o jogo não ia nem pra frente e nem pra trás. Foi aí que o Beto gritou:
- Também, essa droga de jogo nem tem um juiz...
Todo mundo olhou pro Armandinho. Armandinho fingiu que não entendeu. O Xande insinuou,
meio sem jeito:
- É, o juiz esta fazendo uma bruta falta.
Armandinho não deu sinal de ter entendido.
Afinal, nós mandamos o Catapimba, que é o mais jeitoso da turma, falar com ele. No começo,
o Armandinho não queria nem por nada. Quer dizer, parecia que não queria...
-Ah! Vocês querem que eu seja o juiz porque o jogo está bagunçado. Mas é só eu apitar uma
falta e todo mundo me chama de ladrão.
- A gente não chama mais, nunca mais, palavra de honra!
Agora sempre que a gente joga, o Armandinho é o juiz.
Vocês podem perguntar:
- E vocês, não chamam mais o Armandinho de ladrão?
- Bem, chamar, a gente chama, mas agora a gente sabe que o jogo sem juiz não dá pé. A
gente chama só pra não perder o hábito...
Ruth Rocha
Armandinho o Juiz, FTD

Interpretação de texto

1) A turma sempre reclamava de Armandinho, mas ele não se importava. Quando foi que ele se
enfezou?

2) Destaque os problemas que os dois times enfrentaram por jogarem sem juiz?

3) O que Armandinho disse ao deixar de ser juiz?

4) Mesmo sabendo que não dava pra jogar sem juiz, a turma ainda chamava Armandinho de ladrão.
Como o narrador justifica isso?

5) Essa história está sendo contada por um dos jogadores e ele é, ao mesmo
tempo, personagem e narrador. Copie do texto um trecho que mostre a presença desse narrador –
personagem.
Armandinho, o juiz

Foi quando o Armandinho marcou uma falta do Edil.


Eu nem sei contar direito como foi, só sei que saiu uma briga daquelas!
A torcida entrou na briga e todo mundo apanhou.
Mas quem mais apanhou foi o Armandinho, que saiu todo machucado. Precisou passar iodo
e botar esparadrapo.
Aí o Armandinho enfezou:
- Sabe do que mais? Não quero mais ser juiz. Agora eu quero é jogar, me divirto muito
mais e ninguém me chama de ladrão.
Pra falar a verdade, a turma já estava meio enjoada daquele negócio de juiz, apitando toda
hora, interrompendo o jogo.
O segundo tempo já começou sem juiz.
Logo de saída já houve uma dificuldade.
Olha só! Duas bolas em campo. Enquanto o nosso time, o Estrela-d’Alva, atacava pra um
lado, o Passa-por-Cima atacava pro outro, com outra bola.
Foram dois gols de uma vez.
E pra resolver qual das duas bolas é que valia?

Mais de meia hora de discussão!


Depois de jogar um tempinho, nós começamos a achar que tinha muito jogador em campo.
Parou o jogo pra contar.
Nós estávamos jogando com sete e o Passa-por-Cima com nove.
Essa não!
Pra encurtar a história, sabe quantas vezes nós paramos o jogo?
Oito vezes! Uma vez porque tinha duas bolas.
Uma vez porque tinha gente demais.
Uma vez porque o Caloca pegou a bola com a mão e disse que não tinha pegado.
Uma vez porque o Edil e o Barriga esqueceram que eram do mesmo time e resolveram
brigar no meio do campo.
E cada vez que o jogo parava levava um tempão para resolver o caso.
Cada um achava que tinha razão, não queria saber de nada:
- Não fui eu, foi o Barriga!
- Ninguém viu, é mentira dele!
- Foi ele que começou!
E o jogo não ia, nem pra frente, nem pra trás.
Foi aí que o Beto gritou:
Também, essa droga de jogo nem tem juiz....
Todo mundo olhou pro Armandinho.
Armandinho fingiu que não entendeu.
O Xande insinuou, meio sem jeito.
É, o juiz está fazendo uma bruta falta.
Armandinho não deu sinal de ter entendido.
(Armandinho, o juiz. Ruth Rocha. Ed. FDT)
As questões podem ser respondidas oralmente. Na última, ir anotando as respostas na lousa, para
posteriormente, junto com os alunos fazer um quadro das regras para a escola ou até mesmo para a
classe.

1.Por que Armandinho não queria mais ser o juiz?

2.Por que o segundo tempo já começou com confusão?Por que não conseguiam continuar o jogo?

3.Qual foi a conclusão de Xande?

4.No futebol, qual é função de um juiz? ( Aqui é importante que o aluno perceba que a função
principal é fazer cumprir as regras)

5.Além dos esportes, em que setores da vida as regras estão presentes? Cite alguns. (Geralmente
os alunos citam: casa, escola, trânsito, trabalho...)

6.Qual a importância das regras no trânsito?

7.Na sua casa, seus pais ou responsáveis determinaram alguma regra? Cite algumas delas.

8.Você acha que na escola é importante seguir as regras? Por quê?

9.Cite 3 regras que você acha ser muito importante para o bom funcionamento da NOSSA
ESCOLA?

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