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Dip I Cafre

1. Soberania

1.1 Soberania absoluta: Hobbes e Jean Bodin

Jean Bodin teoriza que a soberania representa o "poder perpétuo e absoluto de uma
república"(republica aqui significa o justo governo de várias familias com uma finalidade moral
e social), essa soberania está inserida na efetivação da lei civil cuja manifestação de poder
normativa é o cimento das relações sociais.

Basicamente, como visto na própria constituição a soberania têm a função de manter a ordem
social do estado sendo uma representação maxima de seu poder que não pode ser maculada de
seu carater absoluto e perpétuo, pois de outra forma ocorre a degradação de suas instituições.

Ou seja soberania é de acordo com hobbes e Jean bodin o poder de mando em última
instância, absoluta e indubitável, um soberano de verdade deve ter plena capacidade de legislar
sem o conhecimento ou permissão de seu povo para "o bem maior do estado", ou seja, a
soberania é baseada na noção que existe uma razão juridica na existência do poder, a partir
dessa razão a força coercitiva do estado passa então a ter legitimidade de poder de fato.

Para Hobbes a soberania só pode ser conquistada através de um pacto de comum acordo com
o povo, a partir desse pacto o povo decide abdicar de sua liberdade para poder se proteger em
meio a soberania do individuo soberano que está acima de todos exceto Deus, antes do pacto
os humanos eram naturalmente livres de qualquer lei e por isso viviam num estado de natureza
cercado de mortes e conflitos e igualdade absoluta onde reina a lei do mais forte, com o pacto
stricto sensu realizado entre os homens você então, fundamenta o poder soberano, que têm
descricionalidade de fazer tudo que julga necessario ser feito para a preservação da paz e
segurança que reside ou em um homem absoluto ou em uma assembleia que a tudo decide.

1.2 Soberania do povo

1.2.1 Rousseau

Para Rousseau os homens em estado de natureza viviam sadios e felizes até o momento em que
é criada a propriedade e uns passam a trabalhar para os outros, gerando escravidão e miséria,
rico e pobre, forte e fraco, o bom selvagem é substituido então pelo trabalhador de um pacto
social ilegitimo, pois o unico pacto legitimo é aquele que representa a abdicação unanime da
liberdade de seu povo para que o proprio povo se integre numa massa ativa que cria e obedeçe
suas proprias leis (como as sociedades indigenas) o povo não perde soberania mas se torna um
corpo uno coletivo que têm por limite de si, as leis que ele mesmo cria para seus semelhantes.

1.2.2 Montesquieu

Leis são as relações necessárias que derivam da natureza das coisas, para Montesquieu a
soberania do povo republicano depende da representatividade das escolhas do povo (mesmo
que a partir de um conselho eleito), a liberdade seria então o direito de fazer tudo permitido no
limite da lei, inclusive os governos que devem ter seu poder limitado pela separação do mesmo
em três, o poder de legislar, o poder de administrar e o poder de julgar, de força que eles se
balanceiem, o poder de julgar emanará de juizes escolhidos a partir do povo, o poder de legislar
a um conselho escolhido pelo povo, e o poder de admnistrar de um governante também
escolhido pelo povo.

1.3 Soberania moderna; Abram Chayes

A soberania não pode mais consistir na liberdade dos Estados de atuar independentemente e
de forma isolada à luz do seu interesse específico e próprio. A soberania hoje consiste, sim,
numa cooperação internacional em prol de finalidades comuns. Um novo conceito de
soberania, diz o autor, aponta a existência de um Estado não-isolado, mas membro da
comunidade e do sistema internacional. Os Estados, conclui, expressam e realizam a sua
soberania, participando da comunidade internacional, ou seja, participar do sistema
internacional é, sobretudo, um ato de soberania por excelência.

A republica federativa do brasil fundamenta-se na soberania.

1.4 Francisco Rezek

A soberania é atributo fundamental (qualidade) do Estado que lhe arroga o direito de não
reconhecer nenhum como mais forte que ele, somente iguais a fazendo titular de plenos
poderes e competências que justamente por existirem no ambito da ordem juridica
internacional (ou seja por serem regidos pelo direito internacional) não são ilimitados porém
ainda permanecem sendo os poderes supremos de ultima instância do estado já que só o
consentimento pode obrigar os estados a fazerem qualquer coisa.

2.Contextualização de Dip

2.1 Igualdade soberana

A onu é baseada no Principio da igualdade soberana de todos os seus membros, que buscando
uma ordem de paz e justiça defendendo assim sua independência e territorialidade alcança um
norma de conduta que pode ser igualmente aplicada a todos (o Direito internacional)

Esse principio adveio da tratado de vestfália, que aferia à soberania um ideario horizontal de
poderes des-hierarquizados, o que garante que o não intervencionismo chegue ao ponto que os
paises não podem nem ajudar outros países membros sem a autorização dos mesmos, qualquer
diferença de tratamento entre estados pode ser vista como reflexo da relação de poder entre
eles, a igualdade afere portanto uma "politica de boa vizinhança" entre os países

2.2 Definição de Direito internacional publico

com a paz de vestefália começou-se a tanger uma significância para o direito internacional

O direito internacional publico se referia ao conjunto de normas que somente os soberanos


tinham direito de exprimir

Com o congresso de viena inicia-se uma nova ordem politica na Europa

DIP se referia a um complexo de principios e normas maximas que regulavam as relações


Estado á Estado.
Com a GM I, II e a guerra fria consolida-se a ideia de Estado

Dip Passa a ser um direito decorrente da vontade dos estados, que disseminam conceitos
fundamentais através de organizações internacionais.

Finalmente com a chegada do século xxi e a primazia do individuo e a proteção ao direitos


humanos.

Dip torna-se um conjunto de principios, regras e teorias que abrangem os entes internacionais
coletivos e o homem

2.3 Bases sociológicas de DIP

Pluralidade de estados soberanos: Parte do pressuposto de que devem exister vários Estados
soberanos pois é o DIP que regula as relações entre eles, todos são soberanos dentro de suas
fronteiras e iguais fora delas.

Comércio internacional: o coletivo que representa o direito internacional sente a necessitar de


comercializar entre si, o comercio que é regulado por pactos e tratados entre países advindo de
sua liberdade propria é um misto de ordenaamentos juridicos

Principios juridicos coincidentes: necessita-se que os valores fundamentais dos estados sejam
similares, para que ocorra um comum acordo de vontade que é mister para a obrigação de um
país.

2.4 Principios de DIP

Consentimento: Principio garantidor da soberania, o livre consentimento de um estado é


garantidamente a única forma na qual o mesmo pode se vincular e subordinar a outrem.

Pacta sunt servanta: Aquilo que foi pactuado a partir de livre vontade vinculatória deve ser
cumprido, garantidor de que uma vez que a soberania foi parcialmente abdicada por uma
vontade válida originaria, a mesma não pode ser retificada, de outra forma os países poderiam
usar sua soberania para escapar de toda e qualquer responsabilidade que propuseram a ter
anteriormente.

Jus cogens: Principios juridico garantidor do direito natural, acima de qualquer legislação do DIP
que perpassam o minimo da dignidade humana e da proteção ao que tange os direitos humanos,
também conhecida como "Norma Imperativa de direito internacional geral"

Boa fé: De extrema importância para a não frustação da finalidade de um tratado (art 18) mesmo
antes de sua entrada em vigor, de nada adianta criar um tratado que impedira o comercio e
produção de armamento nuclear em um ano e continuar a financiar tais projetos durante todo
o ano que precede o tratado dessa forma a boa fé disciplina e interpreta o bom uso de tratados.

Responsabilidade por ato ílicito: Principio que anda ao lado do da boa fé e do Jus cogens, a
afronta ao direito internacional gera responsabilidade de promover reparação equivalente ao
dano causado pela violação.
3.Atos internacionais

Tratados são todo acordo formal concluido entre pessoas juridicas de direito internacional
publico (bilateral ou multilateralmente) que produzem efeitos juridicos com relevância politica.
(Tratado de proibição de testes nucleares)

Convenções são acordos multilateria que versam sobre um interesse geral dos países signatários
(A convenção de viena era sobre relações diplomatica e direito dos tratados)

Acordo- negociação politica ou economica bilateral que pode ser firmada enter orgãos
internacionais e paises, mas que na verdade é basicamente de uso livre (Acordo geral das tarifas
de comércio)

Protocolo- Ainda mais aleatorio que o acordo, seu uso pode ser usado tanto para acordos
bilaterais como para eventos com menor formalidade como acordos complementares a outros
acordos e até mesmo como uma promessa de "intenção de acordo".]

quanto acordos como cartas como protocolos produzem efeitos juridicos

3.1 Tratado

O tratado é um ato formal bem definido e escrito pelas autoridades competentes aos plenos
poderes dos Estados (O chefe de estado/governo/ministros internacionais e represantes) que
podem participar da elaboração e adoção do texto mesmo sem de fato apresentar ditos plenos
poderes produzindo assim efeitos juridicos.

3.1.1 Classificação dos tratados

Tratados são divididos em dois aspectos fundamentais, formais (Referente ao numero das
partes e os procedimentos adotados na confecção do tratado) e materiais (execução do tratado
no tempo e espaço).

3.1.1.1 Aspectos formais

Essa formação regrada da convenção de viena quando a forma e materia de um tratado se aplica
tanto para tratados entre países como para tratados entre organizações internacionais de
direito publico.

O primeiro critério formal do tratado advém do numero de partes que nele se inserem, portanto
o tratado pode ser bilateral (Têm dois pactuantes) ou Multilateral (têm mais de dois
pactuatantes)

O Tratado pode ter duas fases (assinatura e ratificação) onde primeiro os países confirmam a
efetividade do tratado para só depois confirmar sua efetividade no limite do quanto
concordam com ele ou somente uma (tratado unifásico) onde o consentimento definitivo se
exprime na propria assinatura do tratado.

3.1.1.2 Aspectos materiais


Os tratados materialmente diferem quanto a temporalidade e a territorialidade da situação
juridica, tratados podem gerar situações juridicas Estáticas e imutáveis com o tempo (como
tratados que geram limites a transferência de bens de qualquer especie entre os paises) ou
Dinâmicas em constante mudança e flutuação (tratados de livre comércio que variam de ano
em ano)

No quesito da territorialidade define-se o quanto de um território (totalidade ou parcialidade)


o tratado diz respeito (presunção relativa da totalidade), os territorios afetados pelo tratado são
todos os signatários.

3.1.2 Produção de tratados

Produção de tratados depende da competência negocial (ou plenos poderes) que são detidos
pelos chefes de estado e embaixadores, porém pode existir uma carta que homologa plenos
poderes a outrem, ou seja, se o Estado têm intenção de considerar que alguém possui plenos
poderes essa pessoa possuira plenos poderes independentemente de possui-los de fato ou não
por sua posição politica (art 7 1b e 2c)

No brasil a competência de assinatura da carta de plenos poderes está nas mãos do presidente
da republica com ad referendum (aceitação posterior) do congresso nacional que é a ultima
palavra quando a assunto são tratados.

A produção bilateral de tratados entre paises com lingua diferente tem ou versão unica ou duas
ou mais versões com lingua diferente mas valor igual.

Existe porém uma exceção na qual apenas um dos tratados tem privilégio interpretativo, é o
caso do tratado maritimo entre Brasil e polonia onde o comite misto de transporte maritimo
ficava responsável pela versão do tratado que podia ser interpretada para que assim houvesse
justiça na aplicação da legislação maritima do tratado.

3.1.3 Ratificação de tratados

A ratificação é o ato unilateral do poder executivo e o proprio documento no qual o estado


exprime a sua vontade definitivamente pura, valida e eficaz de se obrigar, com a ratificação e
aprovação da legislatura (congresso) o tratado entra em vigor.

3.1.3.1 Caracteristica da ratificação

A ratificação precisa de competência de ação juridica para sua eficacia (deve ser assinada pelo
poder executivo ou entes delegados dele) possui discricionariedade (é o ato unilateral e
arbitrário representando a liberdade da admnistração publica que obriga o estado) e finalmente
possui a caracteristíca de ser irretratavel, ou seja, uma vez que a vontade foi demostrada,
impera o pacto sun servanta que impede o estado de voltar atrás mesmo durante o periodo de
vacatio legis (anterior a sua vigência).

Precisa ser expressa de forma clara e objetiva, não pode ser assumida de forma tácita por
oralidade, somente pela escrita
Se for bilateral ambas as partes ratificam, se for multilaterial (em tratados coletivos) o deposito
da ratificação pós inicio do tratado por um novo signatário é feito em um local determinado.

Só pode ser dada a partir da vontade singular, pura e eficaz de dois poderes (legislativo e
Executivo) não pode só o presidente consentir nem só o congresso aprovar, segue processo
legislativo normal e portanto têm o poder do processo legislativo que se submete.

Se for aprovada pelo congresso em processo legislativo normal ela têm força de decreto
legislativo normal (se pelo menos 257 dos 513 deputados se reunirem e desses pelo menos 129
votarem a favor da ratificação ela é aprovada)

por conta disso tratados que levam anos para serem feitos podem instantaneamente ser
revogados por força de lei posterior ordinaria (lei posterior revoga anterior, lex posterior
derogat priori)

A primeira guerra mundial foi resultado de um conflito de dezenas de tratados de ação conjunta
defensiva e ofensiva.

Porém se um tratado tiver como forma de aprovação descricionada a votação em 2 turnos na


casa do congresso com 3/5 de aprovação em ambas ela virá com força de emenda
constituicional. (Automaticamente convencionada para casos onde a situação em questão toca
aos direitos humanos)

3.1.4 Reservas

São o ato de mudança ou exclusão do efeito juridico em certas disposições do tratado, a reserva
pode ser feita a qualquer momento entre a assinatura do tratado elaborado e a sua ratificação
mas nunca depois.

Ex: Assinado tratado de A-Z, aprovado tratado só até E, Ratificado o tratado de A-E

Assinado tratado de A-Z, aprovado tratado de A-G, ratificado o tratado de A-E.

A mudança pode livremente ocorrer a qualquer momento entre assinatura e ratificação

As reservas porém não podem frustar o proposito originario do tratado visto que, sem ele não
a razão do tratado existir.

predertimanação ab-rogatoria- data para terminar

Elementos do estado- 4 elemento é a finalidade do estado (promoção do bem estar social de


seus cidadãos).

Monaco não têm guarda própria ou soberania da forma esperada, possui porém população (Os
monegasco) e territorio sendo hipossuficiente em relação a um dos elementos do estado, para
se tornar monegasco precisa-se possuir uma residência em monaco por até 100 dias. em
monaco não se paga imposto, normal portanto transferir residência para monaco para escapar
de impostos.
Andorra, têm territorio ( na verdade é um micro estado) têm população em torno de 300 mil
pessoas, têm advogados, bancarios, hoteis e prestadores de serviço, andorra é outro paraiso
fiscal.(Presidente da Fifa tinha conta bancario em Andorra).

vitzstein e são marinho têm mesma situação.

Vaticano têm territorio, extremamente pequeno, a população do vaticano não existe, não
existem nacionais no vaticano, a segurança do vaticano é feita pelos carabenieres (policia
federal italiana), o vaticano não é um paraíso fiscal aceita diversas moedas além do Euro, e a
finalidade do vaticano também é diferente (representação da igreja catolica)

Malta é um estado pequeno, porque têm os 4 elementos do estado.

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