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APARECIDA DE GOIÂNIA
2010
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APARECIDA DE GOIÂNIA
2010
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
EXAMINADORES
INTRODUÇÃO
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Artigo científico apresentado ao curso de pedagogia da Faculdade Alfredo Nasser, como requisito parcial para
obtenção do título de licenciatura em Pedagogia.
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Acadêmica do 8º período do curso de Pedagogia e autora do artigo.
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um pequeno estímulo para que sua imaginação a leve para um mundo de criatividade e
movimento.
Nosso estudo organizar-se-á da seguinte maneira, num primeiro momento
apontaremos a importância dos jogos para a criança e de como eles, aplicados no espaço
escolar da educação infantil, podem ser instrumentos que agem a favor do desenvolvimento
cognitivo, bem como a utilização de tais recursos e forma que o ensino aprendizagem da
Matemática se torne mais lúdico e efetivo.
Num segundo momento nos aprofundaremos na análise da forma como se dá a
construção do conhecimento lógico-matemático na criança, estudando as teorias de Piaget,
dentre outros autores, e observando a relação que o infante estabelece como sujeito que
interage com os objetos ao seu redor. Os jogos, portanto, seriam uma espécie de material que
possibilitariam a inserção da criança no ambiente de relações escolares, no mundo em que se
insere e principalmente, aquilo que a guiaria de forma mais espontânea no caminho da
construção cognitiva.
A terceira parte do nosso trabalho faz referência aos Parâmetros Curriculares
Nacionais e às diretrizes da Educação Infantil, que postulam que o ensino da matemática está
relacionado a uma infinidade de conhecimentos que estão além dos números, operações e
problemas, os paradigmas apresentados conferem à ludicidade no ensino da Matemática um
poder imprescindível no que diz respeito ao desenvolvimento sócio-cognitivo e na apreensão
dos conceitos propostos pelo professor.
O papel do professor também é tema de nosso trabalho, pois é ele quem estabelece o
papel de mediador do conhecimento para a criança. O que é importante frisar, conforme
Vigotsky, é que o professor dispõe de habilidades naturais como a criatividade, e habilidades
construídas, como a afetividade, de maneira a promover o conhecimento no ambiente escolar.
A parte final do nosso trabalho diz respeito à importância dos jogos como recursos de
aprendizagem, atividades que promovem a autonomia do aluno, e a construção de
competências e habilidades já no primeiro convívio com a comunidade escolar.
O jogo desempenha um papel importantíssimo na Educação Matemática. "Ao permitir
a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos
intencionalmente, a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança"
(KISHIMOTO, 2009 , p. 22). Através do jogo, temos a possibilidade de abrir espaço para a
presença do lúdico na escola, não só como sinônimo de recreação e entretenimento. Muito
mais do que um simples material instrucional, ele permite o desenvolvimento da criatividade,
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Nem todo jogo é um material pedagógico. (...) o elemento que separa um jogo
pedagógico de outro de caráter apenas lúdico é que os jogos ou brinquedos
pedagógicos são desenvolvidos com a intenção explícita de provocar uma
aprendizagem significativa, estimular a construção de um novo conhecimento e,
principalmente, despertar o desenvolvimento de uma habilidade operatória.
(ANTUNES, 1998, p. 38).
Na pré-escola, a matemática não deve ser vista como disciplina ou matéria escolar,
mas como uma atividade do pensamento que está em permanente relação com suas
atividades diárias na escola, em casa ou em qualquer outro lugar. (...) Essas atividades
referem-se à aquisição da noção de conservação, classificação, seriação, de espaço,
tempo, velocidade, distância, causalidade, tamanho, espessura, peso, dentre outras.
Tais atividades devem estar integradas com outros objetivos como o desenvolvimento
da coordenação motora, do desenvolvimento social e outros (ARANÃO, 1996, p. 20).
Por compreender que a ludicidade está presente em várias atividades no dia-a-dia das
crianças, e que ela existe independentemente do seu uso educacional, afirmamos que “Jogar
não é estudar nem trabalhar, porque jogando, o aluno aprende, sobretudo, a conhecer e
compreender o mundo social que o rodeia”. (MOURA, 1991, p. 87). Podemos concluir então
que os jogos, se convenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz para a
construção do conhecimento matemático.
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O desenvolvimento mental da criança, antes dos seis anos de idade, de acordo com
Piaget (1971) pode ser sensivelmente estimulado através de jogos e brincadeiras, pois
representam tanto atividades cognitivas quanto sociais. Através das mesmas, as crianças
exercitam suas habilidades físicas, aprendem a interagir com outras crianças, constroem novos
conhecimentos e crescem cognitivamente. Para Piaget (1971) existem três tipos de
conhecimentos: o conhecimento físico, o conhecimento social e o conhecimento lógico-
matemático.
O conhecimento físico é o conhecimento das características do objeto (cor, forma,
espessura, textura, tamanho, flexibilidade, etc). Estas características se encontram no próprio
objeto. Portanto, a criança só adquire este conhecimento através da sua ação sobre os objetos:
explorando, observando, jogando, amassando, quebrando, etc. Assim, a fonte do
conhecimento físico é externa no indivíduo. Está no próprio objeto.
Na teoria de Piaget, a abstração da cor a partir dos objetos é considerada de natureza
muito diferente da abstração do número. As duas são, de fato, tão diferentes que até se
distinguem por termos diferentes. Para a abstração das propriedades a partir dos objetos,
Piaget usou o termo abstração empírica (ou simples). Para a abstração do número, ele usou o
termo abstração reflexiva.
O conhecimento social o nome e a escrita dos numerais é adquirido através da
transmissão social, são valores, normas sociais, regras. A fonte do conhecimento social é
essencialmente externa. Entretanto levar a criança apenas a memorizar o nome e a escrita dos
números sem que ela tenha construído o concreto de número, não vai levá-lo a construir esse
conceito.
O conhecimento lógico-matemático, por outro lado se refere às relações criadas pelo
indivíduo entre os objetos. Por exemplo, quando comparamos duas bolas de tamanhos
diferentes, estabelecemos uma relação entre elas: uma bola pode ser maior ou menor que
outra. A diferença que existe entre elas não se encontra nem em uma nem em outra bola, mas
sim na relação que criamos mentalmente entre elas. Portanto, a fonte do conhecimento lógico-
matemático não se encontra no objeto, mas sim, no próprio pensamento do indivíduo. É uma
fonte interna, assim, para construir esse tipo de conhecimento é necessário que o indivíduo
estabeleça a relação entre vários objetos.
No seu processo de desenvolvimento, a criança vai criando várias relações entre os
objetos (mais, menos, mesmo tanto, parecidos, diferentes, mais pesados, iguais) e
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coordenando, de forma cada vez mais complexa, estas relações (exemplo: ao coordenar as
relações igual, diferente e mais, a criança é capaz de deduzir que existem mais frutas na feira
do que laranjas).
O trabalho de Matemática na Educação Infantil deve, dessa forma, garantir que as
crianças façam mais do que recitar números e decorar os nomes de figuras geométricas. É
preciso que possam, partindo dos conhecimentos prévios de cada uma, avançar em seus
conhecimentos mediante situações significativas de aprendizagem. Várias são as
possibilidades para que isso ocorra: as situações de jogos; as resoluções de problemas; as
atividades lógicas etc. O que vai garantir um aprendizado efetivo é que a criança possa ser o
protagonista desse processo, ou seja, um ser ativo que busca respostas a questões verdadeiras
e instigantes.
O uso de jogos no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os
estudantes gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o
interesse do estudante. A aprendizagem por meio de jogos, como dominó, palavras cruzadas,
tangran, dobradura, uno, hora do rush, “palitinho”, memória, e outros, permitem que o
estudante faça da aprendizagem um processo interessante e até divertido. Para isso, eles
devem ser utilizados como recursos para enriquecer e facilitar a construção do conhecimento
na atividade escolar diária. Neste sentido verificamos que há três aspectos que por si só
justificam a incorporação do jogo nas aulas. São eles, o caráter lúdico, o desenvolvimento de
técnicas intelectuais e a formação de relações sociais.
Quando o professor de Educação Infantil olha o ensino matemático por esse prisma, e
o coloca em prática em sua sala de aula, começa-se a criar aquela escola de uma educação
democrática e, conseqüentemente, de qualidade.
seu artigo 208, garante que a educação é dever do Estado e com a educação será efetivado
mediante a garantia de entre outras determinações, o atendimento em creche e pré-escola às
crianças de zero a seis anos de idade. E ainda em seu artigo 214 que é dever do Estado a
erradicação do analfabetismo; universalização do atendimento escolar; melhoria da qualidade
de ensino; formação para o trabalho; promoção humanística científica e tecnológica do País.
Conforme os PCN’S (1997, p. 60) a maneira de brincar e jogar sofre uma profunda
modificação no que diz respeito à questão da sociabilidade. Ocorre uma ampliação da
capacidade de brincar: além dos jogos de caráter simbólico, nos quais as fantasias e os
interesses pessoais prevalecem, as crianças começam a praticar jogos coletivos com regras,
nos quais têm de se ajustar às restrições de movimentos e interesses pessoais.
Dessa forma a maneira de brincar e jogar está relacionada a um desenvolvimento onde
a criança adquire um relacionamento com outras crianças por isso é importante que os jogos e
os brinquedos façam parte da escultura escolar, havendo interesses pelas crianças. Portanto, o
uso dos jogos / brinquedos educativos com fins pedagógicos remete-nos para a relevância
desse instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de desenvolvimento infantil.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para a área de Matemática são pautados por
nove princípios decorrentes de estudos, pesquisas, práticas e debates desenvolvidos nos
últimos anos.
1º A matemática é componente importante na construção da cidadania, na medida em
que a sociedade se utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e recursos
tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se apropriar.
2º A matemática precisa estar ao alcance de todos e a democratização do seu ensino
deve ser meta prioritária do seu trabalho docente.
3º A atividade matemática escolar não é “olhar para coisas prontas e definitivas”, mas
a construção e a apropriação de um conhecimento pelo aluno, que se servirá dele para
compreender e transformar sua realidade.
4º No ensino da matemática, destacam-se dois aspectos básicos: um consiste em
relacionar observações do mundo real com representações (esquemas, tabelas, figuras), outro
consiste em relacionar essas representações com princípios e conceitos matemáticos.
5º A aprendizagem matemática esta ligada a compreensão, isto é, á apreensão do
significado; apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe vê-lo em suas
relações com outros objetos e acontecimentos. Assim, o tratamento dos conteúdos em
compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear deve dar lugar a uma abordagem em
que as conexões sejam favorecidas e destacadas. O significado da matemática para o aluno
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resulta das conexões que ela estabelece entre ela e as demais disciplinas, entre ela e seu
cotidiano e das conexões que ele estabelece entre os diferentes temas matemáticos.
6º A seleção e organização de conteúdos não deve ter como critério único a lógica
interna da matemática. Deve-se levar em conta sua relevância social e a contribuição para o
desenvolvimento intelectual do aluno. Trata-se de um processo permanente de construção.
7º O conhecimento matemático deve ser apresentado aos alunos como historicamente
construída e em permanente evolução. O contexto histórico possibilita ver a matemática em
sua prática filosófica, cientifica e social e contribui para a compreensão do lugar que ela tem
no mundo.
8º Recursos didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadoras, computadores e outras
matérias têm um papel importante no processo de ensino e aprendizagem. Contudo, eles
precisam estar integrados a situações que levam ao exercício da analise e da reflexão, em
ultima instancia a base da atividade matemática.
9º A avaliação é parte do processo de ensino e aprendizagem. Ela incide sobre uma
grande variedade de aspectos relativos ao desempenho dos alunos, como aquisição de
conceitos, domínio de procedimentos e desenvolvimento de atitudes. Mas também devem ser
avaliados aspectos como seleção e dimensionamento dos conteúdos, práticas pedagógicas,
condições em que se processa o trabalho escolar e as próprias formas de avaliação.
No entanto, esse movimento não é instantâneo nem está garantido pelo fato de existir
espaço para discussões, reflexões ou leituras críticas sobre o assunto. É necessário coragem
para assumir que o brincar é primordial no trabalho junto a crianças de zero a seis anos.
É imprescindível, também que essa postura seja abraçada por toda equipe escolar,
desde o diretor, coordenador, auxiliares até os funcionários que prestam serviços dentro da
escola, não somente pelo professor de classe.
Pesquisados recentes sugerem que a maior parte das crianças pequenas, desde que
estimulados coerentemente e em áreas de suas inteligências específicas, são
ligeiramente mais competentes do que Piaget imaginava principalmente no que diz
respeito aos jogos de linguagem (ANTUNES, 2000, p. 29).
Através dos jogos a criança adquire linguagem adequada, habilidades cognitivas que
vão sendo de inúmeras capacidades para o seu dia-a-dia e realizando suas imaginações através
da inteligência.
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O papel do professor
Por meio das brincadeiras os professores podem assistir e constituir uma visão dos
processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular,
registrando suas capacidades de uso das linguagens assim como suas capacidades sociais e
dos recursos afetivos e emocionais que dispõem sabemos, portanto, que o processo de
formação das crianças é complexo, pois envolve atividades intelectuais e mentais por partes
da criança por isso para aprender um conceito é preciso ter, além das informações recebidas
do ambiente, capacidades de abstração, cooperação, memória, concentração e atenção.
Vygotsky (1998) considera importante o papel do ensino escolar na formação de
conceitos, mas também trabalha com a ideia de que o brinquedo é uma atividade infantil que
tem enorme influência no desenvolvimento de uma criança.
Cabe ao professor, nesse caso, ser o mediador dos conceitos, promovendo atividades
diferenciadas que valorizem a construção do conhecimento e a apropriação desses conceitos
para que mais tarde eles venham a ser aproveitados quando os alunos forem aprender os
conteúdos mais complexos de Matemática.
Para Borba (2006), o professor tem papel fundamental nesse processo, além de ser o
mediador, ele conta com processos afetivos por parte da criança para com ele e com o
conteúdo. Mesmo assim, o autor é claro e ressalta a importância de o professor ter:
Os jogos têm uma grande importância na cultura escolar, cabe ao professor analisar e
avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja
desenvolver. Os jogos de construção são considerados de grande importância por enriquecer a
experiência sensorial, estimular a criatividade e desenvolver várias habilidades nos alunos.
Dessa maneira ao construir, juntar materiais, empilhar, montar, etc. a criança desenvolve
capacidades para medir imaginar, planejar e antecipar suas ações.
Para propiciar e enriquecer o brincar com jogos de construção na escola, é importante:
* Favorecer a manipulação e a exploração de objetos e brinquedos, em situações
organizadas de forma que haja quantidades individuais suficientes para que cada criança
possa descobrir as características e propriedades principais destes materiais (sons, cores,
texturas, cheiros, formas) e suas possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvasar,
encaixar.
*Propor jogos, tais como: diferentes tipos de quebra-cabeça jogos de montar e
encaixar, como o Lego e outros.
*Utilização dos materiais para construção de cenários temáticos de brincadeiras.
*Compreender, conhecer e reconhecer o tripé que é fundamental na vida da criança.
Durante a brincadeira, a criança deve sentir-se à vontade para decidir o que lhe é
principal sujeito da ação; por isso, ao levarmos em consideração a educação infantil, devemos
ter a sensibilidade para compreender que a criança deve ser respeitada acima de tudo, em
todos os seus aspectos, principalmente em suas decisões, construindo dessa maneira, uma
criança com um senso crítico, valorizando os seus princípios.
Ao educar, na instituição de educação infantil, pode-se oferecer às crianças condições
para as aprendizagens nas brincadeiras ou durante aulas expositivas. Neste processo, a
educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento
das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de
contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis.
Cuidar significa valorizar potencialidades e ajudar a desenvolver capacidades. O
cuidado é um ato relacionado ao outro e a si próprio que possui uma dimensão expressiva e
implica em procedimentos específicos.
Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja
riqueza e diversidade nas instituições, sejam elas mais voltadas aos jogos, brincadeiras ou
aprendizagens que correm por meio de uma intervenção direta. No ato de brincar, os sinais, os
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gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparentam ser. Ao
brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhes deram origem, sabendo
que estão brincando.
O jogo é considerado importante atividade na educação, uma vez que permite o
desenvolvimento afetivo, motor, intelectual, cognitivo, social, moral e aprendizagem de
conceitos. Ao jogar, o aluno experimenta, descobre, inventa, exercita e confere suas
habilidades.
Para Batllori (2006), o jogo é diversão e fonte de aprendizado, estimulando o sujeito e
facilitando atitudes socializantes. O autor considera que os jogos desenvolvem nos alunos
capacidades, conhecimentos, atitudes e habilidades cognitivas e sociais, além de constituírem
uma fonte de aprendizado para os educadores. O professor deve buscar jogos que deixem as
matérias mais atraentes, facilitando ao mesmo tempo seu aprendizado, seja por seu caráter
divertido ou porque faz com que se descubram novos mundos.
Para Piaget, apud Kishimoto (2009), o jogo é a construção do conhecimento,
principalmente nos períodos sensório motor e préoperatório. Agindo sobre os objetos, as
crianças estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de causalidade, o que faz
com que cheguem à representação e, finalmente, à lógica. O jogo, portanto, tem importantes
elementos necessários à aprendizagem.
Jogos e brincadeiras, uma das grandes contribuições do uso de jogos e brincadeiras
infantis na escola é o resgate do patrimônio histórico-social e cultural de determinado grupo.
Além do aspecto lúdico e prazeroso do ato de jogar e brincar, brincadeiras e jogos
industrializados ou construídos com sucatas envolvendo habilidades numéricas, de medida e
especiais podem se transformar em um excelente recurso e estratégia nas aulas de
matemática.Os jogos permitem o desenvolvimento do trabalho em grupo da linguagem oral e
escrita, de diferentes habilidades de pensamento (observar, comparar, analisar, sintetizar,
conjecturar ) de conceitos matemáticos entre outros.
A exploração de jogos tem o papel de destaque no desenvolvimento da comunicação,
do trabalho em grupo, de atitudes, de normas, de conceitos dentre outros aspectos.O jogo
propicia a aprendizagem por meio de símbolo e do pensamento.Em que as crianças criam
linguagens e convenções próprias conforme a leitura que fazem da realidade e do contexto da
brincadeira.Esse é o aspecto fundamental que favorecerá a compreensão e a aceitação de
regras e convenções do processo de ensino e aprendizagem.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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A posteriori (do latim, « partindo daquilo que vem depois ») refere-se à etapa para se chegar ao conhecimento
que é realizada através da experiência. É um conceito fundamental da epistemologia, na teoria do conhecimento.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/A_posteriori)
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Abstract: This study seeks to analyze the math learning processes seeking to
identify the games, toys and games as primary elements in order to increase the
cognitive level developed by a set of realities experienced by the child in a playful
and mathematical framework. We will analyze what say the National Curriculum
regarding the use of games as learning resources and the role of the teacher and the
construction of logico-mathematical knowledge experienced by the child. The
study chose to conduct a literature search in the works of authors such as Vygotsky,
Piaget, Aranão and Kishimoto, among others, in order to understand the student as
an active participant in the learning process. We will present some considerations
of the current approaches and cognitive development and learning design.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica; prazer de estudar – Técnicas e jogos
pedagógicos. Rio de Janeiro: Loyola, 1998.
ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis, Rio
de Janeiro: Vozes, 1998.
MACEDO, Lino de; PETTY Ana L. S.; PASSOS, Norimar C. Aprender com jogos e
situações-problema. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez; CÂNDIDO, Patrícia. Jogos de matemática de
1º a 5º ano. Porto Alegre: Artmed, 2007.
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VYGOTSKY, L. A formação Social da mente. trad. de José Cipolla Neto. São Paulo:
Martins Fontes, 1991.