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Capítulo II – Da Mora
Requisitos:
Efeitos:
Conteúdo:
a) Perda: é quando há lucros cessantes, que são o que
razoavelmente (média) se deixou de ganhar;
b) Dano: prejuízo real e efetivo de patrimônio (acarreta diminuição
patrimonial).
Por fim,
Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.
Espécies:
a) Compensatórias (também remuneratórios ou juros-frutos):
compensação pelo uso consentido do capital de outrem. São previstos
em contrato, que não excede a taxa para a mora no pagamento de
imposto da Fazenda Nacional. Permite-se somente a capitalização1
anual dos juros;
1
Ver d) Compostos, neste mesmo tópico.
2. Legais: têm taxa estipulada por lei, com limite de 1% a. m.
Somente a capitalização de juros anual é permitida;
Art. 407. Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos
juros da mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às
prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor
pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as
partes.
Finalidades:
a) principal: atuar como meio de coerção, para levar ao
cumprimento da obrigação;
Espécies:
a) Cláusula Penal Compensatória: substitui a prestação em caso
de absoluto descumprimento da obrigação, e visa somente ao benefício
do credor.
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total
inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a
benefício do credor.
b) Cláusula Penal Moratória ou Compulsória: é uma indenização
complementar. Preserva a cláusula específica da obrigação, ou pode
ainda ser fixada em virtude de mora do devedor. O credor pode ou não
exigir a satisfação e a obrigação principal.
Efeitos:
a) quando compensatória: o credor pode:
1. Pleitear o valor compensatório;
2. Postular ressarcimento das perdas e danos (arca com o ônus de
provar o prejuízo);
3. Exigir o cumprimento da obrigação.
O art. 410 proíbe a acumulação de pedidos.
CAPÍTULO VI
Das Arras ou Sinal
Espécies:
a) Confirmatória: confirma o contrato, que se torna obrigatório
após a sua entrega (art. 417 a 419, CC);
Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à
outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras,
em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação
devida, se do mesmo gênero da principal.
Neste artigo vemos as seguintes características:
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá
a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem
recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e
exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e
honorários de advogado.
Funções:
a) confirmar o contrato (art. 417, CC);