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Título IV

Do inadimplemento das obrigações


CAPÍTULO I – Disposições Gerais
Obrigatoriedade dos contratos:
a) Princípio da obrigatoriedade dos contratos (pacta sunt
servanda): estipula que os contratos devem ser cumpridos, e o seu não-
cumprimento gera responsabilidade para perdas e danos (e mais juros e
atualização monetária, e ainda honorários do advogado).
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e
danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.

Há duas hipóteses de inadimplência, que, na prática, geram a


mesma consequência de indenização do prejuízo do credor:
a) o não-cumprimento, que é um descumprimento total;

b) cumprimento imperfeito, que é quando onde houve


inobservância do modo ou do tempo convencionado.

Nas obrigações negativas o devedor é inadimplente desde o dia


em que executou o ato de que deveria se abster.
Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por
inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia
abster.

As perdas e danos devem recompor a situação patrimonial da


parte lesada pelo inadimplemento; por isso devem ser proporcionais ao
prejuízo efetivo.

Se ocorrer apenas mora (obrigação ainda proveitosa ao credor) o


devedor responde pelos prejuízos de retardamento.

Possui responsabilidade civil de tipo patrimonial, pois todos os bens


do devedor respondem em caso de inadimplemento.
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os
bens do devedor.

Espécies: Todo inadimplemento presume-se culposo, havendo uma


divisão das espécies de contrato quanto à culpa do inadimplemento:

a) Contratos benéficos: nestes, apenas um dos contratantes aufere


benefício (vantagem); para o outro só há obrigação (sacrifício). Aquele
responde por simples culpa (pois a culpa o obriga a indenizar) e o outro
somente responde por dolo (pois não se permite a ninguém descumprir
obrigação livre e deliberadamente contraída); neste último caso, a culpa
grave é assemelhada a dolo.

b) Contratos onerosos: tipo de contrato onde ambos obtêm


proveitos. Por isso, ambos respondem tanto por dolo quanto por culpa,
em igualdade de condições.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o
contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não
favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por
culpa, salvo as exceções previstas em lei.

Quando houver caso fortuito ou força maior exclui-se a


responsabilidade civil, contratual e extracontratual, pois o nexo de
causalidade é rompido. Às partes é lícito, contudo, estabelecer
expressamente a responsabilidade em qualquer hipótese de
inadimplemento contratual.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso
fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles
responsabilizado.

É caso fortuito o fato ou ato alheio à vontade das partes, como


uma greve ou guerra etc. É força maior fenômenos como os naturais (um
furacão, uma enchente etc). Em ambos há um traço fundamental: a
inevitabilidade, que é ser algo impositivo acima das forças humanas.
São seus requisitos:
a) Fato necessário, sem culpa do devedor;
b) Fato superveniente e inevitável, e
c) Fato irresistível, estando fora do alcance do poder humano.
Esses requisitos são imprescindíveis para verificar-se o fortuito e a
força maior, como escrito no parágrafo único do mesmo artigo:
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato
necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.

Capítulo II – Da Mora

Conceito: é o retardamento ou imperfeito cumprimento da obrigação,


mas que ainda permite o proveito do contrato.
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o
pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e
forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Configura-se quando há:
a) Retardamento, atraso no cumprimento;

b) Imperfeição de modo, em lugar ou forma divergente da


convencionada.

Para existir, basta ocorrer um desses requisitos; do contrário não se


poderá imputar a mora.
Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não
incorre este em mora.

Espécies: são duas:


a) Mora do devedor (debitonis), ou solvendi (de pagar): é quando
devedor descumpre a obrigação, e pode ser:

1. ex re (em razão de fato previsto em lei): é quando a obrigação


é positiva (dar ou fazer) e líquida (de valor certo) com data fixada para
o pagamento; seu descumprimento acarreta automaticamente a mora
do devedor.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu
termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. (Vide Lei nº
13.105, de 2015) (Vigência)

Também entra nesta categoria a mora derivada de prática de ato


ilícito, que geram juros desde a data do fato.
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o
devedor em mora, desde que o praticou. (Vide Lei nº 13.105, de
2015)

2. Mora sem data: que se constitui mediante interpelação judicial


ou extrajudicial (ex persona).
Art. 397. (...) Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui
mediante interpelação judicial ou extrajudicial.

Requisitos:

1. Exigibilidade da prestação (vencimento da dívida líquida e


certa);

2. Inexecução culposa (culpa presumida);

3. Constituição em mora (somente ex persona).

Efeitos:

1. Responsabilização pelos prejuízos do credor, que poderá exigir a


prestação, os juros moratórios, a correção monetária, a cláusula penal, a
reparação por prejuízo, e caso enjeite (recuse) a obrigação, ainda,
perdas e danos;
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der
causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices
oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.

Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao


credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.

2. Perpetuação da obrigação: o devedor moroso ainda


responderá, mesmo com a impossibilidade da prestação (caso fortuito
ou força maior), pois o devedor é responsável pelo não cumprimento
oportuno da obrigação.
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da
prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de
força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar
isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação
fosse oportunamente desempenhada.

Comprovada a isenção de culpa ou a sobrevivência de dano


mesmo com o adimplemento da obrigação, então o devedor não será
responsabilizado.

b) Mora do credor (creditoris), ou accipiendi (de receber): o credor


se recusa a receber a obrigação no tempo oportuno.

Requisitos: retardamento em receber a prestação. Sendo seus


pressupostos:
1. Vencimento da obrigação;
2. Oferta da prestação;
3. Recusa injustificada em receber;
4. Constituição em mora (consignação em pagamento).
Efeitos:
Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à
responsabilidade pela conservação da coisa, obriga o credor a
ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a
recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor
oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua
efetivação.

Subtrai ao devedor a responsabilidade pela conservação da coisa,


obriga o credor em ressarcir as despesas para a conservação da coisa,
e se seu valor variar, optar-se-á pelo mais favorável ao devedor, caso ele
não esteja em dolo.
Ficará em dolo o devedor que abandonar a coisa, face a mora do
credor.

Carlos Roberto Gonçalves ainda traz um estudo sobre o caso de


ambas as partes estarem em mora, elencando duas circunstâncias:
a) Simultâneas: uma elimina a outra por compensação;

b) sucessivas: permanecem os efeitos pretéritos de cada. Uma


responde pelo período em que a mora foi sua.

Purgação da mora: neutralização de seus efeitos. Quem nela


incidiu corrige a sua falta, cumprindo a obrigação e ressarcindo os
prejuízos causados à outra parte. Seus efeitos são futuros, apenas.
Art. 401. Purga-se a mora:

I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a


importância dos prejuízos decorrentes do dia da oferta;

II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e


sujeitando-se aos efeitos da mora até a mesma data.

Cessação da mora: extinção da obrigação por remissão etc. Seus


efeitos são pretéritos, não sendo mais preciso pagar a dívida.

CAPÍTULO III – Das Perdas e Danos

Conceito: equivalente em dinheiro suficiente para indenizar o prejuízo do


credor, por causa de inadimplemento ou de prática de ato ilícito.
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas
e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente
perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

Não é indenizável o “dano remoto” – consequência indireta do


inadimplemento. Nele ocorre outros fatores que não apenas a execução
a que o devedor doloso faltou.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas
e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por
efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei
processual.

Conteúdo:
a) Perda: é quando há lucros cessantes, que são o que
razoavelmente (média) se deixou de ganhar;
b) Dano: prejuízo real e efetivo de patrimônio (acarreta diminuição
patrimonial).

Obrigações de pagamento em dinheiro: Se o credor não chegou a


ingressar em juízo, o devedor pagará, além da multa estipulada, os juros
moratórios e eventuais custas extrajudiciais.
Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em
dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices
oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e
honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.

Parágrafo único. Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo,


e não havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor
indenização suplementar.

Por fim,
Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.

Tal regra aplica-se somente aos casos de inadimplemento e


responsabilidade contratual, pois o devedor entra em mora desde o
momento em que praticou ato ilícito (CC, art. 398).

CAPÍTULO IV – Dos Juros Legais

Conceito: rendimentos do capital (frutos civis da coisa, equiparados aos


aluguéis), isto é, pagamento pelo uso de capital alheio. É coisa acessória.

Espécies:
a) Compensatórias (também remuneratórios ou juros-frutos):
compensação pelo uso consentido do capital de outrem. São previstos
em contrato, que não excede a taxa para a mora no pagamento de
imposto da Fazenda Nacional. Permite-se somente a capitalização1
anual dos juros;

b) Moratórios: incidentes em caso de retardamento em sua


restituição ou de descumprimento de obrigação. Podem ser:
1. Convencionais: têm a taxa estipulada pelas partes;
Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o
forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da
lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do
pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.

1
Ver d) Compostos, neste mesmo tópico.
2. Legais: têm taxa estipulada por lei, com limite de 1% a. m.
Somente a capitalização de juros anual é permitida;
Art. 407. Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos
juros da mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às
prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor
pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as
partes.

c) Simples: calculados sobre o capital inicial;

d) compostos: capitalizados anualmente, calculando-se juros sobre


juros.

CAPÍTULO V - Da Cláusula Penal

Conceito: obrigação que estipula pena ou multa para evitar o


inadimplemento da principal ou o seu retardamento; é assemelhada à
pena convencional ou multa contratual (art. 408).

Natureza Jurídica: pacto secundário e acessório (a existência e a


eficácia dependem da principal, conforme os art. 409, e 411 a 413).

Finalidades:
a) principal: atuar como meio de coerção, para levar ao
cumprimento da obrigação;

b) secundária: servir de prefixação das perdas e danos devidos


pelo inadimplemento. Por isso, basta provar o inadimplemento para pedir
ressarcimento; não é necessário provar o prejuízo.
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o
credor alegue prejuízo.

Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula


penal, não pode o credor exigir indenização suplementar se assim não
foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da
indenização, competindo ao credor provar o prejuízo excedente.

Espécies:
a) Cláusula Penal Compensatória: substitui a prestação em caso
de absoluto descumprimento da obrigação, e visa somente ao benefício
do credor.
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total
inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a
benefício do credor.
b) Cláusula Penal Moratória ou Compulsória: é uma indenização
complementar. Preserva a cláusula específica da obrigação, ou pode
ainda ser fixada em virtude de mora do devedor. O credor pode ou não
exigir a satisfação e a obrigação principal.

Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou


em segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o
arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o
desempenho da obrigação principal.

Será possível também a cláusula penal moratória em relação ao


descumprimento do contrato tempestivo (com fixação e data), em razão
do não cumprimento do contrato.

Valor da Cláusula Penal: a redução do valor da cláusula penal se dá


em dois casos:
1. Quando ultrapassar o limite legal;

Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode


exceder o da obrigação principal.

2. Nas hipóteses estabelecidas pelo


Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a
obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da
penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza
e a finalidade do negócio.

Que são, portanto:


1. Cumprimento parcial da obrigação principal;
2. Valor de pena excessivo.

Efeitos:
a) quando compensatória: o credor pode:
1. Pleitear o valor compensatório;
2. Postular ressarcimento das perdas e danos (arca com o ônus de
provar o prejuízo);
3. Exigir o cumprimento da obrigação.
O art. 410 proíbe a acumulação de pedidos.

b) Quando moratória: credor pode exigir a satisfação da pena


cominada junto com o desempenho da obrigação principal (art. 411).

Institutos Afins: São institutos que se assemelham à cláusula:


a) Perdas e danos: a diferença está em ser o valor desta fixado pelo
juiz, com base nos prejuízos provados, enquanto na cláusula a pena é
arbitrada pelas partes;

b) Multa Simples ou Cláusula Penal Pura: não tem relação com


inadimplemento; é estipulada por infração de certos deveres;

c) Multa Penitencial: é favorável ao devedor, que escolherá


cumprir a prestação ou pagar multa;

d) Arras Penitenciais: facilita o descumprimento da avença; não


podem ser reduzidas pelo juiz e são pagas por antecipação (entrega de
dinheiro ou outro objeto).

Multiplicidade de devedores: É aspecto simples e claro, sendo


desnecessário maiores explicações.
Art. 414. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em
falta um deles, incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar
integralmente do culpado, respondendo cada um dos outros somente
pela sua quota.

Parágrafo único. Aos não culpados fica reservada a ação regressiva


contra aquele que deu causa à aplicação da pena.

Art. 415. Quando a obrigação for divisível, só incorre na pena o devedor


ou o herdeiro do devedor que a infringir, e proporcionalmente à sua
parte na obrigação.

CAPÍTULO VI
Das Arras ou Sinal

Conceito: é a quantia ou coisa entregue por um dos contraentes ao


outro como confirmação do acordo e como princípio de pagamento
futuro.

Natureza Jurídica: acessória (dependem da obrigação principal); real


(se aperfeiçoam com a entrega do dinheiro ou coisa fungível).

Espécies:
a) Confirmatória: confirma o contrato, que se torna obrigatório
após a sua entrega (art. 417 a 419, CC);

Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à
outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras,
em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação
devida, se do mesmo gênero da principal.
Neste artigo vemos as seguintes características:

1. Podem ser objeto das arras: dinheiro ou bem móvel;

2. Na execução do contrato, as arras são restituídas (pois sua


função era apenas confirmar o acordo), ou são computadas na
prestação (pois principiaram o pagamento que depois foi realizado), mas
para se dar o último caso, é necessário ser do mesmo gênero da
obrigação principal.

Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá
a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem
recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e
exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e
honorários de advogado.

Em caso de inadimplemento, ocorrem duas situações:

1. Devedor inadimplente: o credor desfaz o contrato e retém as


arras;

2. Credor inadimplente: o devedor desfaz o contrato e exige as


arras, mais o valor equivalente (paga-se a arras duplamente, na prática),
juros e honorários do advogado.

Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se


provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode,
também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas
e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização.

Caso o prejuízo seja maior que a arras, a parte inocente pode,


além de reter ou restituir a arras (art. 418, CC):
1. Pedir indenização; neste caso, as arras valem como taxa mínima;

2. Exigir a execução do contrato, com perdas e danos; as arras


valerão como indenização mínima.

b) Penintenciais: quando as partes convencionam o direito ao


arrependimento (art. 420).

Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para


qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente
indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da
outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em
ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.

Nesse caso, as arras têm função indenizatória, apenas. Ocorrerá


dois casos, de acordo com quem se arrependeu, e em nenhum dos casos
haverá direito a indenização complementar:
1. Foi o devedor, que perde as arras;
2. Foi o credor, que as devolve, mais o valor equivalente.

Funções:
a) confirmar o contrato (art. 417, CC);

b) Prefixar as perdas e danos quando convencionado o direito de


arrependimento (art.420, CC);
c) Principiar o pagamento (art. 417, CC).

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