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ANDERSON LEANDRO SANTOS FERREIRA

RESUMO DO CAPÍTULO DEZESSETE DO LIVRO “ O CRISTIANISMO


ATRAVÉS DOS SÉCULOS: UMA HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ ” DE EARLE E.
CAIRNS.

RESENDE, RJ
2018
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ANDERSON LEANDRO SANTOS FERREIRA

RESUMO DO CAPÍTULO DEZESSETE DO LIVRO “ O CRISTIANISMO ATRAVÉS


DOS SÉCULOS: UMA HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ ” DE EARLE E. CAIRNS.

Resumo apresentado ao Prof. Pr. Cleverson


Nicomedes, na disciplina de História do
Cristianismo do Curso de Teologia do Seminário
Batista das Agulhas Negras (SETEBAN),
Resende, RJ, a ser utilizado como parte da
avaliação para aprovação na disciplina.

Resende – RJ
Junho de 2018

INTRODUÇÃO
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A idade média foi um período de diversas migrações em massa na Europa, começando


em 375 d.C. com a chegada dos unos mongóis, godos e teutões germânicos ao império
Romano até a proximidade de 800 a.D. com os monges missionários profissionais do papa.

I. SURGIMENTO E IMPACTO DO ISLAMISMO

Última das três grandes religiões monoteísticas do mundo, os muçulmanos


espalharam-se rapidamente da Arábia para o Norte da África, Ásia e Europa através da
Espanha, provocando a queda do império oriental em 1453 e colocando a igreja sob controle
político maometano.
Maomé (570-632 d.C.) era da tribo Koreichita e ganhava a vida conduzindo camelos.
Viajou com seu tio à Síria e Palestina onde teve contato com o judaísmo e o Cristianismo.
Casou-se com uma viúva rica chamada Khadijah, o que o libertou para suas meditações
religiosas. Maomé iniciou sua proclamação do monoteísmo em 610 d.C. e em 622 d.C. teve
que fugir de Meca para Medina por se opor a idolatria, o ano da Hégira (fuga para medina)
passou a ser o primeiro do calendário muçulmano. Em 630 d.C. conquistou Meca, e no ano de
sua morte, 632 d.C., os seguidores de Maomé começaram a expandir sua fé além da península
Árabe. Na quarta década do século VII a Mesquita de Omar foi erigida em Jerusalém.
A expansão muçulmana foi contida no império oriental por Leão, o Isáurico, em 717 e
718 d.C. e no ocidental por Carlos Martelo em 732 d.C. A era da conquista muçulmana
termina em 750 d.C. quando os muçulmanos passam a construir sua civilização centralizada
em Bagdá.
A principal fonte dos muçulmanos, o alcorão, é 2/3 maior que o novo testamento,
possui 114 capítulos, os maiores ficam no começo e o menor é o último com apenas 3
versículos. A crença em Deus, conhecido como ALÁ é o tema principal. Abraão, Moisés e
Cristo teriam sido profetas e Maomé o último e maior deles. A religião muçulmana propõe:
submissão passiva à vontade de Alá, paraíso sensual ou terror do inferno, cinco orações ao
dia, recitação diária do credo com os olhos voltados em direção a Meca, jejum, obras de
caridade, peregrinação à Meca ao menos uma vez na vida.
A igreja Cristã teve enfraquecimento devido às perdas pessoais e territoriais para o
islamismo, a igreja do Norte da África desapareceu, a Terra Santa deixou de pertencer ao
Cristianismo, a Igreja oriental passou pela controvérsia iconoclasta devido a presença de
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esculturas e imagens nos templos. O bispo de Alexandria sucumbiu e o de Roma se fortaleceu


ainda mais.

II. A ATIVIDADE MISSIONÁRIA NO OCIDENTE


A) Nas Ilhas Britânicas
A Igreja irlandesa, fundada por Patrício, brilhou entre 590 e 800 d.C.. A igreja enviou
Columbano aos borgonheses e Columba aos escoceses. A igreja irlandesa foi responsável pela
evangelização do norte da Inglaterra, através do mosteiro de Columba na ilha de Iona.
A Igreja escocesa forneceu missionários aos anglo-saxões e celtas.
Na primavera de 597 d.C., a mando da igreja romana, agostinho e uma equipe de
monges sob seu comando chegam à ilha de Thanet e começam a evangelizar os anglo-saxões
do sul da Inglaterra.
O Cristianismo implantado no norte da Inglaterra pelos Cristãos Celtas da Escócia
entra em contato com o Cristianismo católico romano que se expandia do sul da Inglaterra,
porém as duas formas de cristianismo tinham algumas diferenças:
- Os celtas não reconheciam a autoridade do papa;
- Comemoravam a data de Páscoa em dias diferentes;
- Os monges celtas podiam se casar e os romanos não.

Estas diferenças provocaram rivalidade e discussão entre as duas formas, tanto que
663. d.C., em Whitby ocorre uma reunião convocada por Oswy para definir que forma de
Cristianismo o povo seguiria. Segundo Beda, a forma romana venceu porque Oswy preferiu a
religião que dizia ter as chaves dos céus.
A igreja da Inglaterra enviou, à Europa, missionários que foram instrumentos da
conversão das tribos teutãs ao cristianismo romano. Até a época da reforma a Inglaterra e a
França prestavam lealdade absoluta à roma.

B) ALEMANHA
Bonifácio (680 – 754 d.C.), conhecido como Winfrid, foi o responsável pelas tribos
teutãs da Alemanha serem influenciadas pelo evangelho. Bonifácio derrubou um carvalho
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consagrado ao deus germânico THOR, em Geismar, e construiu uma capela de madeira.


Depois converteu Hesse e Turíngia, e passou a usar mulheres como missionarias.
Carlos Magno “converteu” os saxões da fronteira oriental de seu império através da
força das armas. O autor levanta a questão do batismo efetuado, nestes casos, sem uma
experiência pessoal de fé, sem a experiência genuína da salvação.

C) PAÍSES BAIXOS
Wilfrid (634 -709 d.C.), eclesiástico inglês, naufragou na costa da Frísia em 678 d.C.,
e pregou ao povo dessa região. Willibrord o sucedeu e obteve a obediência Frísia ao papa em
690 d.C.

D) ITÁLIA
Em 610 d.C. o monge irlandês Columbano visitou os lombardos, e foi instrumento da
renúncia destes ao arianismo. Em 675 os reis lombardos e a maioria do povo tinham aceitado
a fé ortodoxa romana.

E) ESPANHA
Em 579 d.C. o filho do rei visigodo se casou com uma mulher de fé romana, e o filho
deles, Recaredo, anunciou no sínodo de Toledo em 589 d.C. que renunciara ao arianismo para
abraçar o cristianismo ortodoxo. Muitos nobres e bispos arianos seguiram seu exemplo,
porém nem todos. A disputa entre ortodoxos e arianos na Espanha favoreceu os muçulmanos
no século VII.

Em 800 d.C. a autoridade do papa firmou-se, nas ilhas britânicas e na Alemanha, a


ameaça ariana espanhola e italiana foi neutralizada.
A igreja oriental realizou poucas obras missionárias, entre elas a conversou dos
búlgaros e morávios por Cirilo e Metódio em meados do século IX. Os esforços orientais
concentram-se em evitar que os muçulmanos conquistassem Constantinopla.
BIBLIOGRAFIA

CAIRNS, EARLE E. Expansão e Retraimento do Cristianismo. In: __. O Cristianismo


Através dos Séculos: uma história da igreja cristã. Tradução de Israel Belo de Azevedo.
2ª. ed. São Paulo: Vida Nova, 1995.

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