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V0 – Máxima velocidade média medida sobre 3 segundos, que pode ser excedida em
média uma vez em 50 anos, a 10 m sobre o nível do terreno em lugar aberto e plano,
com probabilidade de ser igualada ou excedida, neste período, de 63%.
Obs: Da NBR-6123/88 tiramos:
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5.1.1. Como regra geral, é admitido que o vento básico pode soprar de qualquer direção.
1b) Taludes e morros, alongados de tal modo a se poder admitir o vento como um fluxo
de ar bidimensional, soprando no sentido indicado na figura abaixo:
tgө ≤ 0,05 → S1 = 1,0 (interpolar linearmente para 0,05 < tgө < 0,1)
Categoria I: Superfícies lisas de grandes dimensões (> 5 km). Ex: mar calmo, lagos e rios, pântanos sem
vegetação.
Categoria II: Terrenos abertos aproximadamente em nível com poucos obstáculos isolados, tais como
edificações isoladas. Ex: zonas costeiras planas, pântanos com vegetação rala, campos de
aviação e pradarias, fazendas sem sebes ou muros (cota média do topo dos obstáculos ≤ 1m).
Categoria III: Terrenos planos ou ondulados com obstáculos tais como sebes e muros, edificações baixas e
esparsas. Ex: granjas e casas de campo, sem existência de matos; fazendas com sebes e/ou
muros; subúrbios a considerável distância do centro, com casas baixas e esparsas (cota média
do topo dos obstáculos ≅ 3,00).
Categoria IV: Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zonas florestais,
industriais ou urbanizados. Ex: parques e bosques com muitas árvores; cidades pequenas e
seus arredores; subúrbios densamente construídos e seus arredores; áreas industriais plena e
parcialmente desenvolvidas (cota média do topo dos obstáculos = 10 m).
Categoria V: Terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, altos e pouco espaçados. Ex: florestas
com árvores altas; centros de grandes cidades, complexos industriais bem desenvolvidos (cota
média do topo dos obstáculos ≥ 25 m).
Grupo Descrição S3
Edificações cuja ruína total ou parcial pode afetar a segurança ou possibilidade de
1 socorro a pessoas após uma tempestade destrutiva (hospitais, quartéis de 1,10
bombeiros e de forças de segurança, centrais de comunicação, etc.).
Edificações para hotéis e residências. Edificações para comércio e indústria com
2 alto fator de ocupação.
1,00
Edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação (depósito, silos,
3 construções rurais, etc.).
0,95
4 Vedações (telhas, vidros, painéis de vedação, etc.). 0,88
5 Edificações temporárias. Estruturas dos Grupos 1 a 3 durante a construção. 0,83
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2. Pressão do vento em 1 ponto da estrutura
Definições:
a) Área de sombra de uma estrutura rígida de seção constante: considerando o vento como luz, é a
sombra da estrutura num plano perpendicular ao vento.
b) Coeficiente de arrasto de 1 estrutura rígida: é um número tirado de ensaio com o modelo de túnel de
vento (que leva em conta a forma, as dimensões e a vizinhança da estrutura) que possibilita a
determinação da ação do vento que realmente atua na estrutura. Esta ação é calculada através da
expressão qEi = C a . q i (tf/m²) onde qEi representa a pressão devida ao vento, que realmente atua num
trecho de área unitária da estrutura.
c) Uma edificação pode ser considerada em vento de ALTA TURBULÊNCIA quando sua altura não
excede a duas vezes a altura média das edificações nas vizinhanças, estendendo-se estas, na direção
e sentido do vento incidente, a uma distância mínima de:
- 500 m para uma edificação de até 40 m de altura
- 1000 m para uma edificação de até 55 m de altura
- 2000 m para uma edificação de até 70 m de altura
- 3000 m para uma edificação de até 80 m de altura
Obs: Para estas edificações (casos excepcionais) usa-se o ÁBACO 1 abaixo, que fornece valores
reduzidos de Ca.
d) Quando não se enquadra nas condições do item acima, a edificação é dita de BAIXA TURBULÊNCIA
(casos mais comuns). Nestes casos, devemos usar o ÁBACO 2 da pág 5 que fornece valores mais
altos de Ca.
qEi = C a . q
q: pressão do vento no
local em que será
construído o prédio;
Observações:
1º) Se a força de arrasto for calculada dividindo a edificação em partes, o valor de “Ca” aplicável a cada
parte é o mesmo da edificação como um todo.
2º) As forças de arrasto, para um edifício de 24 m de altura (ex. acima) valem:
Ca = coeficientes de arrasto, tirado dos Ábacos 1 ou 2 (págs. 4 e 5)
Vk2 ( V0 . S 1 . S 3 ) 2
Fai = C a . q i . A ei onde qi = = . (S 2i ) 2 = k . (S 2i ) 2
16 16
Ae1 = Ae2 = Ae3 = Ae4 = 5,00 . l1 e Ae5 = 4,00 . l1
3º) O momento de tombamento, em relação aos eixos das vigas das fundações (considerando 50 cm abaixo
do piso acabado interno do edifício), vale:
MT = Fa1 . 3,00 + Fa2 . 8,00 + Fa3 . 13,00 + Fa4 . 18,00 + Fa5 . 22,50
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Tabela 10 – Coeficiente de arrasto Ca para corpos de seção constante
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(A) Interpolar linearmente para valores intermediários de Re: Re = 70.000 Vk.l1, sendo Vk em m/s e l1 em m.
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Obs.:
1º) Como os anemômetros só medem as intensidades do vento, sem indicar a direção, os seus valores indicados nas isopletas poderiam
ser menores. A orientação que se indica para os projetos é considerar esses V0 indicados pela NBR-6123/88 para as obras comuns.
Para as obras muito altas, solicitar ensaios em túnel de vento e pesquisa local da direção do vento na direção crítica.
Valores das velocidades máximas no Brasil utilizados na elaboração do
Obs: (continuação)
3º) Analisando a tabela 21d da NB-599/78, vê-se que em poucas cidades os ventos ultrapassaram 140 km/h nos 25 anos de registro (50
a 74), mesmo não sendo contempladas as suas direções. Com mais 30 anos (74 a 2004) de registros as isopletas poderiam ser
revisadas e atualizadas.
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4 - Considerações finais sobre o γf nos esforços devidos ao vento, utilizadas no curso
A norma fixa γf = 1,4 para as pressões do vento. Como a causa dessas pressões é a
velocidade do vento, acredito que o verdadeiro coeficiente de segurança do vento
deva ser 1,4 =1,18 .
( VK . γ fv) 2 VK2 . γ 2fv
2 → 1,4 . q = = = q. γ 2fv → 1,4 . q = q . γ 2f v e, portanto
V 16 16
q= K
16 :
γ f v = 1,4 = 1,18 que é o verdadeiro coef. de segurança, ou seja, o da velocidade.
Temos ainda a vantagem de que essa menor segurança ocorre na região dos
momentos negativos onde sempre se pode plastificar, desde que se tenha folga nas
armaduras positivas.
5 - DEFINIÇÕES DO AURÉLIO