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Lista de questões resolvidas

Estruturas metálicas e de madeira (EAD)

Prof. Thiago Damasceno Silva

Estruturas de madeira

Semana 8 – Peças comprimidas e peças sujeitas à flexão

1. A peça comprimida indicada na figura é parte de uma treliça de


madeira. No modelo de análise estrutural foi admitido que as
extremidades da barra são biarticuladas segundo os dois planos de
análise. A seção transversal é retangular com dimensões 10×20
(cm). A barra possui comprimento (L) de 100 cm. Classificar a peça
conforme seu índice de esbeltez (λ) e determinar sua capacidade
resistente quanto ao esforço normal de compressão (Nd,res). Adotar
madeira serrada de 2ª categoria, classe de resistência C30 e classe
2 de umidade.

2. Verificar se a coluna indicada atende aos requisitos de segurança


quanto ao Estado Limite Último (ELU), conforme a esbeltez da peça.
No modelo de análise estrutural foi admitido que as extremidades
da barra são biarticuladas segundo os dois planos de análise. A
seção transversal é circular (poste roliço), com diâmetro (d) de 12
cm. A barra possui comprimento (L) de 240 cm. Considerar madeira
serrada de 2ª categoria, classe de resistência C20 e classe 2 de
umidade. A coluna é solicitada por esforço normal de compressão
segundo as seguintes ações características:
Peso próprio + demais pesos fixos: Ng,k = 18 kN (grande variabilidade)
Carga acidental: Nq,k = 15 kN

1
3. Para a coluna de madeira conífera C40, verificar se os
requisitos de segurança quanto ao Estado Limite Último
(ELU) para peças comprimidas são atendidos, segundo a
esbeltez da peça. A coluna é engastada na base e livre no
topo, possuindo comprimento de 3 m e seção quadrada com
lado de 20 cm. Considerar classe de carregamento de longa
duração, classe 3 de umidade e madeira de 2ª categoria. Na
construção não há predominância de pesos fixos ou de
elevadas concentrações de pessoas. A coluna é solicitada
por esforço normal de compressão segundo as seguintes
ações características:
Peso próprio + demais pesos fixos: Ng,k = 30 kN (grande variabilidade)
Carga acidental: Nq,k = 35 kN

4. Verificar se a viga de madeira dicotiledônea C60 atende aos requisitos de segurança quanto ao
Estado Limite Último (ELU) conforme a análise de flexão simples reta, cisalhamento e
estabilidade lateral. Verificar também se a viga atende aos requisitos de segurança quanto ao
Estado Limite de Serviço (ELS), conforme a análise do deslocamento vertical máximo (flecha).
A viga possui vão entre apoios (L) de 3,0 m e seção transversal retangular 6×16 (cm). O
travamento é realizado nos apoios da viga (L1 = L). Considerar classe de carregamento de longa
duração, classe 2 de umidade e madeira serrada de 2ª categoria. Na construção não há
predominância de pesos de equipamentos fixos, nem de elevadas concentrações de pessoas. O
carregamento vertical uniformemente distribuído (q), atuante na viga, ocorre segundo as
seguintes ações características:
Peso próprio + demais pesos fixos: qg,k = 1,5 kN/m (grande variabilidade)
Sobrecarga (carga acidental): qq,k = 1,0 kN/m
Considerar, ainda, que a viga é solicitada desfavoravelmente por força concentrada (P) de 2 kN
(ação permanente de grande variabilidade), no meio do vão, conforme indicado na figura.

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Semana 8 – Resolução

1. Inicialmente é necessário determinar o valor de cálculo da resistência à compressão paralela às


fibras e o valor efetivo do módulo de elasticidade longitudinal à compressão paralela às fibras da
madeira C30, de acordo com a ABNT NBR 7190:1997. O coeficiente de modificação é determinado
com base nas tabelas propostas pela norma brasileira, de acordo com as propriedades indicadas:
classe de carregamento de longa duração, classe de umidade 2 e madeira de 2ª categoria.

𝑘𝑚𝑜𝑑,1 = 0,7; 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 = 1,0; 𝑘𝑚𝑜𝑑,3 = 0,8;

𝑘𝑚𝑜𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑,1 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,3 = 0,7 ∙ 1,0 ∙ 0,8

𝑘𝑚𝑜𝑑 = 0,56

Para madeira dicotiledônea C30, o valor característico da resistência à compressão paralela às


fibras é 30 MPa. Assim, o valor de cálculo da resistência à compressão paralela às fibras é
determinado:

𝑓𝑐0,𝑘 30
𝑓𝑐0,𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ∙ = 0,56 ∙ = 12 MPa = 1,2 kN/cm²
𝛾𝑤 1,4

As propriedades geométricas da seção transversal são determinadas:

– Área:

𝐴 = 𝑏 ∙ ℎ = 10 ∙ 20 = 200 cm²

– Momento de inércia em relação ao eixo x:

𝑏 ∙ ℎ3 10 ∙ 203
𝐼𝑥 = = = 6666,67 cm4
12 12

– Momento de inércia em relação ao eixo x:

ℎ ∙ 𝑏 3 20 ∙ 103
𝐼𝑥 = = = 1666,67 cm4
12 12

– Definição do menor momento de inércia da seção:

Nesse caso tem-se 𝐼𝑦 < 𝐼𝑥 , portanto: 𝐼𝑚𝑖𝑛 = 𝐼𝑦 = 1666,67 cm4

– Raio de giração (determinado em relação ao eixo de menor inércia):

𝐼𝑚𝑖𝑛 1666,67
𝑖𝑚𝑖𝑛 = √ =√ = 2,89 cm
𝐴 200
3
O comprimento efetivo é o próprio comprimento da peça nesse caso, pois a peça é simplesmente
apoiada nas duas direções.

𝐿0 = 𝐿 = 100 𝑐𝑚

O índice de esbeltez é calculado:

𝐿0 100
𝜆= = = 34,64 → Peça curta
𝑖𝑚𝑖𝑛 2,89

A peça, portanto, é classificada como medianamente esbelta. Assim, a condição de segurança


quanto ao Estado Limite Último para peças curtas é definida por:

𝜎𝑁𝑑 ≤ 𝑓𝑐0,𝑑

𝜎𝑁𝑑
≤1
𝑓𝑐0,𝑑

A tensão normal de compressão, provocada pelo esforço normal de compressão de cálculo, é:

𝑁𝑑
𝜎𝑁𝑑 =
𝐴

Como o esforço normal de compressão de cálculo é desconhecido, e é requerida a determinar a


capacidade resistente da barra quanto a esse esforço, substitui-se 𝑁𝑑 por 𝑁𝑑,𝑟𝑒𝑠 na expressão:

𝑁𝑑,𝑟𝑒𝑠
𝜎𝑁𝑑 =
𝐴

𝑁𝑑,𝑟𝑒𝑠
𝜎𝑁𝑑 =
200

Trabalhando com a condição máxima permitida para a condição de segurança quanto ao Estado
Limite Último para peças curtas, tem-se que a tensão normal de compressão paralela às fibras é
numericamente igual à resistência à compressão também paralela às fibras (valores de cálculo):

𝜎𝑁𝑑 = 𝑓𝑐0,𝑑

O esforço normal de compressão resistente é determinado substituindo a expressão anterior pelos


valores conhecidos. Notar que as unidades devem ser compatíveis.

𝑁𝑑,𝑟𝑒𝑠
= 1,2
200

𝑁𝑑,𝑟𝑒𝑠 = 240 kN

4
Portanto, o valor do esforço normal de compressão resistente é 240 kN. Dessa forma, o esforço
normal de compressão de cálculo não poderá ultrapassar esse valor, caso contrário a segurança
da peça será comprometida.

2. O coeficiente de modificação é determinado com base nas tabelas propostas pela norma
brasileira, de acordo com as propriedades indicadas: classe de carregamento de longa duração,
classe de umidade 2 e madeira de 2ª categoria.

𝑘𝑚𝑜𝑑,1 = 0,7; 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 = 1,0; 𝑘𝑚𝑜𝑑,3 = 0,8;

𝑘𝑚𝑜𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑,1 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,3 = 0,7 ∙ 1,0 ∙ 0,8

𝑘𝑚𝑜𝑑 = 0,56

Para madeira dicotiledônea C20, o valor característico da resistência à compressão paralela às


fibras é 30 MPa. Assim, o valor de cálculo da resistência à compressão paralela às fibras é
determinado:

𝑓𝑐0,𝑘 20
𝑓𝑐0,𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ∙ = 0,56 ∙ = 8 MPa = 0,8 kN/cm²
𝛾𝑤 1,4

O valor médio do módulo de elasticidade longitudinal à compressão paralela às fibras da madeira


classe C20 é 9500 MPa. Assim, o valor efetivo do módulo de elasticidade longitudinal à compressão
paralela às fibras é determinado:

𝐸𝑐0,𝑒𝑓 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ∙ 𝐸𝑐0,𝑚 = 0,56 ∙ 9500 = 5320 MPa = 532 kN/cm²

As propriedades geométricas da seção transversal são determinadas:

– Área:

𝜋 ∙ 𝑑2 𝜋 ∙ 122
𝐴= = = 113,10 cm²
4 4

– Momento de inércia (no caso de seção circular, é igual para os dois eixos de análise):

𝜋 ∙ 𝑑4 𝜋 ∙ 124
𝐼𝑥 = 𝐼𝑦 = = = 1017,88 cm4
64 64

– Raio de giração (determinado em relação ao eixo de menor inércia):

𝐼𝑚𝑖𝑛 1017,88
𝑖𝑚𝑖𝑛 = √ =√ = 3,00 cm
𝐴 113,1

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O comprimento efetivo é o próprio comprimento da peça nesse caso, pois a peça é simplesmente
apoiada nas duas direções.

𝐿0 = 𝐿 = 240 𝑐𝑚

O índice de esbeltez é calculado:

𝐿0 240
𝜆= = = 80 → Peça medianamente esbelta
𝑖𝑚𝑖𝑛 3

A peça, portanto, é classificada como medianamente esbelta. Assim, a condição de segurança é


definida por:

𝜎𝑁𝑑 𝜎𝑀𝑑
+ ≤1
𝑓𝑐0,𝑑 𝑓𝑐0,𝑑

Nessa condição de segurança, é considerado que a peça comprimida trabalha, na verdade, à


flexocompressão (flexão + compressão). O momento fletor, em peças solicitadas apenas por
esforço axial de compressão, é definido pela interação entre o próprio esforço axial de compressão
e possíveis excentricidades. As excentricidades são distâncias entre o ponto de atuação do esforço
de compressão e o eixo geométrico da peça. Em peças comprimidas de madeira, as excentricidades
são ocasionadas principalmente por imperfeições geométricas, deslocamentos provocados por
esforços atuantes durante o funcionamento da estrutura e, no caso de peças esbeltas, fluência
(deformação lenta do material ao longo do tempo).

Uma vez determinadas as propriedades geométricas e de resistência, é necessário calcular as


tensões solicitantes. Como há apenas uma ação variável (carga acidental), uma única combinação
última normal é necessária.

𝐶1 → 𝑁𝑑 = 𝐺 ∙ 𝛾𝑔 + 𝑄 ∙ 𝛾𝑄 = 18 ∙ 1,4 + 15 ∙ 1,4

𝐶1 → 𝑁𝑑 = 46,20 kN

Portanto, o valor de cálculo do esforço normal de compressão será 𝑁𝑑 = 46,20 kN.

A força crítica de flambagem (força de Euler) relacionada à coluna é:

𝜋 2 ∙ 𝐸𝑐0,𝑒𝑓 ∙ 𝐼 𝜋 2 ∙ 532 ∙ 1017,88


𝐹𝑒 = =
𝐿0 2 2402

𝐹𝑒 = 92,79 kN

Notar que a força de compressão solicitante é menor que a força crítica de flambagem relacionada
à coluna:

𝑁𝑑 < 𝐹𝑒 → 46,20 kN < 92,79 kN


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Essa verificação é importante, pois se 𝑁𝑑 > 𝐹𝑒 , a peça sofreria instabilidade estrutural, que é
classificada como um Estado Limite Último. Nesse caso, a peça seria imprópria para uso, pois não
apresentaria capacidade resistente adequada.

Para determinação do valor de cálculo da excentricidade, inicialmente é necessário conhecer a


excentricidade de primeira ordem:

𝑒1 = 𝑒𝑖 + 𝑒𝑎

A excentricidade inicial é definida por:

𝑀1𝑑 ℎ
𝑒𝑖 = ≥
𝑁𝑑 30

Notar que, segundo a ABNT NBR 7190:1997, o valor da excentricidade inicial não poderá ser inferior
que h/30. Nesse caso, como a estrutura não é solicitada por momento fletor de 1ª ordem, logo tem-
se que 𝑀1𝑑 = 0. O valor mínimo de h/30 será adotado para a excentricidade inicial, sendo h a altura
da seção transversal (no caso da seção circular é o próprio diâmetro).

0 12
𝑒𝑖 = ≥
46,20 30

12
𝑒𝑖 = = 0,4 cm
30

A excentricidade acidental é calculada por:

𝐿0 ℎ
𝑒𝑎 = ≥
300 30

Segundo a ABNT NBR 7190:1997, o valor da excentricidade acidental também não poderá ser
inferior que h/30. Assim, adota-se o maior valor obtido segundo as duas verificações (L0/300 ou
h/30).

240 12
𝑒𝑎 = >
300 30

𝑒𝑎 = 0,8 > 0,4

𝑒𝑎 = 0,8 cm

A excentricidade de primeira ordem pode ser determinada:

𝑒1 = 𝑒𝑖 + 𝑒𝑎 = 0,4 + 0,8

𝑒1 = 1,2 cm

7
A excentricidade de cálculo é dada por:

𝐹𝑒 92,79
𝑒𝑑 = 𝑒1 ∙ ( ) = 1,2 ∙ ( )
𝐹𝑒 − 𝑁𝑑 92,79 − 46,20

𝑒𝑑 = 2,39 cm

O momento fletor provocado pela interação entre o esforço normal de compressão de cálculo e a
excentricidade de cálculo por ser determinado:

𝑀𝑑 = 𝑁𝑑 ∙ 𝑒𝑑 = 46,20 ∙ 1,2

𝑀𝑑 = 110,42 kN ∙ cm

Nesse caso, a distância da linha neutra até a borda mais comprimida é:

𝑑 12
𝑦= = = 6 cm
2 2

A expressão da tensão normal de compressão provocada pelo momento fletor é:

𝑀𝑑 110,42
𝜎𝑀𝑑 = ∙𝑦= ∙6
𝐼 1017,88

𝜎𝑀𝑑 = 0,65 kN/cm²

A tensão normal de compressão provocada pelo esforço normal de compressão é determinada:

𝑁𝑑 46,20
𝜎𝑁𝑑 = =
𝐴 113,10

𝜎𝑁𝑑 = 0,41 kN/cm²

A verificação da condição de segurança quanto ao Estado Limite Último de peças comprimidas


medianamente esbeltas é realizada:

𝜎𝑁𝑑 𝜎𝑀𝑑
+ ≤1
𝑓𝑐0,𝑑 𝑓𝑐0,𝑑

0,41 0,65
+ = 1,32
0,8 0,8

1,32 > 1 → Não atende!

É possível concluir que a segurança da peça analisada não é garantida. Assim, como forma de
contornar esse problema, a capacidade resistente da coluna deve ser ampliada. O aumento das
dimensões da seção transversal (apenas o diâmetro para seção circular) ou a utilização de uma

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madeira com classe de resistência superior que C20 são duas recomendações pertinentes nesse
caso.

3. O coeficiente de modificação é determinado com base nas tabelas propostas pela norma
brasileira, de acordo com as propriedades indicadas: classe de carregamento de longa duração,
classe de umidade 3 e madeira de 2ª categoria.

𝑘𝑚𝑜𝑑,1 = 0,7; 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 = 0,3; 𝑘𝑚𝑜𝑑,3 = 0,8;

𝑘𝑚𝑜𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑,1 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,3 = 0,7 ∙ 0,8 ∙ 0,8

𝑘𝑚𝑜𝑑 = 0,448

Para madeira dicotiledônea C40, o valor característico da resistência à compressão paralela às


fibras é 40 MPa. Assim, o valor de cálculo da resistência à compressão paralela às fibras é
determinado:

𝑓𝑐0,𝑘 40
𝑓𝑐0,𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ∙ = 0,448 ∙ = 12,8 MPa = 1,28 kN/cm²
𝛾𝑤 1,4

O valor médio do módulo de elasticidade longitudinal à compressão paralela às fibras da madeira


classe C40 é 19500 MPa. Assim, o valor efetivo do módulo de elasticidade longitudinal à
compressão paralela às fibras é determinado:

𝐸𝑐0,𝑒𝑓 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ∙ 𝐸𝑐0,𝑚 = 0,448 ∙ 19500 = 8736 MPa = 873,6 kN/cm²

As propriedades geométricas da seção transversal são determinadas:

– Área:

𝐴 = 𝑏 ∙ ℎ = 202 = 400 cm²

– Momento de inércia (no caso de seção quadrada, é igual para os dois eixos de análise):

204
𝐼𝑥 = 𝐼𝑦 = = 13333,33 cm4
12

– Raio de giração (determinado em relação ao eixo de menor inércia):

𝐼𝑚𝑖𝑛 13333,33
𝑖𝑚𝑖𝑛 = √ =√ = 5,77 cm
𝐴 400

O comprimento efetivo é o dobro do comprimento da peça nesse caso, pois a peça é engastada na
base e livre no topo em relação ao eixo mais desfavorável.

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𝐿0 = 2 ∙ 𝐿 = 600 cm

O índice de esbeltez é calculado:

𝐿0 600
𝜆= = = 103,92 → Peça esbelta
𝑖𝑚𝑖𝑛 5,77

A peça, portanto, é classificada como esbelta. Assim, a condição de segurança é definida por:

𝜎𝑁𝑑 𝜎𝑀𝑑
+ ≤1
𝑓𝑐0,𝑑 𝑓𝑐0,𝑑

Assim como no caso de peças medianamente esbeltas, é considerado que a peça esbelta
comprimida trabalha, na verdade, à flexocompressão. O procedimento para cálculo das
excentricidades é similar, porém, no caso de peças esbeltas também é avaliada a excentricidade
por fluência (deformação lenta do material ao longo do tempo).

Uma vez determinadas as propriedades geométricas e de resistência, é necessário calcular as


tensões solicitantes. Como há apenas uma ação variável (carga acidental), uma única combinação
última normal é necessária.

𝐶1 → 𝑁𝑑 = 𝐺 ∙ 𝛾𝑔 + 𝑄 ∙ 𝛾𝑄 = 30 ∙ 1,4 + 35 ∙ 1,4

𝐶1 → 𝑁𝑑 = 91 kN

Portanto, o valor de cálculo do esforço normal de compressão será 𝑁𝑑 = 91 kN.

A força crítica de flambagem (força de Euler) relacionada à coluna é:

𝜋 2 ∙ 𝐸𝑐0,𝑒𝑓 ∙ 𝐼 𝜋 2 ∙ 532 ∙ 1017,88


𝐹𝑒 = =
𝐿0 2 2402

𝐹𝑒 = 319,34 kN

Notar que a força de compressão solicitante é menor que a força crítica de flambagem relacionada
à coluna:

𝑁𝑑 < 𝐹𝑒 → 91 kN < 319,34 kN

Novamente, vale ressaltar que essa verificação é importante, pois se 𝑁𝑑 > 𝐹𝑒 , a peça sofreria
instabilidade estrutural, que é classificada como um Estado Limite Último. Nesse caso, a peça seria
imprópria para uso, pois não apresentaria capacidade resistente adequada.

Para determinação do valor de cálculo da excentricidade, inicialmente é necessário conhecer o valor


efetivo da excentricidade de primeira ordem:

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𝑒1,𝑒𝑓 = 𝑒𝑖 + 𝑒𝑎 + 𝑒𝑐

A excentricidade inicial é definida por:

𝑀1𝑑 ℎ
𝑒𝑖 = ≥
𝑁𝑑 30

Segundo a ABNT NBR 7190:1997, o valor da excentricidade inicial não poderá ser inferior que h/30.
Nesse caso, como a estrutura não é solicitada por momento fletor de 1ª ordem, logo tem-se que
𝑀1𝑑 = 0. O valor mínimo de h/30 será adotado para a excentricidade inicial, sendo h a altura da
seção transversal (no caso da seção quadrada é o próprio lado).

0 20
𝑒𝑖 = ≥
46,20 30

20
𝑒𝑖 = = 0,67 cm
30

A excentricidade acidental é calculada por:

𝐿0 ℎ
𝑒𝑎 = ≥
300 30

De acordo com a ABNT NBR 7190:1997, o valor da excentricidade acidental também não poderá
ser inferior que h/30. Assim, adota-se o maior valor obtido segundo as duas verificações (L0/300 ou
h/30).

600 20
𝑒𝑎 = >
300 30

𝑒𝑎 = 2,0 > 0,67

𝑒𝑎 = 2,0 cm

A excentricidade suplementar de primeira ordem que representa a fluência da madeira é dada,


simplificadamente, na equação:

𝑒𝑐 = (𝑒𝑖𝑔 + 𝑒𝑎 ) ∙ (𝑒 𝐾 − 1)

∅ ∙ 𝐾′
𝐾=
𝐹𝑒 − 𝐾′

𝐾 ′ = 𝑁𝑔,𝑘 + (𝜓1 + 𝜓2 ) ∙ 𝑁𝑞,𝑘

As notações 𝐾 ′ e 𝐾 são usadas para simplicar a equação da excentricidade suplementar de primeira


ordem que representa a fluência da madeira. A variável ∅ representa o coeficiente de fluência, que
é igual a 2,0 para classe de umidade 3 ou 4 e classe de carregamento de longa duração, segundo
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a ABNT NBR 7190:1997. A norma também define os valores de 𝜓1 e 𝜓2 conforme a natureza da
ação variável. Para carga acidental de utilização em locais onde não concentração de pesos fixos
ou elevadas concentrações de pessoas, tem-se:

𝜓1 = 0,3

𝜓2 = 0,2

O valor de 𝐾 ′ pode ser determinado (é obtido em unidade de força):

𝐾 ′ = 𝑁𝑔,𝑘 + (𝜓1 + 𝜓2 ) ∙ 𝑁𝑞,𝑘

𝐾 ′ = 30 + (0,3 + 0,2) ∙ 35

𝐾 ′ = 47,5 kN

O valor de 𝐾 também é determinado:

∅ ∙ 𝐾′
𝐾=
𝐹𝑒 − 𝐾′

2 ∙ 47,5
𝐾=
319,34 − 47,5

𝐾 = 0,35

Como a estrutura não é solicitada por momento fletor de 1ª ordem, é possível definir que 𝑒𝑖𝑔 = 0.

𝑀1𝑔,𝑑 0
𝑒𝑖𝑔 = = =0
𝑁𝑔,𝑑 1,4 ∙ 30

A excentricidade suplementar de primeira ordem que representa a fluência da madeira é calculada:

𝑒𝑐 = (𝑒𝑖𝑔 + 𝑒𝑎 ) ∙ (𝑒 𝐾 − 1)

𝑒𝑐 = (0 + 2,0) ∙ (𝑒 0,35 − 1)

𝑒𝑐 = 0,87 cm

Notar que 𝑒 𝐾 é a constante de Euler (aproximadamente 2,7183) elevada a 𝐾.

Uma vez determinados os valores de 𝑒𝑖 , 𝑒𝑎 e 𝑒𝑐 , é possível definir o valor efetivo da excentricidade


de primeira ordem:

𝑒1,𝑒𝑓 = 𝑒𝑖 + 𝑒𝑎 + 𝑒𝑐 = 0,67 + 2,0 + 0,84

𝑒1,𝑒𝑓 = 3,50 cm

12
O valor de cálculo da excentricidade é determinado:

𝐹𝑒 319,34
𝑒𝑑 = 𝑒1,𝑒𝑓 ∙ ( ) = 3,5 ∙ ( )
𝐹𝑒 − 𝑁𝑑 319,34 − 91,0

𝑒𝑑 = 4,90 cm

O momento fletor provocado pela interação entre o esforço normal de compressão de cálculo e a
excentricidade de cálculo é definido:

𝑀𝑑 = 𝑁𝑑 ∙ 𝑒𝑑 = 91,0 ∙ 4,9

𝑀𝑑 = 445,85 kN ∙ cm

Nesse caso, a distância da linha neutra até a borda mais comprimida é:

ℎ 20
𝑦= = = 10 cm
2 2

A expressão da tensão normal de compressão provocada pelo momento fletor é:

𝑀𝑑 445,85
𝜎𝑀𝑑 = ∙𝑦= ∙ 10
𝐼 13333,33

𝜎𝑀𝑑 = 0,33 kN/cm²

A tensão normal de compressão provocada pelo esforço normal de compressão é determinada:

𝑁𝑑 91,0
𝜎𝑁𝑑 = =
𝐴 400

𝜎𝑁𝑑 = 0,23 kN/cm²

A verificação da condição de segurança quanto ao Estado Limite Último de peças comprimidas


esbeltas é realizada:

𝜎𝑁𝑑 𝜎𝑀𝑑
+ ≤1
𝑓𝑐0,𝑑 𝑓𝑐0,𝑑

0,23 0,33
+ = 0,44
1,28 1,28

0,44 < 1 → OK!

Conclui-se que a segurança da peça comprimida esbelta é garantida com folga.

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4. É necessário verificar a viga quanto ao Estado Limite Último (ELU), conforme a análise de flexão
simples reta, cisalhamento e estabilidade lateral, e quanto ao Estado Limite de Serviço (ELS),
conforme a análise do deslocamento vertical máximo (flecha).

O coeficiente de modificação é determinado com base nas tabelas propostas pela norma brasileira
ABNT NBR 7190:1997, de acordo com as propriedades indicadas: classe de carregamento de longa
duração, classe de umidade 2 e madeira de 2ª categoria.

𝑘𝑚𝑜𝑑,1 = 0,7; 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 = 1,0; 𝑘𝑚𝑜𝑑,3 = 0,8;

𝑘𝑚𝑜𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑,1 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,2 ∙ 𝑘𝑚𝑜𝑑,3 = 0,7 ∙ 1,0 ∙ 0,8

𝑘𝑚𝑜𝑑 = 0,56

Para madeira dicotiledônea C60, o valor característico da resistência à compressão paralela às


fibras é 60 MPa. Assim, o valor de cálculo da resistência à compressão paralela às fibras é
determinado:

𝑓𝑐0,𝑘 60
𝑓𝑐0,𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ∙ = 0,56 ∙ = 24 MPa = 2,4 kN/cm²
𝛾𝑤 1,4

O valor médio do módulo de elasticidade longitudinal à compressão paralela às fibras da madeira


classe C60 é 24500 MPa. Assim, o valor efetivo do módulo de elasticidade longitudinal à
compressão paralela às fibras é determinado:

𝐸𝑐0,𝑒𝑓 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ∙ 𝐸𝑐0,𝑚 = 0,56 ∙ 24500 = 13720 MPa = 1372 kN/cm²

As propriedades geométricas pertinentes da seção transversal são determinadas:

– Área:

𝐴 = 𝑏 ∙ ℎ = 6 ∙ 16 = 96 cm²

– Momento de inércia relacionado ao eixo x:

𝑏 ∙ ℎ3 6 ∙ 163
𝐼𝑥 = = = 2048 cm4
12 12

Apenas o cálculo de momento de inércia relacionado ao eixo x é necessário, pois o momento fletor
atua em torno desse eixo em vigas retas sujeitas a forças verticais.

Estado Limite Último (ELU)

É necessário avaliar o comportamento da estrutura quanto à flexão, ao cisalhamento e também


quanto à estabilidade lateral da seção transversal retangular. Esses casos são classificados como
Estado Limite Último.
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Inicialmente, é necessário desenvolver a combinação última normal da força uniformemente
distribuída, efetuada segundo os valores das ações permanente e variável:

𝑞𝑑 = 𝑞𝑔,𝑘 ∙ 𝛾𝑔 + 𝑞𝑞,𝑘 ∙ 𝛾𝑞 = 1,5 ∙ 1,4 + 1,0 ∙ 1,4 = 3,5 kN/m = 0,035 kN/cm

De forma análoga, é necessário efetuar a combinação última normal da força concentrada. Apesar
disso, como há apenas uma parcela permanente, basta ampliar o valor da força multiplicando-a
pelo coeficiente de majoração.

𝑃𝑑 = 𝑃𝑔,𝑘 ∙ 𝛾𝑔 = 2,0 ∙ 1,4 = 2,8 kN

O dimensionamento de estruturas de madeira é usualmente realizado para a seção mais crítica.


Segundo os conceitos aprendidos em teoria das estruturas, sabe-se que os esforços máximos (na
seção crítica), nesse caso, são:

𝑃 𝑞∙𝐿
𝑉𝑚á𝑥 = + → Ocorre na seção dos apoios
2 2

𝑃 ∙ 𝐿 𝑞 ∙ 𝐿2 𝐿
𝑀𝑚á𝑥 = + → Ocorre na seção correspondente ao meio do vão ( )
4 8 2

Para a viga estudada, substituindo os valores, tem-se:

2,8 0,035 ∙ 300


𝑉𝑚á𝑥,𝑑 = + → 𝑉𝑚á𝑥,𝑑 = 6,65 kN
2 2

2,8 ∙ 300 0,035 ∙ 3002


𝑀𝑚á𝑥,𝑑 = + → 𝑀𝑚á𝑥,𝑑 = 603,75 kN ∙ cm
4 8

As tensões normais de tração e compressão, provocadas pelo momento fletor, são determinadas:

𝑀𝑚á𝑥,𝑑 603,75 16
𝜎𝑐1,𝑑 = ∙ 𝑦𝑐1 = ∙( )
𝐼𝑥 2048 2

𝜎𝑐1,𝑑 = 2,36 kN/cm²

𝑀𝑚á𝑥,𝑑 603,75 16
𝜎𝑡2,𝑑 = ∙ 𝑦𝑐1 = ∙( )
𝐼𝑥 2048 2

𝜎𝑡2,𝑑 = 2,36 kN/cm²

As tensões normais de tração e compressão provocadas pelo momento fletor são numericamente
iguais em vigas com seção transversal retangular, pois a distribuição de tensão normal nesse caso
é simétrica. O mesmo não ocorreria em vigas com seção T, por exemplo, pois a distribuição de
tensões não seria igual devido à posição da linha neutra.

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A verificação da viga quanto às tensões normais provocadas na flexão é avaliada segundo o valor
de cálculo da resistência à compressão paralela às fibras da madeira. Notar que a norma brasileira
admite que 𝑓𝑡0,𝑑 = 𝑓𝑐0,𝑑 .

𝜎𝑐1,𝑑 ≤ 𝑓𝑐0,𝑑 → 2,36 kN/cm² < 2,40 kN/cm² → OK!

𝜎𝑐2,𝑑 ≤ 𝑓𝑡0,𝑑 → 2,36 kN/cm² < 2,40 kN/cm² → OK!

Portanto, as propriedades da viga são adequadas quanto à flexão.

A tensão de cisalhamento, provocada pelo esforço cortante, é calculada:

3 𝑉𝑚á𝑥,𝑑 3 6,65
𝜏𝑑 = ∙ = ∙
2 𝑏∙ℎ 2 6 ∙ 16

𝜏𝑑 = 0,104 kN/cm²

O valor de cálculo da resistência ao cisalhamento da madeira pode ser determinado em função de


𝑓𝑐0,𝑑 :

𝑓𝑣0,𝑑 = 0,12 ∙ 𝑓𝑐0,𝑑 → Madeiras coníferas

𝑓𝑣0,𝑑 = 0,10 ∙ 𝑓𝑐0,𝑑 → Madeiras dicotiledôneas

Como a madeira empregada é dicotiledônea, a segunda expressão é usada:

𝑓𝑣0,𝑑 = 0,10 ∙ 𝑓𝑐0,𝑑 = 0,10 ∙ 2,4

𝑓𝑣0,𝑑 = 0,24 kN/cm²

A verificação da viga quanto ao cisalhamento é realizada:

𝜏𝑑 ≤ 𝑓𝑣0,𝑑 → 0,104 kN/cm² < 0,24 kN/cm² → OK!

Portanto, a viga também é adequada quanto ao cisalhamento.

Para análise da estabilidade lateral da viga, é necessário verificar inicialmente a esbeltez da seção
transversal retangular:

ℎ 16
= = 2,67
𝑏 6

Para essa esbeltez lateral, o valor do coeficiente 𝛽𝑀 é aproximadamente 11,15 segundo as


especificações verificadas na ABNT NBR 7190:1997.

Para que a estabilidade lateral da viga seja garantida, a condição inicial é:

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𝐿1 𝐸𝑐0,𝑒𝑓

𝑏 𝛽𝑀 ∙ 𝑓𝑐0,𝑑

Sendo L1 a distância entre travamentos e b a espessura da estrutura. Nesse caso, foi informado
que os travamentos ocorrem nos apoios, logo L1 é o próprio vão.

𝐿1 300
= = 50
𝑏 6

𝐸𝑐0,𝑒𝑓 1372
= = 51,27
𝛽𝑀 ∙ 𝑓𝑐0,𝑑 11,15 ∙ 2,4

50 < 51,27 → OK!

Portanto, a condição de estabilidade lateral da viga é garantida.

Estado Limite de Serviço (ELS)

Quanto ao Estado Limite de Utilização (ELUti), também chamado de Estado Limite de Serviço
(ELS), é necessário avaliar o deslocamento máximo ocasionado na estrutura. A verificação de
deslocamentos em estruturas correntes de madeira é realizada considerando as ações
determinadas a partir da combinação de longa duração (também chamada de combinação quase-
permanente).

Na combinação de longa duração, as ações não são majoradas pelos coeficientes 𝛾𝑔 ou 𝛾𝑞 . As


ações variáveis são multiplicadas pelo coeficiente 𝜓2 , denominado fator de redução de longa
duração. No caso analisado, observar que o fator de redução de longa duração da carga acidental
é 𝜓2 = 0,2. Para diferenciar as forças obtidas a partir das combinações, será usada o índice “uti”.

𝑞𝑑,𝑢𝑡𝑖 = 𝑞𝑔,𝑘 + 𝑞𝑞,𝑘 ∙ 𝜓2 = 1,5 + 1,0 ∙ 0,2 = 1,7 kN/m = 0,017 kN/cm

Para a força concentrada, como há apenas ação permanente, a resultante terá o próprio valor da
ação permanente.

𝑃𝑑,𝑢𝑡𝑖 = 𝑃𝑔,𝑘 = 2,0 kN

Novamente, segundo os conceitos aprendidos em teoria das estruturas, sabe-se que o


deslocamento máximo da viga, para essa condição de carregamento, é:

5 ∙ 𝑞 ∙ 𝐿4 𝑃 ∙ 𝐿3
𝛿𝑚á𝑥 = +
384 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼 48 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼

Considerando os valores de longa duração para as forças atuantes, e o valor efetivo do módulo de
elasticidade à compressão paralela às fibras da madeira, é possível modificar a equação do
deslocamento máximo:

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5 ∙ 𝑞𝑑,𝑢𝑡𝑖 ∙ 𝐿4 𝑃𝑑,𝑢𝑡𝑖 ∙ 𝐿3
𝛿𝑚á𝑥 = +
384 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼 48 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼

Substituindo os valores determinados, tem-se:

5 ∙ 0,017 ∙ 3004 2,0 ∙ 3003


𝛿𝑚á𝑥 = +
384 ∙ 1372 ∙ 2048 48 ∙ 1372 ∙ 2048

𝛿𝑚á𝑥 = 1,04 cm

O valor limite para o deslocamento é especificado pela ABNT NBR 7190:1997, para vãos, é:

𝐿 300
𝛿𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 = = = 1,5 cm
200 200

O deslocamento máximo é aceitável se for menor que o limite especificado na norma:

𝛿𝑚á𝑥 ≤ 𝛿𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 → 1,04 cm < 1,5 cm → OK!

Portanto, o deslocamento máximo resultante é aceitável. Dessa forma, é possível concluir que todos
os critérios de segurança analisados para a viga são atendidos.

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