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i Histórias africanas
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Mirimon Arcalimon
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19 de maio às 15:35 ·
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Elenini, o deus da destruição
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a Elenini ou Èlénìínìí é a divindade da absoluta destruição, discórdia e caos. Seu caos,
diferente do gerado por Èsù, não vem para gerar uma nova ordem, mas sim para por a
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ordem completamente abaixo.
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u Ele surgiu depois de todas as demais divindades, mas sua parternidade ou maternidade
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não é atribuída a ninguém. Ele surgiu junto com a possibilidade da maldade e da
destruição.
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Elenini não gostava de trabalhas, em vez disso folgava no trabalho das demais divindades,
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e quando podia, ainda atrapalhava. No entanto, Orunmilá recomendou a todos os outros
s deuses que nunca se enraivecessem com ele, pois era isso que ele desejava, e se o
t fizessem, cederiam à sua corrupção, e ele se tornaria mais forte.
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Elenini ficou decepcionado e entediado, porque não conseguia causar o caos entre os
G deuses e deixou o mundo espiritual(Òrún), vindo viver no mundo mortal(Aiye). Aqui ele
r encontrou a humanidade, ao qual propôs suas vis ideias. Os humanos aceitaram de bom
r grado, e por isso ele ficou aqui. Sendo assim, Elenini é a única divindade que vive no Ayie
e não no Òrún.
Ele causa as guerras, a desigualdade social, os estupros, roubos e todo o tipo de crime,
para seu deleite, além de sentimentos negativos, pensamentos impuros, desunião, traição,
e etc.
Atualmente, algumas pessoas propõe uma visão mais amenizada desse deus, como a
divindade que impõe obstáculos que permitem ao ser humano tornar-se resiliente e
melhorar a si mesmo. Embora, de fato, ele faça isso, em momento nenhum ele o faz
pensando no bem dos humanos, ele só quer destruir tudo.
Elenini destrói tudo, tanto de bom, como de ruim. Quando nos policiamos nas nossas
atitudes, para nos melhorarmos, sobram a ele somente as coisas naturalmente negativas
para digerir. No entanto, ele sempre acha um jeito de entrar nas pessoas, maqueando-se
com mentirar e coisas supostamente "boas".
Por um motivo óbvio, ele não é cultuado. Ele também não é terminantemente banido ou
destruído, porque ele tem a sua função na natureza, já que ele abre caminho para a
construção e o surgimento de novas coisas, ao destruir as coisas antigas. Ele e seus
agentes destruiram sistemas, ideias, religiões e civilizações, dando espaço para o
surgimento de novas, melhores(ou não), que as anteriores.