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INTRODUÇÃO

A conexão elétrica entre entrada e saída dos conversores DC-DC é uma


desvantagem. Se a fonte da entrada for aterrada, este mesmo terra estará
presente na saída. Uma maneira se isolar eletricamente a saída da entrada é
com um transformador. Se o conversor dc-dc tem um primeiro estágio que
retifica uma fonte ac para dc, um transformador pode ser usado no lado ac.
Entretanto nem todas as aplicações requerem a conversão ac para dc como um
primeiro estágio. Além disso, um transformador que opera com uma baixa
frequência requer um grande núcleo que é relativamente grande, pesado e caro.

Uma forma mais eficiente de se obter isolamento elétrico entre entrada e


saída de um conversor dc-dc é usar um transformador no esquema de
chaveamento. A frequência de chaveamento é muito maior do que a frequência
da fonte, possibilitando que o transformador seja pequeno. Adicionalmente, a
razão de transformação, permite maior flexibilidade de design e na relação geral
entre entrada e saída do conversor. Com o uso de múltiplos enrolamentos de
transformadores, conversores podem ser projetados para fornecer múltiplas
tensões de saída.

Neste projeto foi proposto a criação de um conversor flyback para operar


com uma tensão de entrada de 48 V para uma saída de 9 V e potência de 10W,
operando na frequência de 50 kHz.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O Conversor Flyback

A Figura 1 apresenta um conversor Flyback com isolamento entre a entrada e a


saída. O funcionamento fundamental do conversor Flyback é semelhante ao
funcionamento do conversor Boost, onde a energia é armazenada em Lm durante
o fechamento da chave e transferida para a carga no momento da abertura.
Figura 1. Conversor Flyback

Figura 1

Fonte: (Hart)

O transformador possui três funções

1 – proporciona o isolamento entre a fonte e a carga

2 – faz a acumulação de energia quando o transistor é fechado

3 – adapta a tensão necessária no secundário.

Formas de Onda Teórica

Na Figura 2 são apresentadas as diversas formas de onda analisadas nos


diversos componentes do conversor Flyback. Vp, Vs e Vce representam as
tensões no primário e secundário do transformador e a tensão na chave
respectivamente. Enquanto Ip e Is representam respectivamente as correntes
no primário e secundário do transformador.
Figura 2. Formas de onda no conversor Flyback

Fonte: (Barbi)

Análise para a Chave Fechada

Quando a chave está fechada o diodo se mantém inversamente polarizado


impedindo a passagem de corrente. Neste período a corrente aumenta
linearmente no enrolamento primário e não existe corrente no secundário.

Figura 3. Conversor Flyback com a Chave Fechado

Fonte: (Hart)
Análise para a Chave Aberta

Quanto T está aberto a polaridade do transformador se inverte, o diodo entra em


condução e a energia acumulada no campo magnético é transferida ao capacitor
de filtro.

Figure 4. Conversor Flyback com a Chave Aberta

Fonte: (Hart)

Neste instante a tensão na saída é igual a tensão no capacitor e a tensão no


primário do transformador é

𝑁𝑝
𝑉𝑝 = 𝑉 (1)
𝑁𝑠 𝑜𝑢𝑡

Escolha do capacitor de saída

𝑉𝑜
= 𝐼𝑜 (2)
𝑅𝐿

𝑇1 𝐼𝑜
∆𝑉𝑐 = (3)
𝐶

∆𝑉𝑐 = 𝑉𝑀 𝑉𝑚 (4)

∆𝑉𝑐 é a diferença entre os valores máximo e mínimo da tensão nos


terminais do capacitor. A corrente que circula no capacitor (𝑖𝑐 ) é a diferença entre
𝑖𝑠 e 𝑖𝑜 , sendo 𝑖𝑜 o valor da corrente de carga.

𝐼𝑠 𝑇0
𝐼𝑜 = (5)
2𝑇
A corrente eficaz no capacitor é dada por

𝑇𝑜 𝐼𝑠 𝑇𝑜 2
𝐼𝐶𝑒𝑓 = √𝐼𝑆2 −( ) (6)
3𝑇 2𝑇

Cálculo do diodo

a) Corrente de pico

𝑁𝑝
𝐼𝐷𝑃 = 𝐼𝑆 = 𝐼𝑝 (7)
𝑁𝑠

b) Corrente eficaz

𝑇0 𝑁𝑝 𝑇0
𝐼𝐷𝑒𝑓 = 𝐼𝑠 √ = 𝐼𝑝 √ (8)
3𝑇 𝑁𝑠 3𝑇

c) Corrente média
𝑉𝑜𝑢𝑡
𝐼𝐷𝑚é𝑑 = (9)
𝑅𝐿
d) Tensão reversa de pico
𝑁𝑆
𝑉𝐷𝑃 = 𝑉𝐶 + 𝑉𝑆𝑚á𝑥 = 𝑉𝐶 + 𝑉𝑖𝑛𝑚á𝑥 √2 (10)
𝑁𝑝

Cálculo do indutor

1 𝑉𝑆2 𝐷2 𝜂
𝐿= ∗ (11)
2 𝑃𝑓

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