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S e xt a F e ir a X l l l
1.0 Introdução:
Aqueles que já participaram de nossos projetos sabem que nos atentamos aos
detalhes, aos graus de dificuldade e compreensão que todos podem alcançar. Nos
preocupamos com a ação e reação dos atos, palavras, rezas, conjuros, evocações
e invocações que publicamos, pois, somos indiretamente responsáveis pelo que
cada desbravador alcança. Se nosso pacto com V.S. Maioral é edificar uma armada
consciente e lúcida capaz de agir como “Mensageiros da Morte”, temos a obrigação
de mostrar o que está por trás das mortalhas embebidas em sangue e decomposição.
1.1 O ‘13’.
Acredita-se que os mistérios que envolvem a sexta-feira treze (13) estejam dentro
dos adventos que ainda causam grande impacto negativo na população mundial
(crédula). Segundo algumas crenças, o encontro da sexta-feira com o número 13
é um presságio da desgraça. O número 13 tem uma história extensa e repleta de
dualidade, afinal, em algumas tradições é um número conectado a sorte, mas em
outras trata-se da “dúzia do diabo”.
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morte. Para os egípcios, o ciclo da vida era dividido em etapas. A vida representava
os doze ciclos – e podemos correlacionar com o próprio zodíaco -, mas o 13º ciclo
representava a morte. Essa visão de morte estava conectada com as transformações
necessárias aos espíritos. Especula-se que o número 13 fez parte da engenharia das
pirâmides. O contato dos egípcios com outras civilizações perpetuou o poder do
número, todavia, o significado primário foi sendo transformado até se tornar nocivo
e, consequentemente, gerar fobias.
Essa arte paleolítica dedicada a Vênus, também conhecida como “mulher de cornos”,
nos aponta a relação do número 13 anteriormente debatida. No corno de bisão
deitado (simbolismo lunar- cornucópia da abundância) encontramos 13 marcações.
A mão esquerda aponta em direção ao ventre. Essa estátua também apresenta outras
relações importantes, como o “Y” próximo a coxa direita que é um antigo símbolo
da prata (metal lunar feminino).
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festividade que se findou com a morte de um dos servos de Aegir chamado “Fimafeng”.
Os deuses Aesir que participavam do jantar expulsaram Loki do salão, mas o deus
orgulhoso tornou a voltar e beber, bem como, caçoar dos deuses apontando suas
falhas e fraquezas. Nesta ocasião o número 13 fora associado à Loki e a todo tipo de
maldade, má sorte, assassinato e traição. Também corroborou com o nascimento
da superstição de que 13 pessoas sentadas em uma mesa atraem a desgraça e a morte
para uma delas.
Existe uma outra lenda que relata a força nociva do 13. Ao longo do processo de
conversão dos povos nórdicos, muitos deuses (as) foram “demonizados”. Uma das
lendas aponta Friga; anteriormente a deusa do amor e da beleza, como uma bruxa
maligna que se reúne com mais onze bruxas e um demônio (totalizando 13) as
sextas-feiras para rogar pragas e maldições nos humanos.
A lenda das 13 pessoas sentadas em uma mesa também pode ser correlacionada
dentro da cultura cristã, mais especificadamente em um momento crucial do enredo
da trama: A última ceia. Os doze comensais em conjunto com Jesus totalizavam
13. O número novamente agiu como um emissário da profecia sombria. Existem
correntes que alegam que a 13ª pessoa representa o ponto central ou vórtice de toda
emanação divina. A 13ª pessoa seria o avatar do Criador, isso porque o número
costumava ter uma conotação de “Ligação com Deus”.
Existe também outro fato deveras intrigante contendo o número 13. Diodoro da
Sicília, contemporâneo do Imperador Augusto, alega que a morte de Filipe da
Macedônia estava relacionada a sua estátua haver sido colocada junto as dos 12
deuses principais, dias antes de ser assassinado.
1.2 Numerologia do 13
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a força do número 13 é equivalente ao número 4 que está associado ao quadrado, à
estabilidade, segurança, disciplina e persistência.
Só como uma curiosidade, podemos relatar o fato de que em alguns países da Ásia
Oriental o número 4 (1+3) é tido como sinal de azar. Quem desejar se aprofundar,
basta estudar sobre tetrafobia.
1.3 A Sexta-feira
Dentro dos ritos mágicos todas as sextas-feiras são dias dedicados a Vênus, isso
porque os povos pagãos dedicavam os dias a determinados deuses. O nome sexta-
feira deriva-se do latim sexta-feria. Os povos nórdicos dedicavam esse dia à Deusa
Freia (anteriormente citada). Frigg / Freya correspondia a Vênus, a deusa do amor
dos romanos, que batizou o sexto dia da semana em sua homenagem “dies Veneris.”
(Dia de Vênus).
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de mal agouro. Uma lenda que possivelmente possa ter sido usada como alicerce
medieval dessa transformação alega que em uma sexta-feira, um grupo de 12
feiticeiras praticava seus ritos de Sabbath em um cemitério obscuro. Freia desceu de
seu santuário (no topo de uma montanha) e presenteou-as com um de seus gatos.
Assim nasceu a Tradição de que os covens deveriam ser formados por 13 membros.
Por tudo que estudamos e lemos acerca do assunto, essa lenda pode ter sido a
principal motivadora da relação maligna da sexta-feira com o número 13, mas ainda
assim é apenas a entrada do caminho que nos leva às conclusões sobre a fobia.
1.4 A Sexta-feira 13
Os Templários representavam um poder paralelo que era uma ameaça real tanto aos
Reis quanto aos próprios Papas.
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Não sabemos se essa informação realmente fez com que a sexta-feira 13 se tornasse
tão temida e obscura, mas certamente contribuiu e foi alicerce para a criação de
outros mitos paralelos. A maior parte dos documentos onde tal data é relatada
aparecem somente no século XIX. Certo é que a soma de sexta-feira com a data
13 criou uma data confusa, considerada de má sorte, mensageira de maus agouros,
enfim, um dia onde o diabo está rondando.
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Com muito orgulho apresentamos aos interessados o Projeto “As Sete Mortalhas”.
2.0 A Mortalha
Uma das mortalhas mais populares foi a do santo católico São Francisco de Assis.
Segundo relatos do Vaticano, ao amortalhar um corpo com habito franciscano
haveria a concessão de indulgências extraordinárias. Por isso que não é difícil vermos
bruxos e feiticeiros portando a mesma roupa, pois, o roubo de mortalhas era muito
comum nos tempos antigos. Inclusive já tivemos relatos de Exus se vestindo com
roupas similares. Podemos até entrelaçar com o ponto cantado que diz: “na batina
do padre tem dendê! ”. Ao vestir um cadáver com tais hábitos os vivos tentavam
mostrar que a pessoa partiria com humildade, sem nenhum bem maior que aquele,
assim como os santos fizeram durante suas vidas materiais. A “pseudo humildade”
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das mortalhas-hábitos também expressavam o desejo dos descendentes de perpetuar
uma imagem dignificada.
Muitas vezes agulhas e alfinetes eram usados para fixar as mortalhas. Segundo a
Tradição os mesmos deveriam seguir com o corpo, afinal, o que toca o cadáver é
dele. Todos esses elementos eram e são objeto de desejo dos feiticeiros e feiticeiras,
afinal, são objetos conectados à morte, à decomposição e à energia da viajem final.
Antes de vestir uma mortalha geralmente ocorrem orações e bênçãos de algum tipo
de sacerdote. Caso a pessoa morra sem ter seus pecados ou erros espirituais redimidos
pode aparecer e vagar.
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Quem decide se o pecado é muito grave é o padre que então dependendo do que o
padre julga, esta pessoa ira sair andando com uma mortalha por sete cemitérios
e outros lugares de uma cidade.
Segundo a lenda se a mortalha dele cair por cima de alguém, todos os pecados
que esta pessoa tinha passará a ser da pessoa que a mortalha cobriu. Esta é
mais umas das lendas da nossa região. “ (texto: Contos Populares – Fonte: Blog
Mucambo Pra Valer)
Atualmente o destaque das grandes Legiões suprime as pequenas, todavia, isso não
significa que as mesmas deixem de existir ou até mesmo não tenham poder de ação.
Apesar de não ser difundida nos meios eletrônicos e quase não ser citada pelos
adeptos contemporâneos, a Senhora das Sete Mortalhas é uma Pombagira sombria e
atuante no Reino das Almas. Seu aspecto expansivo (visto através do número/título
‘7’) diminuiu muito de intensidade pelo desuso das mortalhas, mas sua ordem e raio
de ação continuam existentes.
Seu nome legionário “Mortalha” absorve tudo que já foi descrito, mas não se limita
apenas ao significado literal do objeto. As mortalhas são aquilo que os homens/
mulheres carregam consigo, o único bem material que os cobre pós morte física.
Um de seus aspectos mais sombrios é o sufocamento que aflora a sensação de
imobilidade e submissão aos ventos gélidos da morte. A legião não é tão numerosa,
pois é composta de feiticeiras necromânticas denominadas Damas da Morte.
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seus pecados e morre repleta de arrependimentos poderá se tornar escrava de 7
Mortalhas.
Para um bom quimbandeiro ter contato com essa Legião é deveras importante, pois
é ensinado como enxergar/ler as pessoas por trás de suas intensões ocultas e agir
como é necessário. A Senhora das Sete Mortalhas rasga as roupas e mostra o “corpo
dos defuntos. Como feiticeira nos ensina mistérios da bruxaria e magia negra, tais
como: magia em espelhos, uso de terras, corujas, gatos, pássaros noturnos, aranhas,
dentre outras forças. Também ensina a manipulação e uso dos fantasmas e almas
desgraçadas.
Ponto Riscado da legião de Pombagira das Sete Mortalhas usado para evocar e invocar
seus poderes. Para ativá-lo, o adepto deverá ativá-lo com velas negras nos centros das sete
cruzes.
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3.2 - Ponto cantado:
Para a Legião de Pombagira Sete Mortalhas servimos vinho tinto adocicado puro ou
descansado com ervas alucinógenas.
As flores que ofertamos geralmente são as mesmas que compõe os arranjos mortuários.
Trombetas também são muito apreciadas
4.0- O Projeto
Como dito anteriormente, o intuito desse projeto é evocar forças antigas e demonizadas
através da força da Legião de Pombagira das Sete Mortalhas. A Mortalha pode agir
mostrando a verdade ou ocultando-a para a manifestação dos desejos ocultos.
A data escolhida para a formação da egrégora é na sexta-feira 13. Os motivos que nos
levaram escolher tal marco estão devidamente esclarecidos através das informações
anteriormente descritas. A força do renascimento vibrada pelo 13 será usada em
conjunto com o poder venusiano da sexta-feira e assim, nas caldeiras astrais existirão
portas para que antigas forças demonizadas possam adentrar em nosso plano material.
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A energia intermediadora será da Senhora 7 Mortalhas.
Adeptos mais experientes sabem que muitos elementos podem ser inseridos nesse
ritual, porém, cabe a nós mostrarmos as chaves apenas àqueles que conseguem
enxerga-las com clareza. Isso não significa que o descrito é insuficiente, ao contrário,
é o necessário. Outros elementos apenas modificarão a intensidade das descargas,
mas não interferem na eficácia do ritual.
A Mortalha
Ao adquirir o pano o adepto deverá inicialmente lavá-lo com água e sal. Esse
procedimento neutraliza todas as influencias nocivas impregnadas. Após seco (na
sombra) o adepto acenderá o braseiro com mirra e defumará a mortalha. Enquanto
a fumaça impregna o tecido o adepto recita as seguintes palavras:
Repita esse procedimento diversas vezes até que o pano esteja bem impregnado.
Recomendamos o uso de mirra natural ou resina de mirra. Não recomendamos o
uso de incensos prontos.
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A Taça de vidro
Assim como a mortalha, a taça deverá ser lavada com água e sal e secar naturalmente.
Em outros projetos descrevemos a consagração das taças com riqueza de detalhes e
os interessados podem apelar a essas publicações caso deseje. Assim como a mortalha
a taça será defumada com mirra. Enquanto a fumaça ainda está circulando na taça o
adepto (a) segura-a com ambas as mãos e a coloca perto dos lábios. Coloca sete grãos
de pimenta da costa na boca, mastiga e ‘cospe’ dentro da taça. Profere a seguinte
oração:
As velas
Com ambas as mãos o adepto segura as velas e visualiza uma ‘tocha inflamada’. Após
a visualização proclama a seguinte oração:
“Ó poderes absorvidos pelo meu corpo carnal e astral, pela Luz de Lúcifer
que crepita em minha essência imortal, transformo esses objetos em poderosos
portadores do fogo infernal! Que ao serem despertas, essas chamas sejam pontes
entre os vivos e os Poderosos Mortos, consumindo minhas fraquezas e exaltando
meus poderes obscuros! Que essas velas representem as três pontas dos Tridentes
de meus Mestres Mortos e possam direcionar e conduzir, assim como a Carruagem
de Lúcifer, minhas intensões para o além!”
Assim como os demais objetos, o caldeirão deve ser limpo com água e sal e besuntado
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com óleo/azeite-de-dendê. O combustível usado nesse caldeirão é o álcool, todavia,
não é apenas um álcool convencional. Ao adquirirmos o álcool o colocamos em
um recipiente de vidro e adicionamos uma pequena quantidade de óleo/azeite-de-
dendê, folha-do-fogo, urtiga, teias de aranha e uma boa quantidade de pó de carvão
vegetal (carvão esmagado e peneirado). Adeptos mais experientes podem inserir
outros elementos. Se o adepto não tiver acesso a todos os ingredientes, não deve
substitui-los. Recomendamos que prepare o álcool com os elementos que possui.
Essa mistura deve descansar ao menos 1 dia antes de ser usado no caldeirão.
Mirra
Sempre que o adepto iniciar a queima das ervas (defumação), com as duas mãos
em formato de ‘concha’ passará a fumaça sobre o corpo. Lembramos que não é
necessária a queima de grandes quantidades de mistura, afinal, lembremos que as
ervas e demais elementos relacionados ao Culto de Exu possuem (em sua maioria)
substâncias tóxicas e alucinógenas.
O tabaco também é uma oferenda que exala fumaça e está relacionado ao Elemento
Ar, entretanto, a descrição de suas propriedades está no livro “Quimbanda- O Culto
da Chama Vermelha e Preta”. Um detalhe esotérico e secreto é que ao acendermos
o charuto, cigarrilha ou cigarro a primeira baforada deve ser dada em cima das
firmações, a segunda no chão, a terceira para o alto e as demais novamente nas
firmações. Isso simboliza que louvamos e evocamos nossos Mestres -os Poderosos
Espíritos Mortos- vindos da Terra Negra objetivando a elevação espiritual através de
nossa ancestralidade mais profunda.
Ponto Riscado
• Em papel pergaminho;
• Pirografado ou pintado em couro;
• Pintado em um pano (nesse caso as velas deverão ser firmadas em candelabros).
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4.3- O Ritual
Na sexta-feira 13 o adepto (a) já deverá ter todos os itens prontos. O horário mágico
para realizar essa operação está entre as 21 e 22h (podendo se prolongar o quanto
for necessário). A força venusiana também estará sob influência da Lua Minguante.
“Eu conjuro as forças ancestrais advindas dos Poderosos Mortos para adentrarem
nesse recinto e através das poderosas emanações flamijeras dizimarem as energias
inertes e nocivas. Pelo fogo, ar, água e terra que cada pedaço, fresta, rachadura
ou vão possa ser preparado para o chamado dos Antigos! Laroyê Exu! Laroyê
Pombagira ”
Caso o adepto (a) tenha a “Corrente dos Poderosos Mortos” poderá usá-la para
delimitar o espaço ritualístico, mas não é regra.
O Ponto Riscado deverá estar voltado para o Sul (recomendamos o uso da bússola)
ou em direção ao Altar-Mor dos Templos/Terreiros/Altares que assim tiverem. Do
lado esquerdo do Ponto colocamos a taça e a garrafa de vinho aberta. Do lado
direito o braseiro para queimar mirra, o cinzeiro e a cigarrilha. Acima do Ponto
colocaremos o caldeirão onde o fogo será ateado e a frente as velas que serão acesas
e a lâmina. A mortalha permanecerá dobrada.
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ardência ser considerável. Colocará um pequeno gole de vinho na boca e com força
soprará em cima do ponto. Exclamará:
“ Fogo e Alma são soprados! Vinho que se torna sangue! Evoco-te ó Senhora das
Mortalhas! Abra as chaves que separam os vivos e os mortos e encaminhe-se a
esse recinto! Laroyê Pombagira 7 Mortalhas! ”
Iniciará a oferta das velas. A primeira será acesa no entroncamento da cruz central.
Exclamará:
“Cruz abençoada que é símbolo do martírio dos fracos e bastardos, marca bestial
que marca as tampas de caixão, eixo Elemental que me conecta ao Reino do
Grande Diabo, incito-te através do fogo para que a urna astral seja aberta em
prol da força de 7 Mortalhas! ”
As demais velas devem ser acesas nos entroncamentos das cruzes menores da direita
para a esquerda. Para cada vela acesa exclama-se:
Seguidamente o adepto (a) acende a cigarrilha e bafora sete vezes seguidas no centro
do Ponto. Usando a visualização transforma a fumaça em labaredas de fogo e fumaça.
Após exclama:
“ Tabaco glorioso que liga minha ancestralidade, sopro de fogo e enxofre capaz
de purificar, dou boas-vindas a Senhora dos Fantasmas! ”
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“ No caldeirão, que é a boca de Satã, chamo-te ó Senhora das 7 Mortalhas.
Evoco-te nessa hora para que me conduzas ao tempo onde nas colinas, cemitérios,
pântanos, cavernas, casebres, porões e montanhas os antigos deuses obscuros
eram chamados pelos filhos e filhas da feitiçaria necromante!
Em nome de 7 Mortalhas que eu seja apresentado (a) aos Infernais!
Em nome de 7 Mortalhas que os Sete Portais sejam destrancados a mim!
Em nome de 7 Mortalhas que a morte seja una com a vida de meu corpo! ”
4.7 – Incitando o Ar
“Demônios Alados que cortam as Linhas da Terra dos Vivos e dos Mortos, em
nome de 7 Mortalhas clamo que meu espírito seja enevoado com a fumaça dos
mortos!
Que meus pensamentos não tenham limites, barreiras, grades e cadeados! Sou
liberto (a) de toda moral! “
O adepto (a) encherá a taça de vinho, erguerá a altura dos olhos com ambas as mãos
e exclamará a terceira evocação:
“ Senhora dos Vultos, dona dos pecados, eis meus medos, minha alma
atormentada...Clamo para que eu seja liberto (a) dessa desgraça, desse presídio
sentimental! Coloque tuas unhas negras dentro dessa taça e preencha-a com o
sangue dos demônios e demônias do passado! Que meus irmãos e irmãs mortos e
perseguidos urrem no Inferno pelo meu ato de devoção! ”
Após alguns instantes segurando e vibrando, o adepto (a) beberá um gole da taça e
a colocará no mesmo local.
O adepto (a) tomará a lâmina virgem e fará uma pequena incisão no dedo polegar
da mão esquerda e deixará algumas gotas pingarem dentro do caldeirão inflamado
(caso já tenha apagado, ateie fogo novamente).
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“ Meu sangue é espírito, mas meu corpo é terra. O fogo é o que nos une! Do
fogo vim e para ele voltarei e meu novo corpo se tornará o pó capaz de realizar
os prodígios do diabo! Ó Senhora 7 Mortalhas, cujos olhos mostram todas
as mentiras e fraquezas, nessa noite de sétuplas bênçãos, evoco-te na grande
plenitude!
(Nesse momento o adepto (a) se enrola na mortalha)
Assim como os defuntos, visto-me com o ultimo pano. Desejo morrer para o medo
e para as limitações e renascer para a espiritualidade, ter o poder de concretizar
meus desejos mais obscuros! (Visualizar todos os desejos ocorrendo).
Em nome de Satanás, Caifás, Ferrabrás e Beelzebuth minha mortalha será
abençoada! Não serei escravo (a) subimisso (a) a nada! Através da minha
mortalha filtro e bloqueio meus inimigos, os entrego a fúria de Belial! Ó Senhora
das 7 Mortalhas, intercede na minha ira!
Senhora dos Fantasmas, cuja força possui a fagulha das deusas antigas, das
feiticeiras do pântano, dos unguentos e poções, entrego-me amortalhado (a)!
Que a força de Exu e Pombagira vibrem além da própria Quimbanda! Meus
olhos são pura Magia Negra! Laroyê! ”
5.0- A meditação
Após a evocação final, o adepto (a) deixará a mente livre e em silencio (assim como
é na Kalunga) permanecerá o tempo que desejar defronte ao Ponto Riscado. Apesar
de ser difícil, manter a mente quieta enquanto visões e audições espirituais formam
pensamentos. Gnoses e revelações surpreendentes podem ocorrer nesse momento.
Mesmo sendo um ritual simplório, jamais podemos limitá-lo aos nossos sentidos
comprometidos. Pombagira das 7 Mortalhas está muito além daquilo que
costumeiramente é mostrado em relação às próprias Senhoras da Quimbanda. A
própria Quimbanda Brasileira jamais será estática ou limitada!
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Apagar as velas (serão despachadas);
6.1 – O despacho
“Salve o Povo da Kalunga, salve o Exu Sete Porteiras, salve o Exu Tata Caveira
e o próprio Exu Caveira. Entro no Campo Santo para desagregar meu velho eu
e consagrar minha proteção. Laroyê Exu! ”
Na porta o adepto bate o pé três vezes no chão como forma de fortalecer sua volta.
Deve-se colocar uma moeda de pequeno valor em cada lado da porta para pagar a
entrada.
Dentro do cemitério o adepto procurará um local isolado. Visualize se existem
profanos ao redor e não despache até que estejas sozinho no local. Preferencialmente
entregue-os aos arredores do Cruzeiro das Almas ou em uma cova abandonada.
Cuidadosamente, o adepto (a) esconderá esses itens e despejará o vinho por cima
dos mesmos enquanto, através de palavras simples, fortifica os elos com a Senhora
das 7 Mortalhas. O vasilhame deve ser descartado em lixo comum.
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Após o despacho o adepto (a) irá até o Cruzeiro das Almas e saudará os Reis e
Rainhas (Cruzeiro, Almas e Kalunga). Agradecerá a entrada e pedirá forças na saída.
Sairá do cemitério preferencialmente por outra porta de aceso. Caso não tenha, pode
sair pela mesma. Pagará para sair depositando uma moeda em cada canto da porta e
agradecendo a proteção de Exu Tata Caveira, Exu Caveira e Exu Sete Porteiras. Ao
sair baterá o pé esquerdo três vezes no chão e não olhará para trás.
Todos que realizarem o ritual e desejarem saber mais sobre a Senhora das 7 Mortalhas,
bem como o destino do poderoso pó devem entrar em contato conosco através do
email: quimbandabrasileira@gmail.com
Força e Honra!
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