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GEOLOGIA HISTÓRICA

RESUMO PROVA 1

Epistemologia das Geociências

História evolutiva Geologia Ciências que


do conhecimento
Geofísica compartilham
científico
fundamentos
Geografia do seu
Geodésia conhecimento

A junção de crenças e verdades resulta na construção do conhecimento.

A linha do tempo da humanidade.

O pensamento geológico
A palavra "geologia" foi usada pela primeira vez por Jean-André Deluc, em 1778, sendo
introduzida de forma definitiva por Horace-Bénédict de Saussure, em 1779. A partir de então a
Geologia foi caracterizada como Geociências.
Mudanças radicais ocorreram quando surgiu a Teoria da tectônica de Placas, a partir da
observação de dois fenómenos geológicos distintos: a deriva continental, identificada no início
do século XX por Alfred Wegener e a expansão dos fundos oceânicos, detectada pela primeira
vez na década de 1960. A teoria propriamente dita foi desenvolvida no final dos anos 60, por
Robert Palmer e Donald Mackenzie, e desde então tem sido universalmente aceita pelos
cientistas.
Com isso, passou-se a entender a Terra como entidade viva que deve ser estudada numa
escala global.
As primeiras reflexões foram a partir de culturas mitológicas (atos de fé).
Só mais tarde que o conhecimento passou a ser obtido através de ciência empírica, baseada
em experimentos e observações.
Com esse entendimento vem a introdução do termo “Sistema Terra”.
Existem duas correntes epistemológicas:
- causal/processual
- histórica

Um dos marcos da mudança do pensamento geológico foi pautada pela chegada do "Ciclo de
Wilson", desenvolvido pelo geofísico e geólogo John Tuzo Wilson (1908-1993) em seu trabalho
“Did the Atlantic close and then re-open?”(em português, "O Atlântico se fechou e reabriu?"),
publicado na revista científica britânica 'Nature' de 1966.
Ciclo completo de formação, desenvolvimento e
fechamento de um oceano relacionado à tectônica
de placas.
O ciclo tem início com a formação de um oceano
a partir de um rift em crosta continental sobre um
ponto quente mantélico (hot spot); segue-se a
expansão desse oceano com a deriva das massas
continentais antes ligadas e agora separadas pelo
rifteamento; em determinado momento, ocorre a
mudança do processo de afastamento ou deriva
para aproximação de massas continentais em
decorrência de processo de subducção da crosta
oceânica, desenvolvimento de arcos de ilha e/ou
cadeias de montanhas (orogênese); finalizando o
ciclo ocorre o fechamento do oceano, sucedido de
colisão continental.

Cosmogonia – cosmogonismo

É qualquer modelo relacionado à existência (ou seja, a origem) que seja do cosmos (ou o
universo), ou da chamada realidade dos seres sencientes. A cosmogonia é a especulação
sobre a origem e formação do mundo que se encontra em muitos mitos religiosos e na filosofia
dos pré-socráticos, principalmente Tales de Mileto, o primeiro a buscar a origem de todas as
coisas, acreditando encontrá-la na água, considerada por ele como a substância primordial do
universo.
Evolucionismo x Criacionismo
Uma das maiores controvérsias reside no embate de duas propostas antagônicas: A Teoria da
Evolução, que explica o surgimento as espécies – fundamentada nas pesquisas de Charles
Darwin, com base na Seleção Natural – e o Criacionismo, fundamentado unicamente no que
vem escrito na Bíblia, e que os religiosos fundamentalistas tendem a aceitar como verdade
literal e incontestável de como tudo foi criado, desde o menor ser vivente até o Universo
macroscópico.

Mito Medieval
Geocentrismo

A teoria do universo geocêntrico ou geocentrismo é o modelo cosmológico mais antigo. Na


Antiguidade era raro quem discordasse dessa visão; e entre os filósofos que defendiam esta teoria,
o mais conhecido era Aristóteles. Foi o matemático e astrônomo grego de Alexandria Ptolemeu
(90-168 d.C.) que, na sua obra "Almagesto", deu a forma final a esta teoria, que se baseia na
hipótese de que o planeta Terra estaria fixo no centro do Universo com os corpos celestes,
inclusive o Sol, girando ao seu redor.[3]

A visão geocêntrica predominou no pensamento humano até o resgate, feito pelo astrônomo e
matemático polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), de uma hipótese igualmente antiga, a
hipótese heliocêntrica, criada pelo astrônomo grego Aristarco de Samos (310-230 a.C.).

Héliocentrismo

Historicamente, o heliocentrismo era oposto ao geocentrismo, que colocava a Terra no centro do


universo. Apesar de as discussões da possibilidade do heliocentrismo datarem da Antiguidade
Clássica, somente 1800 anos mais tarde, no século XVI, o tema ganhou notoriedade explícita ao
suscitar e estabelecer o divórcio entre o pensamento dogmático religioso e o pensamento
científico; a ele e ao julgamento de Galileu Galilei perante a Inquisição remontando as origens da
ciência em acepção moderna. Àquela época, o matemático e astrônomo polonês Nicolau
Copérnico foi o primeiro a apresentar um modelo matemático preditivo consistente e completo de
um sistema heliocêntrico. Ainda sem a acurada precisão e um pouco confuso, contudo, o modelo
de Copérnico foi mais tarde reestruturado, expandido e aprimorado por Johannes Kepler. A
explicação física causal para o modelo de Kepler foi fornecida por Isaac Newton via lei da
gravitação universal, sendo o modelo então estabelecido de grande valia até hoje.

Netunismo

Neptunismo, ou wernerismo, foi uma teoria explicativa da formação das rochas e da estrutura e
evolução geológica da Terra, hoje obsoleta por ter sido provado que as premissas onde assentava
eram falsas. Embora já existisse anteriormente e tivesse numerosos defensores durante todo o
século XVIII, a teoria do neptunismo foi consolidada e divulgada pelo geólogo e mineralogista
alemão Abraham Gottlob Werner nos finais do século XVIII, que de tal forma a influenciou que é
por vezes designada por wernerismo. A teoria defendia que as rochas e as formações geológicas
teriam sido criadas pela deposição de minerais nas águas de um oceano primordial. Daí o nome
de neptunismo, derivado de Neptuno, o deus greco-romano dos mares. A teoria foi muito popular
nas décadas iniciais do século XIX, em parte pelo mérito dos seus defensores, mas principalmente
por ser consistente com o episódio bíblico do Dilúvio. A reacção ao neptunismo surgiu sob a forma
da teoria do plutonismo de James Hutton, desencadeando um debate que se prolongou durante
as décadas de 1790 a 1830. O neptunismo teve Johann Wolfgang von Goethe entre os seus mais
famosos defensores.

Uniformitarismo

O uniformitarismo é um princípio científico que originalmente foi proposto por James Hutton,
que é considerado um dos precursores da geologia moderna. A teoria uniformitarista baseia-se
na reprodução uniforme dos dados observáveis em fenómenos geológicos atuais, para a
interpretação da ocorrência destes fenómenos no passado. Seus primeiros defensores
procuravam refutar o Catastrofismo.

Os princípios da teoria são:

 Atualismo geológico: Os acontecimentos do passado são resultado de forças da Natureza


idênticas às que se observam na atualidade;
 Gradualismo: Os acontecimentos geológicos são o resultado de processos lentos e graduais.

Assim, James Hutton concluiu que "...em nossas investigações não logramos encontrar
nenhum indício de um começo e nenhum vestígio de um fim...".

As leis da natureza são constantes. O estudo dos processos geológicos atuais permite interpretar
a evolução geológica, "encaixando" os registos geológicos impressos nas rochas e em suas
estruturas como em um quebra-cabeças.

A teoria do uniformitarismo foi posteriormente desenvolvida por Charles Lyell e corroborada por
Charles Darwin através do estudo do evolucionismo.

Atualismo

Atualismo geológico é uma teoria segundo a qual as transformações morfológicas da crusta terrestre no
passado se deveram a fenómenos análogos aos que se observam na atualidade. É um princípio que dá base
ao Uniformitarismo, assim como ao Catastrofismo, porém diferindo entre si, quanto ao grau de intensidade
dos fenômenos geológicos.

Lamarckismo x Darwinismo

Lamarckismo é uma teoria evolucionista proposta por Jean-Baptiste Lamarck. Segundo ele, a
evolução das espécies depende de dois fatores fundamentais. São eles:

Lei do uso e desuso dos órgãos ou 1ª Lei de Lamarck

Segundo esta lei, os organismos desenvolvem seus órgãos segundo suas necessidades e outros
se atrofiam decorrentes do desuso. Lamarck procurava explicar características no organismo
que podem sofrer adaptações por impulsos internos a fim de estabelecer uma relação
harmoniosa com o meio ambiente. Dessa forma, um órgão passa por transformações sucessivas
para atender às necessidades do meio externo.

Lei da herança dos caracteres adquiridos ou 2ª Lei de Lamarck


Segundo esta lei, as alterações sofridas no organismo, ao longo da vida de um determinado ser,
eram transmitidas aos seus descendentes por herança hereditária. Sabemos que somente por
modificações nos genes é que se recebe uma herança de um antecessor, pois o DNA passa o
gene para o RNA e este transfere para a proteína.

Quando o gene é transferido para a proteína não há possibilidade de modificar as informações


do RNA e do DNA, portanto não existem condições para que tais alterações sejam hereditárias.

Darwinismo é o conjunto dos estudos e teorias relativas à evolução das espécies,


desenvolvidos pelo naturalista inglês Charles Darwin (1808-1882).

A teoria da evolução defende que todas as espécies descendem de ancestrais comuns que ao
longo do tempo geológico foram sofrendo alterações.

Essas modificações são imperceptíveis de uma geração para outra, porém, ao longo do tempo,
quando somadas e acumuladas, tornam-se perceptíveis e justificam as diferenças entre as novas
espécies assim originadas.

O TEMPO GEOLÓGICO

80% do tempo da terra é incerto pois não há registros claros, depende sobretudo de datação;
GEOCRONOLOGIA DA TERRA

A compreensão dos mecanismos de atuação dos sistemas terrestres no passado baseia-


se em estimativas das taxas de evolução no tempo dos processos geológicos.

O registro fornecido pelas rochas é incompleto, assim foi necessário o desenvolvimento


de metodologias que permitissem, a datação e o sequenciamento temporal dos estratos,
de modo a possibilitar a sua correlação em escala local e/ou glogal.

Surgiram assim vários métodos de leitura do registro geológico.

MÉTODOS DE DATAÇÃO

Datação relativa Baseia-se em evidências estratigráficas, como sequenciamento


de camadas, presenças de estruturas primárias, discordâncias e fósseis.

Não fornece a idade quantitativa de uma rocha ou estrato;

Permite estabelecer a sucessão temporal das rochas de uma região;

A suecessão de camadas ou estratos permite a representação gráfica através de uma


coluna estratigráfica;

Fundamenta-se em 7 princípios básicos da Geologia:

1. Princípio da SUPERPOSIÇÃO DE CAMADAS (Steno, 1669)


Em uma sequência de rochas não-deformadas, cada camada é mais jovem do que
aqueles que a antecedem, e mais antigas do que aquelas que a sobrepõem.
2. Princípio da HORIZONTALIDADE ORIGINAL (Steno, 1669)
Em função da gravidade, sedimentos ao se depositarem tendem a formar camadas ou
estratos horizontais.

3. Princípio da CONTINUIDADE LATERAL (Steno, 1669)


Os estratos são originalmente contínuos e possuem sempre a mesma idade ao longo de
todo sua extensão, independente da ocorrência de variação lateral.

4. Princípio das RELAÇÕES DE INTRUSÃO OU CORTE (Hutton, 1792)

Qualquer rocha cortada por um corpo ígneo intrusivo ou por uma falha, é sempre mais
antiga que o corpo ígneo e a falha.

5. Princípio dos FRAGMENTOS INCLUSOS (Hutton, 1792)


Fragmentos de rochas (enclaves-xenólitos) inclusões em corpos ígneos (plutônicos ou
vulcânicos) são mais antigos que as rochas nas quais estão contidos.

6. Princípio das DISCORDÂNCIAS (Hutton, 1792)


São superfícies de erosão ou não deposição que representam uma quebra no registro
geológico.

7. Princípio da SUCESSÃO FAUNÍSTICA (Smith, 1793)


A evolução biológica é irreversível ao longo do tempo geológico, os fósseis não se
distribuem de forma aleatória nas rochas, eles ocorrem em uma sucessão vertical
determinada (bioestratigrafia).
Se a distribuição é conhecida é possível determinar a idade relativa entre as camadas a
partir de seu conteúdo fossilífero, e também correlacionar estratos de diferentes locais.

Datação absoluta ou radiométrica Baseia-se na desintegração radioativa de


isótopos de determinados elementos e na determinação das composições
isotópicas de matérias naturais.

Utiliza os princípios físicos da radioatividade e fornece a idade da rocha com precisão.


Esse método está baseado nos princípios da desintegração (ou decaimento) radioativa.

Entre os métodos absolutos, existe os que são mais indicados para datar materiais mais
“recentes” como a datação pelo método do 14C e de traço de fissão em apatita, epidoto e
zircão, e os que datam matérias mais antigos, como Re-Os, Ar-Ar, K-Ar, Rb-Sr, Sm-Nd e
U-Pb.

Meia-vida ou período de semidesintegração de um isótopo radioativo é o tempo


necessário para que se desintegre a metade dos átomos radioativos existentes em
qualquer quantidade desse isótopo.

RELÓGIOS NUCLEARES

Relógio nucelar: 10 vezes mais preciso que relógio atômico.

Os relógios nucleares que, em vez de baserem no átomo inteiro, usarão apenas seu
núcleo, que é 100 mil vezes menor e, portanto, está muito menos sujeito a interferências
externas.
Embora sejam conhecidos mais de 3300 tipos de núcleos atômicos, apenas o núcleo do
isótopo de tório com massa atômica 229 (Th-229m) oferece uma base adeuqada para um
relógio nuclear.

TEORIA GEOSSINCLINAL

Em 1836 começou a se pensar sobre o soerguimento de áreas, e sua erosão, e ao mesmo


tempo (diacronicamente) a subsidência de outras, e a deposição de sedimentos.

Princípio da isostasia

James Hall (1859) ao estudar os Apalaches, pensou ter comprovado os pensamentos de


Herchell.

A partir do conceito de isostasia, passou a se pensar na Terra não mais como estática,
mas sim como um sistema dinâmico, que se transforma ao longo do tempo.
Nesse momento a “geologia” passou de um raciocínio histórico para processual e iniciou-
se a busca pelos mecanismos que regem os processos.

*epirogênese Movimentação verticalizada, positiva ou negativa, da crosta


terrestre, geralmente lenta e por ampla região, em decorrência de
reações isostáticas atuantes em áreas cratônicas e, também, em áreas
oceânicas, menos perceptíveis.

Começaram, então, a se fazer questionamentos!

Como se formaram as montanhas?

Inicialmente atribuiram à formação das montanhas 4 causas:


1. Origem Vulcânica
2. Dissecação erosiva de planaltos
3. Produzidas por falhamentos
4. Produzidas por dobramentos

CONCEITO FUNDAMENTAL DE GEOSSINCLINAL

A abordagem de Hall foi relacionada a processos de subsidência e sedimentação em um


grande eixo sinclinal e posterior deformação, metamorfismo, intrusões ígneas e ascensão
orogênica.
A evolução desses geossinclinais foi interpretada da seguinte forma:
a) Formação de um eixo sinclinal;
b) Deposição de sedimentos deste eixo até o seu preenchimento;
c) Sedimentos depositados sofrem aumento de calor, se dobram e metamorfisam;
d) Há uma tectônica de inversão, seguido de soerguimento e formação de cadeias de
montanhas;
*flishes – sedimentos finos que chegavam à bacia;
*molassas – sedimentos grossos que chegavam à bacia;

DANA (1873) – Geossinclinais são bacias preenchidas por sedimentos.

Este autor interpretou geossinclinais como bacias rebaixadas por compressão e preenchidas
por sedimentos subaquáticos. Não seria a causa mas sim o resultado da subsidências.
Contrações globais do planeta comprimiriam o assoalho oceânico forçando a crosta por meio
de grandes dobras. As áreas de bacias formavam Geossinclinais e as áreas levantadas os
geoanticlinais.
A ideia de Dana, os continentes cresciam em área pela adição de uma sucessão de cinturões
geossinclinais, essa ideia perdurou até a década de 20.

HAUG (1900) – Geossinclinais são calhas lineares, abertas preenchidas por


sedimentos subaquáticos.

Os ambientes elementares do Geossinclíneo são:


a) Miogeossinclinal (externides) e o eugeossinclinal (internides);
b) Rugas miogeossinclinal e rugas eugeossinclinal;
c) Ante-país
d) Polaridade geossinclina, da área oceânica para a área continental (área cratônica).

GEOLOGIA DOS GEOSSINCLINAIS


a) Quanto a sedimentação;
b) Quanto as fácies dos sedimentos;
c) Quanto as dobras;
d) Quanto ao metamorfismo; (facies xito, granulito, anfibolito, ...)
e) Quanto ao magmatismo; (toleítico, cálcio-alacalino, alcalino e ultra alcalino)
f) Quan to ao posicionamento; (eugeossinclinal e miogeossinclinal)
Em 1970 se deu o final do período de predomínio da Teoria geossinclinal. As ideias estavam
confusas, misturando nomes e elementos das teorias Geossinclinal e da Tectônica de placas.

O NASCIMENTO DA TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS

John Tuzo Wilson (1965), defensor da teoria de expansão e contração do planeta, ao estudar
o crescimento da crosta oceânica na Islândia comprovou a hipótese da expansão do
assoalho oceânico.

Wilson propôs um ciclo de surgimento e destruição da crosta oceânica, que foi denominado
de CICLO DE WILSON.

TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS


1) DERIVA CONTINENTAL

Hipótese baseada em 3 evidências:


- paleoclima/paleogeografia
- ajuste geométrico das margens continentais
- correspondências e correlações estratigráficas

 1880-1930 – Alfred Wegener “A costa leste da América do Sul se


encaixa perfeitamente na costa oeste da África, como se um dia
tivessem estado juntas.”
 1939-1945 – Harry Hess e Robert Dietz - uso de sonar para mapear
fundo oceânico.
 1965 – Tuzo Wilson – descreve pela primeira vez a tectônica em torno
do globo em termos de “placas” rígidas movendo-se sobre o manto
 1968 – formulada então a Teoria da Tectônica de Placas

A ocorrência de fósseis de diferentes espécies ajudaram a corroborar a teoria:

2) EXPANSÃO DO FUNDO OCEÂNICO


Sabe-se que as rochas registram o campo magnético terrestre da época em
que se formaram e que a polaridade do campo magnético muda
periodicamente. Estudos mostraram que as rochas do assoalho oceânico
registram essa mudança, indicando a expansão do fundo oceânico.

3) SISMOS NATURAIS
O registro de sismos ao longo de todo o globo ajuda a comprovar que a
superfície terrestre se move.

O CICLO DE WILSON

Estágio 1 – EMBRIONÁRIO
Ex.: Rit Valey, Leste Africano
Sedimentação: leque aluvial/fluvial
Estágio 2 – JUVENIL
Ex.: Mar Vermelho
Sedimentação: lacustre
Estágio 3 – MATURIDADE
Ex.: Oceano Atlântico
Sedimentação: plataformal/marinho

Estágio 4 – SENIL
Ex.: Oceano Pacífico
Sedimentação: marinho profundo
Estágio 5 – TERMINAL
Ex.: Mar Mediterrâneo
Sedimentação:

Estágio 6 – GEOSSUTURA
Ex.: Himalaia
Significado do Ciclo de Wilson no Pré-Cambriano
Na história da Terra ocorreram vários ciclos completos:
- soerguimentos, chegando ou não ao estágio de rifteamento, com ou sem
rupturas continentais em diferentes páreas e expansões de diferentes portes;
- cerragens, envolvendo subducções transversais e oblíquas, complexos
sedimentares de margens continentais passivas, massas continentais, arcos
insulares e bacias associadas, culminando com colisões;
Em partes deles decorreu um sistema global intrincado de faixas orogênicas,
erodidas em níveis diversos, que só é elucidade pelo estudo das associações
petrotectônicas.

MOTOR TERMAL

A hipótese da existência de correntes de convecção sob litosfera é a mais


aceita. Tal hipótese implica em admitir aumento da temperatura em
profundidade.
Neste caso haveria concentração de calor e de magma, induzindo o
sorquimento, rifteamento e acresção.
O desvio da corrente na base da litosfera seria capaz de movimentá-la. O
descenso da corrente se daria nas zonas de subducção.
CICLO TECTÔNICOS
Os ciclos tectônicos foram conceituados como intervalos entre a abertura e
formção de um oceano e a cratonização, e se desenvolveriam por fases
sucessivas.
Tais ciclos apresentam metamorfismo, dobramentos e plutonismo, além de
períodos de sedimentação, vulcanismo, bem como outras manifestaçãoes
tectônicas.
Ao se encerrarem, as áreas em que atuaram tornam-se rígidas ou
consolidadas (normalmente são chamadas de zonas de acresção).

A ORIGEM DO UNIVERSO

Criação das 4 forças que regem o Universo:


- gravitacional;
- nuclear fraca;
- eletronegatividade;
- nuclear forte;
A origem e composição do planeta Terra, está ligada intrinsecamente à
formação do Sol, dos demais planetas do Sistema Solar e de todas as estrelas
a partir de nuvens de gás e poeira estelar.
“Se enxerguei mais longe, foi porque me apoiei sobre ombros de gigantes.”
(Isaac Newton)
Big Bang – início de tudo

Modelos de Universo – pela teoria da relatividade geral existem três possíveis


modelos para explicar o Universo:
- fechado ou de curvatura positiva;
- plano ou de curvatura nula;
- aberto ou de curvatura negativa;

A expansão cosmológica – Segundo a teoria da relatividade geral as galáxias


se afastam uma das outras porque o espaço está sofrendo uma expansão.
Esta expansão força as galáxias a acompanharem este movimento criando
assim o fenômeno de expansão que observamos na lei de Hubble.

A evolução estelar e a origem dos elementos químicos


O surgimento dos elementos químicos aconteceu a partir da grande expansão
do Universo - o Big Bang. Há cerca de 15 bilhões de anos o universo começou
a evoluir, surgiram as estrelas, planetas e galáxias. Através da formação
das partículas subatômicas, essas se uniram através de reações ocasionadas
pelo resfriamento e expansão contínua, dando origem a átomos leves e
simples como o Hidrogênio (H) e o Hélio (He). Esses elementos, além
de serem os primeiros a surgirem, são os que constituem praticamente toda a
massa do universo.
Os demais foram e são formados por meio da fusão que ocorre no núcleo das
estrelas, onde dois ou mais átomos se unem para formar um com núcleo e
massa maior. Essa reação nuclear produz elementos químicos mais pesados
como o carbono (C), o oxigênio (O), o silício (Si), o enxofre (S) e o ferro (Fe).
Em particular, três desses formam mais de 80 % dos átomos da Terra:
o Oxigênio domina a superfície do planeta e está presente na água, rochas e
no ar, o Ferro é o principal elemento químico do núcleo da Terra e o Silício é
encontrado nas areias que cobrem o fundo dos oceanos.
Conjunto de galáxias = Aglomerados
Conjunto de aglomerados de galáxias = Superaglomerados

Acresção planetária
A acreção foi um dos processos que deu origem à Terra e a outros planetas no
nosso sistema solar. Esse processo deve-se ao facto de terem havido colisões
de materiais que andavam dispersos pelo espaço, materiais esses
provenientes da nébula solar. A colisão de materiais provocou uma
acumulação de poeiras e gases, determinando uma capacidade de atrair
matéria devido ao aumento da sua massa e da força gravitacional, dando
origem ao crescimento de protoplanetas e de pequenos corpos do sistema
solar.
Diferenciação
Inicialmente a Terra teria uma estrutura homogênea, com uma distribuição
regular do ferro, dos silicatos e da água.
A ORIGEM DA VIDA E A EVOLUÇÃO DOS OCEANOS

Muitos filósofos e cientistas buscaram entender essas questões criando teorias


que comprovassem a origem da vida.
Teoria da Criação

Teoria da Abiogênese
Também chamada Teoria da geração espontânea
Aristóteles (384 a 322 a.C.): Todos os seres vivos originam-se
espontaneamente da matéria bruta;
O calor, a umidade e o logo poderiam constituir-se em elementos fundamentais
para a “ativação” da matéria bruta imprimindo-lhe a dinâmica da vida.

Jan Baptiste Van Helmont (1577-1644) – receita para produzir seres vivo.

Teoria da Biogênese
Um ser só se origina de outro ser vivo por reprodução.
Francesco Redi (1626-1697): surgimento espontâneo de vermes na carne em
decomposição.

Anton Van Leeuwenhoek (1632-1723): organismos não podem ser vistos a


olho nu e srgiam por geração espontânea.

John Turbeville Needhan (1713-1781): submeteu à fervura frascos contendo


um caldo nutritivo.

Lazzaro Spallanzani (1729-1799): repetiu os experimentos de Needham, com


algumas modificações.

Louis Pasteur (1822-1895): provou definitivamente que os seres vivos só se


originam de outros pré-existentes.

A HISTÓRIA DA TERRA
A terra primitiva
 Surgiu há aproximadamente 4,5 bilhões de anos;
 Superfícia era provavelmente composta por material fluido e quente;
 As rochas só começaram a se formar há cerca de 3,9 bilhões de anos;
 Registros mais antigos de vida encontrados em rochas formadas há 3,5
bilhões de anos.
 Semelhante às bactérias;
 A terra passava por mudanças intensas e profundas;
 A formação de rochas por resfriamento deu origem à crosta terrestre.
 Erupções vulcânicas muito frequentes e liberação de gases e partículas
na atmoesfera.
 Passaram a compor a atmosfera primitiva;

A origem da vida na Terra

Panspermia
Segundo esta hipótese, os seres vivos não se originaram na terra, mas origem
extraterrestre.
Foram trazidos para cá por meio de esporors ou outras formas de resistências
aderidas a meteoritos que caíram no planeta.
Argumentos a favor: nos meteoritos que caem atualmente na superfície
terrestre têm sido encontrados algumas moléculas orgânicas. Indício de vida
em outros planetas.
Argumenos contra: nenhum organismo pode viver no espaço, sujeito a
baixíssimas temperaturas, aos raios cósmicos e às radiações ultravioletas.
Tipos de teoria da Panspermia:
- litopanspermia
- panspermia balística
- panspermia direta

Evolução química
Segundo essa hipótese, a vida deve ter surgido da matéria inanimada, a partir
de associações entre moléculas, formando substâncias cada vez mais
complexas, que acabaram se organizando de tal modo que formaram os
primeiros seres vivos.
Formulada de forma independente na década de 1920 pelo bioquímico
Aleksander Ivanovich Oparin (1894-1980) e pelo biólogo John Burdon
Sanderson Haldane (1892-1964)
Hipóteses de Oparin e Haldane
Os primeiros seres vivos

Indícios de vida encontrados em rochas que datam de 3,8 bilhóes de anos na


Groelândia.
Baseiam-se em formas de carbono produzidas pelo aprisionamento, retenção
e/ou precipitação de sedimentos resultantes do crescimento e da atividade
metabólica de microorganismos, principalmente cianobactérias.
Fóssil mais antigo – procarionte filamentoso encontrado em estromatólitos
coletados na Austrália.
Fósseis mais antigos parecem ser de procariontes fotossintetizantes.
Sugere que a vida pode ter surgido há 4 bilhões de anos.
Supõe-se que seres fotossintentizantes não tenham sido as primeiras formas
de vida em nosso planeta, não havia oxigênio na atmosfera primitiva.
Surgimento das células eucarióticas
Lynn Margulis (1966): hipótese da endfossimbiose proposta para a origem de
mitocôndrias e cloroplastos.
Registro fóssil – 1,7 bilhão de anos atrás: supõe-se que tenham surgido um
pouco antes.
Origem a partir de seres unicelulares – entre 1 milhão e 670 milhões de anos.

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