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RESUMO PROVA 1
O pensamento geológico
A palavra "geologia" foi usada pela primeira vez por Jean-André Deluc, em 1778, sendo
introduzida de forma definitiva por Horace-Bénédict de Saussure, em 1779. A partir de então a
Geologia foi caracterizada como Geociências.
Mudanças radicais ocorreram quando surgiu a Teoria da tectônica de Placas, a partir da
observação de dois fenómenos geológicos distintos: a deriva continental, identificada no início
do século XX por Alfred Wegener e a expansão dos fundos oceânicos, detectada pela primeira
vez na década de 1960. A teoria propriamente dita foi desenvolvida no final dos anos 60, por
Robert Palmer e Donald Mackenzie, e desde então tem sido universalmente aceita pelos
cientistas.
Com isso, passou-se a entender a Terra como entidade viva que deve ser estudada numa
escala global.
As primeiras reflexões foram a partir de culturas mitológicas (atos de fé).
Só mais tarde que o conhecimento passou a ser obtido através de ciência empírica, baseada
em experimentos e observações.
Com esse entendimento vem a introdução do termo “Sistema Terra”.
Existem duas correntes epistemológicas:
- causal/processual
- histórica
Um dos marcos da mudança do pensamento geológico foi pautada pela chegada do "Ciclo de
Wilson", desenvolvido pelo geofísico e geólogo John Tuzo Wilson (1908-1993) em seu trabalho
“Did the Atlantic close and then re-open?”(em português, "O Atlântico se fechou e reabriu?"),
publicado na revista científica britânica 'Nature' de 1966.
Ciclo completo de formação, desenvolvimento e
fechamento de um oceano relacionado à tectônica
de placas.
O ciclo tem início com a formação de um oceano
a partir de um rift em crosta continental sobre um
ponto quente mantélico (hot spot); segue-se a
expansão desse oceano com a deriva das massas
continentais antes ligadas e agora separadas pelo
rifteamento; em determinado momento, ocorre a
mudança do processo de afastamento ou deriva
para aproximação de massas continentais em
decorrência de processo de subducção da crosta
oceânica, desenvolvimento de arcos de ilha e/ou
cadeias de montanhas (orogênese); finalizando o
ciclo ocorre o fechamento do oceano, sucedido de
colisão continental.
Cosmogonia – cosmogonismo
É qualquer modelo relacionado à existência (ou seja, a origem) que seja do cosmos (ou o
universo), ou da chamada realidade dos seres sencientes. A cosmogonia é a especulação
sobre a origem e formação do mundo que se encontra em muitos mitos religiosos e na filosofia
dos pré-socráticos, principalmente Tales de Mileto, o primeiro a buscar a origem de todas as
coisas, acreditando encontrá-la na água, considerada por ele como a substância primordial do
universo.
Evolucionismo x Criacionismo
Uma das maiores controvérsias reside no embate de duas propostas antagônicas: A Teoria da
Evolução, que explica o surgimento as espécies – fundamentada nas pesquisas de Charles
Darwin, com base na Seleção Natural – e o Criacionismo, fundamentado unicamente no que
vem escrito na Bíblia, e que os religiosos fundamentalistas tendem a aceitar como verdade
literal e incontestável de como tudo foi criado, desde o menor ser vivente até o Universo
macroscópico.
Mito Medieval
Geocentrismo
A visão geocêntrica predominou no pensamento humano até o resgate, feito pelo astrônomo e
matemático polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), de uma hipótese igualmente antiga, a
hipótese heliocêntrica, criada pelo astrônomo grego Aristarco de Samos (310-230 a.C.).
Héliocentrismo
Netunismo
Neptunismo, ou wernerismo, foi uma teoria explicativa da formação das rochas e da estrutura e
evolução geológica da Terra, hoje obsoleta por ter sido provado que as premissas onde assentava
eram falsas. Embora já existisse anteriormente e tivesse numerosos defensores durante todo o
século XVIII, a teoria do neptunismo foi consolidada e divulgada pelo geólogo e mineralogista
alemão Abraham Gottlob Werner nos finais do século XVIII, que de tal forma a influenciou que é
por vezes designada por wernerismo. A teoria defendia que as rochas e as formações geológicas
teriam sido criadas pela deposição de minerais nas águas de um oceano primordial. Daí o nome
de neptunismo, derivado de Neptuno, o deus greco-romano dos mares. A teoria foi muito popular
nas décadas iniciais do século XIX, em parte pelo mérito dos seus defensores, mas principalmente
por ser consistente com o episódio bíblico do Dilúvio. A reacção ao neptunismo surgiu sob a forma
da teoria do plutonismo de James Hutton, desencadeando um debate que se prolongou durante
as décadas de 1790 a 1830. O neptunismo teve Johann Wolfgang von Goethe entre os seus mais
famosos defensores.
Uniformitarismo
O uniformitarismo é um princípio científico que originalmente foi proposto por James Hutton,
que é considerado um dos precursores da geologia moderna. A teoria uniformitarista baseia-se
na reprodução uniforme dos dados observáveis em fenómenos geológicos atuais, para a
interpretação da ocorrência destes fenómenos no passado. Seus primeiros defensores
procuravam refutar o Catastrofismo.
Assim, James Hutton concluiu que "...em nossas investigações não logramos encontrar
nenhum indício de um começo e nenhum vestígio de um fim...".
As leis da natureza são constantes. O estudo dos processos geológicos atuais permite interpretar
a evolução geológica, "encaixando" os registos geológicos impressos nas rochas e em suas
estruturas como em um quebra-cabeças.
A teoria do uniformitarismo foi posteriormente desenvolvida por Charles Lyell e corroborada por
Charles Darwin através do estudo do evolucionismo.
Atualismo
Atualismo geológico é uma teoria segundo a qual as transformações morfológicas da crusta terrestre no
passado se deveram a fenómenos análogos aos que se observam na atualidade. É um princípio que dá base
ao Uniformitarismo, assim como ao Catastrofismo, porém diferindo entre si, quanto ao grau de intensidade
dos fenômenos geológicos.
Lamarckismo x Darwinismo
Lamarckismo é uma teoria evolucionista proposta por Jean-Baptiste Lamarck. Segundo ele, a
evolução das espécies depende de dois fatores fundamentais. São eles:
Segundo esta lei, os organismos desenvolvem seus órgãos segundo suas necessidades e outros
se atrofiam decorrentes do desuso. Lamarck procurava explicar características no organismo
que podem sofrer adaptações por impulsos internos a fim de estabelecer uma relação
harmoniosa com o meio ambiente. Dessa forma, um órgão passa por transformações sucessivas
para atender às necessidades do meio externo.
A teoria da evolução defende que todas as espécies descendem de ancestrais comuns que ao
longo do tempo geológico foram sofrendo alterações.
Essas modificações são imperceptíveis de uma geração para outra, porém, ao longo do tempo,
quando somadas e acumuladas, tornam-se perceptíveis e justificam as diferenças entre as novas
espécies assim originadas.
O TEMPO GEOLÓGICO
80% do tempo da terra é incerto pois não há registros claros, depende sobretudo de datação;
GEOCRONOLOGIA DA TERRA
MÉTODOS DE DATAÇÃO
Qualquer rocha cortada por um corpo ígneo intrusivo ou por uma falha, é sempre mais
antiga que o corpo ígneo e a falha.
Entre os métodos absolutos, existe os que são mais indicados para datar materiais mais
“recentes” como a datação pelo método do 14C e de traço de fissão em apatita, epidoto e
zircão, e os que datam matérias mais antigos, como Re-Os, Ar-Ar, K-Ar, Rb-Sr, Sm-Nd e
U-Pb.
RELÓGIOS NUCLEARES
Os relógios nucleares que, em vez de baserem no átomo inteiro, usarão apenas seu
núcleo, que é 100 mil vezes menor e, portanto, está muito menos sujeito a interferências
externas.
Embora sejam conhecidos mais de 3300 tipos de núcleos atômicos, apenas o núcleo do
isótopo de tório com massa atômica 229 (Th-229m) oferece uma base adeuqada para um
relógio nuclear.
TEORIA GEOSSINCLINAL
Princípio da isostasia
A partir do conceito de isostasia, passou a se pensar na Terra não mais como estática,
mas sim como um sistema dinâmico, que se transforma ao longo do tempo.
Nesse momento a “geologia” passou de um raciocínio histórico para processual e iniciou-
se a busca pelos mecanismos que regem os processos.
Este autor interpretou geossinclinais como bacias rebaixadas por compressão e preenchidas
por sedimentos subaquáticos. Não seria a causa mas sim o resultado da subsidências.
Contrações globais do planeta comprimiriam o assoalho oceânico forçando a crosta por meio
de grandes dobras. As áreas de bacias formavam Geossinclinais e as áreas levantadas os
geoanticlinais.
A ideia de Dana, os continentes cresciam em área pela adição de uma sucessão de cinturões
geossinclinais, essa ideia perdurou até a década de 20.
John Tuzo Wilson (1965), defensor da teoria de expansão e contração do planeta, ao estudar
o crescimento da crosta oceânica na Islândia comprovou a hipótese da expansão do
assoalho oceânico.
Wilson propôs um ciclo de surgimento e destruição da crosta oceânica, que foi denominado
de CICLO DE WILSON.
3) SISMOS NATURAIS
O registro de sismos ao longo de todo o globo ajuda a comprovar que a
superfície terrestre se move.
O CICLO DE WILSON
Estágio 1 – EMBRIONÁRIO
Ex.: Rit Valey, Leste Africano
Sedimentação: leque aluvial/fluvial
Estágio 2 – JUVENIL
Ex.: Mar Vermelho
Sedimentação: lacustre
Estágio 3 – MATURIDADE
Ex.: Oceano Atlântico
Sedimentação: plataformal/marinho
Estágio 4 – SENIL
Ex.: Oceano Pacífico
Sedimentação: marinho profundo
Estágio 5 – TERMINAL
Ex.: Mar Mediterrâneo
Sedimentação:
Estágio 6 – GEOSSUTURA
Ex.: Himalaia
Significado do Ciclo de Wilson no Pré-Cambriano
Na história da Terra ocorreram vários ciclos completos:
- soerguimentos, chegando ou não ao estágio de rifteamento, com ou sem
rupturas continentais em diferentes páreas e expansões de diferentes portes;
- cerragens, envolvendo subducções transversais e oblíquas, complexos
sedimentares de margens continentais passivas, massas continentais, arcos
insulares e bacias associadas, culminando com colisões;
Em partes deles decorreu um sistema global intrincado de faixas orogênicas,
erodidas em níveis diversos, que só é elucidade pelo estudo das associações
petrotectônicas.
MOTOR TERMAL
A ORIGEM DO UNIVERSO
Acresção planetária
A acreção foi um dos processos que deu origem à Terra e a outros planetas no
nosso sistema solar. Esse processo deve-se ao facto de terem havido colisões
de materiais que andavam dispersos pelo espaço, materiais esses
provenientes da nébula solar. A colisão de materiais provocou uma
acumulação de poeiras e gases, determinando uma capacidade de atrair
matéria devido ao aumento da sua massa e da força gravitacional, dando
origem ao crescimento de protoplanetas e de pequenos corpos do sistema
solar.
Diferenciação
Inicialmente a Terra teria uma estrutura homogênea, com uma distribuição
regular do ferro, dos silicatos e da água.
A ORIGEM DA VIDA E A EVOLUÇÃO DOS OCEANOS
Teoria da Abiogênese
Também chamada Teoria da geração espontânea
Aristóteles (384 a 322 a.C.): Todos os seres vivos originam-se
espontaneamente da matéria bruta;
O calor, a umidade e o logo poderiam constituir-se em elementos fundamentais
para a “ativação” da matéria bruta imprimindo-lhe a dinâmica da vida.
Jan Baptiste Van Helmont (1577-1644) – receita para produzir seres vivo.
Teoria da Biogênese
Um ser só se origina de outro ser vivo por reprodução.
Francesco Redi (1626-1697): surgimento espontâneo de vermes na carne em
decomposição.
A HISTÓRIA DA TERRA
A terra primitiva
Surgiu há aproximadamente 4,5 bilhões de anos;
Superfícia era provavelmente composta por material fluido e quente;
As rochas só começaram a se formar há cerca de 3,9 bilhões de anos;
Registros mais antigos de vida encontrados em rochas formadas há 3,5
bilhões de anos.
Semelhante às bactérias;
A terra passava por mudanças intensas e profundas;
A formação de rochas por resfriamento deu origem à crosta terrestre.
Erupções vulcânicas muito frequentes e liberação de gases e partículas
na atmoesfera.
Passaram a compor a atmosfera primitiva;
Panspermia
Segundo esta hipótese, os seres vivos não se originaram na terra, mas origem
extraterrestre.
Foram trazidos para cá por meio de esporors ou outras formas de resistências
aderidas a meteoritos que caíram no planeta.
Argumentos a favor: nos meteoritos que caem atualmente na superfície
terrestre têm sido encontrados algumas moléculas orgânicas. Indício de vida
em outros planetas.
Argumenos contra: nenhum organismo pode viver no espaço, sujeito a
baixíssimas temperaturas, aos raios cósmicos e às radiações ultravioletas.
Tipos de teoria da Panspermia:
- litopanspermia
- panspermia balística
- panspermia direta
Evolução química
Segundo essa hipótese, a vida deve ter surgido da matéria inanimada, a partir
de associações entre moléculas, formando substâncias cada vez mais
complexas, que acabaram se organizando de tal modo que formaram os
primeiros seres vivos.
Formulada de forma independente na década de 1920 pelo bioquímico
Aleksander Ivanovich Oparin (1894-1980) e pelo biólogo John Burdon
Sanderson Haldane (1892-1964)
Hipóteses de Oparin e Haldane
Os primeiros seres vivos