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O estilo foi caracterizado por uma adopção pré-modernista de novos materiais, inovação
formal e volumes extremamente incomuns, algumas vezes inspirados nas formas
biomórficas naturais, algumas vezes por uma nova técnica oferecida pela grande produção
de tijolos, aço e especialmente vidros. Muitos arquitectos expressionistas lutaram na
Primeira Guerra Mundial e suas experiências, combinadas com as agitações política e
social que seguiram-se à Revolução Espartaquista de 1919, resultaram em uma
perspectiva utópica e em uma visão romântica do socialismo[2] As condições económicas
limitaram severamente o número de construções entre 1914 e o meio da década de
1920,[3] fazendo com que muitos dos mais importantes trabalhos expressionistas
permanecessem como projectos no papel, tais como a Arquitectura Alpina de Bruno Taut e
os Formspiels de Hermann Finsterlin. Construções de exposições efémeras eram
numerosas e altamente significativas durante este período. A cenografia para teatro e
cinema possibilitou uma outra saída para a imaginação expressionista[4] e foi fonte de
renda suplementar para muitos projectistas que tentaram desafiar convenções em um
clima económico severo.
Eventos importantes na arquitetura expressionista incluem; a Exposição Werkbund de
1914 em Colônia, a conclusão e temporada teatral do Grosses Schauspielhaus, Berlim em
1919, as cartas Glass Chain, e as atividades da Amsterdam School. O principal marco
permanente existente do Expressionismo é a Torre Einstein de Erich Mendelsohn em
Potsdam. Em 1925, a maioria dos principais arquitectos do Expressionismo tais como;
Bruno Taut, Erich Mendelsohn, Walter Gropius, Mies van der Rohe e Hans Poelzig,
juntamente com outros expressionistas das artes visuais, haviam-se voltado para o
movimento da Neue Sachlichkeit (Nova Objetividade), uma aproximação mais prática e
que rejeitou a agitação emocional do expressionismo. Poucos, particularmente Hans
Scharoun, continuaram o trabalho explorando a linguagem expressionista.[5]
Prairie House
In 1893, Frank Lloyd Wright founded his architectural practice in Oak Park, a quiet,
semi-rural village on the Western edges of Chicago. It was at his Oak Park Studio
during the first decade of the twentieth century that Wright pioneered a bold new
approach to domestic architecture, the Prairie style. Inspired by the broad, flat
landscape of America’s Midwest, the Prairie style was the first uniquely American
architectural style of what has been called “the American Century.”
During his early years in Chicago, Wright did not operate in a vacuum. His work was
supported and often enhanced by a group of pioneering Midwestern architects at work
in and around Chicago. This group, which Wright would later refer to as “The New
School of the Middle West,” included George Elmslie, Myron Hunt, George Washington
Maher, Dwight Perkins, William Gray Purcell, Thomas Talmadge, and Vernon Watson,
as well as Wright’s later associates Marion Mahony, Walter Burley Griffin, William
Drummond and Francis Byrne. These talented individuals honed their skills while
working under the leading architects of nineteenth-century Chicago. Inspired by the
teachings of Wright’s mentor, Louis Sullivan, the architects of the Prairie School sought
to create a new, democratic architecture, free from the shackles of European styles,
and suited to a modern American way of living.
At the time Wright founded his practice American domestic architecture remained
mired in the past. House styles were derived from the architecture of old Europe.
Lavish buildings of Gothic Revival, French Empire, and Italianate form lined the streets
of America’s cities. For Wright, the houses he witnessed around him, derived as they
were from the styles of other countries and other cultures, were unsuited to the
American landscape. “What was the matter with the kind of house I found on the
prairie?” he asked, “Just for a beginning, let’s say that house lied about everything. It
had no sense of Unity … To take any one of those so-called ‘homes’ away would have
improved the landscape and cleared the atmosphere… My first feeling therefore had
been a yearning for simplicity.”
In the fall of 1909, with construction underway on his Prairie style masterpiece, the
Frederick C. Robie House, Wright left America for Europe to work on the publication of
a substantial monograph of the buildings and projects designed during his Chicago
years. The result was the Wasmuth Portfolio of 1910, which introduced Wright’s work
to Europe and influenced a generation of international architects. On his return to
America in 1910, Wright continued to explore concepts of organic architecture defined
during his Chicago years, but would seek new influences beyond that of the Midwest
prairie.
Este trabalho consiste em expor algumas, das várias obras, de um dos arquitectos mais
importantes do século XX, FRANK LLOYD WRIGHT.
Wright nasceu em 8 de Junho de 1867 e faleceu aos 91 anos em 9 de Abril de 1959.No início
de sua carreira, em 1887, trabalhou para o estúdio de Alder & Sullivan até 1893, quando abre
seu estúdio pessoal em Chicago. Inicia assim a carreira mais extraordinária que teve um
arquitecto de nosso tempo, no qual construiu mais de 300 edifícios e influenciou
duradouramente ao menos três gerações de arquitectos.
A Casa Ward Willits, de 1902, construída em Highland Park, um subúrbio de Chicago, foi
uma das primeiras da fase madura da obra de Wright. Nela ele tentou as várias peças do tipo
“Casa dos Prados” e vinte anos depois, ele fez uma análise dessa época e tentou colocar em
palavras os princípios orientadores de seus projetos domésticos:
Primeiro.
Segundo.
Associar a edificação como um todo ao seu sítio através da extensão e ênfase de todos os
planos paralelos ao solo, mas mantendo os pisos afastados da maior parte do sítio, deixando,
como conseqüência, a melhor parte para ser usada em conexão com a vida da casa. Planos
nivelados e ampliados eram considerados úteis, nesse contexto.
Terceiro.
Eliminar cómodos e casas do tipo caixote ao fazer com que todas as paredes se tornem
anteparos tetos, pisos e divisórias devem fluir entre si como uma grande pele espacial, apenas
com subdivisões internas. Faça todas as proporções da casa mais deliberadamente humanas,
com menos espaços residuais na estrutura e estruturas mais adequadas aos materiais, tornando o
interior mais habitável. Liberal é a palavra certa. Linhas retas estendidas ou aerodinâmicas eram
úteis para isso.
Quarto.
Quinto.
Sexto.
Sétimo.
Oitavo.
Incorporar como arquitetura orgânica- sempre que possível- o mobiliário, fazendo desse uma
unidade com a edificação, e projetando-o em termos simples, para a produção com o uso de
máquinas. Novamente, todas as linhas deveriam ser retas e as formas, retangulares.
Nono.
Eliminar o decorador. Ele só sabia fazer curvas e eflorescências, ou então era completamente
‘histórico’.”
Essa análise não significa um sistema rígido e pré- estabelecido, ao contrário, permitia uma
base firme a partir da qual experimentar. A flexibilidade foi demonstrada nos diferentes
tamanhos de residência. Muitas de suas primeiras casas eram modestas, mas com a sua
reputação em alta passou a projectar também para milionários.
Prairie Houses
Diferentemente do que o nome pode sugerir, não se trata de casas rurais (Prairie Houses
que dizer “casas da pradaria”) mas de casas urbanas nos subúrbios de diversas cidades nos
estados de Wisconsin [Spring Green] e Illinois [Chicago]. O nome reflecte a característica de
sua implantação horizontal em grande área plana. Nos dez primeiros anos do século XX, Frank
Lloyd Wright construiu mais de cem Prairie Houses. Eram casas para famílias abastadas,
situadas em áreas verdes, funcionais, com uma articulação volumétrica e uma sintaxe espacial
muito próprias. Geralmente com partido em cruz ou duplo “T”, envolvendo a lareira – centro
de força e ponto de cruzamento dos eixos imaginários. As áreas se sucedem de acordo com
sua conveniência recíproca. Apresentavam lajes com grandes balanços e telhados pouco
inclinados, e longos renques de janelas em sequência.
As paredes divisórias eram reduzidas a um mínimo indispensável, para criar a fluidez espacial
desejada. As portas e janelas tradicionais – vazios recortados nas paredes – são requalificadas,
para participar do discurso integral das formas. Estes pontos vão ser adoptados pelo
Neoplasticismo. A dominância horizontal e o uso de poucos materiais, geralmente tijolos
cerâmicos ou pedra, criavam a devida ligação com o ambiente externo. A decoração interior
evitava apliques, e explorava as linhas construtivas. O mobiliário era incorporado aos
elementos construtivos.
A obra multivalente de Wright tem como ponto de partida uma multiplicidade de influências
que vão desde o classicismo e o gosto pelos padrões decorativos de Sullivan – a quem
chamava seu Leiber Meister (mais amado mestre) – à arquitectura vernacular inglesa, ligada ao
movimento Arts & Crafts europeu, de que tomou conhecimento através da obra de Henry
Hobson Richardson, um dos decanos da Escola de Chicago, grande inspirador de Sullivan. É
também marcante a ligação com a arquitectura tradicional japonesa, cujos traços estão em
toda sua obra e cujo primeiro contacto se deu provavelmente na Exposição Mundial
Colombiana de Chicago, em 1893, com a reconstrução do Templo Ho-o-Den como pavilhão
japonês. Não se pode desprezar ainda o fascínio pelos blocos Fröebel, um brinquedo dos
tempos de criança, que vão inspirar a articulação volumétrica de muitos de seus edifícios,
sobretudo as Prairie Houses.
Não foi somente Frank Lloyd Wright quem projetou Prairie Houses, mas também outros
arquitectos americanos, como William Drummond, Walter Burley Griffin, Geolge Maher,
Purcell and Elmslie, mas com Wright estas tornaram-se um sistema consequente e relacionado
à evolução de sua obra, da arquitectura americana e mesmo da arquitectura ocidental, dadas
as ligações com os arquitectos holandeses.
Apesar da ligação com a arquitectura vernacular, teve também, com Frank Lloyd Wright uma
inspiração abstracta, ligada ao apreço que este tinha pelas composições feitas com blocos
Fröbel. As Prairie Houses constituiram-se ainda uma tentativa de desenvolver um estilo norte-
americano de arquitectura nativa, que não compartilhasse elementos de design e vocabulário
estético com estilos anteriores de arquitectura clássica europeia.
Frank Lloyd Wright era um crítico das casas de sua época, cuja compartimentação era
fechada e confinada. Desenvolveu então um modo de projectar casas articuladas
horizontalmente e com espaços interiores abertos e fluidos. Os quartos eram muitas vezes
divididos por painéis de vitrais, especialmente concebidos. Os interiores, salvo em áreas em
que era absolutamente necessário, consistiam-se em espaços entrelaçados, separados não por
portas, mas por ângulos de visão cuidadosamente elaborados. Os espaços interiores se
desdobravam, em vistas dramáticas e sempre surpreendentes.
Embora ainda clássica na composição, reflectindo uma disciplina compacta, esta casa
contém alguns traços distintivos do futuro estilo Prairie, como a marcada horizontalidade, a
banda de janelas no pavimento superior, e o telhado pouco inclinado.
A Willits House é uma das mais conhecidas e celebradas Prairie Houses. Nela aparece
claramente amadurecida toda a poética Prairie: planta orgânica, telhados pouco inclinados, faixas
de janelas agrupadas, horzontalidade marcante.
Uma das obras mais famosas, não somente de Frank lloyd Wright, como também da
arquitetura americana do Século XX, que mostra com clareza todos os elementos do estilo
prairie levados à perfeição: grandes balanços, telhados com pouca inclinação, volumes
entrelaçados, extensas linhas horizontais.
Projectada para sua secretária e auxiliar, que mais tarde viria a ser a primeira mulher a
receber grau de Mestre em Arquitetura nos Estados Unidos, esta casa é um dos melhores
exemplos da planta prairie cruciforme, com o estilo já amadurecido, e todos os elementos
característicos presentes.
Edgar Sr. tinha sido levado pelo seu filho e por Wright a pormenorizar os custos da
sua utópica cidade modelo. Quando o estudo ficou completo, foi exposto na loja de
departamentos Kaufmann’s e Wright foi um convidado na casa de Kaufmann, “La
Tourelle”, uma obra-prima franco-normanda que o célebre arquitecto local Benno
Janssen (1874-1964) tinha criado para Edgar J. Kaufmann, no elegante subúrbio de
Fox Chapel, em 1923. Os Kaufmanns e Wright apreciavam bebidas refrescantes em
La Tourelle quando Wright, que nunca perdia uma oportunidade para encantar um
potencial cliente, disse a Edgar Jr., num tom de voz que o seu pai pudesse ouvir,
"Edgar, esta casa não é digna dos seus pais…" A observação despertou o interesse
de Kaufmanns para algo mais digno. A Casa da Cascata seria o resultado final.
Os Kaufmanns possuíam algumas propriedades fora de Pittsburgh com uma queda
de água e algumas cabanas. Quando as cabanas nos seus campos se tinham
deteriorado ao ponto de algo precisar de ser reconstruído, o Sr. Kaufmann contactou
Wright.
Em Novembro de 1934, Wright visitou Bear Run. Pediu um mapa mapa topográfico
da área em volta da queda de água, o qual recebeu em Março de 1935. Este mapa foi
preparado pela Fayette Engineering Company de Uniontown e incluiu todos os
rochedos, árvores e topografia. Demorou nove meses para que as suas ideias para o
sítio se cristalizassem num projeto que rapidamente foi esboçado por Wright a tempo
para uma visita de Kaufmann a Taliesin East em Setembro de 1935.[1][2] Foi então que
Kaufmann tomou consciência que o projecto de Wright previa que a casa fosse
construída por cima da cascata,[3] em vez de abaixo da mesma como tinha esperado .
Projecto e Construção
A Casa da Cascata ergue-se como uma das maiores obras-primas de Wright tanto
pelo seu dinamismo como pela sua integração com a impressionante envolvência
natural. A paixão de Wright pela arquitectura japonesa foi fortemente reflectida no
projecto da Casa da Cascata, particularmente na importância da interpretação dos
espaços interiores e exteriores e na forte ênfase colocada na harmonia entre o homem
e a natureza. Tadao Ando disse uma vez: "Eu penso que Wright aprendeu o mais
importante aspecto da arquitectura, o tratamento de espaço, da arquitectura japonesa.
Quando visitei a Casa da Cascata na Pensilvânia, encontrei essa mesma sensibilidade
de espaço. Mas havia ali os sons adicionais da natureza que me atraíram".
A extensão do génio de Wright em integrar cada detalhe deste projecto apenas
pode ser sugerido nas fotografias. Esta residência privada organicamente projectada
foi pensada para ser um refúgio natural para os seus proprietários. A casa é bem
conhecida pela sua ligação com o lugar: está construída no topo duma queda de água
activa que corre por baixo da casa. A lareira com fogão a lenha na sala de estar é
composta por rochedos encontrados no sítio e sobre os quais a casa foi construída —
um conjunto de pedras que foi deixado no local sobressai ligeiramente através do
pavimento da sala de estar. Wright tinha pensado inicialmente que estas rochas
seriam cortadas rente ao chão, mas este tinha sido um dos pontos favoritos da família
para apanhar sol, pelo que o Sr. Kaufmann insistiu que fossem deixadas como
estavam. Os pavimentos de pedra foram encerados, enquanto o fogão de lenha foi
deixado ao natural, dando a impressão de rochas secas sobressaindo dum riacho.
Interior da Casa da Cascata, com uma área de estar, à esquerda, com mobiliário
projectado por Wright.
A integração com o cenário estende-se até aos pequenos detalhes. Por exemplo,
onde o vidro encontra as paredes de pedra não existe friso de metal; em vez disso, o
vidro é calafetado directamente na pedra. Existem escadas que descem directamente
para a água. Na "ponte" que liga a casa principal ao edifício dos hóspedes e dos
criados, uma rocha natural pinga água para dentro, a qual é então directamente
devolvida. Os quartos são pequenos, alguns mesmo com tectos baixos, talvez para
encorajar as pessoas a saírem para as áreas sociais abertas, molhes e espaços
exteriores.
O riacho activo (que pode ser ouvido constantemente por toda a casa), redondezas
imediatas e paredes e terraços em consola de pedra extraída localmente (lembrando
as formações rochosas vizinhas) destinam-se a estar em harmonia, em linha com o
interesse de Wright em fazer edifícios que eram mais orgânicos e os quais, desse
modo, pareciam estar mais envolvidos com as redondezas. Apesar da queda de água
poder ser ouvida por toda a casa, não pode ser vista sem se sair ao exterior. O
projecto incorpora amplas extensões de janelas e as varandas estão fora das salas
principais dando uma sensação de proximidade das redondezas. O clímax
experiencial ao visitar a casa é uma escadaria interior que desce da sala de estar
permitindo um acesso directo à correnteza abaixo da casa.
Vista do exterior.
As opiniões de Wright sobre o que devia ser a entrada têm sido questionadas;
ainda, a porta que Wright considerava ser a porta principal está escondida num canto
e é bastante pequena. A ideia de Wright para a grande fachada desta casa é a da
perspectiva de todas as famosas fotografias do edifício, olhando para cima a partir do
riacho, vendo o canto oposto à entrada principal.
Na encosta acima da casa principal existe uma coberta para quatro carros (apesar dos
Kaumanns terem pedido uma garagem), alojamentos para os criados e um quarto de
hóspedes. Este edifício exterior anexo foi construído um ano depois usando a mesma
qualidade de materiais e a mesma atenção aos detalhes da casa principal. Logo acima
fica uma pequena piscina de seis pés de profundidade, continuamente alimentada por
água natural, a qual depois flui para o riacho abaixo. Através dum truque visual
comparando as paredes da piscina com a paisagem mais além, a piscina parece não
ter nível, embora, de facto, o tenha. A coberta foi, sob direcção de Kaufmann, Jr.,
fechada posteriormente para ser usada pelos visitantes da Casa da Cascata, que
geralmente se reúnem ali no final das visitas guiadas. Kaufmann, Jr. projetou ele
próprio os interiores, mas com as especificações encontradas noutros interiores da
casa projectados por Wright.
Reconhecida por muitos profissionais como a melhor obra de arquitectura dos Estados
Unidos, a Casa da Cascata (Fallingwater, na definição original em inglês), foi construída em
integração ao curso de água que passa pela propriedade localizada no Sudoeste do estado da
Pensilvânia. Idealizada pelo arquitecto e urbanista Frank Lloyd Wright, já falecido, a construção
foi pensada em três andares como se estivesse entre as árvores, as rochas, o rio e a cascata.
A obra, construída entre 1936 e 1939, impulsionou a carreira do arquitecto, que desafiou a
crítica da época, marcada pelo início de uma nova geração no modernismo europeu. O preço da
construção chegou a ser avaliado em US$ 155 mil. O custo da restauração, no entanto, que se
fez necessário devido ao risco registado na estrutura da casa com o passar do tempo, superou os
US$ 11 milhões.
Desafiando a natureza, parte da rocha na qual a casa está construída se eleva no interior da
sala de estar. Além disso, uma área projectada em ângulo recto combina extensões com a
natureza. Na parte exterior, a construção também impõe traços de horizontalidade,
principalmente nas varandas.
A obra une concreto, aço, pedras e vidro. A maioria dos materiais utilizados faz parte da
região onde o imóvel foi inserido, em uma iniciativa que uniu a criatividade de Wright ao desejo
do Edgar J. Kaufmann, proprietário de um retiro na montanha, que custeou o imóvel. A família
costumava passar férias na região, em Bear Run, e foi seduzida pela possibilidade de ter uma
casa próxima da cascata. Porém, o arquitecto foi mais longe e decidiu fazer a construção na
cascata, conforme contou o próprio Wright em uma das suas últimas entrevistas concedidas nos
EUA.
O desejo de Wright era de criar uma composição unificada e orgânica. Em função disso, a
construção recebeu tinta resistente aos desafios ambientais do local em que está inserida. A
construção faz parte do conjunto do património histórico dos EUA. Foi entregue à Conservação
Ocidental da Pensilvânia (WPC, em inglês) em 1963, pela família de Kaufmann, após o
falecimento do patriarca. Em 2002, a construção recebeu um grande reparo estrutural, para
evitar o colapso e a sua deflexão futura.
Depois disso, desde 1964, reabriu as portas como museu. Actualmente, a casa é visitada por
milhões de pessoas de todo o mundo, interessadas na obra e na reserva natural Bear Run de 5
mil hectares do WPC. Somente em 2015, foram recebidos 167.270 visitantes no local.
Kaufmann havia pensado em uma casa com vista para a cascata Bear Run, mas
Wright insistiu: "Quero que viva na cascata, não que apenas olhe para ela".
Dessa forma, depois de vários meses de conversas com Kaufmann, Wright deu asas
à criatividade e começou os projectos.
Nas ideias, se via uma casa de três andares com uma área prolongada como uma
consola sobre a cascata, com um design arrojado, combinando concreto, aço, vidro e
pedras do lugar.
Mas a parte virada para o rio começou a afundar assim que o concreto foi removido.
A umidade se infiltrava e as luzes do teto gotejavam.
Ainda assim, Liliane, até então cética em relação ao design, começou a apreciar a
beleza da Fallingwater e sua estrutura.
Em carta enviada a Wright, ela disse que viu da janela "uma árvore com galhos nus
entrelaçados" e a classificou como "um substituto mais que satisfatório para cortinas".
A Casa da Cascata era, sem dúvida, uma proposta muito diferente de tudo o que ele
havia feito até aquele momento.
Wright, que desenhou cada detalhe da casa, embutiu muitos dos móveis às paredes -
uma forma de tornar a grande obra-prima "à prova de clientes".
Le Corbusier
Charles-Edouard Jeanneret-Gris, mais conhecido pelo pseudónimo de Le
Corbusier (La Chaux-de-Fonds, 6 de Outubro de 1887 — Roquebrune-Cap-Martin, 27
de Agosto de 1965), foi um arquitecto, urbanista, escultor e pintor de origem suíça e
naturalizado francês em 1930.[1] É considerado, juntamente com Frank Lloyd Wright,
Alvar Aalto, Mies van der Rohe e Oscar Niemeyer, um dos mais importantes
arquitectos do século XX. Conhecido por ter sido o criador da Unité d'Habitation,
conceito sobre o qual começou a trabalhar na década de 1920.[2]
Aos 29 anos mudou-se para Paris, onde adoptou o seu pseudónimo, que foi buscar ao
nome do seu avô materno, originário da região de Albi.[3][4] A sua figura era marcada
pelos seus óculos redondos de aros escuros. Morreu por alcoolismo, em 27 de agosto
de 1965.
Obra
Unidade de habitação em Berlim
Le Corbusier lançou, em seu livro Vers une architecture (Por uma arquitetura, na
tradução em português), as bases do movimento moderno de características
funcionalistas. A pesquisa que realizou envolvendo uma nova forma de enxergar a
forma arquitectónica baseado nas necessidades humanas revolucionou (juntamente
com a actuação da Bauhaus na Alemanha) a cultura arquitectónica do mundo inteiro.
Sua obra, ao negar características histórico-nacionalistas, abriu caminho para o que
mais tarde seria chamado de international style ou estilo internacional, que teria
representantes como Ludwig Mies van der Rohe, Walter Gropius, e Marcel Breuer. Foi
um dos criadores dos CIAM (Congrès Internationaux d'Architecture Moderne).
A sua influência estendeu-se principalmente ao urbanismo. Foi um dos primeiros a
compreender as transformações que o automóvel exigiria no planejamento urbano. A
cidade do futuro, na sua perspectiva, deveria consistir em grandes blocos de
apartamentos assentes em pilotis, deixando o terreno fluir debaixo da construção, o
que formaria algo semelhante a parques de estacionamento. Grande parte das teorias
arquitectónicas de Le Corbusier foram adaptadas pelos construtores de apartamentos
nos Estados Unidos.
Le Corbusier defendia, jocosamente, que, "por lei, todos os edifícios deviam ser
brancos", criticando qualquer esforço artificial de ornamentação. As estruturas por ele
idealizadas, de uma simplicidade e austeridade espartanas, nas cidades, foram
largamente criticadas por serem monótonas e desagradáveis para os peões. A cidade
de Brasília foi concebida segundo as suas teorias.
Depois da sua morte, os seus detractores têm aumentado o tom das críticas,
apelidando-o de inimigo das cidades. É, no entanto, absolutamente, um nome de
referência na história da arquitectura contemporânea.
Os Cinco pontos da Nova Arquitectura são o resultado da pesquisas realizada nos anos iniciais da
carreira do arquiteto Charles-Edouard Jeanneret conhecido pelo pseudônimo de Le Corbusier . Sua forma final
foi publicada em 1926 na revista francesa L'Esprit Nouveau. Um ou mais dos pontos são utilizados em alguns
projetos anteriores a esta publicação e aparecerão pela primeira vez na Casa Cook, em 1926. É na Villa
Garches e na Villa Savoye, no entanto, que estes serão utilizados de forma mais expressiva. Estes conceitos
permitiram tornar os elementos constitutivos do projeto independentes uns dos outros, possibilitando a maior
liberdade de criação.
Os 5 pontos
1. Planta Livre: através de uma estrutura independente permite a livre locação das paredes, já que estas
não mais precisam exercer a função estrutural.
2. Fachada Livre: resulta igualmente da independência da estrutura. Assim, a fachada pode ser projetada
sem impedimentos.
3. Pilotis: sistema de pilares que elevam o prédio do chão, permitindo o trânsito por debaixo do mesmo.
4. Terraço Jardim: "recupera" o solo ocupado pelo prédio, "transferindo-o" para cima do prédio na forma
de um jardim.
5. Janelas em fita: possibilitadas pela fachada livre, permitem uma relação desimpedida com a paisagem.
O sucesso dos cinco pontos foi tal que, com o tempo, estes deixaram de ser associados apenas a Le
Corbusier e se tornaram cânones da arquitectura moderna. Assim, arquitectos de países diversos adoptaram os
preceitos parcial ou integralmente em seus projetos. No Brasil, o prédio do Ministério da Educação e Saúde
Pública, projecto de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, entre outros, (com a consultoria de Le Corbusier), utiliza
integralmente os cinco pontos arquitectónicos.
Entre as contribuições de Le Corbusier à formulação de uma nova linguagem arquitectónica para o século
XX se encontram estes cinco pontos, formalizados no projeto da "Villa Savoye":
Ao tornar todas as construções suspensas, cria-se no ambiente urbano uma perspectiva nova. Uma inédita
relação "interno-externo" criar-se-ia entre observador e morador.
Terraço-jardim.
Não mais os telhados do passado. Com o avanço técnico do betão-armado (concreto no Brasil), seria possível
aproveitar a última laje da edificação como espaço de lazer.
A definição dos espaços internos não mais estaria atrelada à concepção estrutural. O uso de sistemas viga-
pilar em grelhas ortogonais geraria a flexibilidade necessária para a melhor definição espacial interna possível.
Consequência do tópico anterior. Os pilares devem ser projetados internamente às construções, criando
recuos nas lajes de forma a tornar o projeto das aberturas o mais flexível. Deveriam ser abolidos quaisquer
resquícios de ornamentação.
Janela em fita
Localizada a uma certa altura, de um ponto ao outro da fachada, de acordo com a melhor orientação solar.
Quem foi Le Corbusier e qual sua contribuição para a
arquitectura?
Charles não ficou conhecido pelo nome, mas sim pelo pseudónimo, Le Corbusier.
Polémico, muitas vezes odiado e incompreendido, também foi idolatrado, sendo um
dos primeiros arquitectos a se tornar celebridade — um starchitect, mescla de star
(estrela) e architect (arquiteto).
Le Corbusier foi muito mais do que arquitecto. Ele actuou também na área
académica e intelectual, aplicou seu conhecimento em diversas artes e deixou seus
pensamentos registrados em publicações e artigos de revistas.
Em contrapartida, anos depois, Corbu declara publicamente seu desprezo pela cidade
natal.
Sua habilidade chamou a atenção de um de seus professores, que era formado pela
Escola de Belas Artes de Paris. O professor, então, apresentou para Corbu a área de
arquitectura.
Corbu ainda lançou um livro, publicado em 1923, “Vers une Architecture” (“Por uma
arquitectura”), no qual aborda 5 pontos e fundamentos que são as bases do
movimento modernista.
O arquitecto deixou pouco mais de 30 obras construídas pelo mundo. Entre elas,
cerca de 17 estão incluídas na lista da UNESCO de Patrimónios Mundiais da
Humanidade. As mais importantes são:
1. UNITÉS D’HABITATION
2. VILLA SAVOYE
3. PAVILLON SUISSE
4. PALÁCIO DA ASSEMBLEIA
Uma das construções que mais se destacam fora do eixo europeu é o Palácio da
Assembleia, localizado na Índia, em Chandigarh. A cidade foi redesenhada por Le
Corbusier, contando com a ajuda de Jeanneret, e é o único projecto de urbanismo
executado pelo arquitecto. O projecto começou em 1951 e foi até 1965, com sua
morte.
5. CAPELA NOTRE-DAME-DU-HAUT
6. VILLA ROCHE
A residência foi projectada para um banqueiro suíço, Raoul La Roche, e serviu como
espaço de exposições e galeria em Paris. A estrutura apresenta um formato
diferenciado, como se fosse um agrupamento de estruturas distintas unidas por
rampas, escadarias e terraços.
O uso de muitas cores no interior é descrito por Corbu como “Corbusier color-
space”: tons como azul, cinza, vermelho e turquesa em conjunto com o branco,
presente em todo o espaço, interno e externo.
Corbu descreve a obra como “pitoresca, cheia de movimento, mas que requer uma
clássica hierarquia para discipliná-la”.
Ville Radieuse ou Cité Radieuse (Cidade Radiante) é o projeto que sumariza todos os
elementos e ideais propostos por Le Corbusier, tendo em vista o contexto social da
época em que foi apresentado. O projecto de paisagismo e urbanismo não chegou a
ser concretizado, mas exerceu influência em outras obras e na actuação do arquitecto.
A proposta foi feita em 1924 e de forma ambiciosa, pois era o plano de uma cidade
ideal para Le Corbusier. A cidade valoriza a livre circulação, espaços abertos
integrados com a natureza, construções em blocos altos e o sistema modular.
O plano também foi publicado em um livro e não tinha como objectivo apenas a
melhoria da qualidade de vida dos moradores, mas também o desenvolvimento de
uma sociedade melhor. A cidade seria subdividida em áreas segregadas, com foco
comercial, de negócios, de lazer e, por fim, residencial. Cada área foi projectada para
conseguir receber certa quantidade de pessoas.
A primeira passagem do arquitecto pelo Brasil foi em 1929, visitando as capitais, Rio
de Janeiro e São Paulo. A viagem teve início em Buenos Aires, Argentina, e percorreu
outras cidades da América do Sul.
Corbu também foi chamado para o projecto do campus de uma universidade que o
MES pretendia fundar, que serviria de modelo para as demais do país. No meio de
mais confusões e disputas, o arquitecto foi contratado somente como conferencista em
1936.
O livro já citado, “Vers une Architecture” (“Por uma arquitectura”), conta com outras
publicações de grande importância para o campo. Entre eles, ensaios escritos por
Corbu expondo teorias da acção da arquitectura, a visão do arquitecto sobre o
modernismo e críticas à arquitectura da época, por exemplo.
Além disso, ele desenvolveu uma série de técnicas construtivas com pilares de
cimento armado, tirando a função estrutural das paredes e permitindo um interior
adaptado para necessidades. Criou também o sistema de medidas proporcionais,
Modulor, orientando obras e pinturas.