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NOVOS CLIENTES?

NOVOS MERCADOS?

PRODUTOS MELHORES A CUSTOS


MAIS BAIXOS?

VENDER MAIS SEM PRECISAR


REDUZIR O PREÇO DO PRODUTO?

SER MELHOR PERCEBIDO NO


MERCADO?

NOVOS PRODUTOS?

NOVA MARCA?

NOVO POSICIONAMENTO?

LUCRAR MAIS?

VALORIZAR O SEU NEGÓCIO?


SE VOCÊ JÁ SABE
O QUE QUER PARA
A SUA EMPRESA,
COMO PRETENDE
FAZER ISSO
ACONTECER?

VOCÊ JÁ
CONSIDEROU
INCLUIR DESIGN
COMO PARTE DESSA
ESTRATÉGIA DE
NEGÓCIOS
?
3
ESTAS EMPRESAS JÁ

Grupo Vinícola Henry


Famiglia Zanlorenzi

4
Poly Play Condor Montana
Agriculture

sAIBA COMO ELAS FIZERAM ISSO E


OS RESULTADOS QUE OBTIVERAM
5
Suco de Uva Campo Largo

O PROBLEMA O mercado de sucos de uva e de um hotsite, ampliando a experiência e o contato do


alimentos funcionais está em expansão no Brasil. produto e da marca com o consumidor.
Cada vez mais, os consumidores buscam produtos O RESULTADO A solução foi um novo recipien-
com propriedades benéficas à saúde. O número de te do Suco de Uva com desenho limpo, agradável,
concorrentes aumentou nos últimos anos e muitas inovador e ergonômico, incorporando o slogan do
vinícolas passaram a enxergar o mercado como po- produto à garrafa: “Uva e nada mais”. No contrarró-
tencial. O desafio era dar mais destaque ao Suco de tulo, foi aplicado um código QR Code para o hotsite
Uva Campo Largo no ponto de venda, uma vez que do fabricante. A pega, mais ergonômica que as de-
o produto apresentava sabor e composição que já mais, facilita o manuseio da garrafa. Sua estética e
agradavam aos consumidores, conforme comprova- praticidade acabaram influenciando o consumidor,
do em pesquisas. que passou a reconhecer e dar preferência à marca.
O PROJETO O rótulo já havia passado por mu- Os novos atributos também levaram o consumidor a
danças, mas ainda eram detectadas dificuldades por reutilizar a embalagem para o acondicionamento de
parte do consumidor em identificar as di- outros líquidos.
ferentes marcas, uma vez que as gar- O IMPACTO Com o novo design hou-
rafas de sucos de várias marcas eram ve redução de 4% no peso da garrafa,
iguais. A solução proposta pela em- diminuindo custos de transporte. O
presa Blu Design e Comunicação projeto também contribuiu para um
foi o desenvolvimento de uma aumento de 69,6% no volume de
garrafa exclusiva para o produ- vendas e de 92% no faturamento
to, com design inspirado nas do produto. Houve ainda fortale-
proporções humanas, para re- cimento da marca no segmento,
forçar a relação com a saúde. Os abertura de novos canais de ven-
designers propuseram também da e conquista de novos clientes.

Garrafas e rótulos antigos e depois de reformulados


Empresa: Vinícola Campo Largo
Design: Blu Comunicação integrada

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Henry Equipamentos e Sistemas

O PROBLEMA A Henry produzia dois modelos bá- perior inox tornou a catraca compatível às tecnologias
sicos de catraca Balcão – Inox e Epóxi. Funcionalmente, oferecidas pela Henry, não sendo necessárias alterações
eles eram eficientes. No entanto, não tinham um dife- físicas no produto, o que diminuiu os custos e o tempo
rencial em relação a outras catracas existentes, o que de fabricação.
limitava sua competitividade. Um dos clientes da Henry O IMPACTO O lançamento da nova linha Lumen
chegou a declarar que não compraria as catracas devido criou uma nova identidade de produtos para a Henry
à estética, o que fez a Henry solicitar o desenvolvimento e fez as vendas superarem as expectativas. O projeto
de uma nova catraca – tão funcional quanto a anterior, de design reduziu custos do novo produto (o novo
porém, mais bonita. cubo, por exemplo, é R$ 40 mais barato que o anti-
O PROJETO Para modernizar as catracas de design go), o que representou uma economia de R$ 20 mil
ultrapassado e sem muita qualidade de acabamento, foi mensais para a empresa, considerando a produção
preciso rever o processo de trabalho da metalúrgica que média de 500 catracas ao mês. O novo produto abriu,
fornecia produtos para a Henry, sem modificar o ferra- ainda, canais de exportação, passando a ser forneci-
mental utilizado na fabricação. Para tanto, foi necessário do para quatro países.
que os designers da Dangelo DI desenvolvessem o “A inovação de nossos
projeto em parceria com as áreas de produtos por meio do
produção e engenharia. design apresentou exce-
lentes resultados, como
O RESULTADO Os
a redução de custos de
designers exploraram
produção e o aumento
a mistura do aço inox
das vendas. A Dangelo
com a pintura epóxi,
DI foi responsável por
criando um contras-
esses resultados positi-
te visual, que realça as
vos e pelo crescimento
formas da peça – ao
da empresa.”
mesmo tempo elegante
e robusta. Nas laterais, lu-
Paulo Henrique Tareszkiewicz,
zes difusas customizáveis. fundador da Henry Equipa-
A mudança da chapa su- mentos e Sistemas.

Catraca Lumen
Empresa: Henry
Design: Dangelo Di

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Condor S.A.

O PROBLEMA A Condor precisava fazer o re- ao segmento econômico, o objetivo era demons-
design dos seus produtos mais populares, acom- trar que a escova Plus tem mais qualidade (per-
panhando a evolução do mercado que, com o cepção de valor) se comparada às concorrentes
aumento do poder aquisitivo da classe C, provo- do mesmo segmento popular/low price.
cou a migração de consumo desse público para O RESULTADO A nova escova, chamada escova
produtos mais elaborados. Os objetivos do projeto dental Condor Plus, foi inspirada nas curvas das folhas,
repassados para a agência Inove Design, de Curiti- permitindo o encaixe exato da mão, com as cerdas
ba, foram: ganhar mercado; modernizar e revitalizar tanto para cima quanto para baixo. A aplicação estra-
os produtos; melhorar o desempenho e a ergono- tégica de curvas e calotas no desenho permitiu uma
mia dos produtos existentes; incremento mínimo redução significativa de peso, se comparada a outras
no custo de fabricação (para poder concorrer com escovas de mesmo tamanho e categoria. Seu dese-
as novas escovas do mesmo segmento); trazer um nho, além de permitir boa pega, proporciona melhor
novo conceito para itens “populares”; além de criar estruturação e rigidez com o uso de um mínimo de
uma escova popular adulta ao custo máximo de material. Sua versão infantil prevê um cabo mais lar-
R$ 1, e uma variação para modelo infantil. go, para se ajustar melhor à pega das crianças, e usa
a proporção e a linguagem dos cartoons para reforçar
O PROJETO O desafio foi tornar a escova mais
o apelo lúdico.
atraente e ergonômica, sem, no entanto, onerar
seu custo de produção – isto é, usando a mesma O IMPACTO O impacto comercial do novo pro-
quantidade de matéria-prima. Durante a pesqui- duto foi extremamente positivo. O número de uni-
sa de campo, foi feita uma análise do consumidor dades de escovas adultas vendidas cresceu 12% e o
e de sua higiene dental para entender sua relação faturamento aumentou 18% (dados de 2010 com-
com o produto. Apesar de ser um produto voltado parados aos de 2009).

Condor Plus
Empresa: Condor
Design: Inove Design

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Poly play
Cabide Quará Fonte: Gestão do Design de Brigitte Borja de Mozota,
Empresa: Poly Play Cássia Klopsch e Filipe da Costa. Ed. Bookman.
Design: Nódesign

O PROBLEMA A Poly Play tinha como objetivo am- que peças-piloto fossem produzidas com as soluções
pliar a cartela de produtos para lavanderias residenciais. mais adequadas.
Para isso, contratou a empresa Nódesign, especializada O RESULTADO A solução apresentada para a seca-
em inovação e design thinking. gem de roupa foi o cabide-pregador Quará. O projeto
O PROJETO A estratégia do projeto foi buscar de design garantiu um produto de fabricação simples
compreender a forma de pensar e agir dos usuários – um único processo de montagem, que encaixa uma
por meio da observação de seus hábitos e, assim, pequena mola a uma só peça de polipropileno. O uso
identificar problemas e oportunidades. Com base na desse tipo de cabide aumenta a capacidade do varal
rotina das lavanderias residenciais, identificou-se em até cinco vezes e melhora o processo de seca-
um problema: a falta de espaço de varal para se- gem sem marcar as roupas, dispensando, muitas
cagem de roupas. Para aumentar a capacidade vezes, o uso do ferro de passar para acabamento.
do varal, a solução foi pendurar as roupas em O IMPACTO “Enquanto a concorrência ven-
cabides, mas o desafio era mantê-los no lugar, de cinco cabides por R$ 1, o nosso custa R$ 4,99 o
sem que escorregassem pelo fio. Durante par. O faturamento subiu de R$ 250 mil para
o desenvolvimento do projeto fo- R$ 1 milhão em pouco mais de
ram realizados testes com três anos”, relata Marcos
diversos protótipos, até Toma, sócio da Poly Play.
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Montana Indústria de
Máquinas Agrícolas

O PROBLEMA Em 2000, a Montana identificou que escritório de design de Curitiba selecionado para de-
não havia nenhum pulverizador agrícola automotriz senvolver o produto, fez um estudo de conceitos para o
adequado às condições das lavouras brasileiras. Idea- projeto. A Montana decidiu mesclar dois deles, ambos
lizou, então, um equipamento de tração própria, que com design agressivo e linhas acentuadas, transmitin-
aliasse conforto e segurança durante a atividade. do noções de força e aerodinâmica.
O PROJETO Com base nos dados fornecidos pelo O RESULTADO Apesar de contar com apenas três
público-alvo, foi feito um briefing que direcionou o meses para o desenvolvimento, o resultado foi um
desenvolvimento do produto. Entre os requisitos do equipamento de grande eficiência, batizado Parruda,
projeto, ênfase na robustez, eficácia e comodidade, fa- que atendia os objetivos do projeto equilibrando tec-
cilidade de operação e alta qualidade técnica. O MFC, nologia, estilo e conforto.

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O IMPACTO No lançamento, de espaço interno na cabine; viabili-
realizado na feira Agrishow, foram zação de espaços para abrigar ferra-
vendidas oito unidades do novo mentas, CD player, garrafa térmica.
pulverizador, quantidade que re- O NOVO IMPACTO Em 2008,
presentava a capacidade de produ- o pulverizador conquistou os prê-
ção da indústria para os sete meses mios IDEA/Brasil Ouro e o IDEA/
seguintes. Em 2001, foram comer- EUA Bronze, na categoria produtos
cializadas outras 25 unidades; em industriais e comerciais. A credibili-
2002, 49; em 2003, 250; em 2004, dade alcançada pelo Parruda fez a
323. Com o sucesso de vendas e o Montana aumentar o faturamento
retorno financeiro do investimento de R$ 10 milhões para R$ 100 mi-
em design comprovado, a Mon- lhões em dez anos.
tana decidiu, em 2005, partir para
Os projetos contaram com consul-
uma nova geração do pulverizador. O novo projeto de-
toria do Centro de Design, que atuou como facilitador
veria incluir dois tipos de pulverizadores menores e um
da relação empresa/escritório. Segundo o diretor-pre-
modelo exclusivo para a cultura da cana-de-açúcar.
sidente da Montana, Gilberto Zancopé, essa parceria
O NOVO PROJETO Criado pelo escritório Design permitiu a ligação direta da instituição com o merca-
Inverso, de Joinville (SC), o projeto da nova geração do do de designers: “Esse auxílio evitou erros e possíveis
Parruda incorporou novidades, como sistema de aber- desencontros com o escritório de design, que tem um
tura de porta mais ergonômico; aumento da sensação ritmo diferente da indústria”.

Pulverizador Parruda
Empresa: Montana Agriculture
Design: Design Inverso

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SE VOCÊ JÁ SABE O QUE QUER
PARA SUA EMPRESA, O DESIGN PODE
AJUDÁ-LO A ATINGIR ESSE OBJETIVO.

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COMO O DESIGN PODE
IMPACTAR SEUS NEGÓCIOS?

MARGEM DE LUCRO
O lucro cresce de duas
maneiras: adicionando VENDAS
valor aos produtos
O aumento
e reduzindo
nas vendas está
COMPETITIVIDADE custos de fa-
condicionado ao
Fornecendo produtos bricação.
desenvolvimento de
que atendam às produtos mais funcionais,
necessidades do usuário de aparência desejável e com
e que se destaquem em suas maior reconhecimento pelos
expectativas. clientes.

NOVOS
VALOR DA EMPRESA
Por meio da valorização DESIGN MERCADOS E EXPORTAÇÃO
Esse posicionamento depende
da marca e da melhoria da melhoria do que já é produzido
da capacidade interna pela empresa e do desenvol-
de inovação e vimento de novas ideias,
desenvolvimento associado também a um
de produtos e desenvolvimento
serviços. da imagem da
empresa.
INOVAÇÃO CRESCIMENTO
A adoção de um A empresa cresce
processo de design auxi- com a maior demanda
lia a empresa a transformar pelos novos produtos e
ideias e conceitos em por mais lançamen-
produtos vendá- tos.
veis.

Cuidado! Esse impacto só é possível se o processo


de design...
... estiver focado nas necessidades e desejos do usuário.
... for devidamente gerenciado.
... contar com suporte da liderança da empresa.
... estiver de acordo com os objetivos do negócio.
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E aqui está o que você
precisa saber sobre design

O que é design?
Para quem vai contratar uma consultoria ou escritório de design pela primeira vez, é
importante definir o design como um processo de melhoria. Ele se inicia com a iden-
tificação e a definição de um problema ou uma oportunidade, e é concluído quando
se chega a uma solução original e eficaz (um design!), que atenda às necessidades
do usuário.
Design é uma sequência de ações de pesquisa, definição e desenvolvimento de
ideias até que se encontre a melhor solução possível, que pode ser aplicada a produ-
tos, comunicação, serviços, websites, espaços e sistemas.

Design não é...


Quando se fala em design, alguns equívocos de conceituação acabam impedindo o
seu uso efetivo pela indústria. Esses enganos são, principalmente, baseados em in-
formações que reduzem o design apenas a um rótulo de produtos elitistas ou muito
caros. A decorrência disso é que, por vezes, todo um projeto de desenvolvimento
de design acaba sendo julgado por sua aparência e não pelo seu desempenho ou
totalidade, o que associa a profissão de design a uma atividade de caráter decorativo
e superficial.
Design não é “maquiagem”, mas melhoria efetiva de produtos, serviços e processos
para atender à demanda e ao desejo do usuário.
Como design é um termo muito usado, isso pode desgastar o seu conceito e pro-
vocar uma confusão, uma vez que a palavra serve para descrever tanto uma ação
quanto um resultado. Somente quando uma empresa vê os benefícios que o design
pode trazer, é que se percebe o real valor desse tipo de investimento.

Por que você precisa de design?


Design é desenvolver produtos competitivos, focados nas necessidades do usuário
final. O processo de design determina o desempenho, o apelo, a facilidade de utiliza-
ção, os custos de fabricação e o posicionamento de um produto. Portanto, não é sur-
presa que as empresas que usam design de uma maneira eficaz tendem a ser mais
competitivas e lucrativas. O sucesso no mercado e a experiência acumulada levam
ao uso estratégico do design, que ajuda a desenvolver produtos novos e melhores
de uma forma sistematizada.

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“Design não é apenas a aparência de um
produto. Design é a forma como ele funciona.”
Steve Jobs

Ação do designer
Um processo de design ideal deve reunir o conhecimento de todas as pessoas que
possam ser envolvidas ou afetadas pelo novo produto: desde clientes até equipe de
vendas, distribuidores, fornecedores, executivos, equipe de produção e engenheiros.
O designer é o profissional que vai investigar e facilitar todos os pontos de vista,
desejos e expectativas em insights úteis, que deverão auxiliar no processo de desen-
volvimento do produto.
Um bom designer deve ser hábil em várias técnicas de pesquisa, criatividade, apre-
sentação, engenharia e prototipagem.

Planejando um projeto de design


Antes de se colocar em prática um projeto de design, você precisa planejar. Conheça
os fatores que devem ser observados:
• Quais são os objetivos do projeto de design? Eles se alinham com os objetivos estratégi-
Cadeira Lua Nova cos da empresa?
Empresa: Brisa Móveis • Quem vai fazer o trabalho de design?
Design: Asa Design • Que competências são necessárias?
• Como o novo produto será comercializado?
• Como o projeto será testado e avaliado?
• Onde o produto será fabricado?
• Existem pontos de controle e decisão no processo?

E também...
• Prazos – estabeleça uma data realista ou um evento de referência para o lança-
mento do novo produto.
• Orçamento – identifique os diferentes itens de custos, impostos, materiais, produção.
• Administração – códigos internos de custos, contratos, regulamentos.

Com o planejamento nas mãos, é preciso fazer o briefing – um docu-


mento que contém a descrição do problema proposto no projeto, junto
de uma breve apresentação da empresa, seus objetivos e requisitos de
projeto. Esse primeiro esboço do briefing pode sofrer alterações ao
longo do processo de consultoria, mas é fundamental para a defini-
ção do projeto e para servir de base para o contrato.
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Selecionando um escritório de design
O processo de design começa já na seleção dos profissionais habilitados para desen-
volver cada projeto. Por isso, conheça as disciplinas de design que podem atuar e
contribuir para o projeto com habilidades específicas:

Design gráfico Design de moda


Design de produto Design de interiores
Design de embalagens Design de games
Design de serviços Design de informação
Design de interação Web design, entre outros.

A seleção dos profissionais adequados é fundamental para o sucesso do projeto e


sua continuidade dentro da empresa. A seleção deve ser feita com base nas habilida-
des e na credibilidade do profissional ou da equipe de um escritório de design. Além
disso, também deve ser levada em conta a empatia entre as equipes, o que facilita
diálogo – necessário para o desenvolvimento de ideias e novos conceitos.
Para começar, considere o tipo de consultoria de design que o seu projeto precisa.
Ou seja, determine o volume de trabalho e a abrangência da consultoria, que disci-
plinas e habilidades a empresa deve ter.
Faça uma lista de cinco consultorias de design que você considera que atendem aos
requisitos básicos de sua empresa e se organize para visitá-los. Aqui estão algumas
dicas para tirar o máximo proveito da visita inicial a essas consultorias:
• Vá para a reunião com um colega de equipe que também terá contato com a consultoria
de design durante o trabalho.
• Peça para ver o antes e o depois de projetos anteriores. Isso ajudará a demonstrar o po-
tencial de impacto que essa consultoria pode desenvolver nos projetos de seus clientes.
Pergunte, por exemplo, qual foi o impacto comercial desses projetos para os negócios dos
clientes anteriores.
• Se possível, peça para ver versões diferentes de um mesmo trabalho, prestando especial

Perfect Sun
Empresa: Apex
Design: Brainbox Design Estratégico

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atenção ao acabamento e aos detalhes – esses são aspectos que revelam muito da com-
petência técnica dos designers.
• Como os projetos são estruturados e planejados? O processo é adequado para os requisi-
tos de seus produtos?
• Existem exemplos em que o trabalho de pesquisa influenciou o resultado do projeto?
• Quais são as condições contratuais em relação à propriedade intelectual dos projetos? Isso
pode ser negociado?
• Faça uma visita às instalações: parece ser uma organização bem administrada? “Informali-
dade criativa” é bom, bagunça é ruim.
• Fale com os designers da equipe, pois são eles que vão conduzir o seu projeto.
• Boas consultorias fazem muitas perguntas sobre a sua empresa e sobre o projeto propos-
to, com o intuito de se prepararem melhor.

Depois de cada visita, converse com seu colega e façam anotações. Considere al-
guns pontos:
• Houve empatia com a equipe da consultoria? Vocês conseguem imaginar a sua empresa
colaborando de forma aberta e construtiva com essa equipe?
• A consultoria tem a capacidade técnica necessária para desenvolver seus produtos e dia-
logar com seus técnicos e engenheiros? Se o seu produto for de natureza altamente téc-
nica, é recomendável que a consultoria externa também tenha forte habilidade técnica, a
fim de colaborar com seus engenheiros.
• Essa consultoria tem potencial para exceder às suas expectativas?
• A consultoria visitada fez questionamentos que desafiaram – construtivamente – a pro-
Trikke Pon-e posta inicial do projeto?
Empresa: Trikke
Design: Prospera Comercial
Muitas vezes a seleção pode ser baseada em intuição e percepção. Isso é perfeita-
mente aceitável. Pode ser mais produtivo trabalhar com alguém com quem haja
empatia e engajamento.

“Estudos realizados pela CNI indicam


que 75% das empresas que investiram
recentemente em design registraram
aumentos em suas vendas. Dessas, 41%
também conseguiram reduzir
seus custos.”
A Importância do Design para sua Empresa
Confederação Nacional da Indústria - CNI
17
O Processo de Design

Conhecer as etapas de um típico processo de design é importante para a melhor


gerência e, consequentemente, para a obtenção de resultados melhores. Não existe
um processo definitivo. As etapas variam de acordo com o tipo de projeto, com os
recursos disponíveis e com a proposta de cada escritório de design.
De uma maneira ou de outra, é importante que você (contratante) tenha pontos
no processo para tomadas de decisão e controle. Às vezes, é conveniente relacionar
esses pontos a parcelas de pagamento, no caso de trabalhar com empresas de con-
sultoria em design terceirizadas.
Quanto antes os problemas de projeto forem identificados, menor o impacto nega-
tivo no financeiro e no resultado final. Por isso, a importância de modelos, protótipos
e simulações para teste de ideias e propostas durante todo o projeto.
O fluxograma ao lado apresenta um processo genérico, com algumas das atividades
que podem acontecer em cada etapa. Aplica-se tanto para projetos com escritórios
de design terceirizados quanto para departamentos de design internos em uma em-
presa.
É importante ressaltar que o processo de design nem sempre acontece de forma
linear. Algumas etapas podem precisar ser repetidas de acordo com o resultado de
testes e processo de validação.

18
Conhecer as etapas de um típico processo de design é
importante para a melhor gerência e, consequentemente,
para a obtenção de resultados melhores.

PREPARAÇÃO CONCEITUAÇÃO DESENVOLVI- TESTES LANÇAMENTO


MENTO E PRODUÇÃO

• Pesquisa de • Desenvolvimento • Detalhamento • Protótipos • Distribuição


mercado de ideias
• Engenharia • Arte-final • Promoção
• Pesquisa de • Geração de
• Análise de • Testes com • Marketing
dados conceitos
viabilidade usuários
• Pesquisa de • Testes
• Análise de custos • Validação
concorrentes
• Análise de
• Materiais e
• Pesquisa viabilidade
processos de
etnográfica
fabricação
• Observação do
• Modelos,
usuário
mockups, layout
• Imersão

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Gerenciando design

Design é um processo que precisa ser planejado e gerenciado, a fim de trazer retor-
no para o seu investimento. A gestão de design implica coordenação dos recursos
(cronograma, orçamento e profissionais), para garantir o cumprimento dos objetivos
originais estabelecidos no briefing do projeto.
Para gestores que estão embarcando em um projeto de design pela primeira vez, é
importante considerar as dificuldades com a integração do projeto na empresa, no
portfólio de produtos e na gerência de cronograma e custos. Gerenciar a complexi-
dade de um projeto de design é diferente de outros negócios, mas existem alguns
princípios que podem auxiliar nesse processo:
Liderança: as decisões tomadas sobre o projeto vão impactar diretamente nos pro-
dutos e serviços oferecidos pela empresa. Portanto, eles são estratégicos. Tais deci-
sões são fundamentais e, assim, o projeto deve ser tratado em nível gerencial.
Briefing: para que o projeto de design seja bem-sucedido, ele deve ser guiado pelo
briefing de projeto. Essa ferramenta deve estabelecer claramente o problema a ser
solucionado e as expectativas de resultado para o projeto.
Dessa maneira, o documento alinha o projeto de design aos objetivos do negócio,
aumentando o potencial de sucesso comercial do projeto.
Criatividade: motor que impulsiona o projeto de design. A criatividade é a fonte de
ideias originais e onde o valor é criado. Apesar de um designer ser capaz de perceber
seu negócio e seus produtos sob novos ângulos, a criatividade não é exclusividade
desse profissional. Há uma série de ferramentas e métodos que podem facilitar o
pensamento criativo entre sua equipe e encorajar novas ideias que são próprias de
quem trabalha diretamente com um produto ou com a empresa em si. Para um
gerente, é importante saber encorajar a criatividade na sua equipe, a fim de criar um
ambiente propício à inovação.
Flexibilidade: no ambiente multifacetado de um negócio, a gestão do design tem
de ser flexível, mas sempre com foco na realização de um objetivo claro.
O designer no processo: quando o design é inserido no processo de desenvolvi-
mento de produtos apenas no final do ciclo, seu impacto fica limitado às atividades
de acabamento e imagem do produto. Limitado também fica o potencial de retorno
de investimento nessa atividade. Portanto, quanto mais cedo o designer for integra-
do ao processo de desenvolvimento de ideias e produtos, os resultados tendem a ser
mais inovadores e significativos.

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Banco R-540
Design e produção: Fetiche Design para Casa

Antecipação de barreiras: como em todo ciclo, podem aparecer bar-


reiras que dificultam a entrega de um projeto de design. Em uma pri-
meira experiência com projetos desse tipo, elas podem ser signi-
ficativas e muitas vezes só são identificadas quando se tornam
problemas. Um projeto bem gerenciado deve antecipar e prever
planos de contingência, como revisões de orçamento, prazos,
cultura interna, distanciamento do briefing original e aceitação. Há uma solução para
cada uma dessas barreiras, a habilidade está em antecipá-las.
Investimento em design: medir o retorno sobre o investimento em design é
diferente do cálculo feito sobre outros tipos de investimentos. Devido à natureza
complexa do projeto de design e da inovação, devem ser estabelecidos objetivos
e indicadores de desempenho específicos para demonstrar o retorno sobre o in-
vestimento. Por exemplo, oportunidades de mercado criadas, economia realizada,
racionalização de componentes, redução de resíduos, valor da marca etc.

“Design agrega valor mais rapidamente do


que aumenta o custo.”
Joel Spolsky

O fenômeno da Apple
Uma das referências mais comuns de bom design é a empresa Apple e os
seus produtos. O design é um dos fatores mais reconhecidos do seu suces-
so. Os produtos diferenciam-se da concorrência em termos de qualidade de
construção, apelo estético, facilidade de uso, originalidade, serviço e inova-
ção. Embora a Apple seja uma boa referência em negócios, sabe-se que é
preciso tempo e dedicação para alcançar esse nível de capacidade, tornando
o sucesso de design parte integrante da estratégia da empresa e da cultura
de trabalho. É por isso que é tão importante para as empresas envolvidas em
design pela primeira vez entenderem suas limitações imediatas, garantindo,
assim, uma experiência positiva e bem-sucedida de design.

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“Um bom design não custa. Ele vale.”
Richard H. Driehaus

Experiência: a experiência no gerenciamento de design é específica para cada em-


presa. É um conhecimento conquistado ao longo do tempo, que deve ser incorpora-
do. Para deixar de ser uma empresa sem qualquer capacidade de projeto e tornar-se
uma inovadora líder de mercado, identifique as fases pelas quais uma empresa pode
passar:
Etapa 1: design é aplicado de maneira reativa e descontinuada, com pouco conheci-
mento disponível para lidar com as atividades do setor. As etapas de projeto tendem
a ser imprevisíveis e o rendimento de resultados inconsistente.
Etapa 2: design é negligenciado como ferramenta para a inovação de produtos. Em
vez disso, é usado como auxiliar de marketing, que agrega valor por meio do aspecto
do produto, embalagem ou identidade visual. Há pouca ou nenhuma colaboração
entre departamentos e coordenação das atividades de design.
Etapa 3: um indivíduo ou departamento tem a responsabilidade formal de fazer
a gestão de design. Ele atua como uma interface para designers e outros departa-
mentos, bem como para gestores na empresa. A fim de encurtar os ciclos de de-
senvolvimento, o design é aplicado de forma proativa e torna-se uma característica
permanente do desenvolvimento de novos produtos.
Etapa 4: essas empresas têm o design como referencial e se destacam por investi-
rem em estratégias de diferenciação focadas em design. A alta administração e ou-
tros departamentos estão intimamente envolvidos com o design, que faz parte da
estratégia de negócios da empresa.

Etapa 4:
Etapa 3: design é parte da
cultura da empresa
Etapa 2: o design é integra-
do no processo de
Etapa 1: o design atua desenvolvimento de
principalmente para produtos
utilização do design
resolver aspectos
de maneira incipiente
estéticos
Linha Webstation Integrada
Design e produção: Flevix

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23
E TAMBÉM...

Inovação
O design, considerado como processo de melhoria, pode conduzir ideias originais ou
novas tecnologias e transformá-las em produtos e serviços prontos para o mercado.
As atividades de design, incluindo pesquisa, desenvolvimento criativo, prototipagem
e teste de usuários são importantes no processo de transformação, pois fazem com
que a inovação atenda às necessidades do público e conquiste valor no mercado.
Inovação em design não se limita ao desenvolvimento de novas tecnologias (ino-
vação radical). O mais comum é vê-lo aplicado na resolução de problemas e no
aperfeiçoamento dos produtos existentes (inovação incremental). Essa é uma rota
de inovação de muito sucesso para as empresas que já estabeleceram seu portfólio
de produtos e seus nichos de mercado. Nesses casos, ferramentas de design podem
ser usadas para chegar a insights sobre os hábitos e as preferências dos clientes da
empresa.

Sustentabilidade
Apesar de existir a ideia de que investimento em sustentabilidade agrega custos ao
projeto, há evidências de que esses custos são recuperados em longo ou até mes-
mo em médio prazo. Na verdade, ao se reduzir o impacto sobre o meio ambiente, é
possível também reduzir os custos de produção e de distribuição do produto. A eco-
nomia é geralmente feita na redução da perda de material durante a fabricação, nos
métodos de produção mais eficientes e nos custos de transporte reduzidos. A em-
balagem também é um item com grandes possibilidades de redução de materiais,
de custos e, consequentemente, de impacto ambiental. Para atingir esse objetivo, é
necessário efetuar uma revisão completa do projeto e desenvolver um “redesign” de
um produto ou serviço existente.
Atualmente, todo designer deve considerar o impacto ambiental de seus projetos.
No entanto, é sempre importante reforçar esses parâmetros na etapa de briefing –
caso seja uma preocupação da empresa.

“Inovação diferencia os líderes


de mercado dos seguidores.”
Steve Jobs
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“Bom design é design sustentável.”
Em uma fase inicial do processo de design, pode ser feito o cálculo do poten-
cial de economia, para adequar o projeto a conceitos mais sustentáveis. Além
da economia na produção, é possível definir as economias ambientais a serem
feitas. A assessoria de especialistas pode ajudar a determinar o real impacto am-
biental de um produto, assim como os custos associados. Isso medirá o impacto
em termos de uso de água, produção de carbono, quantidade de resíduos, con-
sumo de energia. Esse tipo de estudo vai destacar áreas prioritárias no processo
de desenvolvimento do design.

Brand e Marca
Brand/marca é a percepção que as pessoas têm da sua empresa e dos valores
que ela comunica. É um aspecto poderoso em influenciar a decisão de compra
do consumidor.
A percepção de uma marca é criada no primeiro – e em
cada contato posterior – que a empresa tem com um
potencial cliente. Pode ser por meio do uso de um de
Valores
seus produtos, experimentando o seu serviço, da lei-
Produtos
tura de material impresso, marketing ou navegando
Serviços BRAND Clientes no seu website. Toda experiência visual e tátil entre
Impressos MARCA a empresa e o cliente pode reforçar ou enfraquecer
Website os valores que você gostaria que as pessoas asso-
etc. ciassem à sua empresa.
Brand design ou design de marca trata da identificação
dos valores de sua empresa (ou o que você quer comunicar)
e da comunicação desses valores em todos os potenciais pontos de contato.
Ferramentas de design podem ser usadas para entender como os clientes per-
cebem a sua marca/empresa – informação que pode ser útil na identificação de
associações a serem potencializadas ou combatidas.
As representações visuais (gráficas) da marca devem ser consideradas
pontos de contato entre a empresa e o cliente. Website, logotipo, ti-
pologia, cores, slogan, materiais impressos e marketing são elementos
a serem planejados para reforçar a marca. Designers podem ajudá-lo
a definir os valores da sua empresa em elementos de marca a serem
Empresa: Head Engenharia usados para toda a comunicação.
Design: Straub Design
Brand design ou design de marca é uma gestão cuidadosa e deliberada de todas
as formas que uma organização chega até o cliente – a fim de melhorar a sua
percepção e posicioná-la de forma mais clara, destacada e competitiva contra os
concorrentes.

25
Design thinking
Design thinking é um termo usado para descrever uma abordagem cujo objetivo é
encontrar soluções criativas para problemas. Essa abordagem teve origem em práti-
cas de design, mas foi adaptada a ferramentas comuns para que todos possam usá-
-las. Elas podem ser agrupadas em dois tipos de objetivos: a definição do problema
(pesquisa) e a solução de problemas (criatividade).
O design thinking requer uma abordagem holística para a compreensão do pro-
blema, com o objetivo de construir uma imagem completa e de todos os fatores
que o influenciam. Os instrumentos de pesquisa visam reunir informações sobre o
contexto do problema e as demandas dos diferentes usuários de um produto ou
serviço. O objetivo é obter uma compreensão profunda dos hábitos do usuário ou
das causas profundas de um problema e articulá-los para as necessidades e expecta-
tivas do usuário. As ferramentas incluem técnicas de observação, mood boards, diá-
rios, personas, pontos de contato, mapa mental, diagrama de afinidade, entre outros.
Quanto mais ferramentas forem usadas – e de forma eficaz –, mais abrangente será
o resultado da pesquisa.
Ferramentas de criatividade são aplicadas para incentivar ideias coletivas de uma
equipe. O grupo pode incluir clientes, fornecedores ou qualquer pessoa envolvida
com o produto ou serviço. As ferramentas de criatividade ajudam a olhar para um
problema, a partir de diferentes perspectivas, e encorajam o pensamento além dele.
As ferramentas incluem: brainstorming, seis chapéus, cocriação e prototipagem, en-
tre outras.

“O novo sempre os assusta, mas a inovação


é importante nas nossas vidas. É preciso
ousar pra poder vencer.”
Celso Malzotty
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O Design Export é um programa que apoia empresas brasileiras no
desenvolvimento de soluções inovadoras e de bom design voltadas à exportação.
É um projeto da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
(Apex-Brasil) em parceria com o Centro Brasil Design.
A atuação do Design Export se dá por meio de consultorias individualizadas em
gestão do design nas empresas objetivando, não apenas o desenvolvimento de
soluções inovadoras e de bom design, mas especialmente, a criação de uma
cultura organizacional de inovação, design e exportação.

REALIZAÇÃO

FICHA TÉCNICA DA PUBLICAÇÃO

COORDENAÇÃO AGRADECIMENTOS

CENTRO BRASIL DESIGN BLU DESIGN E COMUNICAÇÃO


DANGELO DI
PRODUÇÃO EDITORIAL E TEXTOS
GRUPO CONDOR
DUCO DRIVING DESIGN STRATEGIES
MONTANA AGRICULTURE

IMAGENS QUESTTO|NÓ
ARQUIVO CENTRO BRASIL DESIGN STRAUB DESIGN

Todos os direitos quanto ao conteúdo e design deste material são de titularidade exclusiva
do Centro Brasil Design – CBD, ressalvada sua divulgação desde que citada a fonte.

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