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5. Dimensionamento de vigas
mistas de aço e concreto biapoiadas

PARTE 2

5.2. TIPOS DE VIGAS MISTAS DE AÇO E CONCRETO

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Distribuição de tensões: perfil isolado, interação parcial e interação total:

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As vigas mistas podem ser escoradas ou não escoradas. Segundo a


ABNT NBR 8800:2008, são consideradas escoradas as vigas nas quais
o componente de aço permanece praticamente sem solicitação até a
retirada do escoramento, que deve ser feita após o concreto atingir
75% da resistência característica à compressão especificada.

No dimensionamento de estruturas mistas é muito importante


verificar a condição durante a construção, porque as solicitações
impostas nessa fase podem ser diferentes da situação definitiva, e o
concreto precisa de um período para atingir sua resistência de
projeto.

É comum a dimensão do perfil de aço ser determinada por sua


capacidade de resistir isoladamente às solicitações durante a fase de
construção, incluindo o peso do concreto antes da cura.

Em construções escoradas, os elementos somente serão solicitados em conjunto, e


assim todos os esforços serão resistidos pela seção mista, e dessa forma as
deflexões serão menores que da seção isolada.
Como na fase de construção a seção não será solicitada, não há necessidade de
verificação nesta situação.

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No caso de vigas mistas não escoradas, como o concreto e os conectores não


estarão sendo solicitados na fase de construção, o perfil de aço deve ser
dimensionado de forma a suportar todos os esforços aplicados antes que o
concreto esteja curado. O peso próprio do concreto é normalmente substancial,
por isto construções não escoradas costumam gerar perfis com seções maiores que
uma mesma viga em situação escorada.

5.3. DIMENSIONAMENTO
A ABNT NBR 8800:2008 exige que vigas mistas de aço e concreto de
alma cheia biapoiadas devem ter relação entre a altura e a espessura
da alma (ℎΤ𝑡𝑤 ) inferior ou igual a 5,70 𝐸 Τ𝑓𝑦 .

Viga de alma não esbelta

Se ℎΤ𝑡𝑤 ≤ 3,76 𝐸 Τ𝑓𝑦 , a viga pode ser dimensionada em regime


plástico. Alma compacta

Se ℎΤ𝑡𝑤 > 3,76 𝐸 Τ𝑓𝑦 , a viga deve ser dimensionada em regime


elástico. Alma semi-compacta

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A) LARGURA EFETIVA
Na análise de vigas mistas, assume-se que as deformações têm uma distribuição
uniforme ao longo da largura da laje, porém isso não ocorre.
Ocorre variação das tensões normais ao longo da largura da laje. As tensões são
máximas sobre as vigas e decrescem à medida que vão se distanciando.

Segundo a ABNT NBR 8800:2008, para vigas mistas biapoiadas, a largura efetiva da
mesa de concreto, de cada lado da linha de centro da viga, deve ser igual ao menor
dos seguintes valores:

• 1/8 do vão da viga mista, considerado entre linhas de centro dos apoios;
• Metade da distância entre a linha de centro da viga analisada e a linha de
centro da viga adjacente;
• Distância da linha de centro da viga à borda de uma laje em balanço.

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B) MOMENTO FLETOR RESISTENTE DE CÁLCULO

Os possíveis estados limites últimos no sistema misto são


devidos a atuação da força cortante e do momento fletor.

Entretanto, como a mesa superior do perfil de aço


encontra-se unida à laje pelos conectores, não poderá
ocorrer flambagem lateral com torção (FLT).

Além disso, mesmo que a mesa superior esteja


comprimida, sua flambagem local (FLM) não representa
um estado limite último. Dessa forma, nas vigas mistas, o
estado limite último para o momento fletor está associado
apenas à flambagem local da alma (FLA).
É o MRd da viga mista

Em vigas mistas, a capacidade resistente ao momento


fletor positivo da seção mista pode ser calculada
considerando que:

✓ a seção de aço esteja totalmente escoada;

✓ e a laje de concreto esteja sob a tensão de compressão


equivalente a 0,85fck. Sendo o coeficiente 0,85 de fck
corresponde aos efeitos de longa duração (efeito
Rüsch).

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Construção Escorada
B.1) Vigas Mistas de alma cheia compactas (ℎΤ𝑡𝑤 ≤ 3,76 𝐸 Τ𝑓𝑦 )
podem ser dimensionadas considerando as propriedades plásticas
da seção mista.
a) Interação Completa Apenas uma linha neutra

• Linha neutra da seção plastificada na laje de concreto


Resistência da laje maior do que a resistência do perfil:
0,85. fcd . b. t c ≥ Aa . fyd
o somatório das forças resistentes de cálculo individuais (𝑄𝑅𝑑 ) dos conectores de
cisalhamento situados entre a seção de momento positivo máximo e a seção
adjacente de momento nulo:
Para garantir que a interação seja completa
Garantir que o
෍ QRd ≥ Aa . fyd os conectores devem possuir resistência
ponto frágil não
superior à menor resistência entre os
esteja na conexão.
materiais da seção mista.
Com a linha neutra na laje, o perfil de aço estará totalmente tracionado, assim a
resistência de cálculo da região tracionada do perfil será exatamente a força
resistente de cálculo do perfil:
Tad = Aa . fyd
A resistência de cálculo da região comprimida da laje será determinada
substituindo, na equação de força de resistente de cálculo de compressão da laje,
a altura da laje de concreto (𝑡𝑐 ) pela espessura da região comprimida da laje (a):
Ccd = 0,85. fcd . b. a

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posição da linha neutra


plástica na laje:
Tad = Ccd

Tad = 0,85. fcd . b. a


Tad
a= ≤ tc
0,85. fcd . b

O momento fletor resistente de cálculo será determinado multiplicando a força


resistente da região tracionada do perfil de aço (𝑇𝑎𝑑 ) pela distância até o centróide
da região comprimida da laje:
βvm é um coeficiente que leva em
a consideração a continuidade da viga mista,
MRd = βvm . Tad d1 + hF + t c − ou seja, possui diferentes valores para casos
2 de vigas biapoiadas, contínuas ou
semicontínuas. Para a situação em estudo,
vigas mistas biapoiadas, seu valor é igual a 1.

• Linha neutra no perfil de aço


A força de tração no perfil é maior do que a força
Aa . fyd ≥ 0,85. fcd . b. t c de compressão na laje.

O somatório da resistência dos conectores assume


෍ QRd ≥ 0,85. fcd . b. t c a menor resistência entre compressão da laje e
tração no perfil.

A laje estará totalmente comprimida, logo a força resistente de cálculo da região


comprimida da laje será:
Ccd = 0,85. fcd . b. 𝑡𝑐

Por equilíbrio, igualando os esforços de tração com


os de compressão atuantes na seção mista,
determinam-se os valores das forças resistentes de
cálculo das regiões tracionada e comprimida do
aço:

Ccd + Cad = Aa . fyd − Cad Tad = Ccd + Cad

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Posição da LNP no perfil:


A linha neutra plástica no perfil de aço pode estar posicionada na
alma do perfil ou em sua mesa superior. Para descobrir sua
localização, basta comparar a força resistente de cálculo da região
comprimida do aço (Cad ) com a força resistente de cálculo da mesa
do perfil (Aaf . fyd ).
✓ pois se Cad ≤ Aaf . fyd , a LNP estará na mesa superior,
✓ e caso Cad > Aaf . fyd , a LNP estará na alma do perfil.

para que a LNP esteja na mesa superior do perfil:

Cad ≤ Aaf . fyd


Cad = yp . bf . fyd
Cad
yp = t
Aaf . fyd f

Posição da LNP na alma do perfil:

Cad > Aaf . fyd

𝐶𝑎𝑑 = 𝐴𝑎𝑓 + 𝑦𝑝 − 𝑡𝑓 . 𝑡𝑤 . 𝑓𝑦𝑑

𝐶𝑎𝑑 − 𝐴𝑎𝑓 . 𝑓𝑦𝑑


𝑦𝑝 − 𝑡𝑓 =
𝑡𝑤 . 𝑓𝑦𝑑

𝐴𝑎𝑤
𝑡𝑤 =

Cad − Aaf . fyd


yp = t f + h .
Aaw . fyd

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O momento fletor resistente de cálculo quando a LNP está situada no perfil de aço
(seja na mesa superior ou na alma), será determinado em relação ao centróide da
região tracionada do perfil de aço, ou seja, multiplicando as forças resistentes das
regiões comprimidas da laje e do perfil de aço (𝑇𝑎𝑑 ) por suas respectivas distâncias
até o centróide da região tracionada do perfil.

tc
MRd = βvm Cad d − yt − yc + Ccd + hF + d − yt
2

b) Interação Parcial
Para que a interação seja considerada parcial, a resistência da laje de concreto e do
perfil de aço devem ser maiores que a resistência dos conectores.

Assim, o colapso não ocorre por esmagamento do concreto ou escoamento do aço,


como na interação total, e sim por ruptura da ligação. Desta forma, é permitido o
escorregamento entre os dois materiais, e formam-se duas linhas neutras plásticas,
uma na laje de concreto e uma no perfil de aço.

෍ QRd < Aa . fyd ෍ QRd < 0,85. fcd . b. t c

Considera-se apenas que uma parte da laje de concreto contribui na resistência da


viga mista. Com a redução da espessura de laje efetiva, do equilíbrio de forças
internas longitudinais, o valor da força resistente de cálculo da espessura
comprimida da laje será igual ao somatório das forças resistentes de cálculo
individuais dos conectores de cisalhamento:

Ccd = ෍ QRd

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A espessura da laje considerada efetiva pode ser calculada: Ccd


a=
0,85. fcd . b
A posição da linha neutra da seção plastificada medida a partir do topo do perfil de
aço:
• se a linha neutra plástica estiver na mesa
superior do perfil
𝐶𝑎𝑑
𝑦𝑝 = 𝑡
𝐴𝑎𝑓 . 𝑓𝑦𝑑 𝑓
• caso da linha neutra plástica estar situada na alma
da viga de aço
𝐶𝑎𝑑 − 𝐴𝑎𝑓 . 𝑓𝑦𝑑
𝑦𝑝 = 𝑡𝑓 + ℎ𝑤
𝐴𝑎𝑤 . 𝑓𝑦𝑑

O momento fletor resistente de cálculo é determinado:


𝑎
𝑀𝑅𝑑 = 𝐶𝑎𝑑 𝑑 − 𝑦𝑡 − 𝑦𝑐 + 𝐶𝑐𝑑 𝑡𝑐 − + ℎ𝑓 + 𝑑 − 𝑦𝑡
2

B.2. Vigas mistas de alma com 3,76 𝐸 Τ𝑓𝑦 < ℎΤ𝑡𝑤 ≤ 5,7 𝐸 Τ𝑓𝑦
Alma semi-compacta

Estas vigas mistas devem ser dimensionadas usando as propriedades elásticas da


seção mista.
como existe a possibilidade de ocorrência de flambagem local da alma em regime
inelástico, as tensões atuantes na viga mista devem ser limitadas de modo que o
regime elástico em cada material não seja ultrapassado. Assim, a tensão de tração
de cálculo na face inferior do perfil não pode ultrapassar fyd e a tensão de
compressão de cálculo na face superior da laje de concreto não pode ultrapassar
fcd.
Para o cálculo da posição da linha neutra, considera-se uma distribuição de tensões
linear na seção homogeneizada:

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a) Interação Completa
As tensões correspondentes ao momento fletor solicitante de cálculo 𝑀𝑠𝑑 devem
ser determinadas por processo elástico, com base nas propriedades da seção
mista homogeneizada:
𝜎𝑡𝑑 é a tensão de tração de cálculo na mesa
𝑀𝑠𝑑
𝜎𝑡𝑑 = ≤ 𝑓𝑦𝑑 inferior do perfil de aço;
𝑊𝑡𝑟 𝑖
𝜎𝑐𝑑 é a tensão de compressão de cálculo na face
superior da laje de concreto;
𝑀𝑠𝑑
𝜎𝑐𝑑 = ≤ 𝑓𝑐𝑑 𝛼𝐸 é a razão entre os módulos de elasticidade do
𝛼𝐸 𝑊𝑡𝑟 𝑠
aço E e do concreto Ec;

𝑊𝑡𝑟 𝑖 é o módulo resistente elástico inferior da


seção mista homogeneizada;

𝑊𝑡𝑟 𝑠 é o módulo resistente elástico superior da


seção mista homogeneizada.

As propriedades geométricas da seção mista devem ser obtidas por meio da


homogeneização teórica da seção formada pelo componente de aço e pela laje de
concreto com sua largura efetiva, dividindo essa largura pela razão modular,
ignorando-se a participação do concreto na zona tracionada.

Considera-se, portanto, que a área de concreto é convertida numa área


equivalente de aço, reduzindo sua largura efetiva (𝑏):

𝑏
𝑏𝑡𝑟 = 𝑏𝑡𝑟 é a largura transformada
𝛼𝐸

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Propriedades geométricas da seção transformada – Laje maciça

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Para o cálculo das propriedades geométricas da seção transformada para vigas


mistas com steel deck, a área da fôrma não é considerada, apenas sua altura é
levada em conta nos cálculos.

b) Interação Parcial

Na interação parcial, a tensões são determinadas como na interação total, porém o


valor de 𝑊𝑡𝑟 𝑖 é alterado para 𝑊𝑒𝑓

σ 𝑄𝑅𝑑
𝑊𝑒𝑓 = 𝑊𝑎 + 𝑊𝑡𝑟 𝑖 − 𝑊𝑎
𝐹ℎ𝑑

𝑊𝑎 é o módulo de resistência elástico inferior do perfil de aço.

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Construção Não Escorada


No caso de construções não escoradas, como o sistema misto só se manifesta após
a cura do concreto, a ABNT NBR 8800:2008 exige que o componente de aço, por si
só, deve possuir resistência de cálculo adequada para suportar todas as ações de
cálculo aplicadas antes de o concreto atingir uma resistência igual a 0,75fck.

As vigas de aço devem então ser verificadas quanto aos estados limites últimos de
flambagem lateral com torção (FLT), flambagem local da mesa comprimida (FLM) e
flambagem local da alma (FLA).

A determinação do momento fletor resistente de cálculo para os estados limites FLT,


FLM e FLA é feita de acordo com a esbeltez da alma do perfil.

Dependendo do valor do parâmetro de esbeltez λ dos componentes comprimidos


em relação a 𝜆𝑝 e 𝜆𝑟 , as seções transversais são classificadas em:

✓ Compactas: se 𝜆 ≤ 𝜆𝑝
✓ Semi-compactas: se 𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟
✓ Esbelta: se 𝜆 > 𝜆𝑟

De acordo com a ABNT NBR 8800:2008, os estados limites últimos para as vigas
mistas de aço e concreto de alma cheia e biapoiadas, serão verificados apenas
quando a alma destas vigas for não esbelta.

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• Para o estado limite FLT


𝐸
𝜆𝑝 = 1,76
𝑙𝑏 𝑓𝑦
𝜆=
𝑟𝑦

1,38. 𝐼𝑦 𝐽 27. 𝐶𝑤. 𝛽12


𝜆𝑟 = 1+ 1+
𝑟𝑦 . 𝐽. 𝛽1 𝐼𝑦

1
J é a constante de torção 𝐽= 2. 𝑏𝑓 . 𝑡𝑓3 + ℎ𝑤 . 𝑡𝑤
3
3

𝐶𝑤 é a constante de empenamento 𝐼𝑦 . (𝑑 − 𝑡𝑓 )
𝐶𝑤 =
4

𝑓𝑦 − 𝜎𝑟 . 𝑊
𝛽1 é um coeficiente definido 𝛽1 =
𝐸. 𝐽

Tensão residual de compressão:


𝜎𝑟 = 0,30𝑓𝑦

O momento fletor resistente de cálculo para o estado limite FLT:

𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = , para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝
𝛾𝑎1

𝐶𝑏 𝜆−𝜆𝑝 𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = 𝑀𝑝𝑙 − (𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟 ) ≤ , para 𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟
𝛾𝑎1 𝜆𝑟 −𝜆𝑝 𝛾𝑎1

𝑀𝑐𝑟 𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = ≤ , para 𝜆 > 𝜆𝑟
𝛾𝑎1 𝛾𝑎1

Momento de plastificação: 𝑀𝑝𝑙 = 𝑍 𝑓𝑦

Momento resistente para limite das classes semi- 𝑀𝑟 = 𝑓𝑦 − 𝜎𝑟 𝑊


compacta e esbelta:

𝐶𝑏 . 𝜋 2 . 𝐸. 𝐼𝑦 𝑡𝑤 𝐽. 𝐿2
O momento fletor de flambagem elástica (𝑀𝑐𝑟 ): 𝑀𝑐𝑟 = 2 (1 + 0,039. 𝑏
𝐿𝑏 𝐼𝑦 𝐶𝑤

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• Para o estado limite FLA e FLM

o momento fletor resistente de cálculo é dado:


𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = , para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝
𝛾𝑎1

1 𝜆−𝜆𝑝 𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = 𝛾 𝑀𝑝𝑙 − (𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟 ) 𝜆 ≤ , para 𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟
𝑎1 𝑟 −𝜆𝑝 𝛾𝑎1

𝑀𝑐𝑟 𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = ≤ , para 𝜆 > 𝜆𝑟 (não aplicável à FLA)
𝛾𝑎1 𝛾𝑎1

• Estado Limite FLM:

𝑏𝑓 Τ2 𝐸 4
𝜆= 𝜆𝑝 = 0,38 𝑘𝑐 =
𝑡𝑓 𝑓𝑦 ℎൗ
𝑡𝑤
O valor de 𝜆𝑟 é calculado de forma diferente: 0,35 ≤ 𝑘𝑐 ≤ 0,76

𝐸
𝜆𝑟 = 0,83
Para perfis soldados: (𝑓𝑦 −𝜎𝑟 )

0,69. 𝐸
𝑀𝑐𝑟 = 𝑊𝑐
𝜆²

𝐸
𝜆𝑟 = 0,83
Para perfis laminados: (𝑓𝑦 −𝜎𝑟 )Τ𝑘𝑐

0,90. 𝐸. 𝑘𝑐
𝑀𝑐𝑟 = 𝑊𝑐
𝜆²

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• Estado Limite FLA:

ℎ 𝐸 𝐸
𝜆= 𝜆𝑝 = 3,76 𝜆𝑟 = 5,70 𝑀𝑟 = 𝑓𝑦 . 𝑊
𝑡𝑤 𝑓𝑦 𝑓𝑦

Além das verificações de flambagem, em vigas mistas de alma cheia biapoiadas


com 3,76 𝐸 Τ𝑓𝑦 < ℎΤ𝑡𝑤 ≤ 5,7 𝐸 Τ𝑓𝑦 , a mesa inferior da seção mais solicitada
deve atender:

𝑀𝑆𝑑,𝐺𝑎 𝑀𝑆𝑑,𝐿
+ ≤ 𝑓𝑦𝑑
𝑊𝑎 𝑊𝑒𝑓

𝑀𝑆𝑑,𝐺𝑎 é o momento fletor solicitante de cálculo devido à ações atuantes antes da


resistência do concreto atingir 0,75fck;

𝑀𝑆𝑑,𝐿 é o momento fletor solicitante de cálculo devido à ações atuantes depois da


resistência do concreto atingir 0,75fck;

C) VERIFICAÇÃO À FORÇA CORTANTE


Em seções I fletidas em relação ao eixo central de inércia perpendicular à alma
(eixo de maior inércia), a força cortante resistente de cálculo 𝑉𝑅𝑑 é dada por:
𝑉𝑝𝑙
➢ 𝑉𝑅𝑑 = 𝛾 , para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝
𝑎1

𝜆𝑝 𝑉𝑝𝑙
➢ 𝑉𝑅𝑑 = , para 𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟
𝜆 𝛾𝑎1

𝜆𝑝 2 𝑉𝑝𝑙
➢ 𝑉𝑅𝑑 = 1,24 , para 𝜆 > 𝜆𝑟
𝜆 𝛾𝑎1

ℎ 𝑘𝑣 . 𝐸 𝑘𝑣 . 𝐸
𝜆= 𝜆𝑝 = 1,10 𝜆𝑟 = 1,37
𝑡𝑤 𝑓𝑦 𝑓𝑦

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𝑘𝑣
2
𝑎 𝑎 260
5,0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑙𝑚𝑎𝑠 𝑠𝑒𝑚 𝑒𝑛𝑟𝑖𝑗𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑖𝑠, 𝑝𝑎𝑟𝑎 > 3 𝑜𝑢 𝑝𝑎𝑟𝑎 >
ℎ ℎ ℎΤ𝑡𝑤
=
5
5+ , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠
𝑎 Τℎ 2
a é a distância entre as linhas de centro de dois enrijecedores transversais adjacentes

𝑉𝑝𝑙 é a força cortante correspondente à plastificação da alma por cisalhamento, e é


determinada:
𝑉𝑝𝑙 = 0,60. 𝐴𝑤 . 𝑓𝑦

𝐴𝑤 é a área efetiva de cisalhamento, que deve ser calculada:

𝐴𝑤 = 𝑑. 𝑡𝑤

D) DESLOCAMENTOS
O cálculo do deslocamento de vigas biapoiadas sujeitas à cargas uniformemente
distribuídas:
5 𝑞 𝐿4 Para tensão de serviço na mesa
𝛿= inferior utilizando sobrecargas de
384 𝐸 𝐼 utilização depois da cura.

O valor do momento de inércia utilizado dependerá do tipo de carregamento


aplicado e do momento de aplicação. Para carregamentos aplicados antes da cura,
utiliza-se o momento de inércia do perfil de aço. E para carregamentos aplicados
depois da cura deve ser considerado o momento de inércia efetivo dado:
𝐼𝑎 é o momento de inércia da seção do perfil
σ 𝑄𝑅𝑑 de aço isolado;
𝐼𝑒𝑓 = 𝐼𝑎 + 𝐼𝑡𝑟 − 𝐼𝑎 𝐼𝑡𝑟 é o momento de inércia da seção mista
𝐹ℎ𝑑 homogeneizada.

O valor de 𝐼𝑒𝑓 é calculado por meio da homogeneização teórica da seção mista,


dividindo a largura efetiva da laje pela razão modular. Para calcular a flecha devida
às ações permanentes de longa duração, deve-se utilizar a razão modular 𝐸 Τ𝐸𝑐 no
cálculo das propriedades elásticas da seção transformada, e para calcular a flecha
devida às ações variáveis de curta duração utiliza-se a razão modular 3𝐸 Τ𝐸𝑐 .

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A soma da flecha do perfil de aço isolado sujeito à carga permanente aplicada


antes da cura, com a flecha da viga mista sujeita à combinação rara de ações
aplicada depois da cura do concreto não exceder o valor da flecha limite:
𝐿
𝛿𝑙𝑖𝑚 =
350
No caso de construções não escoradas, a deformação elástica provocada pelas
ações que solicitam a viga de aço isolada antes da cura do concreto, pode ser
elevada. Na prática, esse problema é resolvido prevendo uma contra-flecha para a
viga de aço.

o valor da contra flecha não pode exceder a soma da flecha do perfil com a flecha
da viga mista devida à carga permanente aplicada após a cura, calculada com
razão modular 𝐸 Τ𝐸𝑐 (apenas efeito de longa duração).

Para aplicação da análise elástica é necessário comprovar que a tensão máxima


causada pelas ações de serviço não atinja a resistência ao escoamento do aço do
perfil. A tensão atuante deve ser calculada com base nas propriedades elásticas da
seção, levando-se em conta de forma apropriada os comportamentos antes e após
a cura do concreto, usando-se combinações raras de serviço.

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