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Rodada #2

Direito Administrativo
Professor Carlos Antônio Bandeira

Assuntos da Rodada

NOÇÕES DIREITO ADMINISTRATIVO: 1 Noções de organização administrativa. 2

Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada. 2.1 Legislação

administrativa: Administração direta, indireta, e fundacional. 3 Poderes

administrativos. 3.1 Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. 3.2 Uso e abuso

do poder. 4 Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies.

4.1 Legislação administrativa: Atos administrativos. 5 Agentes públicos. 5.1 Espécies e

classificação. 5.2 Cargo, emprego e função públicos. 5.3 Lei n. 8.112/1990 e alterações:

regime disciplinar (deveres e proibições, acumulação, responsabilidades, penalidades).

5.4 Requisição. 5.5 Regime jurídico dos servidores públicos federais: admissão,

demissão, concurso público, estágio probatório, vencimento básico, licença,

aposentadoria. 6 Lei n. 8.429/1992: das disposições gerais, dos atos de improbidade

administrativa. 7 Licitação. 7.1 Princípios, dispensa e inexigibilidade. 7.2 Modalidades.

7.3 Lei n. 8.666/1993. 8 Controle e responsabilização da administração. 8.1 Controles

administrativo, judicial e legislativo. 8.2 Responsabilidade civil do Estado.


DIREITO ADMINISTRATIVO

Recados importantes!

Ø Nesta rodada, você acompanhará a continuação aos temas de Administração

Pública, com foco nas entidades da Administração indireta. Após o

treinamento nos assuntos de hoje, você irá adquirir cada vez mais recursos para

adentrar nos tópicos das rodadas subsequentes.

Ø Tente cumprir as metas na ordem que determinamos. É fundamental para o

perfeito aproveitamento do treinamento.

Ø Lembre-se que você poderá fazer mais questões dos assuntos de hoje no teste

semanal, liberado ao final da rodada.

Ø Qualquer problema com a meta, envie uma mensagem para o WhatsApp oficial

da Turma de Elite (35) 9106 5456.

Abraços e excelentes estudos!

Carlos Antônio Bandeira

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DIREITO ADMINISTRATIVO

a. Teoria

Entidades da Administração indireta

1. Criação de entidades da Administração indireta - A criação de entidades da

Administração indireta sempre depende de lei específica, conforme art. 37, XIX,

da CF): “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a

instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,

cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”.

Vejamos :

a) Autarquias: a lei específica as cria diretamente. A personalidade jurídica

da autarquia é adquirida por força da própria lei;

b) Empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações

públicas: a lei específica somente autoriza sua criação. Por tratar de

pessoas jurídicas de direto privado, deve o Poder Executivo providenciar o

registro dos respectivos atos constitutivos em cartório competente para a

aquisição da personalidade jurídica (art. 37, XIX, da CF, combinado com o

art. 45, “caput”, do Código Civil1).

1.1. Atenção: as fundações públicas podem ser de duas espécies:

a) fundações públicas de direito privado: são pessoas

jurídicas de direito privado, cuja criação é autorizada por lei

específica, conforme expressa previsão do art. 37, XIX, da CF,

dependendo do registro dos respectivos atos constitutivos

para aquisição de personalidade jurídica (art. 45, “caput”, do

Código Civil); e

1
Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002.

3

DIREITO ADMINISTRATIVO

b) fundações públicas de direito público (fundações

autárquicas ou autarquias fundacionais): consideram-se

pessoas jurídicas de direito público, não expressamente

previstas na Constituição, mas por construção

doutrinária e jurisprudencial (inclusive do STF). São

diretamente criadas por lei específica, com aquisição de

personalidade jurídica desde a publicação. Essas fundações

são consideradas “espécie do gênero autarquia”.

2. Princípio da especialização (ou da especialidade): por esse princípio, “um ente

federado ⎯ União, estados, Distrito Federal ou municípios ⎯ edita uma lei por força

da qual competências especificas, nela discriminadas, que originariamente foram

atribuídas à pessoa política, passarão a ser exercidas por outra pessoa jurídica,

meramente administrativa (uma entidade integrante de sua administração indireta),

no pressuposto teórico de que tal especialização permitirá um desempenho dessas

competências melhor do que aquele que se obteria caso elas permanecessem sob

incumbência de órgãos da administração direta daquele ente federado” (MARCELO

ALEXANDRINO e VICENTE PAULO).

3. Extinção de entidades da Administração indireta – A extinção das entidades

da Administração indireta deve seguir a mesma sistemática observada em sua

criação ⎯ princípio da simetria das formas jurídicas ⎯, qual seja, mediante a

edição de lei específica.

3.1. Iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo: na esfera federal, a

iniciativa do projeto de lei é privativa Presidente da República para tratar de

criação e extinção, com fundamento no art. 61, § 1º, “e”, da CF: “criação e

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DIREITO ADMINISTRATIVO

extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto

no art. 84, VI”.

3.1.1. Atenção: na aplicação do art. 61, § 1º, “e”, da CF, o termo “órgãos”

deve ser interpretado no sentido amplo, para efeitos de

reconhecer a competência privativa do Presidente da República

para apresentar projeto de lei que verse sobre criação e extinção de

entidades da Administração Pública indireta.

3.1.2. Simetria: conforme entendimento do STF, aplica-se a simetria de

competências do Chefe do Poder Executivo federal aos Chefes dos

outros entes da Federação ⎯ Estados-Membros, Distrito Federal e

Municípios ⎯, repetindo o modelo de tripartição de Poderes

previsto pelo legislador constituinte.

3.1.3. Competência dos outros Poderes: eventual criação ou extinção de

entidades da Administração indireta, nos Poderes Legislativo e

Judiciário ⎯ conforme o art. 37, “caput”, da CF: “A administração

pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (...)” ⎯, cumpre aos

respectivos Chefes de Poder, e não ao Presidente da República

(MARCELO ALEXANDRINO e VICENTE PAULO).

3.1.4. Criação e extinção de subsidiárias, e participação social em

empresas privadas: trataremos desses assuntos mais adiante, ao

chegarmos nas empresas públicas e sociedades de economia mista,

quando examinaremos a regra do art. 37, XX, da CF, “depende de

autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das

entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação

de qualquer delas em empresa privada”.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Autarquias

4. Autarquias – São pessoas jurídicas de direito público interno criadas por lei

específica, integrantes da Administração Pública indireta, com patrimônio próprio

e autonomia administrativa ⎯ capacidade de autoadministração ⎯, para exercício

de competências estatais determinadas.

4.1. Descentralização administrativa de serviço público típico: a criação de

autarquia personifica um serviço público típico retirado da Administração

Pública centralizada, que exija especialização, com organização própria,

administração mais ágil e pessoal especializado, como prestação de serviços

públicos em sentido amplo, realização de atividades de interesse social e

desempenho de atividades que envolvam prerrogativas públicas, como o

poder de polícia. Ex.: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Banco

Central do Brasil (BACEN), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) etc.

4.1.1. Atenção: as atividades econômicas em sentido estrito são destinadas

às empresas púbicas, sociedades de economia mista e suas

subsidiárias (art. 173 da CF, e art. 2o da Lei n. 13.303, de 30 de junho

de 20162), e não às autarquias.

Lei n. 13.303, de 2016:

“Art. 2o A exploração de atividade econômica pelo Estado será


exercida por meio de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias.”

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Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no
âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

4.2. Aquisição de personalidade jurídica: por ser pessoa jurídica de direito

público, a personalidade jurídica da autarquia inicia-se com a vigência da lei

que a institui, inexistindo necessidade de inscrição de atos em registro

público, exigência exclusiva para pessoas jurídicas de direito privado (art. 45

do Código Civil).

4.2.1. Cuidado: os decretos de "instalação" ou "implantação" têm

finalidade de aprovar e veicular o regulamento da entidade,

estrutura regimental, quadro de cargos e funções, ou autorizar

Ministro de Estado, ou a própria diretoria da entidade, a aprovar o

regimento interno da autarquia etc., mas não conferem

personalidade jurídica à autarquia.

4.2.2. Definição do Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 19673:

esse diploma, hoje com o status de lei ordinária, foi destinado, em

sua origem, à disciplina do Poder Executivo federal:

“Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade


jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas
da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.”

5. Controle finalístico, tutela ou supervisão – As autarquias estão sujeitas, na

forma da lei específica, ao controle finalístico, tutela, ou supervisão, exercidos

pela pessoa jurídica que a criou.


3
Dispõe sôbre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras
providências.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

5.1. Atenção: não há hierarquia entre a autarquia e o ente federado que a

instituiu. Na verdade, há vinculação da autarquia perante a pessoa pública

instituidora sob a forma do controle finalístico.

6. Espécies de autarquias – Conforme construções jurisprudenciais e da lei,

destacam-se quatro espécies de autarquia:

a) Autarquia "comum" ou "ordinária": não apresenta nenhuma

peculiaridade em relação ao regime geral;

b) Autarquia "sob regime especial": seu regime jurídico apresenta

peculiaridades em relação às "comuns". As particularidades podem variar,

de acordo com cada lei específica. Citem-se as formas conhecidas:

• Agências reguladoras: possuem atribuições técnicas para exercer,

com relativo grau de autonomia perante o Poder Executivo,

regulação de determinado setor da economia, inclusive serviços

públicos objeto de exploração econômica. Na esfera federal, todas

as agências reguladoras são “autarquias sob regime especial”. Não

há regra constitucional que determine que a atividade de regulação

seja exercida por autarquias. Inclusive, não há, na CF, menção literal

a "agências reguladoras";

• Agências executivas: essa qualificação pode ser conferida às

autarquias em geral ⎯ e também às fundações públicas ⎯ que

celebrem o chamado contrato de gestão com o Poder Público (art.

37, § 8o, da CF), uma vez atendidos requisitos fixados pela Lei n.

9.649, de 27 e maio de 1998.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

→ Contrato de gestão: cria metas de desempenho para a

entidade ⎯ autarquia ou fundação pública ⎯, que se

compromete a cumpri-las, nos prazos estipulados, fazendo

jus, em contrapartida, a ampliação de autonomia gerencial,

orçamentária e financeira ampliada.

c) Autarquia fundacional (ou fundação autárquica): conforme já

mencionamos em nosso material, trata-se de fundação pública instituída

diretamente por lei específica, com personalidade jurídica de direito

público. Conceitualmente, a fundação pública é constituída por patrimônio

personalizado destinado a uma finalidade determinada de interesse social,

enquanto que as autarquias, propriamente ditas, são serviço público

personificado, em regra, tipicamente estatal;

d) Associações públicas: são espécie de autarquia indicadas no art. 41, IV, do

Código Civil, o qual define, como pessoas jurídicas de direito público

interno: “as autarquias, inclusive as associações públicas". De acordo com o

art. 1o, § 1o , a Lei n. 1.107, de 6 de abril de 20054, “O consórcio público

constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado”. No

primeiro caso, o consórcio assumirá, portanto, o formato de associação

pública (que é uma das espécies autárquicas).

7. Conselhos fiscalizadores de profissões regulamentadas – Conforme

entendimento pacificado pelo STF, esses conselhos têm natureza de autarquia

federal. Ex.: Conselhos Federal e Regionais de Medicina, Conselhos Federal e

Regionais de Contabilidade, Conselhos Federal e Regionais de Economia, etc.


4
Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

7.1. Cuidado: por decisões do STF, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

não se enquadra como um desses conselhos, ainda que parte significativa

das funções exercidas sejam basicamente as mesmas desempenhadas pelos

conselhos fiscalizadores de profissões regulamentadas. O STF qualificou a

OAB como "serviço público independente", não integrante da

Administração Pública, nem passível de ser classificada em categoria

alguma prevista em nosso ordenamento jurídico.

8. Patrimônio de autarquia – É constituído a partir da transferência de bens,

móveis e imóveis, do ente federado que a criou, os quais passam a pertencer à

nova entidade. Com a extinção da autarquia, a integralidade de seu patrimônio é

reincorporada ao ativo da pessoa política a que ela estava vinculada.

8.1. Bens públicos: os bens autárquicos são bens públicos, conforme art. 98

do Código Civil, por isso, possuem privilégios e restrições específicas:

a) Imprescritibilidade: não podem ser adquiridos mediante usucapião.

b) Impenhorabilidade: a execução judicial por dívida contra autarquias

sujeita-se ao regime de precatórios.

c) Licitação e autorização legal para alienação de imóveis: há

necessidade de autorização legislativa para a alienação de imóveis, e,

em regra, mediante prévia licitação.

Código Civil:

“Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às


pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são
particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.”

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DIREITO ADMINISTRATIVO

9. Atos e contratos de autarquias – Em regra, os atos e contratos das autarquias

têm as mesmas peculiaridades dos atos e contratos da Administração direta.

9.1. Atos administrativos: a verificação de legitimidade para sujeita-os aos

mesmos requisitos de validade (competência, finalidade, forma, motivo e

objeto), e são dotados dos mesmos atributos (presunção de legitimidade,

imperatividade e autoexecutoriedade).

9.2. Contratos administrativos: ao contratar obras, serviços, compras e

alienações com terceiros, as autarquias sujeitam-se ao mesmo regime

jurídico predominantemente de direito público aplicável a todos os

contratos administrativos, inclusive à exigência de licitação prévia, salvo

exceção expressa estabelecida em lei (art. 37, XXI, da CF).

10. Orçamento de autarquias – Em sua forma, o orçamento das autarquias é

idêntico ao dos órgãos da Administração direta. Suas receitas e despesas

integram o orçamento fiscal, parte integrante da lei orçamentária anual.

10.1. Lei orçamentária anual: deve compreender o orçamento fiscal dos

Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta

e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público (art.

165, § 5o, I, da CF).

11. Regime de pessoal de autarquias – As autarquias estão sujeitas à observação

das seguintes regras de regime público: a) nomeação e exoneração de dirigentes;

b) regime jurídico único; b) obrigatoriedade de concurso público de provas e

provas e títulos; e d) vedações constitucionais de cumulação de cargos, empregos

e funções públicas.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

11.1. Nomeação e exoneração de dirigentes: a investidura dos dirigentes

autárquicos deve ser a prevista na lei instituidora respectiva.

11.1.1. Nomeação:

a) na esfera federal: a competência para nomeação é privativa

do Presidente da República (art. 84, XXV, da CF);

b) nas demais esferas: por simetria, compete privativamente

aos Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e aos

Prefeitos Municipais.

11.1.2. Prévia aprovação pelo Senado:

a) na esfera federal: o nome escolhido pelo Presidente da

República pode sujeitar-se à aprovação prévia do Senado (CF,

art. 84, XIV), por expressa previsão legal (art. 52, III, "f', da CF),

a exemplo da nomeação de dirigentes das agências

reguladoras federais; e, em alguns casos, a exigência é

prevista na própria CF, como é no caso de nomeação para

cargos de presidente e diretores do BACEN e de Procurador-

Geral da República (art. 52, III, "d" e "e", da CF);

b) nas demais esferas: o entendimento pacífico do STF possui

dois aspectos:

• nomeação: admite que lei local condicione a

nomeação de dirigentes de autarquias e fundações

públicas à prévia aprovação do respectivo Poder

Legislativo, por simetria à CF, sem que isso configure

afronta à separação dos Poderes;

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DIREITO ADMINISTRATIVO

• exoneração: considerou inconstitucional a exigência

de aprovação legislativa prévia para a exoneração de

dirigentes de entidades da administração indireta pelo

Chefe do Poder Executivo, por afronta ao princípio da

separação dos Poderes.

11.2. Regime jurídico único: está em vigor a redação original do art. 39 da CF,

que determina que todos os entes federativos ⎯ União, Estados, Distrito

Federal e Municípios ⎯ instituam regime jurídico único para seus

servidores da Administração direta, autárquica e fundacional,

visando à uniformização do regime jurídico funcional aplicável a todos os

agentes públicos permanentes de uma mesma entidade federativa.

11.2.1. Atenção: a redação do art. 39 da CF, alterada pela Emenda à

Constituição n. 19, de 1998, excluía a exigência de regime jurídico

único, todavia, essa modificação teve sua eficácia suspensa pelo

STF, mediante cautelar deferida em 2 de agosto de 2007, com

efeitos prospectivos (“ex nunc”) ⎯ a partir da decisão ⎯, tendo em

vista o descumprimento da regra de aprovação em dois turnos pela

Câmara dos Deputados (art. 60, § 2o, da CF), o que importa em

inconstitucionalidade formal do processo legislativo de aprovação

da emenda à Constituição. Logo, está em vigor o regime jurídico

único previsto na redação original do art. 39 da CF.

11.3. Obrigatoriedade de concurso público de provas e provas e títulos:

expressamente previsto no art. 37, II, da CF.

11.4. Vedação de acumulação remunerada de cargos, empregos e funções

públicas: conforme art. 37, XVII, da CF.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

12. Controle judicial: as autarquias estão sujeitas, da mesma forma que a

Administração direta, a irrestrito controle judicial de legalidade e legitimidade,

corretivo ou preventivo, mediante provocação por parte de algum legitimado, das

seguintes formas:

a) vias ordinárias: como é o caso da ação de indenização;

b) vias especiais: mediante ajuizamento de ação popular, mandado de

segurança, ação civil pública etc.;

c) controle judicial de atos de autoridade: seus agentes, ao praticarem

atos de autoridade, tornam-se passíveis de controle judicial de

legalidade mediante mandado de segurança.

13. Foro competente – Vejamos as regras diversas a respeito da competência para

processar e julgar processos relativos a autarquias.

13.1. Justiça Federal: é competente para processar e julgar:

a) Causas comuns: sendo autarquias federais autoras, rés,

assistentes ou opoentes (art. 109, I, da CF);

b) Mandados de segurança: contra atos praticados por agentes de

autarquias federais (art. 109, VIII, da CF).

13.2. Domicílio do autor, local do ato ou fato, ou Distrito Federal: conforme

entendimento do STF, aplica-se às autarquias federais a regra de

competência vazada no do art. 109, § 2o, da CF: "as causas intentadas

contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for

domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu

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DIREITO ADMINISTRATIVO

origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito

Federal".

13.3. Justiça Estadual: não há norma específica para autarquias estaduais e

municipais. Suas causas são processadas e julgadas na Justiça Estadual,

inclusive os mandados de segurança impetrados contra atos coatores de

seus agentes públicos.

13.4. Questões específicas de competência:

a) Servidores estatutários: os litígios funcionais entre servidores

públicos estatutários e autarquia federal serão processados e

julgados pela Justiça Federal. Se forem servidores públicos

estatutários de autarquia estadual ou municipal, as questões

funcionais serão processadas e julgadas na Justiça Estadual;

b) Agentes públicos contratados por tempo determinado: são

contratados para atender necessidade temporária de excepcional

interesse público (art. 37, IX, da CF). Segundo o STF, esses

servidores têm com a Administração Pública relação funcional de

direito público, de natureza jurídico-administrativa, e não

trabalhista. Seguem a mesma regra da alínea “a”;

c) Empregados públicos: são regidos pelo regime trabalhista da

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Os litígios entre o

trabalhador e a autarquia (federal, estadual ou municipal) serão

processados e julgados pela Justiça do Trabalho (art. 114 da CF).

14. Privilégios processuais: as autarquias gozam de privilégios processuais próprios

da Fazenda Pública:

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DIREITO ADMINISTRATIVO

a) prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais,

salvo se houver prazo próprio diverso a elas aplicável,

expressamente estabelecido em lei (art. 183 do CPC);

b) isenção de custas judiciais, ressalvada a obrigação de reembolsar

as despesas judiciais feitas pela parte vencedora (art. 4o, I e

parágrafo único, da Lei n. 9.289, de 1996);

c) dispensa de exibição de instrumento de mandato em juízo,

pelos procuradores de seu quadro de pessoal, para a prática de

atos processuais (art. 287, parágrafo único, III, do CPC, e art. 9o da

Lei 9.469, de 1997) ;

d) dispensa de preparo, inclusive porte de remessa e de retomo, e

de depósito prévio, para a interposição de recursos (art. 1.007, §

1o, do CPC, e art. 1o-A da Lei 9.494, de 1997);

e) não sujeição a concurso de credores ou à habilitação em

falência, liquidação, recuperação judicial, inventário ou

arrolamento, para cobrança de seus créditos; salvo concurso de

preferência entre pessoas jurídicas de direito público, com

prioridade para as federais, seguidas das estaduais e distritais e,

por último, as municipais (arts. 1o, 2o, § 1o, e 29 da Lei 6.830, de

1980);

f) duplo grau de jurisdição obrigatório (remessa necessária,

mesmo que não tenha havido recurso voluntário), caso em que

a sentença proferida contra a União, Estados, Distrito Federal e

Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito

público, ou que julgar procedentes, no todo ou em parte, os

embargos à execução fiscal, está sujeita ao duplo grau de jurisdição

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DIREITO ADMINISTRATIVO

obrigatório, não produzindo efeito senão depois de confirmada

pelo tribunal (art. 496, I e II, do COC). Obs.: se o juiz não cumprir a

remessa obrigatória, caberá ao presidente do tribunal avocar os

autos (art. 496, § 1o, do CPC);

• Atenção: conforme expressa previsão do art. 496, §§ 3o e 4o, do

CPC, não se aplica a obrigatoriedade do duplo grau de

jurisdição quando:

i) a condenação ou o proveito econômico obtido na

causa for de valor certo e líquido for inferior a:

- 1.000 salários mínimos para a União e respectivas

autarquias e fundações de direito público;

- 500 salários mínimos para os Estados, Distrito

Federal, respectivas autarquias e fundações de

direito público, e Municípios que sejam capital de

Estado; e

- 100 salários mínimos para os demais Municípios e

respectivas autarquias e fundações de direito

público.

ii) a sentença estiver fundada em:

- súmula de tribunal superior;

- acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em

julgamento de recursos repetitivos;

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DIREITO ADMINISTRATIVO

- entendimento firmado em incidente de resolução de

demandas repetitivas ou de assunção de

competência; e

- entendimento coincidente com orientação vinculante

firmada no âmbito administrativo do próprio ente

público, consolidada em manifestação, parecer ou

súmula administrativa.

g) regime de precatórios judiciários de sentenças condenatórias

de pagamento transitadas em julgado (art. 100 da CF), exceto

quando se tratar de pagamento de obrigações definidas em leis

como de pequeno valor. Por isso, os bens de uma autarquia que

esteja sofrendo execução judicial por dívida não se sujeitam a

penhora, logo, não podem ser compulsoriamente alienados

para a satisfação do direito do credor.

15. Prescrição quinquenal – Estão sujeitos ao prazo de prescrição de cinco anos

as dívidas e os direitos em favor de terceiros contra autarquia (art. 1o do Decreto

20.910, de 1932 , e art. 2o do Decreto-Lei n. 4.597, de 1942). A cobrança além do

prazo prescricional acarreta a extinção do seu direito de ação.

15.1. Interrupção de prescrição: só pode ocorrer uma vez e, cessada a causa

da interrupção, o prazo prescricional contra a autarquia recomeça a

correr pela metade (arts. 8o e 9o do Decreto n. 20.910, de 1932, art. 3o do

Decreto-Lei n. 4.597, de 1942).

15.2. Atenção: “A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr, por

dois anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém

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DIREITO ADMINISTRATIVO

de cinco anos, embora o titular do direito a interrompa durante a primeira

metade do prazo” (Súmula n. 383/STF).

16. Imunidade tributária reciproca – Essa imunidade veda a instituição de impostos

sobre o seu patrimônio, rendas e serviços que elas prestem, desde que estejam

vinculados a suas finalidades essenciais ou a objetivos que destas decorram (art.

150, VI, "a", e § 2o, da CF).

16.1. Ampliação: a jurisprudência do STF tem apontado que a imunidade

também alcança a exploração de atividades estranhas aos objetivos da

autarquia, desde que a renda decorrente dessa exploração seja

integralmente destinada à manutenção ou ampliação das finalidades

essenciais da entidade.

17. Responsabilidade civil (ou extracontratual) – As autarquias respondem pelos

danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o

direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa (art. 37, §

6o, da CF).

17.1. Responsabilidade objetiva (modalidade "risco administrativo"): a

autarquia deve indenizar danos ⎯ patrimoniais ou morais ⎯ que seus

agentes, atuando nesta qualidade, causem a terceiros,

independentemente de dolo ou culpa do agente, salvo se comprovar a

existência de:

a) culpa exclusiva da vítima; ou

b) excludente juridicamente admitida (ex.: força maior).

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DIREITO ADMINISTRATIVO

17.2. Responsabilidade subjetiva em ação regressiva (modalidade “culpa

comum”): caso seja condenada a indenizar, a autarquia possui ação

regressiva contra o agente causador do dano, que será julgada

procedente se a entidade provar que este agiu com dolo ou culpa.

Fundações Públicas

18. Fundações – As fundações são originadas do direito privado, como sendo a

personificação de um patrimônio ao qual é atribuída uma finalidade específica

não lucrativa, de cunho social, mediante iniciativa particular do instituidor ⎯

pessoa física ou jurídica ⎯, que destaca determinados bens de seu patrimônio e

lhes atribui personalidade jurídica para a atuação na persecução dos fins sociais

definidos no respectivo estatuto.

19. Fundações públicas – São constituídas pela personificação de patrimônio

público. em que a figura do instituidor é uma pessoa política, que faz a

dotação patrimonial e destina recursos orçamentários para a manutenção da

entidade, cujo objeto deve ser uma atividade de interesse social, sem fins

lucrativos ⎯ educação, assistência médica e hospitalar, assistência social,

pesquisa científica, defesa do meio ambiente, atividades culturais etc. ⎯,

conforme alguns exemplos: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

(CNPq), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Fundação Escola Nacional de

Administração Pública (ENAP) etc.

19.1. Administração indireta: como já mencionamos em nosso curso, as

fundações públicas podem ser pessoa jurídica de direito privado ⎯

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DIREITO ADMINISTRATIVO

autorizadas por lei específica e criadas mediante registro dos atos

constitutivos ⎯ ou pessoa jurídica de direito público sob regime

autárquico ⎯ quando diretamente criadas por lei específica de qualquer das

entidades federativas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios. A CF não

faz distinção entre ambas. Obs.: encontramos conceito legal, como

entidade da Administração indireta federal, no art. 5o, IV, do Decreto-

Lei n. 200, de 1967, com a redação dada pela Lei n. 7.596, de 1987:

“IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de


direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização
legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por
órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa,
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e
funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.”

19.2. Atenção: as atividades de exploração econômica ⎯ lucrativas ⎯ não

são destinadas a fundações públicas, mas a empresas públicas,

sociedades de economia mista e respectivas subsidiárias (art. 173 da

CF).

19.3. Lei complementar: ainda não ocorreu a edição de lei complementar

de caráter nacional prevista no art. 37, XIX, da CF: “somente por lei

específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa

pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei

complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”.

20. Fundação pública de direito público (fundação autárquica) e autarquia – A

segunda é um patrimônio personalizado destinado a uma finalidade

determinada de interesse social e não lucrativo. A primeira é definida como um

serviço público personificado. O regime jurídico de ambas é idêntico,

21

DIREITO ADMINISTRATIVO

inclusive em relação aos poderes, privilégios e restrições que a ordem

jurídica confere às autarquias.

21. Fundação pública de direito privado – Possui as seguintes características que a

distingue:

a) só adquirem personalidade jurídica com a inscrição dos seus

atos constitutivos no registro público competente (art. 45 do

Código Civil);

b) não podem desempenhar atividades que exijam o exercício de

poder de império, especialmente a prática de atos pertinentes ao

poder de polícia e de outros atos imperativos ou autoexecutórios

(ex.: imposição de sanções administrativas a particulares);

c) não têm poder normativo (não podem editar atos gerais e

abstratos que obriguem os particulares);

d) seus bens não são juridicamente classificados como bens

públicos, mas aqueles que estiverem sendo diretamente

empregados na prestação de serviços públicos podem, por força do

princípio da continuidade dos serviços públicos, estar sujeitos a

regras de direito público, tais como a impenhorabilidade;

e) não gozam dos privilégios processuais outorgados à Fazenda

Pública;

f) não estão sujeitas ao regime de precatórios judiciários do art.

100 da CF;

22

DIREITO ADMINISTRATIVO

g) não têm a prerrogativa de cobrar suas dívidas mediante o

processo especial de execução judicial da Lei n. 6.830, de 1980;

h) não podem ser sujeitos ativos tributários (não podem exigir

tributos). Se determinada receita tributária for destinada ao custeio

de uma fundação pública com personalidade jurídica de direito

privado, a cobrança tributária deve ser efetuada por uma pessoa

jurídica de direito público, que lhe repassará os valores

arrecadados).

22. Foro competente – Vejamos as regras pertinentes ao juízo competente para

processar e julgar ações de fundações públicas.

22.1. Fundações públicas de direito público (lembre-se: são espécie de

autarquia):

a) se forem federais: têm foro na Justiça Federal, exceto das ações

de falência, acidentes de trabalho e sujeitas à Justiça Eleitoral e à

Justiça do Trabalho (art. 109, I, da CF).;

b) se forem estaduais ou municipais: o foro será o da Justiça

Estadual.

22.2. Fundações públicas de direito privado:

a) Justiça Estadual: a corrente majoritária da doutrina interpreta que

suas causas estão sujeitas à Justiça Estadual, tendo em vista que as

normas constitucionais de competências do Poder Judiciário não

admitem interpretação extensiva. O art. 109, I, da CF, restringiu-se a

mencionar a "União, entidade autárquica ou empresa pública federal",

23

DIREITO ADMINISTRATIVO

silenciando-se com relação às fundações públicas de direito

privado;

b) Justiça do Trabalho: nas questões de trabalho entre empregado

público e fundação pública ⎯ regidas pela CLT ⎯, a competência

será da Justiça do Trabalho, em todas as espécies de fundação

pública, de qualquer ente da Federação (art. 114 da CF).

23. Ministério Público – A corrente majoritária da doutrina interpreta que o art. 66

do Código Civil não se aplica a nenhuma espécie de fundação pública, apenas

a fundações privadas.

“Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.”

24. Fundações privadas – As fundações privadas não integram a Administração

Pública. O art. 62, parágrafo único, do Código Civil, define suas áreas de atuação:

assistência social; cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e

artístico; educação; saúde; segurança alimentar e nutricional; defesa, preservação

e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;

(g) pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas,

modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e

conhecimentos técnicos e científicos; promoção da ética, da cidadania, da

democracia e dos direitos humanos; e atividades religiosas.

a. Mapas mentais

24

DIREITO ADMINISTRATIVO

25

DIREITO ADMINISTRATIVO

26

DIREITO ADMINISTRATIVO

b. Revisão 1

QUESTÃO 1 - CESPE - AUXILIAR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO - ÁREA

ADMINISTRATIVA - TCE-PA - 2016

Compõem a administração indireta os órgãos públicos internos, as autarquias, as

empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações públicas.

QUESTÃO 2 - CESPE - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - TC-DF -2014

Em virtude do princípio da reserva legal, a criação dos entes integrantes da administração

indireta depende de lei específica.

QUESTÃO 3 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TI - STJ - 2015

É defesa aos Poderes Judiciário e Legislativo a criação de entidades da administração

indireta, como autarquias e fundações públicas.

QUESTÃO 4 - CESPE – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - MPOG - 2015

A administração pública indireta, na esfera federal, compreende as entidades dotadas de

personalidade jurídica de direito público e privado, as quais mantêm relação de

subordinação e controle hierárquico com os ministérios com os quais guardam

pertinência.

QUESTÃO 5 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPOG - 2015

27

DIREITO ADMINISTRATIVO

A criação de pessoa jurídica de direito privado integrante da administração pública dá-se

por meio da inscrição de seus atos constitutivos no registro público competente, desde

que haja autorização legal.

QUESTÃO 6 – CESPE - STJ - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA - STJ - 2015

O princípio da especialidade na administração indireta impõe a necessidade de que conste,

na lei de criação da entidade, a atividade a ser exercida de modo descentralizado.

QUESTÃO 7 - CESPE - AUDITOR - FUB - 2015

As autarquias territoriais não detêm autonomia política.

QUESTÃO 8 - CESPE - ANALISTA DO MPU - MPU - 2015

A criação de autarquia é uma forma de descentralização por meio da qual se transfere

determinado serviço público para outra pessoa jurídica integrante do aparelho estatal.

QUESTÃO 9 - CESPE - TÉCNICO DO MPU - SEGURANÇA INSTITUCIONAL E TRANSPORTE -

MPU - 2015

O instrumento adequado para a criação de autarquia é o decreto, pois o ato é de natureza

administrativa e de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo.

QUESTÃO 10 - CESPE - TÉCNICO DO MPU - SEGURANÇA INSTITUCIONAL E TRANSPORTE

- MPU - 2015

28

DIREITO ADMINISTRATIVO

Autarquia é entidade dotada de personalidade jurídica própria, com autonomia

administrativa e financeira, não sendo possível que a lei institua mecanismos de controle

da entidade pelo ente federativo que a criou.

29

DIREITO ADMINISTRATIVO

c. Revisão 2

QUESTÃO 11 - CESPE - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ANTAQ - 2014

As entidades administrativas, como as autarquias, são pessoas jurídicas de direito público

interno, detentoras de autonomia política e financeira e de autorregulação.

QUESTÃO 12 - CESPE - ANALISTA ADMINISTRATIVO - ANTAQ - 2014

Embora as autarquias não estejam hierarquicamente subordinadas à administração

pública direta, seus bens são impenhoráveis e seus servidores estão sujeitos à vedação de

acumulação de cargos e funções públicas.

QUESTÃO 13 - CESPE - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ICMBIO - 2014

As autarquias integram a administração indireta e, por isso, não possuem patrimônio.

QUESTÃO 14 – CESPE - PROCURADOR DO MUNICÍPIO - PREFEITURA DE FORTALEZA (CE)

- 2017

Ao instituir programa para a reforma de presídios federais, o governo federal

determinou que fosse criada uma entidade para fiscalizar e controlar a prestação dos

serviços de reforma. Nessa situação, tal entidade, devido à sua finalidade e desde que

criada mediante lei específica, constituirá uma agência executiva.

QUESTÃO 15 - CESPE - AUDITOR - TCE-RN - 2015

30

DIREITO ADMINISTRATIVO

Os conselhos profissionais, com exceção da OAB, têm personalidade jurídica de direito

privado, detêm poder de polícia e gozam de imunidade tributária.

QUESTÃO 16 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - TJ-SE - 2014

Pode ser qualificada como agência executiva a autarquia que tenha plano estratégico

de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento e que celebre

contrato de gestão com órgão do governo federal.

QUESTÃO 17 - CESPE - ANALISTA LEGISLATIVO - CÂMARA DOS DEPUTADOS - 2014

A exploração de atividade econômica pela administração pública requer a instituição

de uma autarquia.

QUESTÃO 18 - CESPE - ADMINISTRADOR - FUB - 2015

As fundações públicas de personalidade jurídica de direito público, na área federal, são

entidades da administração direta.

QUESTÃO 19 - CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO - FUB - 2015

As fundações, públicas e privadas, são entidades pertencentes à administração indireta.

QUESTÃO 20 - CESPE - ADMINISTRADOR - FUB - 2015

31

DIREITO ADMINISTRATIVO

As fundações públicas, tanto as de direito público quanto as de direito privado, são

necessariamente criadas por lei, devendo estar o patrimônio delas vinculado a um fim

específico.

32

DIREITO ADMINISTRATIVO

d. Revisão 3

QUESTÃO 21 - CESPE - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - MPOG - 2015

As fundações governamentais de direito público, embora não tenham de ser criadas por

leis específicas, devem ser instituídas, após autorização legal, por meio do registro de seus

respectivos atos constitutivos no registro civil de pessoas jurídicas.

QUESTÃO 22 - FUNIVERSA - AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS - SEAP-DF - 2015

A fundação pública de natureza pública é denominada fundação autárquica, visto que

possui regime jurídico muito semelhante ao da autarquia.

QUESTÃO 23 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA - STF - 2013

A fundação pública de direito privado tem sua instituição autorizada por lei específica,

cabendo a lei complementar definir as áreas de sua atuação.

QUESTÃO 24 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - STF -

2013

As fundações de direito público somente podem ser criadas por lei, pois essa é a regra

para o surgimento de pessoas jurídicas de direito público.

QUESTÃO 25 - CESPE - Procurador Federal - AGU - 2013

33

DIREITO ADMINISTRATIVO

As fundações públicas (de direito público, acréscimo do professor) podem exercer

atividades típicas da administração, inclusive aquelas relacionadas ao exercício do

poder de polícia.

QUESTÃO 26 - CESPE - ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE – DIREITO - MC - 2013

O Ministério Público deverá realizar o controle sobre as atividades das fundações

públicas, assim como o faz em relação às fundações privadas.

QUESTÃO 27 - CESPE - ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE – DIREITO - MC -2 013

Fundação pública é a pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade

de autoadministração, para o desempenho de serviço público descentralizado,

mediante controle administrativo exercido nos limites da lei.

QUESTÃO 28 - CESPE - ANALISTA EM GEOCIÊNCIAS – DIREITO - CPRM - 2013

A figura do instituidor, que faz a doação patrimonial; o objeto, consistente em atividades

de interesse social; e a ausência de fins lucrativos constituem elementos essenciais no

conceito de fundação pública.

QUESTÃO 29 - CESPE - AGENTE PENITENCIÁRIO - DEPEN - 2013

As fundações públicas poderão ser criadas para exercerem atividades de fins

lucrativos.

34

DIREITO ADMINISTRATIVO

QUESTÃO 30 - CESPE - ANALISTA ADMINISTRATIVO - ANTT - 2013

As fundações públicas podem ser instituídas com personalidade jurídica de direito

público ou privado; a criação das de direito público depende diretamente de lei

específica e a das de direito privado, de ato próprio do Poder Executivo, autorizado por

lei.

35

DIREITO ADMINISTRATIVO

e. Normas comentadas

CF:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios

de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao

seguinte:

...................

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em

concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a

complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as

nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e

exoneração;

...................

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando

houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no

inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com

profissões regulamentadas;

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange

autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas

subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

36

DIREITO ADMINISTRATIVO

.................

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a

instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,

cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

ü Veja bem que as autarquias adquirem personalidade jurídica de direito

público diretamente com a publicação da lei específica que a criar.

ü As fundações públicas de direito público também adquirem personalidade

jurídica de direito público diretamente com a publicação da lei específica que a

criar.

ü As empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações

publicas de direito privado são autorizadas a serem criadas pela lei

específica, e adquirem personalidade jurídica de direito privado com o registro

dos respectivos atos constitutivos em cartório competente (art. 45 do Código

Civil).

....................

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e

entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante

contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por

objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei

dispor sobre:

ü Autarquias executivas: as autarquias em geral ⎯ e também às fundações

públicas ⎯ podem celebrar o chamado contrato de gestão com o Poder

Público (art. 37, § 8o, da CF), uma vez atendidos requisitos fixados pela Lei n.

9.649, de 27 e maio de 1998. Assim, as autarquias tornam-se autarquias

executivas, que é uma possibilidade de autarquia sob regime especial.

37

DIREITO ADMINISTRATIVO

ü Contrato de gestão: cria metas de desempenho para a entidade ⎯ autarquia

ou fundação pública ⎯, que se compromete a cumpri-las, nos prazos

estipulados, fazendo jus, em contrapartida, à ampliação de autonomia

gerencial, orçamentária e financeira ampliada.

I - o prazo de duração do contrato;

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e

responsabilidade dos dirigentes;

III - a remuneração do pessoal.

..................

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer


membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso
Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos
previstos nesta Constituição.

§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

II - disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e


autárquica ou aumento de sua remuneração;

b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária,


serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;

c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de


cargos, estabilidade e aposentadoria;

d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como


normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;

38

DIREITO ADMINISTRATIVO

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública,


observado o disposto no art. 84, VI;

ü O termo “órgãos” deve ser interpretado no sentido amplo, para efeitos de

reconhecer a competência privativa do Presidente da República para

apresentar projeto de lei que verse sobre criação e extinção de entidades da

Administração Pública indireta.

f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos,


promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.

§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos


Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos
por cento dos eleitores de cada um deles.

......................

Art. 165. ................................................................................................................................

.................

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e

entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e

mantidas pelo Poder Público;

II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou

indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a

ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações

instituídos e mantidos pelo Poder Público.

39

DIREITO ADMINISTRATIVO

Código Civil (CC)

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

I - a União;

II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

III - os Municípios;

IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;

V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito

público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber,

quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.

ü As únicas pessoas de direito público interno que possuem autonomia política

(capacidade de legislar) são a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios.

.................

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado

com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando

necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro

todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

ü Conforme o art. 37, XIX, da CF, entidades da Administração Pública indireta da

são criadas da seguinte forma:

a. Autarquias e fundações públicas de direito público (fundações

autárquicas): são pessoas jurídicas de direito público criadas

40

DIREITO ADMINISTRATIVO

diretamente por lei específica (a aquisição da personalidade jurídica é

determinada pela publicação da lei).;

b. Empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações

públicas de direito privado: a lei específica apenas autoriza a criação

da pessoa jurídica de direito privado da Administração indireta, devendo

o Poder Executivo providenciar o registro dos atos constitutivos em

cartório competente para que ocorra a aquisição da personalidade

jurídica (art. 45, “caput”, do CC).

Lei n. 9.784, de 1999:

“Art. 1o ..................................................................................................................................

...................

§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:

I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração

direta e da estrutura da Administração indireta;

II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

• A Lei do Processo Administrativo Federal consagrou, em seu texto, a definição

clássica de órgão público, sem atribuição de personalidade jurídica, e

entidade como pessoa jurídica.

....................

41

DIREITO ADMINISTRATIVO

Decreto-Lei n. 200, de 1967:

Art. 4o A Administração Federal compreende:

I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura

administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.

li - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de

entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:

a) Autarquias;

b) Empresas Públicas;

c) Sociedades de Economia Mista;

d) Fundações Públicas.

Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta

vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua

principal atividade.

• A previsão do Decreto-Lei n. 200, de 1967, adequa-se às características do

Poder Executivo da União. Na próxima aula, abordaremos maiores detalhes

sobre as únicas quatro entidades possíveis da Administração Pública

indireta, lembra-se, sempre que o ordenamento jurídico brasileiro adotou o

critério formal, subjetivo e orgânico de Administração Pública (QUEM

EXERCE), e não o critério sentido material, objetivo ou funcional (O QUE É

EXERCIDO).

Decreto-Lei n. 200, de 1967:

Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

42

DIREITO ADMINISTRATIVO

I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,

patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração

Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e

financeira descentralizada.

II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito

privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a

exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de

contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das

formas admitidas em direito.

III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica

de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a

forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua

maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.

IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito

privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o

desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de

direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos

respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de

outras fontes.

43

DIREITO ADMINISTRATIVO

f. Gabarito

1 2 3 4 5

E C E E C

6 7 8 9 10

C C C E E

11 12 13 14 15

E C E E E

16 17 18 19 20

C E E E E

21 22 23 24 25

E C C C C

26 27 28 29 30

E E C E C

44

DIREITO ADMINISTRATIVO

g. Breves comentários às questões

QUESTÃO 1 - CESPE - AUXILIAR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO - ÁREA

ADMINISTRATIVA - TCE-PA - 2016

Compõem a administração indireta os órgãos públicos internos, as autarquias, as

empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações públicas.

ü Administração direta: conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas do

Estado ⎯ União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios ⎯, aos quais foi

atribuída a competência para o exercício de atividades administrativas sob a forma

centralizada.

ü Administração indireta: conjunto de entidades (pessoas jurídicas), sem autonomia

política ⎯ autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e

fundações públicas ⎯, pertencentes à Administração indireta, as quais têm

competência para exercício de atividades administrativas sob a forma

descentralizada.

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 2 - CESPE - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - TC-DF -2014

Em virtude do princípio da reserva legal, a criação dos entes integrantes da administração

indireta depende de lei específica.

Para a criação de entidades da Administração Pública indireta, sempre há dependência de lei,

de uma forma ou de outra:`

45

DIREITO ADMINISTRATIVO

a. Autarquias e fundações públicas de direito público: são criadas diretamente por lei

específica;

b. Empresas pública, sociedades de economia mista e fundações públicas de direito

privado: lei autoriza a criação, mas depende de registro dos atos constitutivos em

cartório competente, para aquisição da personalidade jurídica.

Gabarito: Certo.

QUESTÃO 3 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TI - STJ - 2015

É defesa aos Poderes Judiciário e Legislativo a criação de entidades da administração

indireta, como autarquias e fundações públicas.

No caso, o termo “defesa“ significa proibida, vedada.

Nada impede que existam entidades da Administração indireta vinculadas a órgãos dos

Poderes Legislativo e Judiciário, conforme art. 37, “caput”, da CF: “A administração pública

direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,

publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)”.

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 4 - CESPE – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - MPOG - 2015

A administração pública indireta, na esfera federal, compreende as entidades dotadas de

personalidade jurídica de direito público e privado, as quais mantêm relação de

subordinação e controle hierárquico com os ministérios com os quais guardam

pertinência.

46

DIREITO ADMINISTRATIVO

ü Administração direta federal (centralização, concentração e desconcentração): os

órgãos públicos sujeitam-se ao controle hierárquico exercidos pelos representantes de

órgãos públicos hierarquicamente superiores, dentro da mesma pessoa jurídica da

Administração direta.

ü Administração indireta federal (descentralização): não há subordinação

hierárquica (mas vinculação) entre entidades da Administração indireta e a

Administração direta federal. Os Ministérios são órgãos públicos que exercem, dentro dos

limites legais, o chamado controle finalístico (chamado de tutela administrativa ou

supervisão) sobre as entidades da Administração indireta a ele vinculadas.

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 5 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO - MPOG - 2015

A criação de pessoa jurídica de direito privado integrante da administração pública dá-se

por meio da inscrição de seus atos constitutivos no registro público competente, desde

que haja autorização legal.

Estabelece o art. 37, XIX, da CF: “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e

autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,

cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”.

Conforme o art. 45 da Lei n. 10.406, de 2002 (Código Civil): “Começa a existência legal das

pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo

registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo,

averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo“.

ü Autarquias: são pessoas jurídicas de direito público diretamente criadas por lei;

47

DIREITO ADMINISTRATIVO

ü Empresas pública, sociedades de economia mista e fundações públicas: a lei

somente autoriza a criação; dependem do registro dos atos constitutivos em cartório

competente para início de sua existência (o registro é que determina a aquisição de

personalidade jurídica).

Gabarito: Correto.

QUESTÃO 6 – CESPE - STJ - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA - STJ - 2015

O princípio da especialidade na administração indireta impõe a necessidade de que conste,

na lei de criação da entidade, a atividade a ser exercida de modo descentralizado.

Princípio da especialização (ou da especialidade): por esse princípio, “um ente federado ⎯

União, estados, Distrito Federal ou municípios ⎯ edita uma lei por força da qual competências

especificas, nela discriminadas, que originariamente foram atribuídas à pessoa política,

passarão a ser exercidas por outra pessoa jurídica, meramente administrativa (uma entidade

integrante de sua administração indireta), no pressuposto teórico de que tal especialização

permitirá um desempenho dessas competências melhor do que aquele que se obteria caso elas

permanecessem sob incumbência de órgãos da administração direta daquele ente federado”

(MARCELO ALEXANDRINO e VICENTE PAULO).

Gabarito: Certo.

QUESTÃO 7 - CESPE - AUDITOR - FUB - 2015

As autarquias territoriais não detêm autonomia política.

Descentralização territorial ou geográfica: quando existentes, os Territórios Federais (art.

18, § 2o , da CF), integram a União com natureza de autarquia territorial ou geográfica,

48

DIREITO ADMINISTRATIVO

cabendo à lei complementar dispor sobre sua criação, transformação em Estado-Membro,

ou reintegração ao Estado-Membro de origem. Estes não possuem autonomia política.

Gabarito: Correto.

QUESTÃO 8 - CESPE - ANALISTA DO MPU - MPU - 2015

A criação de autarquia é uma forma de descentralização por meio da qual se transfere

determinado serviço público para outra pessoa jurídica integrante do aparelho estatal.

Na descentralização administrativa, o Estado desempenha algumas de suas atribuições

por meio de outras pessoas, e não por sua Administração direta. Ela pressupõe pessoas

jurídicas distintas: o Estado (União, Distrito Federal, Estado-Membro ou Município) e a

pessoa que executará o serviço, por ter recebido do Estado essa atribuição. Pode ocorrer

mediante três formas: a) outorga (também chamada de descentralização por serviços ou

delegação legal); b) delegação (descentralização por colaboração ou delegação negocial);

ou c) descentralização territorial (ou geográfica).

No caso, a autarquia faz parte do aparelho estatal, pois ela integra a Administração

Pública indireta (art. II. “a“, do Decreto-Lei n. 200, de 1967), consoante o critério formal,

objetivo e orgânico de Administração Pública.

Gabarito: Certo.

QUESTÃO 9 - CESPE - TÉCNICO DO MPU - SEGURANÇA INSTITUCIONAL E TRANSPORTE -

MPU - 2015

O instrumento adequado para a criação de autarquia é o decreto, pois o ato é de natureza

administrativa e de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo.

49

DIREITO ADMINISTRATIVO

Segundo o art. 37, XIX, da CF: "somente por lei específica poderá ser criada autarquia e

autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,

cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação".

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 10 - CESPE - TÉCNICO DO MPU - SEGURANÇA INSTITUCIONAL E TRANSPORTE

- MPU - 2015

Autarquia é entidade dotada de personalidade jurídica própria, com autonomia

administrativa e financeira, não sendo possível que a lei institua mecanismos de controle

da entidade pelo ente federativo que a criou.

Controle finalístico, tutela ou supervisão: não há hierarquia entre a autarquia e o ente

federado que a instituiu. Na verdade, há vinculação da autarquia perante a pessoa pública

instituidora sob a forma do controle finalístico, também conhecido por tutela ou

supervisão.

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 11 - CESPE - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ANTAQ - 2014

As entidades administrativas, como as autarquias, são pessoas jurídicas de direito público

interno, detentoras de autonomia política e financeira e de autorregulação.

As autarquias, inclusive as associações públicas, são pessoas jurídicas de direito público

interno (art. 41, IV, do Código Civil). São criadas por lei específica, integrantes da Administração

Pública indireta, com patrimônio próprio e autonomia administrativa ⎯ capacidade de

autoadministração ⎯, para exercício de competências estatais determinadas.

50

DIREITO ADMINISTRATIVO

Todavia, o equívoco da questão é que as únicas pessoas de direito público interno que possuem

autonomia política ⎯ capacidade para legislar ⎯ são a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios (art. 41, I a III, do Código Civil).

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 12 - CESPE - ANALISTA ADMINISTRATIVO - ANTAQ - 2014

Embora as autarquias não estejam hierarquicamente subordinadas à administração

pública direta, seus bens são impenhoráveis e seus servidores estão sujeitos à vedação de

acumulação de cargos e funções públicas.

Não há hierarquia entre as entidades da Administração direta e da indireta. Mas há

vinculação e controle finalístico (chamado de tutela administrativa ou supervisão) sobre as

entidades da Administração indireta vinculadas à Administração direta.

Os bens autárquicos são bens públicos, considerados imprescritíveis (não podem ser adquiridos

via usucapião) e impenhoráveis (não podem ser penhorados.

Quanto ao regime de pessoal, aplica-se a regra do art. 37, XVII, da CF: "a proibição de acumular

estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,

sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou

indiretamente, pelo poder público".

Gabarito: Certo.

QUESTÃO 13 - CESPE - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ICMBIO - 2014

As autarquias integram a administração indireta e, por isso, não possuem patrimônio.

51

DIREITO ADMINISTRATIVO

As autarquias são criadas por lei específica, integrantes da Administração Pública indireta, com

patrimônio próprio e autonomia administrativa ⎯ capacidade de autoadministração ⎯,

para exercício de competências estatais determinadas.

Ao ser criada a autarquia, o ente instituidor transfere bens de seu patrimônio para a

entidade criada. Ao ser extinta, os bens retorna à pessoa política a que a autarquia era

vinculada.

Os bens autárquicos são bens públicos, considerados imprescritíveis (não podem ser

adquiridos via usucapião) e impenhoráveis (não podem ser penhorados).

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 14 – CESPE - PROCURADOR DO MUNICÍPIO - PREFEITURA DE FORTALEZA (CE)

- 2017

Ao instituir programa para a reforma de presídios federais, o governo federal

determinou que fosse criada uma entidade para fiscalizar e controlar a prestação dos

serviços de reforma. Nessa situação, tal entidade, devido à sua finalidade e desde que

criada mediante lei específica, constituirá uma agência executiva.

No caso, a autarquia a ser criada será agência reguladora, e não executiva.

Agências reguladoras: possuem atribuições técnicas para exercer, com relativo grau de

autonomia perante o Poder Executivo, regulação de determinado setor da economia,

inclusive serviços públicos objeto de exploração econômica. Na esfera federal, todas as

agências reguladoras são “autarquias sob regime especial”. Não há regra constitucional que

determine que a atividade de regulação seja exercida por autarquias. Inclusive, não há, na

CF, menção literal a "agências reguladoras";

52

DIREITO ADMINISTRATIVO

Agências executivas: essa qualificação pode ser conferida às autarquias em geral ⎯ e

também às fundações públicas ⎯ que celebrem o chamado contrato de gestão com o

Poder Público (art. 37, § 8o, da CF), uma vez atendidos requisitos fixados pela Lei n. 9.649,

de 27 e maio de 1998.

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 15 - CESPE - AUDITOR - TCE-RN - 2015

Os conselhos profissionais, com exceção da OAB, têm personalidade jurídica de direito

privado, detêm poder de polícia e gozam de imunidade tributária.

Conforme entendimento pacificado pelo STF, os conselhos fiscalizadores de profissões

regulamentadas têm natureza de autarquia federal, com personalidade jurídica de

direito público, poder de polícia e imunidade tributária.

Ex.: Conselhos Federal e Regionais de Medicina, Conselhos Federal e Regionais de

Contabilidade, Conselhos Federal e Regionais de Economia, etc., com exceção da Ordem

dos Advogados do Brasil (OAB), a qual o STF qualificou como "serviço público

independente", não integrante da Administração Pública, nem passível de ser classificada

em categoria alguma prevista em nosso ordenamento jurídico.

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 16 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - TJ-SE - 2014

Pode ser qualificada como agência executiva a autarquia que tenha plano estratégico

de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento e que celebre

contrato de gestão com órgão do governo federal.

53

DIREITO ADMINISTRATIVO

Agências executivas: essa qualificação pode ser conferida às autarquias em geral ⎯ e

também às fundações públicas ⎯ que celebrem o chamado contrato de gestão com o

Poder Público (art. 37, § 8o, da CF), uma vez atendidos requisitos fixados pela Lei n. 9.649,

de 27 e maio de 1998.

Gabarito: Certo.

QUESTÃO 17 - CESPE - ANALISTA LEGISLATIVO - CÂMARA DOS DEPUTADOS - 2014

A exploração de atividade econômica pela administração pública requer a instituição

de uma autarquia.

As atividades econômicas em sentido estrito são destinadas às empresas púbicas,

sociedades de economia mista e suas subsidiárias (art. 173 da CF, e art. 2o da Lei n. 13.303,

de 30 de junho de 20165), e não às autarquias.

Conforme art. 2o da Lei n. 13.303, de 2016: “A exploração de atividade econômica pelo

Estado será exercida por meio de empresa pública, de sociedade de economia mista e de

suas subsidiárias.”

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 18 - CESPE - ADMINISTRADOR - FUB - 2015

As fundações públicas de personalidade jurídica de direito público, na área federal, são

entidades da administração direta.


5
Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no
âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

54

DIREITO ADMINISTRATIVO

As fundações públicas de direito público federal (fundações autárquicas ou autarquias

fundacionais) fazem parte da Administração indireta da União.

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 19 - CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO - FUB - 2015

As fundações, públicas e privadas, são entidades pertencentes à administração indireta.

Há as seguintes possibilidades de fundação (somente as duas primeiras pertencem à

Administração indireta):

a. fundação pública de direito público: também conhecida como fundação

autárquica ou autarquia fundacional, é diretamente criada por lei específica;

b. fundação pública de direito privado: conhecida como fundação pública (art. 5o,

IV, do Decreto-Lei n. 200, de 1967), cuja criação é autorizada por lei específica,

dependendo de registro de seus atos constitutivos em cartórios para aquisição de

personalidade jurídica (art. 45 do Código Civil);

c. fundação privada; esta espécie não integra a Administração Pública direta nem

indireta.

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 20 - CESPE - ADMINISTRADOR - FUB - 2015

As fundações públicas, tanto as de direito público quanto as de direito privado, são

necessariamente criadas por lei, devendo estar o patrimônio delas vinculado a um fim

específico.

55

DIREITO ADMINISTRATIVO

Há diferenças:

a. fundação pública de direito público (fundação autárquica ou autarquia

fundacional): é diretamente criada por lei específica;

b. fundação pública de direito privado (fundação pública): sua criação é autorizada

por lei específica, dependendo de registro de seus atos constitutivos em cartórios

para aquisição de personalidade jurídica (art. 45 do Código Civil).

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 21 - CESPE - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - MPOG - 2015

As fundações governamentais de direito público, embora não tenham de ser criadas por

leis específicas, devem ser instituídas, após autorização legal, por meio do registro de seus

respectivos atos constitutivos no registro civil de pessoas jurídicas.

Há diferenças:

a. fundação pública de direito público (fundação autárquica ou autarquia

fundacional): é criada por lei específica;

b. fundação pública de direito privado (fundação pública): sua criação é autorizada

por lei específica, dependendo de registro de seus atos constitutivos em cartórios

para aquisição de personalidade jurídica (art. 45 do Código Civil).

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 22 - FUNIVERSA - AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS - SEAP-DF - 2015

56

DIREITO ADMINISTRATIVO

A fundação pública de natureza pública é denominada fundação autárquica, visto que

possui regime jurídico muito semelhante ao da autarquia.

A fundação pública de direito público (fundação autárquica ou autarquia fundacional

é diretamente criada por lei específica. Ela submete-se ao regime das autarquias.

Gabarito: Certo.

QUESTÃO 23 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA - STF - 2013

A fundação pública de direito privado tem sua instituição autorizada por lei específica,

cabendo a lei complementar definir as áreas de sua atuação.

Conforme art. 37, XIX, da CF: “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e

autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de

fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua

atuação”. A lei complementar referida, de caráter nacional, não foi ainda editada.

Gabarito: Certo.

QUESTÃO 24 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - STF -

2013

As fundações de direito público somente podem ser criadas por lei, pois essa é a regra

para o surgimento de pessoas jurídicas de direito público.

A fundação pública de direito público (fundação autárquica ou autarquia fundacional é

diretamente criada por lei específica. Ela submete-se ao regime das autarquias.

Gabarito: Certo.

57

DIREITO ADMINISTRATIVO

QUESTÃO 25 - CESPE - Procurador Federal - AGU - 2013

As fundações públicas (de direito público, acréscimo do professor) podem exercer

atividades típicas da administração, inclusive aquelas relacionadas ao exercício do

poder de polícia.

O gabarito da banca é certo. Todavia, faltou especificar que a proposição referia-se a

fundações públicas de direito público.

Lembre-se que as fundações públicas de direito privado não podem desempenhar atividades

que exijam o exercício de poder de império, especialmente a prática de atos pertinentes ao

poder de polícia e de outros atos imperativos ou autoexecutórios (ex.: imposição de sanções

administrativas a particulares).

Gabarito: Certo.

QUESTÃO 26 - CESPE - ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE – DIREITO - MC - 2013

O Ministério Público deverá realizar o controle sobre as atividades das fundações

públicas, assim como o faz em relação às fundações privadas.

A corrente majoritária da doutrina interpreta que o art. 66 do Código Civil não se aplica a

nenhuma espécie de fundação pública, apenas a fundações privadas. “Art. 66. Velará

pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.”

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 27 - CESPE - ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE – DIREITO - MC -2 013

58

DIREITO ADMINISTRATIVO

Fundação pública é a pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade

de autoadministração, para o desempenho de serviço público descentralizado,

mediante controle administrativo exercido nos limites da lei.

A proposição fez afirmação genérica. Porém, há diferenças:

a. fundação pública de direito público (fundação autárquica ou autarquia

fundacional): é diretamente criada por lei específica, e submete-se ao regime das

autarquias;

b. fundação pública de direito privado (fundação pública): sua criação é autorizada

por lei específica, dependendo de registro de seus atos constitutivos em cartórios

para aquisição de personalidade jurídica (art. 45 do Código Civil).

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 28 - CESPE - ANALISTA EM GEOCIÊNCIAS – DIREITO - CPRM - 2013

A figura do instituidor, que faz a doação patrimonial; o objeto, consistente em atividades

de interesse social; e a ausência de fins lucrativos constituem elementos essenciais no

conceito de fundação pública.

As fundações públicas são constituídas pela personificação de patrimônio público. em

que a figura do instituidor é uma pessoa política, que faz a dotação patrimonial e

destina recursos orçamentários para a manutenção da entidade, cujo objeto deve ser uma

atividade de interesse social, sem fins lucrativos ⎯ educação, assistência médica e

hospitalar, assistência social, pesquisa científica, defesa do meio ambiente, atividades

culturais etc.

Gabarito: Certo.

59

DIREITO ADMINISTRATIVO

QUESTÃO 29 - CESPE - AGENTE PENITENCIÁRIO - DEPEN - 2013

As fundações públicas poderão ser criadas para exercerem atividades de fins

lucrativos.

As fundações públicas são constituídas pela personificação de patrimônio público. em

que a figura do instituidor é uma pessoa política, que faz a dotação patrimonial e

destina recursos orçamentários para a manutenção da entidade, cujo objeto deve ser uma

atividade de interesse social, sem fins lucrativos ⎯ educação, assistência médica e

hospitalar, assistência social, pesquisa científica, defesa do meio ambiente, atividades

culturais etc.

Gabarito: Errado.

QUESTÃO 30 - CESPE - ANALISTA ADMINISTRATIVO - ANTT - 2013

As fundações públicas podem ser instituídas com personalidade jurídica de direito

público ou privado; a criação das de direito público depende diretamente de lei

específica e a das de direito privado, de ato próprio do Poder Executivo, autorizado por

lei.

Fundação pública de direito público: também conhecida como fundação autárquica ou

autarquia fundacional, é diretamente criada por lei específica.

Fundação pública de direito privado: conhecida como fundação pública (art. 5o, IV, do

Decreto-Lei n. 200, de 1967), cuja criação é autorizada por lei específica, dependendo de

registro de seus atos constitutivos em cartórios para aquisição de personalidade jurídica

(art. 45 do Código Civil). Gabarito: Correto.

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